Você sabe o que é “text neck” ou síndrome do pescoço de texto?

O surgimento dos dispositivos móveis, como celulares e tablets, causou não só mudanças tecnológicas e sociais, mas também afetou a nossa saúde. Um exemplo disso é síndrome do pescoço de texto, também chamada de text neck, que pode ser ocasionada por uma sobrecarga na região do pescoço ao olharmos para a tela ou digitarmos mensagens no celular frequentemente todos os dias. Em um país como o Brasil, onde cerca de 80% da população tem acesso ao celular e passa, em média, mais de cinco horas por dia diante das telas, a conta para a saúde pode chegar bem rapidamente. Então, continue a leitura e conheça mais sobre a síndrome do pescoço de texto ou text neck, quais são os sintomas e como evitar esse tipo de problema.

O que é a síndrome do pescoço de texto ou text neck

O text neck ou síndrome do pescoço de texto é uma lesão por esforço repetitivo no pescoço, como quando se fica muito tempo com a cabeça inclinada para baixo. Esse hábito pode causar lesões sérias na coluna e pescoço, tais como:

  • Deformidade óssea;
  • Inflamação no ligamento;
  • Estiramento muscular;
  • Compressão da hérnia de disco e outros problemas.

Qual a relação entre o uso de celular e a síndrome do pescoço de texto?

O uso prolongado de dispositivos móveis é a causa da síndrome do pescoço de texto. Basta observar que, na maioria das vezes em que as pessoas estão mexendo nos dispositivos móveis como celulares e tablets, elas estão de pescoço baixo digitando, lendo ou jogando.

Em uma posição neutra, nossa cabeça pesa de 4 a 5 kg. Com a cabeça inclinada para baixo, esse peso aumenta em até cinco vezes, causando uma pressão excessiva nos músculos, tendões e ligamentos do pescoço que precisam suportar muito mais peso. É essa pressão que pode causar problemas na região e levar ao desenvolvimento da síndrome do pescoço de texto.

Durante a pandemia do coronavírus, muitas pessoas passaram a trabalhar em casa em função das medidas de distanciamento social para diminuir o contágio. Muitas vezes, o home office foi instituído sem que os ambientes domésticos estivessem preparados no que diz respeito às questões de ergonomia do local de trabalho.

Se você passou a trabalhar em casa durante a pandemia e faz uso de dispositivos móveis durante todo o dia, é preciso levar em consideração algumas medidas para evitar a síndrome do pescoço de texto:

  • Altura da tela do computador – deve estar disposta a altura dos olhos, para evitar o curvamento da coluna por longas horas;
  • Regulagem de mesa e cadeira – os móveis precisam estar em conformidade com a altura de quem as utiliza para oferecer conforto;
  • Tipo de cadeira – opte sempre por cadeiras com encosto para evitar curvar a coluna.

No seu home office, esteja atento para garantir que cada item esteja disposto de forma a facilitar a utilização, sem prejudicar a saúde física.

Quais são os sintomas da síndrome do pescoço de texto? 

Um dos sintomas mais comum da síndrome do pescoço de texto é a dor no pescoço. Porém, há outros sintomas que você pode sentir que indicam um problema na região. Fique atento se você sentir alguns desses outros sintomas – juntos ou isolados:

  • Dificuldade de movimentar o pescoço;
  • Dor de cabeça constante;
  • Dor nos ombros;
  • Dor nas costas
  • Região do trapézio tensa e resistente;
  • Formigamento ou sensação de dormência em mãos e dedos.

Atenção: conhecer os sintomas e procurar ajuda de um profissional da saúde o quanto antes é essencial para prevenir danos que podem se tornar permanentes com o passar do tempo.

Como evitar a síndrome do pescoço de texto?

É fundamental ficar atento à postura corporal é fundamental para evitar a piora das dores. Para isso, siga as seguintes orientações:

  • Mantenha o pescoço ereto;
  • Leve o celular até a altura dos olhos e não o contrário;
  • Para maior equilíbrio do corpo, segure o aparelho com as duas mãos e digite com os dedos polegares;
  • Se for utilizar o celular deitado, mantenha as costas apoiadas no colchão e leve o celular até a linha dos olhos.
  • Ao longo do dia, faça alongamentos que trabalhem a região do pescoço, peito e parte superior das costas.

Essas dicas são importantes para que a sua coluna se mantenha alinhada. Considere também reduzir o tempo que você passa frente às telas. Segundo relatório do AppAnnie, o brasileiro está, ao lado do indonésio, em 1º lugar no volume de uso de celulares entre os 17 países analisados. Apesar de sermos um povo muito conectado, não podemos abrir mão da nossa qualidade de vida e bem-estar.

Como é o tratamento para a síndrome do pescoço de texto?

Quando os problemas causados pelo uso excessivo dos dispositivos móveis causam esse tipo de desconforto, buscar ajuda de um médico ortopedista ou fisiatra é fundamental para que sejam realizados os exames necessários avaliar a gravidade do quadro. O tratamento indicado deverá auxiliar na recuperação da mobilidade e alívio das dores. Os principais tipos de tratamento são:

Medicamentos – o médico pode prescrever analgésicos, anti-inflamatórios ou relaxantes musculares para alívio da dor.

Fisioterapia – o fisioterapeuta irá orientar nos exercícios de postura, alinhamento e exercícios para fortalecer a região do pescoço. Terapias que usam o calor e o frio e a estimulação elétrica também ajudam no alívio da dor e na descompressão da área.

Imobilização de curta duração – nos casos mais extremos, pode ser necessário usar um colar que apoia o pescoço para ajudar a aliviar a dor, tirando a pressão das estruturas do pescoço. O uso deve ocorrer conforme indicação médica.

Tempo de tela – o médico também poderá orientar o paciente a gerenciar melhor a quantidade de horas usando dispositivos para diminuir o tempo de tela e evitar a flexão excessiva do pescoço.

