como fortalecer memoria

Como funciona nossa memória e o que podemos fazer para fortalecê-la?

Cerca de 40% das pessoas com 65 anos ou mais têm parte da memória comprometida devido ao avanço da idade, de acordo com estudos feitos nos Estados Unidos. No entanto, perdas podem acontecer ainda na juventude ocasionadas por fatores que desfavorecem o armazenamento de informações no cérebro. Continue a leitura para saber:

O que é a memória?

A memória se refere ao processo de codificar, armazenar e recuperar informações no cérebro humano. Esse processo está diretamente ligado a fatores como música e foco, que podem influenciar a retenção de informações. Isso nos permite reter e relembrar experiências passadas, conhecimentos, habilidades e percepções. As lembranças desempenham um papel crucial em nossas vidas, moldando nossa identidade, tomada de decisão e capacidade de aprender.

É importante observar que a memória não é um registro perfeito e infalível de eventos passados. Ela pode ser influenciada por vários fatores, incluindo emoções e passagem de tempo, e pode estar sujeita a erros, distorções ou esquecimentos, levando a imprecisões em nossas lembranças.

Quais são os estágios do processamento da memória?

A memória pode ser dividida em três estágios principais: codificação, armazenamento e recuperação. Compreender o que é concentração é fundamental para aprimorar esses processos.

  • Codificação – é o processo inicial de conversão de informações para um formato que será armazenado e recuperado posteriormente. Envolve a tradução de estímulos externos, como visões, sons e cheiros, em códigos neurais que o cérebro pode entender.
  • Armazenamento – uma vez que a informação é codificada, ela é armazenada em diferentes regiões do cérebro para ser recuperada posteriormente. Essa fase envolve vários sistemas e estruturas dentro do cérebro.
  • Recuperação – é o processo de acessar e recuperar informações armazenadas. A recuperação pode ocorrer por meio de vários gatilhos, como contexto, emoções ou associação com outras memórias.

Como é dividida a memória?

Há dois principais tipos de armazenamento de memória:

  1. Memória de curto prazo – também conhecida como memória de trabalho, tem capacidade limitada e armazena informações temporariamente para uso imediato. Se a informação não for transferida para a memória de longo prazo, é provável que seja esquecida.
  2. Memória de longo prazo – envolve o armazenamento de informações por períodos mais longos, geralmente por toda a vida. Se divide em diferentes subtipos, incluindo memória episódica (experiências pessoais), memória semântica (conhecimentos gerais) e memória processual (habilidades e hábitos).

Como o cérebro armazena a memória?

O armazenamento da memória no cérebro é um processo complexo, que envolve várias regiões cerebrais e redes neurais. A teoria mais conhecida sobre o armazenamento da memória é a plasticidade sináptica, que ocorre da seguinte forma:

  • Transmissão de sinais – quando ocorre o aprendizado, a atividade neural fortalece a conexão entre os neurônios (sinapses) envolvidos naquela memória específica.
  • Armazenamento temporário – o hipocampo atua como o local de armazenamento temporário para novas memórias antes de serem transferidas para áreas de retenção permanentes no neocórtex.
  • Memória de longo prazo – uma vez que as memórias são consolidadas para o neocórtex, elas se tornam parte do sistema de memória de longo prazo.

O que atrapalha o armazenamento das memórias?

Vários fatores podem dificultar o armazenamento de memórias ou torná-las mais difíceis de codificar e recuperar. Além disso, a relação entre aprendizagem e memória desempenha um papel essencial na consolidação do conhecimento. São eles:

✔ Falta de atenção, pois a distração pode comprometer a formação da memória.

✔ Estresse, que interfere no funcionamento do hipocampo e na capacidade de foco.

✔Privação do sono, essencial para consolidar e fortalecer as lembranças.

✔ Problemas de saúde, como Alzheimer, demências e lesões cerebrais.

✔ Medicamentos, como sedativos, tranquilizantes e alguns antidepressivos.

✔ Abuso de álcool e drogas, que comprometem a função cerebral.

✔ Fatores psicológicos, como depressão, ansiedade e estresse crônico.

