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Síndrome do túnel do carpo: você sabe o que é?

A síndrome do túnel do carpo é bastante comum entre mulheres de 40 a 60 anos. Ela consiste na compressão do nervo mediano, que percorre o antebraço até a palma da mão, provocando formigamento no membro. A síndrome pode acontecer nos dois lados simultaneamente e a incidência do problema na população é de 3% a 10%. O nome da condição vem do fato de o nervo mediano passar do antebraço até a mão por uma espécie de “conduíte” – o chamado túnel do carpo. Continue a leitura para conhecer os principais sintomas, tratamentos e como prevenir a síndrome do túnel do carpo.

Quais são as causas da Síndrome do túnel do carpo?

A síndrome ocorre quando o túnel do carpo vai se tornando espesso e comprimindo o nervo. A principal causa da síndrome do túnel do carpo é a lesão por esforço repetitivo (conhecida como LER) e pode ser causada por atividades como digitação e até dormir de punho fechado. Isso pode gerar um desgaste da estrutura do túnel do carpo, provocando o problema. Outras causas que estão associadas ao aparecimento da síndrome são:

  • Retenção de líquido nos tendões (durante a gravidez);
  • Alterações hormonais da menopausa;
  • Traumas (quedas ou fraturas);
  • Problemas de origem inflamatória (como as doenças reumáticas);
  • Tumores;
  • Uso de determinados medicamentos.

Quais são os sintomas da Síndrome do túnel do carpo?

A principal queixa de quem sofre com a síndrome do túnel do carpo é a sensação de dormência e formigamento noturno, quando a pessoa está dormindo. A queixa de dor é variável e nem sempre está presente. Mas, quando está, costuma irradiar dos dedos até o ombro e acompanha sensação de peso ou cansaço no antebraço. Outros sintomas conhecidos da Síndrome do túnel do carpo são:

  • Inchaço na mão e/ou nos dedos;
  • Sensação de “choque” ao tocar o punho;
  • Dor e/ou formigamento no antebraço;
  • Dor no pulso, especialmente durante a noite;
  • Falta de sensibilidade na ponta dos dedos (exceto o dedo mínimo);
  • Fraqueza muscular e dificuldade em pegar objetos.

Como é feito o diagnóstico da síndrome do túnel do carpo?

A Síndrome do túnel do carpo é diagnosticada a partir de avaliação médica em consultório. O médico pode realizar alguns testes para detectar a sensibilidade do nervo mediano e excluir outras doenças que podem provocar sintomas semelhantes, como hérnia de disco ou até outras neuropatias.

O diagnóstico precoce é fundamental para prevenir lesões permanentes no nervo e uma posterior atrofia muscular ou até perda de sensibilidade permanente na mão.

É possível prevenir a síndrome do túnel do carpo?

Sim, é possível prevenir a síndrome do túnel do carpo. Embora não existam medidas preventivas concretas, os médicos recomendam evitar movimentos repetitivos de flexão de punho, além de ter atenção com alguns fatores durante o trabalho, por exemplo:

  • Postura;
  • movimentos corporais;
  • Adequação dos equipamentos às características físicas, como a altura da cadeira e da mesa em relação à altura da pessoa.

Qual é o tratamento para a Síndrome do túnel do carpo?

O tratamento vai variar de acordo com o grau de acometimento da pessoa. Em casos mais leves, o médico pode recomendar o uso de uma tala para imobilizar o punho junto com o uso de anti-inflamatórios para aliviar o desconforto. Se a medida não surtir efeito, é possível que o médico indique a necessidade de aplicar uma injeção de corticoide diretamente no canal do carpo.

  • Fisioterapia – nos dois casos, é indicado associar sessões de fisioterapia da mão para controle da dor, alongamento muscular, correção postural e fortalecimento muscular.

Quando a pessoa não responde aos tratamentos, a única solução é passar por cirurgia. No procedimento, o médico realiza a descompressão do túnel do carpo, liberando o nervo.

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Referências


Como a ergonomia pode ajudar a combater a lesão do esforço repetitivo (LER)?

Ficar a maior parte dos dias sentado na mesma posição, digitando no computador, é a realidade de muitos trabalhadores, o que desgasta bastante o corpo. Fazer uma atividade repetitiva de forma contínua pode causar lesão do esforço repetitivo, conhecida como LER. Muitas vezes, você não percebe a repetição de alguns movimentos, porque já faz parte da sua rotina. Por isso, é importante estar atento à ergonomia para que trabalhe confortavelmente, sem sobrecarregar o seu corpo. Saiba como pequenos hábitos podem ajudar a evitar a LER.

O que é LER?

LER significa lesão por esforço repetitivo e pode ser causada por alguns fatores, como:

  • Atividades repetitivas;
  • Realizar ação de alta intensidade por um longo tempo, sem descanso;
  • Má postura ou atividades que façam a pessoa trabalhar em uma posição desconfortável.

Essas situações exigem bastante esforço de músculos, nervos e tendões. Sendo assim, a LER atinge principalmente partes da região superior do corpo, como:

  • Antebraços e cotovelos;
  • Pulsos e mãos;
  • Pescoço e ombros.