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Covid-19 e influenza: como conseguir diferenciar?

Desde o início de 2022, o Brasil enfrenta o agravamento da pandemia de Covid-19 devido à disseminação da variante Ômicron, com alto potencial de transmissão. Ao mesmo tempo, uma epidemia de gripe causada pela variante H3N2 do vírus influenza também tem afetado país. Ambas doenças têm sinais e sintomas parecidos, além da mesma forma de contágio. Continue a leitura e saiba como é possível diferenciar Covid-19 e influenza.

Sinais e sintomas da Covid-19 e influenza: quais as semelhanças e diferenças?

Tanto a Covid-19 quanto a gripe causada por influenza são doenças causadas por vírus, portanto altamente contagiosas, e que afetam principalmente o sistema respiratório. Com isso, o quadro gripal causado por ambas pode confundir o diagnóstico. Mas há sinais e sintomas específicos de Covid-19 e influenza, que variam de acordo com o tipo do vírus e com a evolução da doença em cada pessoa.

  • Covid-19

Causada pelo novo coronavírus, cerca de 80% dos casos correspondem a pacientes assintomáticos ou com sinais e sintomas leves, sobretudo aqueles com esquema vacinal completo. Já 20% dos infectados precisam de internação devido a complicações da doença. Veja os sinais e sintomas de Covid-19, de acordo com as variantes mais comuns no Brasil:

Vírus original – essa cepa, mais incidente no começo da pandemia, pode causar febre, tosse seca, cansaço, perda do paladar e/ou olfato. Com menos frequência, é possível ocorrer inflamação na garganta, dor de cabeça, irritação nos olhos, erupções cutâneas e diarreia. Os casos mais graves são associados a falta de ar, dor no peito, perda da fala ou mobilidade e confusão mental. 

Variante Delta – febre, tosse persistente, coriza, espirros, dor de cabeça e dor de garganta. A cepa apresenta evolução rápida e alto risco de hospitalização, sobretudo entre as pessoas não-vacinadas.

Variante Ômicron – cansaço extremo, dores pelo corpo, dor de cabeça e dor de garganta. A maior parte dos casos têm sido relatados como leves, porém altamente transmissível e com grande número de mutações.

Os casos sintomáticos de Covid-19 levam de cinco a 14 dias após a infecção para se manifestarem.

  • Influenza

São três tipos de vírus influenza conhecidos por infectar seres humanos: A, B e C, sendo que o A e o B são responsáveis por causar epidemias de tempos em tempos, em diversas partes do mundo. O tipo A é o mais conhecido, sendo dividido em duas principais variantes: H1N1 e H3N2. Esta última tem sido responsável pela epidemia de influenza em algumas regiões do Brasil desde o início de 2022.

Todos os tipos de influenza, incluindo o H3N2, causam sinais e sintomas semelhantes, que podem ser:

  • Febre alta e súbita, logo no início da infecção;
  • Inflamação na garganta;
  • Tosse, que pode durar de uma a duas semanas;
  • Dor de cabeça;
  • Dor no corpo e articulações;
  • Mal-estar;
  • Calafrios;
  • Coriza;
  • Perda de apetite;
  • Irritação nos olhos;
  • Diarreia e/ou vômitos, principalmente em crianças.

Os casos sintomáticos se manifestam entre três a cinco dias após a infecção.

Como confirmar o diagnóstico da Covid-19 e influenza?

As semelhanças entre os quadros gripais da Covid-19 e influenza não permitem que o diagnóstico seja feito apenas com base no exame clínico e histórico de saúde do paciente. Para confirmar ou não a presença das doenças, é necessário realizar testes específicos. Confira a diferença entre eles:

  • RT-PCR – é considerado o teste padrão-ouro pela Organização Mundial da Saúde para detectar a presença do coronavírus. O exame é colhido por meio de um swab, introduzido no nariz ou garganta, e deve ser feito entre o terceiro e sétimo dia após o início dos sintomas.
  • Antígeno – o exame acusa a infecção ativa pela Covid-19 e é mais rápido e simples que o RT-PCR, sendo uma alternativa viável principalmente em locais com altos números de casos, onde há unidades de saúde e laboratórios sobrecarregados. Também é realizado via swab e deve ser feito entre o quinto e sétimo dia após o início dos sintomas.
  • Sorológico – não é indicado para detectar a infecção ativa pela Covid-19, já que o exame detecta anticorpos somente depois de uma a duas semanas da contaminação. O objetivo do exame é saber se a pessoa já teve ou não a doença.
  •  Testes para influenza – existem dois tipos de teste para detectar influenza: o teste rápido, que acusa os tipos A e B, fica pronto em duas horas, mas possui menor sensibilidade; e o teste molecular para detecção de influenza A, que identifica também a cepa do vírus.
  • PCR multiplex – é como um RT-PCR para covid-19, mas que também é capaz de detectar os tipos de influenza.

É possível estar infectado com Covid-19 e influenza ao mesmo tempo?

Sim, uma vez que a forma de contágio é a mesma para ambas as doenças – contato com saliva, objetos contaminados e que são levados à boca, micropartículas suspensas no ar que contenham o vírus – é possível se infectar com Covid-19 e influenza ao mesmo tempo. Nesse caso, os sintomas serão simultâneos e não há diferenças tão notáveis.

Como prevenir o contágio da Covid-19 e influenza?

A vacinação é o método mais eficiente e seguro de impedir as formas graves das doenças, evitando complicações, sequelas, hospitalizações e a morte. A vacina contra a Covid-19 está disponível para todas as pessoas acima de 5 anos de idade. Já a vacina contra o vírus influenza protegem contra os tipos A e B, mas ainda não incluem a imunidade contra a variante H3N2. Outros cuidados para evitar o contágio e transmissão da Covid-19 e influenza são:

  • Uso de máscaras, sobretudo em locais fechados e na presença de outras pessoas;
  • Evitar aglomerações, principalmente em locais fechados e/ou com pouca ventilação;
  • Higienizar frequentemente as mãos com água e sabão ou álcool em gel – ao entrar e sair de estabelecimentos, andar de transporte público e ao chegar em casa.