Como fortalecer a memória?

O fortalecimento da memória envolve a adoção de várias estratégias que podem aprimorar a codificação, o armazenamento e a recuperação de informações. Algumas delas incluem:

  • Preste atenção – concentre-se nas informações que deseja lembrar, minimizando distrações e criando um ambiente propício para o aprendizado.
  • Durma o suficiente – um sono regulado ajuda no armazenamento e recuperação da memória, melhorando a atenção e a função cognitiva.
  • Mantenha um estilo de vida saudável – exercícios físicos, alimentação equilibrada e controle do estresse contribuem para a saúde do cérebro e a função cognitiva.
  • Exercite a mente – atividades como quebra-cabeças, leitura, aprendizado de novas habilidades e conversas estimulantes fortalecem a memória.
  • Uso de nootrópicos – substâncias que aumentam a função cognitiva e melhoram memória, atenção e criatividade. Nootrópicos podem ser encontrados na cafeína, ômega-3 e ginkgo biloba, sendo mais eficientes quando consumidos em suplementos. Para isso, é recomendável procurar orientação médica para escolher a melhor opção e a forma de consumo.

Adotar essas estratégias pode ser fundamental para preservar a saúde cognitiva e potencializar a capacidade de memorização ao longo da vida.

como a música melhora o foco

Como a música pode melhorar o foco, a memória e a concentração?

A experiência de escutar música pode ser uma prática benéfica também para a nossa saúde. Isso porque a música, além de despertar emoções, também pode estimular áreas específicas do cérebro responsáveis pelo processamento cognitivo, emocional e sensorial, o que tem impacto direto em nosso foco, memória e concentração. Continue a leitura para saber:

Quais os benefícios da música para o cérebro?

A música exerce uma influência múltipla sobre o nosso cérebro, impactando positivamente diversas áreas e funções cognitivas, emocionais e sensoriais. Veja como funciona:

Estímulo cognitivo – estudos indicam que a prática regular de escutar música está associada a uma melhoria no processamento cognitivo, que inclui atividades cerebrais de organização, armazenamento, recuperação e uso de memória e informações que acumulamos com o longo da vida. A complexidade de composições musicais desafia o cérebro e estimula a plasticidade neural, fortalecendo as conexões sinápticas (junções entre um neurônio e outro) e as células do sistema nervoso, onde a transmissão de informações ocorre. Esse processo está diretamente ligado ao desenvolvimento cognitivo infantil, mostrando como a música pode influenciar positivamente desde a infância.

Regulação emocional – a música também é conhecida por sua capacidade de evocar e influenciar emoções. Da euforia à serenidade, a música torna-se um canal que impacta o bem-estar emocional. Essa conexão entre emoções e aprendizado é essencial para entender a relação entre foco em aprendizagem, pois as emoções desempenham um papel crucial na capacidade de absorver e reter informações.

Estímulo sensorial – a parte sensorial da música envolve não apenas a audição, mas também a resposta a ritmos e padrões. Essa estimulação sensorial contribui para o desenvolvimento da percepção espacial, coordenação motora e habilidades sensoriais.

Aprimoramento da atenção, memória e concentração – estudos sugerem que a música pode atuar como um catalisador para o foco, proporcionando um ambiente mental propício para tarefas que exigem mais trabalho do cérebro. Além disso, a música está associada a melhorias na memória, destacando seu papel como uma ferramenta auxiliar no processo de aprendizado e retenção de informações. Esse impacto está diretamente relacionado à compreensão sobre o que é concentração, um aspecto essencial para otimizar o desempenho em diversas atividades.

Quais são os melhores tipos e gêneros de música para aumentar a atenção, a memória e a concentração?

Nem toda música funciona da mesma forma no cérebro de cada pessoa. Por exemplo, há estudos mostrando que música alta afeta negativamente a compreensão da leitura, agitando em vez de focar. Da mesma forma, outro estudo descobriu que a música com letras pode piorar a memória de trabalho e a compreensão de leitura do aluno.