O problema se instala lentamente e geralmente passa despercebido ao longo dos anos. Quando é notado, normalmente a região afetada já está comprometida. Em alguns casos, a LER pode ser considerada doença ocupacional, ou seja, problema de saúde desenvolvido ou adquirido devido à atividade profissional ou às condições do ambiente de trabalho.

É uma das doenças que mais afeta os trabalhadores brasileiros, sendo responsável pela maior parte dos afastamentos.

Quais são os sinais e sintomas da LER?

A LER se desenvolve gradualmente, existem estágios que variam de leve a grave. Normalmente os principais sinais e sintomas desse tipo de lesão na região afetada são os seguintes:

  • Dor ou sensibilidade;
  • Rigidez;
  • Formigamento ou dormência;
  • Fraqueza;
  • Cãibra;
  • Inchaço.

Quando a LER está no início, você pode perceber a dor ou alguma alteração apenas se estiver realizando uma ação repetitiva específica. Ao parar a atividade, a dor pode desaparecer. No entanto, sem o tratamento adequado, os sinais e sintomas se tornam constantes, causando períodos mais longos de dor.

Como fazer a prevenção da LER?

Incorporar alguns hábitos ao seu dia a dia podem ajudar a prevenir a LER e outros problemas de saúde, como:

Manter uma boa postura ao se sentar, principalmente se estiver trabalhando – procure regular a altura da cadeira. Se não for possível, use um apoio para os pés não ficarem suspensos e uma almofada na região lombar.

Fazer pausas regulares de tarefas longas e repetitivas – se está há muito tempo sentado, digitando ou escrevendo, por exemplo, levante para ir ao banheiro, beber água ou somente para movimentar o corpo.

Praticar exercícios de respiração se estiver estressado – respire fundo e solte o ar lentamente. Isso ajuda a diminuir o nível de ansiedade e estresse. Você pode fazer isso de onde estiver. Se for possível, mude de ambiente por alguns minutos.

Como a ergonomia pode contribuir para evitar a LER?

Ergonomia estuda as adaptações do trabalho para que as pessoas possam desenvolver as atividades de maneira segura e eficiente. Geralmente grandes companhias têm uma área dedicada a essa ciência.

Porém, mesmo que a empresa onde você atua não tenha esse setor, é essencial cuidar da ergonomia no seu ambiente de trabalho, principalmente em tempos de pandemia, quando a maioria das pessoas passou a trabalhar no formato “home office”.

Inclusive, existe uma Norma Regulamentadora número 17 (NR 17) que estabelece várias recomendações ergonômicas, como o limite de cinco horas por dia para o trabalho de digitação e o intervalo de dez minutos a cada 50 minutos de digitação.

Veja outras indicações para manter a ergonomia e não sobrecarregar seu corpo:

  • Mantenha postura adequada com ombros relaxados, pulsos retos, costas apoiadas no encosto da cadeira;
  • Mantenha as plantas dos pés totalmente apoiadas no chão ou em um suporte;
  • Mantenha um ângulo reto entre suas costas e o assento de sua cadeira;
  • Não use apoio de pulso durante a digitação, pois pode provocar compressão nos nervos (túnel do carpo);
  • O monitor do computador deve estar a uma distância mínima de 50 cm e máxima de 70 cm (distância equivalente ao comprimento de seu braço). A altura da tela deve ser entre 15 e 30 graus abaixo de sua linha reta de visão.
  • Beba água regularmente durante o dia.

Como é feito o diagnóstico da LER?

Após ouvir o relato dos sinais e sintomas da LER, o médico pode examinar a região afetada e pedir alguns exames adicionais, como raio-x e exame de sangue, para descartar outros problemas de saúde.

As alterações provocadas por esse tipo de lesão também podem indicar osteoartrite ou condições inflamatórias das articulações, por exemplo. Se nada for constatado, possivelmente o médico concluirá o diagnóstico da LER por exclusão de outras doenças.

Como é feito o tratamento da LER?

A primeira providência é identificar e modificar a tarefa ou atividade que está causando os sinais e sintomas da LER. Pode ser que você precise parar a atividade completamente. Se estiver relacionado ao seu trabalho, compartilhe o caso com o seu gestor e com o departamento de RH. Juntos podem encontrar alternativas que não coloquem a sua saúde em risco.

Para controlar a dor e outros desconfortos, o médico pode indicar o uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, além de sessões de fisioterapia, pois ajuda a melhorar a postura e a fortalecer ou relaxar os músculos. Ioga e massagem também podem ser boas opções para relaxar a área atingida.

Atenção! Nunca se automedique. O médico é o profissional habilitado para avaliar o seu caso e indicar o tratamento mais adequado.

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Referências

https://www.nhs.uk/conditions/repetitive-strain-injury-rsi/diagnosis/ – acessado em 05/04/2022

https://www.nhs.uk/conditions/repetitive-strain-injury-rsi/ – acessado em 05/04/2022

https://bvsms.saude.gov.br/lesoes-por-esforcos-repetitivos-ler/ – acessado em 05/04/2022

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2019/abril/ler-e-dort-sao-as-doencas-que-mais-acometem-os-trabalhadores-aponta-estudo – acessado em 05/04/2022