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Como identificar e combater os sintomas de refluxo gastroesofágico?

O refluxo gastroesofágico, também conhecido como refluxo gástrico, afeta cerca de 12% a 20% da população brasileira, segundo a Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia (SBMDN). Ele pode causar dores intensas no estômago e na região do peito e pode deixar um gosto nada agradável na boca. Quando os sintomas do quadro são crônicos, é possível que os pacientes tenham dificuldade de fazer tarefas do dia a dia e exercícios físicos e também sintam desconforto na hora de se alimentar.

O que é refluxo gastroesofágico

Considerado uma doença digestiva, o refluxo gastroesofágico acontece quando o músculo chamado de esfíncter esofágico inferior, que controla a passagem entre o esôfago e o estômago, não se fecha completamente, permitindo que o ácido gástrico ou a bile (secreção produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar) volte para o esôfago. Isso causa irritação na mucosa dessa parte do tubo digestivo, gerando os sintomas dolorosos ou incômodos.

Não se sabe exatamente por que o problema acontece, mas diversos fatores podem contribuir para o mau funcionamento do esfíncter esofágico inferior, como características biológicas, fisiológicas e estruturais da pessoa.

Quais os sinais e sintomas de refluxo gastroesofágico?

Os sinais e sintomas de refluxo gastroesofágico podem aparecer em episódios isolados ou de maneira mais frequente, a depender da gravidade do quadro de cada paciente. Entre os mais frequentes estão:

  • Azia ou queimação que se origina na boca do estômago, mas pode atingir a garganta;
  • Dor torácica intensa, que pode ser confundida com a dor da angina (dor no peito causada pela diminuição do fluxo de sangue no coração) e até com sinais do infarto do miocárdio;
  • Tosse seca;
  • Dificuldade em engolir;
  • Regurgitação de alimentos;
  • Líquido azedo na boca;
  • Sensação de ter um “nó na garganta”;
  • Dificuldade em dormir por várias horas (pelo incômodo causado pelos sintomas);
  • Doenças pulmonares que se repetem, como pneumonias, bronquites e asma.

Quando devo procurar um médico para tratar o refluxo gastroesofágico?

Você deve procurar um profissional de saúde para tratar o quadro se experimentar sintomas graves ou frequentes e se os efeitos causados pelo refluxo gastroesofágico estiverem prejudicando o seu dia a dia, impedindo de realizar as tarefas rotineiras de forma natural.

Também é recomendado que você procure atendimento médico imediato se tiver dor no peito, especialmente se ela for acompanhada por falta de ar ou dor na mandíbula ou no braço. Como a dor no peito também pode acontecer devido a um ataque cardíaco, mesmo que você tenha sido diagnosticado anteriormente com refluxo gastroesofágico, o melhor é buscar ajuda especializada o quanto antes por segurança.

Como é o tratamento do refluxo gastroesofágico?

O tratamento do refluxo gastroesofágico pode ser clínico ou cirúrgico. O primeiro é feito com medicamentos que diminuem a acidez do suco gástrico e com mudanças simples de hábitos, adotando um estilo de vida saudável, o que inclui:

  • Manter o peso recomendado pelo médico para sua altura, idade e tipo físico;
  • Evitar alimentos e bebidas que podem agravar o quadro, segundo a orientação do médico;
  • adotar uma dieta balanceada, com boa variedade de alimentos naturais e pouco processados;
  • Não fumar, já que nicotina pode relaxar o esfíncter esofágico inferior, piorando os sintomas;
  • Seguir os horários indicados pelo médico para se alimentar;
  • Fazer exercícios físicos regularmente após o médico avaliar se você tem algum impedimento e quais são os mais adequados para o seu caso.

O tratamento cirúrgico pode ser realizado em cirurgia convencional, na qual é feito um corte no abdômen para acessar a área a ser operada, ou por laparoscopia, que é uma técnica minimamente invasiva. Nela, são feitas apenas pequenas incisões na região abdominal para introdução do laparoscópio, instrumento que permite ver dentro do corpo do paciente e operar os instrumentos cirúrgicos. O tratamento cirúrgico é indicado

  • Nos casos de hérnia de hiato, condição em que parte do estômago impulsiona o músculo do diafragma);
  • Para os pacientes que não respondem bem ao tratamento com medicamentos e mudanças de estilo de vida;
  • Ou quando é necessário confeccionar uma válvula antirrefluxo (pequeno acessório usado para aliviar os sintomas).

Geralmente, os procedimentos cirúrgicos para o tratamento de refluxo gastroesofágico são feitos com anestesia geral e costumam ser relativamente rápidos, durando entre 30 e 40 minutos.

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Quais são os sintomas da Doença de Parkinson?

Embora um dos sinais mais conhecidos da Doença de Parkinson seja tremores que acometem, principalmente, as mãos, cerca de 20% dos pacientes podem não apresentar essa característica. O principal indicador do Parkinson, na verdade, é o quadro de bradicinesia, que faz com que as pessoas que têm a doença realizem movimentos mais lentos, caracterizados, muitas vezes, pela dificuldade de andar, pouca ou nenhuma expressão facial, além de um “arrastar de pés” durante caminhadas. Saiba mais sobre a doença e como ela pode se manifestar de diferentes formas, de acordo com o estágio em que se encontra cada paciente.

O que é Doença de Parkinson?