Para quem quer ouvir música, uma dica é ir para os sons instrumentais e mais lentos. Os gêneros musicais populares com foco em estudo incluem: música clássica, lo-fi e sons da natureza.

Música clássica – considerada a melhor música para foco no estudo, é muito eficaz porque estimula o cérebro, tornando mais fácil a absorção de novas informações de maneira significativa.

Lo-fi – ajuda o lobo frontal do nosso cérebro a se concentrar especificamente, porque são gravados com imperfeições intencionais, como notas mal tocadas, zumbidos baixos, ruído ambiental e outros efeitos. Essas falhas acionam o cérebro, que, por sua vez, pode ajudar a melhorar seu foco.

Sons da natureza – podem ter efeitos positivos no relaxamento e na redução do estresse, o que pode favorecer a concentração.

Como usar a música como uma ferramenta de estudo, trabalho e lazer?

 

A música pode ser uma ferramenta valiosa em diferentes contextos, confira algumas dicas de como utilizá-la em cada momento.

 

Para estudar:

  • Escolha músicas instrumentais ou em línguas não estudadas;
  • Utilize músicas suaves para leitura e compreensão;
  • Para memorização, escolha músicas sem letras e com padrões rítmicos.

 

Para trabalhar:

  • Para tarefas repetitivas, opte por músicas com ritmo constante;
  • Para criatividade, escolha músicas animadas, mas não agitadas demais;
  • Garanta que as pessoas ao seu redor estejam confortáveis com a música. 

 

Para o lazer:

  • Escolha músicas baseadas em preferências pessoais;
  • Músicas suaves são ideais para momentos de relaxamento;
  • Crie playlists para aprimorar diferentes experiências;
  • Em todas as situações, esteja atento aos efeitos da música em seu desempenho e bem-estar, ajustando conforme necessário para garantir um equilíbrio ideal.

 

O que são nootrópicos e que benefícios também podem proporcionar para o foco, memória e concentração?

 

Nootrópicos são substâncias, naturais ou sintéticas, que podem ser utilizadas para melhorar aspectos cognitivos, como foco, memória, concentração e outras funções mentais. Também são conhecidos como potencializadores cognitivos. Essas substâncias atuam de diversas maneiras no cérebro, visando aprimorar o desempenho cognitivo. Alguns exemplos de nootrópicos incluem:

 

  • Cafeína – encontrada em café, chá e alguns suplementos. Pode melhorar o estado de alerta e a concentração.

 

  • L-teanina – presente no chá verde, é conhecida por promover relaxamento e reduzir a ansiedade;

 

  • Ômega-3 – presente em peixes oleosos, como salmão, pode beneficiar a saúde cerebral e a cognição;

 

  • Rhodiola rosea – uma erva que pode ajudar a reduzir a fadiga mental e melhorar o desempenho cognitivo sob estresse.

 

Os benefícios dos nootrópicos para foco, memória e concentração podem variar de pessoa para pessoa. Além disso, é crucial usar nootrópicos com cautela, respeitando as doses recomendadas e consultando um profissional de saúde, pois alguns podem ter efeitos colaterais e interações com medicamentos. 

Como usar mapas conceituais para organizar e representar o conhecimento em construção?

Os mapas conceituais são organizadores visuais que podem ajudar na compreensão sobre qualquer assunto que está sendo estudado e na memorização. Essas representações gráficas são baseadas em uma teoria de aprendizagem que propõe que o conhecimento é construído a partir da interação entre o que já se sabe e o que se aprende de forma nova. Saiba mais sobre a saúde do cérebro e como os mapas conceituais podem ajudar nesse processo.

O que é um mapa conceitual?

O mapa conceitual é uma representação gráfica que organiza e mostra as relações entre conceitos ou ideias. Ele é frequentemente utilizado como ferramenta visual para ajudar na compreensão e na aprendizagem de informações complexas, principalmente no contexto educacional, destacando conexões e hierarquias entre diferentes conceitos. Essa abordagem permite:

  • Organizar os conhecimentos adquiridos em sala de aula;
  • Identificar padrões;
  • Assimilar informações de maneira mais eficiente;
  • Conectar informações aparentemente isoladas;
  • Promover uma compreensão mais profunda do material estudado.

Como surgiu o mapa conceitual?

O mapa conceitual foi desenvolvido por Joseph D. Novak na década de 1970, quando ele trabalhava na área de pesquisa em aprendizado na Cornell University, nos Estados Unidos. O conceito foi baseado na teoria da aprendizagem significativa, proposta por David Ausubel. Essa teoria sugere que a aprendizagem ocorre quando novas informações são integradas ao conhecimento prévio de uma pessoa de maneira significativa, ou seja, quando há uma conexão lógica e relevante entre o que já se sabe e o que está sendo aprendido.

Por que usar um mapa conceitual?

Os mapas conceituais podem ajudar de diversas formas diferentes, incluindo:

  • Organização de informações – servem como ferramentas eficazes para organizar informações complexas de maneira clara e hierárquica, o que facilita a compreensão de tópicos mais amplos.
  • Relacionamento de conceitos – oferecem uma representação visual das relações entre conceitos, ajudando a entender como diferentes ideias estão conectadas e interagem entre si.
  • Assimilação do conhecimento – tornam ele mais tangível e fácil de lembrar, ou seja, facilitam a memorização.
  • Pensar de forma criativa – incentivam o estabelecimento de conexões não óbvias e identificam padrões, promovendo uma compreensão mais profunda dos conceitos.
  • Planejamento – são úteis para planejar projetos, discutir estratégias e organizar ideias de maneira clara.
  • Análise de dados – facilitam esse processo, o que pode apoiar a tomada de decisões mais assertivas.

Quais são os recursos de um mapa conceitual?

Os recursos de um mapa conceitual são os elementos que o compõem e que permitem a sua representação visual das relações entre conceitos e ideias. Eles incluem:

  • Conceitos – as ideias que são representadas no mapa conceitual.
  • Relações – conexões entre os conceitos, representadas por linhas ou setas.
  • Palavras de ligação – palavras que descrevem a natureza das relações entre os conceitos escritos ao lado das linhas ou setas que representam as relações.
  • Cores – usadas para destacar conceitos ou relações importantes.
  • Ícones – usados para representar conceitos ou relações de forma mais visual.
  • Notas – usadas para fornecer informações adicionais sobre os conceitos ou relações.

Qual a diferença entre mapa conceitual e mapa mental?

Embora mapas conceituais e mapas mentais sejam duas ferramentas visuais que podem ser usadas para organizar e representar informações, facilitando a compreensão e a memorização, existem algumas diferenças importantes entre esses dois tipos de mapas:

  • Mapas conceituais – representam visualmente as relações entre conceitos organizados em uma estrutura hierárquica, com os conceitos mais gerais no topo e os mais específicos na base.
  • Mapas mentais – representam visualmente ideias e pensamentos organizados em torno de uma ideia central, com tópicos relacionados irradiando do tema principal. Eles são uma ferramenta eficaz para a criatividade e o brainstorming.

Como fazer um mapa conceitual?

Veja um passo a passo para fazer um mapa conceitual em 6 etapas:

  1. Defina o objetivo – determine o objetivo do seu mapa conceitual e o que você deseja alcançar com ele.
  2. Escolha uma ideia central – escolha uma ideia central que será o foco do seu mapa.
  3. Liste os conceitos relacionados – identifique os conceitos relacionados à ideia central.
  4. Organize os conceitos em uma hierarquia – disponha os conceitos de forma hierárquica, do mais geral ao mais específico.
  5. Conecte os conceitos – utilize linhas ou setas para conectar os conceitos e adicione palavras de ligação para descrever as relações.
  6. Revise e ajuste – revise o mapa para garantir que as relações estejam claras e as informações estejam corretas.

Além do mapa conceitual, o que mais pode ajudar na memória funcional?

Outras ferramentas, como nootrópicos, também podem ajudar na memória funcional. Nootrópicos são substâncias (naturais ou sintéticas) que podem melhorar a função cerebral, incluindo memória, aprendizado, foco e concentração. Saiba mais sobre a depressão na infância e adolescência e os impactos na função cognitiva. Os nootrópicos podem ser encontrados em suplementos alimentares ou medicamentos prescritos por um médico.