A Doença de Parkinson é uma enfermidade progressiva do sistema nervoso, parte do cérebro que controla dos movimentos. O quadro surge devido à degeneração de células presentes na região do cérebro chamada de substância negra. Essas células são responsáveis por produzir a dopamina, substância que conduz as correntes nervosas (neurotransmissores) por todo o corpo. A falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos do paciente, provocando os sintomas.

Ela é a segunda doença degenerativa mais prevalente no mundo, só fica atrás do Alzheimer. O quadro não é fatal ou contagioso e, geralmente, não afeta a memória ou a capacidade intelectual do paciente.

Quais são os sinais e sintomas da Doença de Parkinson, como a doença se manifesta?

Os sinais e sintomas do Parkinson incluem alterações motoras e não-motoras. Os primeiros sinais são sutis e, por isso, podem passar despercebidos. É possível que eles se manifestem até uma década antes da manifestação mais grave da doença, que ocorre apenas quando há degeneração de boa parte das células que produzem dopamina.

Entre esses sinais e sintomas mais leves estão a constipação, redução do olfato e o transtorno comportamental do sono REM, que faz com que os pacientes se mexam muito durante o sono. Outros sintomas comuns que podem aparecer ao longo do desenvolvimento da doença são:

  • Lentidão de movimentos, chamada bradicinesia;
  • Agitação ou tremor em repouso, que pode piorar se o paciente está nervoso;
  • Rigidez dos braços, pernas ou tronco;
  • Problemas com o equilíbrio e quedas;
  • Alterações de humor – como depressão, ansiedade, irritabilidade;
  • Alterações cognitivas – como falta de atenção, problemas visuo-espacial, psicose e alucinações;
  • Suor excessivo, principalmente nas mãos
  • Mudanças sensoriais – como dor, sensação de aperto, formigamento e queimação;
  • Voz baixa e suave;
  • Tontura e desmaios;

Qual a importância do diagnóstico da Doença de Parkinson ser feito o mais cedo possível?

O diagnóstico da doença de Parkinson logo no início do curso da doença é de extrema importância para um tratamento eficaz, capaz de retardar a evolução dos sintomas – o que fica mais difícil com o passar do tempo. A grande dificuldade, porém, é que ainda não há exames que forneçam um diagnóstico preciso e, por isso, muitas pessoas descobrem o quadro apenas com o aparecimento de sinais mais graves.

O diagnóstico é feito por exclusão. Com exames para analisar o cérebro, como eletroencefalograma, tomografia computadorizada e ressonância magnética, os médicos conferem se a pessoa possui nenhuma outra doença. Além disso, os especialistas acompanham o histórico clínico do paciente e a presença de sinais e sintomas que podem indicar a presença de Parkinson.

Existe tratamento para a Doença de Parkinson?

Apesar dos avanços da medicina, não existe cura ou forma de prevenir o Parkinson. Entretanto, há tratamentos que podem melhorar significativamente os sintomas causados pela doença e, consequentemente, a qualidade de vida dos pacientes.

Medicamentos – existem diferentes tipos de remédios que podem ser usados para tratar a Doença de Parkinson.

Mudanças no estilo de vida – incluindo a prática de exercícios físicos no dia a dia e uma rotina de alimentação saudável também contribuem para que aqueles que têm Parkinson tenham uma vida melhor. No entanto, é necessário supervisão profissional.

Terapias complementares –  como fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional e acompanhamento psicológico também podem fazer parte do tratamento e beneficiar os pacientes, auxiliando no controle de sinais e sintomas e na adaptação de tarefas cotidianas.

Cirurgia – para alguns casos específicos, os profissionais de saúde também podem sugerir procedimentos cirúrgicos com o objetivo de regular determinadas regiões do cérebro e melhorar os sintomas.

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Hábitos que ajudam a prevenir a enxaqueca

Dor latejante em um dos lados da cabeça, aversão à luz, aos ruídos sonoros, náuseas e vômito. Quem já sentiu esses sintomas provavelmente estava passando por uma crise de enxaqueca. O mal afeta 15% da população no planeta, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, mais de 30 milhões de pessoas enfrentam o problema e precisam lidar com as consequências físicas e emocionais da doença. Isso porque a enxaqueca provoca dor e mal-estar tão intensos que impossibilitam a realização de atividades simples do dia a dia. Alguns hábitos, no entanto, podem ajudar a prevenir essas crises, mas é fundamental o acompanhamento médico para o tratamento adequado.  

O que é enxaqueca?

A enxaqueca é um distúrbio neurológico no qual a dor de cabeça costuma ser intensa e incapacitante. É considerada uma cefaleia (dor de cabeça) do tipo primária, que ocorre devido a disfunções neuroquímicas no cérebro. Portanto, não é um sintoma, mas sim a própria doença. Em geral, a enxaqueca vem acompanhada de outros sintomas, que podem incluir:

  • Aversão a sons, cheiros e luzes;
  • Enjoo;
  • Distúrbios de visão;
  • Irritabilidade;
  • Dificuldade de memória e fala.

Os sintomas de enxaqueca podem durar até 72 horas e, em casos crônicos, os episódios comumente acontecem em 10 a 15 dias no mês.

Quais são as causas da enxaqueca?

As causas da enxaqueca não são totalmente conhecidas, mas existem indícios de que haja um componente genético. Pessoas com familiares de primeiro grau diagnosticados com a doença têm até 80% mais chances de desenvolvê-la. As mulheres também costumam ser mais afetadas, devido às oscilações hormonais do período menstrual e menopausa.

O estresse é outra causa bastante comum, já que nessa circunstância o corpo libera grande quantidade de cortisol e adrenalina, afetando a frequência cardíaca. Esse desequilíbrio resulta na dor de cabeça intensa e demais sintomas como náusea.

Vale ressaltar que, ao longo da vida, qualquer um pode ter uma enxaqueca isolada e entre os fatores de risco estão:

Estilo de vida – privação constante do sono, dietas alimentares desequilibradas e sedentarismo podem contribuir para a enxaqueca.