 

emoções e influencia no foco e memoria

As emoções influenciam no foco, aprendizagem e memória?

Você já parou para pensar em como as emoções impactam o seu dia a dia? Elas vão além de simples reações a eventos. Na verdade, desempenham um papel crucial em processos mentais como foco, aprendizado e memória. Então, continue a leitura para saber como as emoções influenciam essas áreas e como gerenciá-las a favor do foco, aprendizagem e memória.

  • O que são as emoções e como elas afetam o nosso cérebro?
  • Como as emoções interferem na atenção e no foco?
  • Como as emoções facilitam ou dificultam a aprendizagem?
  • Como as emoções modulam a memória?
  • Como usar as emoções a favor do foco, aprendizagem e memória?
  • O que são nootrópicos e que benefícios também podem proporcionar para o foco, memória e concentração?

O que são as emoções e como elas afetam o nosso cérebro?

As emoções são estados psicológicos complexos que influenciam nossa percepção e resposta ao mundo ao nosso redor. Elas vão além de simples reações, influenciando nossa resposta a estímulos e eventos significativos. Em nível cerebral, as emoções desencadeiam uma série de reações químicas e neurais que moldam nossos pensamentos e comportamentos.

Essas respostas emocionais não ocorrem apenas em uma parte específica do cérebro. Pelo contrário, envolvem uma rede complexa de regiões, incluindo o córtex pré-frontal, amígdala e hipotálamo. Essa interconexão destaca a abrangência das emoções em nossas experiências diárias.

Como as emoções interferem na atenção e no foco?

A emoção atua como um direcionador de atenção, sinalizando ao cérebro o que é relevante. Em situações emocionais, nossa atenção se volta para elementos-chave, priorizando informações consideradas importantes. Isso pode ser vantajoso, mas também pode desviar o foco de detalhes cruciais, dependendo do contexto emocional.

Imagine-se em um momento de extrema alegria ou ansiedade. Nesses momentos, sua atenção está completamente focada na fonte da emoção. Esse direcionamento é essencial, pois nossa capacidade de atenção é limitada, e as emoções atuam como filtros, destacando o que é mais relevante.

Como as emoções facilitam ou dificultam a aprendizagem?

As emoções desempenham um papel significativo na facilitação ou dificuldade do processo de aprendizagem. Quando uma pessoa experimenta emoções positivas, como alegria, interesse ou entusiasmo, esses estados emocionais podem aprimorar a capacidade de aprendizado.

Em situações emocionalmente positivas, há uma maior liberação de neurotransmissores associados à motivação e ao prazer, como a dopamina, que pode fortalecer as conexões sinápticas no cérebro, melhorando a formação de memórias e a aprendizagem.

Como as emoções modulam a memória?

A intensidade e qualidade das emoções impactam diretamente nossas lembranças. Eventos emocionalmente carregados são frequentemente lembrados com mais detalhes e nitidez. Esse fenômeno, conhecido como “memória emocional”, destaca a capacidade única das emoções de modular nossas recordações.

Essa capacidade tem implicações importantes em como vivenciamos e aprendemos com as experiências. Compreender essa dinâmica nos ajuda a valorizar a importância das emoções na formação de memórias duradouras, contribuindo para a riqueza e diversidade das nossas recordações ao longo da vida.

Como usar as emoções a favor do foco, aprendizagem e memória?

emoções e influencia no foco e memoria

Aprimorar nossa inteligência emocional é uma ferramenta valiosa para impulsionar nossas habilidades cognitivas. O segredo está em compreender e gerenciar nossas emoções de maneira consciente. Isso não apenas beneficia nosso foco, permitindo-nos concentrar em tarefas importantes, mas também aprimora nossa capacidade de aprendizado.

Quando estamos em sintonia com nossas emoções, conseguimos absorver informações de maneira mais eficaz, tornando o processo de aprendizagem mais fluido e produtivo.

O que são nootrópicos e que benefícios também podem proporcionar para o foco, memória e concentração?

Nootrópicos são substâncias projetadas para melhorar as funções cognitivas e a saúde do cérebro. Essas substâncias auxiliam as funções cerebrais e podem oferecer benefícios significativos para o foco, memória e concentração, sendo amplamente utilizadas por estudantes, profissionais e indivíduos em busca de desempenho cognitivo aprimorado.

Alguns dos benefícios propiciados pelo uso de nootrópicos são:

  • Melhora do foco – contribuem para a concentração e atenção, auxiliando em tarefas que exigem precisão mental;
  • Aprimoramento da memória – alguns nootrópicos são associados à melhoria na formação e recuperação de memórias;
  • Estímulo cognitivo – os nootrópicos favorecem processos como o raciocínio, aprendizado e resolução de problemas;
  • Maior resistência ao estresse – algumas dessas substâncias têm propriedades adaptogênicas, auxiliando na resistência ao estresse emocional;
  • Aumento da motivação – podem influenciar positivamente a motivação e o ânimo para realizar atividades;
  • Melhoria na circulação cerebral – alguns nootrópicos atuam como vasodilatadores, aumentando o fluxo sanguíneo para o cérebro, contribuindo para uma melhor atividade cerebral.

O que é a concentração?

A capacidade de focar a atenção em uma tarefa ou atividade, minimizando as distrações

A concentração direciona a função cognitiva do cérebro para uma tarefa ou objetivo específico, processando informações de maneira mais eficaz, tomando melhores decisões e concluindo tarefas com eficiência. Envolve a capacidade de bloquear estímulos irrelevantes e manter a atenção na atividade que está sendo realizada. Conseguir manter a concentração traz vários benefícios para a memória e em outros aspectos da vida:

  • Aumento da produtividade;
  • Melhoria no aprendizado e retenção de informações;
  • Mais habilidade para resolver problemas;
  • Melhor performance profissional e acadêmica;
  • Diminuição das chances de cometer erros;
  • Redução do estresse.

Para saber mais sobre como as emoções influenciam o foco, a aprendizagem e a memória, acesse este conteúdo.

Como o cérebro age quando está concentrado?

Processo que envolve diferentes regiões cerebrais e sincronização de redes neurais

O cérebro passa por mudanças quando está concentrado, envolvendo um processo complexo que aciona várias regiões e redes neurais. Entre os principais mecanismos, destacam-se:

  • Controle atencional: o córtex pré-frontal ajuda a selecionar no que o cérebro vai manter o foco enquanto filtra as distrações, coordenando outras regiões para direcionar a atenção onde é necessária.
  • Ativação de regiões cerebrais: dependendo da tarefa, regiões específicas associadas à função são ativadas. Ao ler, as áreas de processamento visual são ativadas; ao ouvir, áreas relacionadas à linguagem se tornam ativas.
  • Sincronização de redes neurais: permite a comunicação eficiente entre as regiões do cérebro, aprimorando o processamento cognitivo e facilitando a conclusão de tarefas.
  • Inibição de informações irrelevantes: mecanismos inibitórios ajudam a filtrar estímulos ou pensamentos não relacionados à tarefa em questão, permitindo a atenção seletiva.
  • Engajamento da memória de trabalho: a memória de trabalho retém e manipula informações temporariamente, permitindo operações mentais necessárias à resolução de problemas e à tomada de decisões.

O que atrapalha a concentração?

Fatores externos e internos podem interferir no foco e na eficiência cognitiva

Vários fatores podem interferir na concentração e dificultar a atenção, como:

  • Distrações externas: ambientes barulhentos, distrações visuais, interrupções ou espaço desorganizado.
  • Distrações internas: pensamentos, preocupações ou emoções.
  • Multitarefas: fazer várias tarefas simultaneamente reduz a eficiência, pois o cérebro precisa alternar entre diferentes atividades.
  • Desconforto físico: dor, fome, sono ou cansaço podem interferir na capacidade de foco.
  • Falta de pausas: trabalhar por muito tempo sem descanso provoca fadiga mental.
  • Transtornos de saúde mental: TDAH, depressão, ansiedade, esquizofrenia, bipolaridade e demência podem afetar a concentração.
  • Vício em álcool ou drogas: o consumo excessivo prejudica as funções cognitivas.