Álcool e tabagismo – a nicotina presente no cigarro provoca a constrição dos vasos sanguíneos, alterando toda a circulação corporal, o que aumenta as chances de dores de cabeça. O uso abusivo de bebidas alcoólicas também causa esse efeito.

Doenças psíquicas – sintomas de depressão e ansiedade, como oscilação do sono e de humor, podem aumentar as crises de enxaqueca.

Problemas de saúde bucal – alterações orofaciais, como a disfunção temporomandibular, que afeta a articulação da mandíbula, também elevam a prevalência das dores de cabeça.

Fatores externos dias muito quentes e iluminados, vento, odores como o de perfumes podem desencadear uma crise.

Como é o tratamento para enxaqueca?

É importante que o tratamento para enxaqueca seja recomendado por um médico. O profissional realizará os testes clínicos necessários, investigará o histórico médico e familiar do paciente e provavelmente solicitará exames como a ressonância magnética, que produz imagens do cérebro e dos vasos sanguíneos. Esse cuidado é fundamental para descartar outras doenças.

A partir do diagnóstico da enxaqueca, o médico pode receitar, conforme o caso, alguns tipos de medicamentos para alívio da dor, tais como:

  • Analgésicos;
  • Medicamentos para prevenir náusea;
  • Triptanos – classe de medicamentos que age sobre os preceptores da serotonina, levando a constrição dos vasos e diminuição de episódios de inflamação que causam a enxaqueca. Existem versões em comprimido, spray nasal e injeção. Em geral não são recomendados a pessoas com risco de AVC e problemas cardíacos.
  • Opioides – composto por substâncias que podem ser altamente viciantes são recomendados em último caso, quando outros tratamentos não foram eficazes.

Existem ainda alguns tipos de medicamentos que podem ajudar a prevenir as crises de enxaqueca, dependendo das características de cada caso. Eles só devem ser utilizados com prescrição médica, por exemplo:

  • Antidepressivos – os antidepressivos possuem substâncias capazes de evitar os episódios de enxaqueca, mas possuem efeitos colaterais comuns dessa classe medicamentosa, como sonolência;
  • Anticonvulsivantes – podem inibir a incidência de dores de cabeça menos frequentes. Mas também são acompanhados de efeitos colaterais como náusea e tontura;
  • Betabloqueadores – também são recomendados para prevenção de crises de enxaqueca;
  • Terapias hormonais – se você é mulher, converse com o ginecologista sobre terapias hormonais que podem auxiliar na prevenção da enxaqueca;
  • Toxina botulínica – injeções a cada três meses podem ser eficientes para adultos.

Importante! Tome os medicamentos indicados pelo médico e somente para os momentos em que ele foi prescrito. O uso abusivo de analgésicos pode criar um “efeito rebote”, aumentando os episódios de dores de cabeça.

Quais hábitos ajudam a aliviar a enxaqueca e prevenir novas crises?

Mesmo com acompanhamento médico e uso de medicamentos, a enxaqueca pode aparecer a qualquer momento. No entanto, alguns hábitos ajudam a diminuir a frequência de dores e aliviar os sintomas. Confira algumas dicas:

  • Alimentação regular – alimente-se com regularidade e não pule as refeições;
  • Hidratação – beba água, pois a desidratação aumenta a incidência de dores de cabeça;
  • Sono adequado – procure dormir de sete a nove horas por noite;
  • Exercício físico – faça algum tipo de exercício físico rotineiramente após avaliação médica, nem que seja uma caminhada de 30 minutos;
  • Técnicas de relaxamento – adote práticas de relaxamento, como meditação, ioga e técnicas de respiração;
  • Psicoterapia – procure um terapeuta para ajudar a lidar com suas questões emocionais;
  • Atividades prazerosas – inclua atividades prazerosas em seu dia a dia, como um hobby.

Além de ajudar a prevenir e aliviar a enxaqueca, essas medidas podem ser benéficas para a saúde como um todo.

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O que são doenças inflamatórias intestinais?

Doenças inflamatórias intestinais (DIIs) são condições de saúde que afetam o sistema gastrointestinal. As mais comuns são a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. As DIIs são crônicas, ou seja, duram para toda a vida e não tem cura, mas o tratamento adequado pode deixá-las em remissão para evitar complicações e não prejudicar a qualidade de vida do paciente. Entenda mais sobre as causas, sintomas e como é feito o tratamento das doenças inflamatórias intestinais.

Quais são os tipos de doenças inflamatórias intestinais?

A doença de Crohn e a retocolite ulcerativa são as principais doenças inflamatórias intestinais e correspondem a quase todos os casos. Cada uma afeta uma parte do sistema gastrointestinal e pode ter características únicas. Entenda quais são as diferenças:

Doença de Crohn – é uma inflamação intestinal que pode afetar todo o sistema digestivo, desde a boca até o ânus. Mas, principalmente, o intestino delgado (íleo), intestino grosso e a região perianal. Todas as camadas intestinais (mucosa, submucosa, muscular e serosa) podem ser atingidas pela inflamação causada pela doença de Crohn.

Retocolite ulcerativa – atinge o intestino grosso (chamado de cólon) e o reto, com episódios recorrentes de inflamação que ocorrem somente nas camadas mais internas que revestem o intestino (mucosa e submucosa). É uma doença mais incidente em homens.

Qual a incidência das doenças inflamatórias intestinais?

As DIIs são mais comuns em adolescentes e adultos jovens, na faixa etária entre 15 a 40 anos de idade. Atualmente, há mais de 5 milhões de pessoas no mundo com doenças inflamatórias intestinais. No Brasil, porém, faltam estudos epidemiológicos sobre a incidência – somente algumas regiões do país têm esses dados. No estado de São Paulo, por exemplo, há 52,6 casos a cada 100 mil habitantes, o que corresponde a cerca de 23.100 diagnósticos em toda a região.

As doenças inflamatórias intestinais têm maior incidência em países mais desenvolvidos, como Estados Unidos, Canadá e na Europa, ou em regiões com maior índice de urbanização, como o Sudeste e o Sul do Brasil.

O que causa as doenças inflamatórias intestinais?

A causa exata das doenças inflamatórias intestinais ainda é desconhecida. No entanto, algumas características são observadas entre os pacientes diagnosticados com a doença de Crohn ou a retocolite ulcerativa:

  • Fator imunológico – o sistema imunológico geralmente combate organismos estranhos, como vírus e bactérias, para proteger o corpo. No caso das DIIs, o sistema imunológico passa a atacar incorretamente os alimentos, o que causa sintomas como diarreia e inflamação do trato gastrointestinal.
  • Fator genético – o histórico familiar está presente em cerca de um a cada quatro casos de doença inflamatória intestinal.
  • Fator emocional – alguns médicos observam que pacientes com doença inflamatória intestinal foram anteriormente submetidos a uma extensa situação de estresse, seja no trabalho, relacionamento ou algum motivo social.
  • Disbiose intestinal – o desequilíbrio da flora intestinal pode afetar a digestão e alterar o trato intestinal, causando condições como diarreia ou constipação.
  • Tabagismo – observa-se o tabagismo como um possível fator de risco e de agravamento para a doença de Crohn.

Como não há um fator de risco diretamente ligado às DIIs e a possível causa pode ser genética ou imunológica, não há ações que podem prevenir uma retocolite ulcerativa ou a doença de Crohn. Mas, sobretudo para pessoas que já possuem alguma das doenças, é importante evitar o tabagismo e ter uma alimentação saudável e equilibrada, priorizando cereais, verduras, legumes e frutas e evitar consumir alimentos ultraprocessados ou muito gordurosos.

Quais os sinais e sintomas das doenças inflamatórias intestinais?

Os sinais e sintomas das doenças inflamatórias intestinais podem se manifestar principalmente em momentos de crise, sendo mais raros quando as doenças estão em remissão ou controladas. Entre os sinais mais comuns das DIIs estão:

  • Diarreia (que pode se alternar com períodos de constipação);
  • Sangue nas fezes;
  • Dores abdominais;
  • Gases e inchaço abdominais;
  • Perda de apetite ou de peso sem causa aparente.

Há também sinais específicos, de acordo com o tipo da doença inflamatória intestinal, por exemplo:

Doença de Crohn – pode causar fraqueza e febre. Em estágios mais avançados, a doença de Crohn pode levar a dores na articulação, presença de aftas, inflamação nos olhos, lesões na pele, cálculo renal (pedra nos rins) ou na vesícula biliar.

Retocolite ulcerativa – está relacionada a episódios frequentes de diarreia com sangue (que duram entre três a quatro semanas), vontade intensa e repentina de evacuar e presença de muco nas fezes. Em casos mais graves de retocolite ulcerativa, pode ocorrer febre, anemia, perda de peso e fraqueza nas pernas.

Como é feito o diagnóstico das doenças inflamatórias intestinais?

O diagnóstico das doenças inflamatórias intestinais é feito com a combinação de diversos exames e análises clínicas, pois não há um teste específico que permita a detecção. É fundamental que o paciente relate ao médico seu histórico de sintomas, como diarreia ou dores abdominais, para que sejam indicados os exames de diagnóstico que possam confirmar a suspeita. Entre esses procedimentos, são mais comuns:

  • Colonoscopia – exame endoscópico feito por um tubo flexível introduzido pelo reto que captura imagens do intestino grosso;
  • Endoscopia digestiva alta – análise de imagens da região do trato digestivo alto, que é composto pelo esôfago, estômago e duodeno;
  • Exames de imagem – geralmente uma tomografia ou ressonância magnética de toda a região do trato digestivo;
  • Biópsia – durante a realização da colonoscopia e da endoscopia, pode-se remover uma pequena mostra do tecido da região afetada para uma análise patológica (que é feita em laboratório) e, assim, realizar um diagnóstico mais preciso.

Qual o tratamento para as doenças inflamatórias intestinais?

As doenças inflamatórias intestinais são crônicas, ou seja, não tem cura. Porém, com o tratamento é possível deixar o quadro clínico em remissão, ou seja, reduzir os momentos de crises, períodos com maior manifestação de sintomas e desconfortos ao paciente, e evitar complicações para a saúde.

O tratamento da DII pode ser dividido em dois momentos: indução da remissão e manutenção. No primeiro estágio, o objetivo é tratar a fase aguda da doença para reduzir a inflamação e equilibrar o sistema imunológico. Posteriormente, o foco passa a ser a manutenção do período de remissão. Veja quais medicamentos podem ser realizados para o tratamento da retocolite ulcerativa e da doença de Crohn:

  • Aminossalicilatos – geralmente indicado para minimizar a irritação intestinal;
  • Imunomoduladores – atuam diretamente no sistema imunológico, para ajustar o seu funcionamento e evitar que ataque alimentos;
  • Terapia biológica – age em alvos específicos para o tratamento da doença, é um procedimento mais recente e com drogas lançadas nos últimos anos;
  • Corticoides – com ação anti-inflamatória, podem ser indicados no período de indução de remissão.

A dieta também é importante no tratamento das DIIs, especialmente na fase aguda, pois ajuda a combater sintomas como a diarreia. É fundamental o acompanhamento de um nutricionista ou médico especializado para indicar quais alimentos devem ser incluídos ou removidos das refeições.

O objetivo do tratamento medicamentoso é manter o quadro de remissão da doença inflamatória intestinal para o paciente. Desse modo aumenta as chances de evitar um tratamento mais agressivo, que é a cirurgia para remoção da parte do intestino mais afetada.