Quais são os sintomas da falta de concentração?

Identifique os sinais de dificuldade em focar a atenção

A falta de concentração afeta as pessoas de diferentes maneiras. Os principais sintomas incluem:

  • Incapacidade de se lembrar de eventos recentes;
  • Dificuldade em pensar com clareza;
  • Perda frequente de objetos ou dificuldade em lembrar onde estão;
  • Incapacidade de tomar decisões;
  • Dificuldade em realizar tarefas complexas;
  • Falta de energia física ou mental para focar;
  • Cometer erros por descuido.

O que fazer para melhorar a concentração?

Dicas práticas para aprimorar a capacidade de foco e até a memória

Melhorar a concentração é uma habilidade que pode ser desenvolvida com a prática e algumas estratégias eficazes:

  • Crie um ambiente propício: encontre um espaço de trabalho silencioso e organizado, com o mínimo de distrações.
  • Gerencie as distrações digitais: use aplicativos que bloqueiam sites ou limitam o uso de mídias sociais durante períodos de trabalho.
  • Pratique meditação: exercícios de mindfulness ajudam a treinar a mente para permanecer no presente e reduzir as distrações.
  • Defina metas específicas: divida as tarefas em etapas menores e estabeleça prazos realistas.
  • Gerencie o tempo: priorize tarefas com base na urgência e na importância, intercalando períodos de foco com pausas.
  • Durma o suficiente: o sono inadequado compromete a capacidade de concentração e a memória. Saiba mais sobre o desenvolvimento cognitivo infantil.

 

desenvolvimento cognitivo infantil

Como estimular o desenvolvimento da cognição em estudantes durante a infância?

Para estimular o desenvolvimento da cognição em estudantes, pais e educadores podem lançar mão de práticas voltadas às habilidades conectadas com o aprendizado. São atividades, preferencialmente lúdicas, nas quais a criança precisa acionar a memória, manter a atenção, entrar em contato com novas informações e interpretá-las. Então, continue a leitura para saber:

  • O que é cognição?
  • Qual o papel da cognição?
  • Quais são os diferentes domínios da cognição?
  • Como é o desenvolvimento da cognição da criança em idade escolar? (incluir os marcos do desenvolvimento cognitivo)
  • Como apoiar o desenvolvimento da cognição na criança?
  • O que pode afetar a cognição?

O que é cognição?

A cognição é um conjunto de processos mentais relacionados aos pensamentos e comportamentos, que envolvem a percepção, a atenção, a memória, o raciocínio, a linguagem, a resolução de problemas e a tomada de decisões.

O desenvolvimento cognitivo envolve conexões entre cerca de 100 bilhões de células nervosas, reguladas por sistemas compostos de substâncias químicas cerebrais como a dopamina e a serotonina, importantes para a saúde do cérebro

Portanto, qualquer alteração química pode acarretar problemas de cognição e, por consequência, habilidades como concentração e raciocínio lógico. Os processos cognitivos são aprimorados entre a infância e adolescência e se tornam cada vez mais complexos com o passar do tempo.

Essa progressão exerce influência no desenvolvimento intelectual e emocional, repercutindo em diversos âmbitos da vida, como você verá a seguir!

Qual o papel da cognição?

A cognição é fundamental para o aprendizado, o desenvolvimento, a comunicação e a adaptação dos seres humanos ao seu ambiente. Ela também influencia as emoções, as motivações, as crenças e as atitudes das pessoas.

Portanto, a cognição interfere em todos os aspectos das nossas vidas, como o desempenho acadêmico e profissional, a realização de atividades cotidianas e as relações interpessoais. Ela é essencial para a vida em sociedade, já que comanda os pensamentos e as ações. A partir dos processos cognitivos, é possível:

  • Compreender informações sobre o mundo;
  • Interagir com o ambiente externo;
  • Elaborar soluções para os mais diversos problemas, concretos ou subjetivos;
  • Tomar decisões perante situações simples ou complexas.