Esse procedimento é, geralmente, o último passo para evitar alguma complicação, como câncer de intestino, para o qual a DII pode ser um fator de risco. Por isso, é importante o tratamento correto e contínuo da doença inflamatória intestinal, para que o paciente tenha mais qualidade de vida e menos chance de desenvolver outros problemas de saúde.

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Referências

Quais procedimentos adotar durante uma Crise Miastênica?

Antes de mais nada, é preciso entender o que é a Miastenia Gravis, uma doença crônica
caracterizada pela fraqueza e fadiga muscular, afetando principalmente a região das pálpebras
e músculos que movimentam os olhos, além dos braços e pernas. A maioria dos pacientes
acometidos pelo distúrbio relatam grande dificuldade para mastigar e engolir, até problemas
para articular palavras.
Por meio de exames complementares de sangue e testes elétricos responsáveis por avaliar o
impulso nervoso é possível detectar o grau de miastenia do paciente, sendo também
necessário a realização de uma tomografia computadorizada para investigar outras possíveis
alterações no organismo.
O que é uma Crise Miastênica?
Basicamente é um agravamento dos sintomas da Miastenia Gravis, progredindo em seguida
para uma insuficiência respiratória aguda ocasionada por uma infecção ou ingestão de
medicamento contraindicado ao miastênico.
Como você pode ajudar
Caso aconteça tal episódio, a primeira atitude é chamar imediatamente o socorro médico para
monitorar os sinais vitais do paciente e, se necessário, entubar o mesmo. No período em que o
miastênico ficar em observação na UTI ele poderá ser conectado a um aparelho de ventilação
ou receber uma sonda que o alimente e envie medicações básicas.
De qualquer forma, procurar uma orientação médica, de preferência um neurologista de
confiança pode fazer muita diferença na vida de alguém que enfrenta constantes crises
miastênicas.

Ref:https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5704/miastenia_gravis_mg.htm

19 de Maio – Dia de Combate à Cefaleia

Dor de Cabeça: entender para combater. 

Cefaleia é o termo técnico para a popular ‘dor de cabeça’, uma condição muito comum que atinge inúmeros brasileiros das mais variadas idades. Pode se apresentar sem nenhum sinal aparente ou por meio de sintomas como sensibilidade à luz, náuseas, entre outros, provenientes de doenças e condições médicas. Hoje em dia existem diversos tipos de cefaleia, classificadas conforme a origem da dor. Entre as principais, se destacam: 

Enxaqueca 

Caracterizada por uma dor crônica que aumenta pouco a pouco em um dos lados da cabeça, sendo também facilmente reconhecida por uma constante aversão à luz e ao som. Com a visão comprometida pela crise de enxaqueca, o paciente pode ser acometido de náuseas e vômitos. Refeições desreguladas, o abuso do café ou a prática exagerada de atividades físicas são importantes causas do distúrbio, sem falar na ingestão de alimentos gelados ou gordurosos. 

Cefaleia Tensional 

A famosa ‘cabeça pesada’ está relacionada a dores moderadas que não necessariamente atrapalham uma rotina de trabalho, por exemplo. Outro fator bem característico da cefaleia tensional é que não há indícios de outros sintomas causados pela mesma, apenas o incômodo em si, cujos motivos se alternam entre desequilíbrios emocionais e o estresse do dia a dia. 

Cefaleia em Salvas 

Menos frequente, porém, é uma das mais intensas. Geralmente ocorre no período noturno, na região dos olhos e pode durar entre minutos ou horas. Além dos olhos avermelhados e lacrimejantes, esse tipo de cefaleia provoca congestão nasal e o declive das pálpebras. Pesquisas apontam que problemas no hipotálamo, cuja função é controlar a temperatura e o próprio sono, são fatores determinantes para o surgimento da doença. 

Tratamento da Cefaleia 

Tudo vai depender de qual tipo de cefaleia a pessoa possui. Muitas vezes a intervenção pode ser apenas realizar massagens para aliviar a tensão do corpo ou exercícios de alongamento e relaxantes como yoga e meditação, porém muitos casos têm a necessidade de um tratamento multidisciplinar em que são incluídos também medicações para tratar ou prevenir as crises. 

Independente da intensidade da cefaleia, o importante é verificar como isso tem afetado o funcionamento do corpo, sendo imprescindível o contato com um médico neurologista qualificado para uma profunda avaliação e conduta médica 

Referências: 

https://enxaquecacronica.com.br/noticia/107/dia-nacional-de-combate-a-cefaleia:-o-impacto-das-dores-de-cabeca

http://associacaopaulistamedicina.org.br/noticia/1905-dia-nacional-de-combate-a-cefaleia

O aumento das crises de enxaqueca no calor

As altas temperaturas do verão podem desencadear crises de dor de cabeça intensa

A enxaqueca é uma doença multifatorial que pode atingir pessoas de qualquer idade e sexo, mas costuma se manifestar com mais frequência em mulheres e jovens adultos, incluindo adolescentes.

Normalmente existe uma predisposição genética que desencadeia as crises. No entanto, alguns fatores externos também podem ser gatilhos para a dor de cabeça, como tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, odores fortes, alterações hormonais ou alimentação a base de queijos, embutidos e chocolates, por exemplo.

No verão é preciso ficar ainda mais atento: o calor provoca ainda mais crises de enxaqueca. Isso porque as altas temperaturas podem dilatar as artérias e veias, causando dor de cabeça no fim do dia. Outro problema é a claridade, já que quem sofre de enxaqueca, normalmente, tem também fotofobia, que é a grande sensibilidade à luz.

Outra questão decorrente da estação é ficar suscetível à desidratação. O clima quente provoca uma maior perda de líquidos do corpo e o desequilíbrio da entrada e saída de sódio e potássio altera o metabolismo, o que acaba desencadeando crises de enxaqueca no calor.