Quais são os diferentes domínios da cognição?

Existem vários domínios ou funções cognitivas relacionados com capacidades específicas e essenciais, tais como:

  • Atenção – processo cognitivo relacionado à capacidade de concentração em determinados estímulos;
  • Linguagem – envolve a habilidade de entender e expressar informações por meio da fala e/ou escrita, permitindo a comunicação com outras pessoas;
  • Aprendizagem – capacidade de compreender novas informações integrando-as a outras que já foram assimiladas;
  • Memória – relacionada à codificação, conservação e recapitulação de informações;
  • Percepção – envolve a capacidade de captar e compreender estímulos sensoriais e, com base neles, interagir com o ambiente externo;
  • Pensamento – processo ligado ao raciocínio para a tomada de decisões e a resolução de problemas de toda ordem.

Como é o desenvolvimento da cognição da criança em idade escolar?

O desenvolvimento cognitivo das crianças em idade escolar pode ser dividido em duas fases: operacional concreta (dos 7 aos 11 anos de idade) e operacional formal (acima dos 11 anos de idade). Nas duas etapas há uma grande progressão do raciocínio lógico.

  • No estágio concreto – as crianças deixam de ser extremamente literais, organizam melhor o pensamento e começam a compreender que as pessoas podem ter pensamentos e sensações únicas. Nesta fase, elas ainda costumam “brigar” com conceitos abstratos e hipóteses.
  • A partir dos 11 anos – é possível observar o uso do raciocínio dedutivo e avanços na compreensão de ideias abstratas, subjetivas. Além disso, os jovens passam a desenvolver a capacidade de pensar em diferentes soluções para um único problema, sendo ele hipotético ou não.

Além desses estágios, há mais duas classificações do desenvolvimento cognitivo: sensório-motor (do nascimento aos 2 anos) e pré-operacional (dos 2 aos 7 anos). Ambos são marcados por experiências sensoriais e construção da linguagem.

Como apoiar o desenvolvimento da cognição na criança?

desenvolvimento cognitivo infantil

Existem três fatores externos fundamentais para o desenvolvimento da cognição na criança. O primeiro é a presença e interação positiva com os pais no dia a dia. Depois vem o sono de qualidade e, fechando a tríade, alimentação saudável, rica em ferro, iodo, zinco, vitamina B12, entre outros nutrientes.

Outras formas de apoiar o desenvolvimento da cognição é apostando em atividades capazes de estimular a lógica, a memória, a atenção, entre outras habilidades. São exemplos:

  • Brincar – é uma parte essencial do desenvolvimento da criança, pois brincar está relacionado ao aprendizado. É importante incentivar brincadeiras de faz de conta, contato com brinquedos variados, jogos físicos e virtuais, pois essas atividades estimulam processos cognitivos ligados, por exemplo, à memória, à atenção e à percepção;
  • Resolver problemas – convidar a criança para solucionar um problema doméstico, considerando a idade, claro, ajuda a estimular o raciocínio, o pensamento e a tomada de decisão;
  • Musicoterapia – ouvir música enquanto realiza alguns movimentos corporais também ajuda no desenvolvimento de habilidades, como a atenção e a percepção.

O que pode afetar a cognição?

O desenvolvimento cognitivo pode ser afetado por diversos fatores em diferentes âmbitos, como:

  • Biológico – doenças, alimentação, peso da criança ao nascer;
  • Ambiental – moradia sem estrutura para uma criança;
  • Socioeconômico – renda insuficiente para custear cuidados de saúde, educação e bem-estar;
  • Psicossocial – problemas de saúde mental dos cuidadores e falta de interação com a família.

Crianças que vivem em um ambiente doméstico saudável e acolhedor mostram maior potencial de aprendizagem e menor propensão a problemas de saúde mental, como depressão na infância e ansiedade. Essas doenças apresentam como sintomas alterações cognitivas que afetam, por exemplo, a capacidade de atenção.