Como medida de prevenção, é importante sempre sair de casa preparado para enfrentar as altas temperaturas. Leve sempre com você água fresca, óculos de sol e chapéu. Se achar necessário, vale controlar o aparecimento da enxaqueca no calor com compressas de água fria na cabeça. Ficar atento às mudanças de hábitos também vale como prevenção. O verão pode, facilmente, alterar o sono e a alimentação, fatores que também podem provocar a enxaqueca no calor. 

Como controlar a gastrite nervosa

Gastrite nervosa: saiba o que é e como controlar

Níveis elevados de estresse e de ansiedade não abalam somente nosso emocional, nossa saúde mental, mas também podem desencadear uma crise de dispepsia funcional, popularmente conhecida como gastrite nervosa.

A gastrite nervosa é diferente dos outros tipos de gastrite, como a crônica, a aguda, a enantematosa e a eosinofílica, as quais são caracterizadas por um processo inflamatório no estômago. A gastrite nervosa, ao contrário, não causa inflamação.

O que faz com que a dispepsia funcional seja chamada de gastrite nervosa é em razão dos sintomas similares à clássica gastrite. Entre eles estão azia, queimação, aquela sensação de estômago cheio ou inchaço abdominal. Também é possível sentir dor constante ou em pontadas, enjoos, vômitos e arrotos frequentes; ou até perda do apetite e diarreia.

A gastrite nervosa pode surgir em qualquer fase da vida, mas principalmente em momentos de forte estresse ou ansiedade, como o que muitas pessoas estão sentindo neste período da pandemia de Covid-19, seja pelo isolamento social, seja pelo medo de contrair o novo coronavírus, ou ainda pela perda de entes queridos.

Como evitar a gastrite nervosa

Por se tratar de uma consequência de fatores emocionais, podemos evitar sofrer de gastrite nervosa ao cuidar de nossa saúde mental. Buscar ter uma vida saudável com momentos de prazer e de relaxamento é a melhor forma de manter distância dessa doença. Além disso, devemos tentar, ao máximo, controlar os fatores estressantes no nosso dia a dia.

Comece cuidando de sua alimentação. A dieta deve ser balanceada, independentemente da existência ou não de alguma doença. Verduras, legumes e frutas devem fazer parte do cardápio diário, além de grãos e proteínas. Dê preferência às carnes magras.

O Dr. Carlos Eduardo Miguel da Silva, médico gastroenterologista e intensivista da Santa Casa de Porto Ferreira e da Vigilância Epidemiológica da Prefeitura de Porto Ferreira, no interior de São Paulo, frisa que a alimentação deve ser fracionada, ou seja, devemos comer pouca quantidade várias vezes no decorrer do dia. “Deve-se evitar longos períodos em jejum”, destaca ele.

No caso de preservar especificamente as paredes do estômago, não é recomendado o consumo de frituras e alimentos processados, assim como de comidas muito salgadas. Uma boa dica é reduzir a quantidade de sal no preparo dos alimentos, substituindo parte dele por ervas e sementes para deixar a comida mais saborosa. Açúcar em excesso é outro vilão à nossa saúde.

A hidratação não pode ser deixada de lado. Beba sempre muita água. Chás feitos de ervas (não os industrializados) sem açúcar são muito bem-vindos. Dê preferência às ervas com efeito calmante, como camomila, erva-cidreira (capim-limão) e passiflora.

Por outro lado, refrigerantes, sucos ácidos (cítricos) e café devem ser evitados, conforme a recomendação do Dr. Silva.

É bom lembrar também que o consumo de bebidas alcoólicas em excesso, assim como o hábito de fumar, são prejudiciais.

Corpo e mente sãos

O combate ao estresse inclui a prática regular de atividades físicas, que faz bem para a saúde física e mental. Ao nos exercitarmos, há um aumento na produção de serotonina e endorfina, que são neurotransmissores relacionados à sensação de bem-estar.

Procure atividades que lhe dão mais prazer. Além das aeróbicas, que impactam positivamente nos sistemas cardiovascular e muscular, inclua aquelas voltadas mais para a mente, como yoga e meditação, por exemplo.

Da mesma forma, reserve um tempo em sua agenda para fazer o que gosta, procure cultivar um hobby.

Gastrite nervosa tem cura

As atividades físicas e alimentação balanceada valem no caso de a gastrite nervosa já estar instalada, mas não abra mão de procurar ajuda profissional. Nem sempre está sob nosso controle afastar por completo os fatores estressantes do cotidiano, mas podemos reforçar nossa capacidade de saber lidar com eles.

O médico gastroenterologista é o mais indicado para traçar o diagnóstico e indicar o melhor tratamento, que costuma incluir medicamentos antiácidos ou os que reduzem a produção de acidez no estômago.

Com o diagnóstico em mãos, o paciente pode recorrer a um médico psiquiatra ou um psicólogo, que irão atuar na causa do problema. Geralmente, os sintomas físicos da gastrite nervosa são curados, quando o problema emocional é tratado.

Fontes:

https://www.globalcare.com.br/br/blog/indigestao-e-azia-podem-ser-sintomas-de-gastrite

https://www.vittude.com/blog/gastrite/

https://www.tuasaude.com/tipos-de-gastrite/

https://www.tuasaude.com/gastrite-nervosa/

https://www.posunifae.com.br/conheca-o-poder-dos-chas-calmantes-e-estimulantes/noticia/1784#:~:text=Erva%2Dcidreira%2C%20chamada%20tamb%C3%A9m%20de,crises%20de%20ansiedade%20e%20depress%C3%A3o.

https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2018/10/4-motivos-pelos-quais-fazer-exercicio-fisico-e-bom-para-o-cerebro.html