Pessoa segurando um laço roxo, símbolo da campanha Maio Roxo, que promove a conscientização sobre doenças inflamatórias intestinais como Crohn e retocolite ulcerativa.

Maio Roxo: como enfrentar as doenças inflamatórias intestinais

Maio Roxo chama atenção para as doenças inflamatórias intestinais (DIIs). Entenda os desafios, sinais de alerta e formas de apoio ao bem-estar intestinal

As doenças inflamatórias intestinais — como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa — vêm ganhando espaço nos debates sobre saúde por conta de sua complexidade e impacto na qualidade de vida.

O Maio Roxo é a campanha que propõe dar visibilidade a essas condições e aos tratamentos disponíveis. Apesar de serem crônicas, essas doenças podem ser acompanhadas com recursos que ajudam a manter o bem-estar intestinal sob controle.

Embora o diagnóstico de uma DII traga consigo desafios importantes, entender os sintomas, buscar orientação especializada e adotar uma rotina de cuidados adequada pode ajudar pessoas acometidas com uma dessas enfermidades a levarem a vida com maior conforto e leveza.

O que são as doenças inflamatórias intestinais?

As DIIs englobam distúrbios crônicos que afetam o trato gastrointestinal, caracterizados por inflamação persistente na mucosa intestinal. As duas formas mais conhecidas são a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa, que se diferenciam tanto na localização quanto no comportamento da inflamação.

No caso da doença de Crohn, o processo inflamatório pode atingir desde a boca até o ânus, afetando todas as camadas da parede intestinal. Já a retocolite se restringe ao cólon e ao reto, com inflamações mais superficiais.

Ambas as condições compartilham sintomas semelhantes, mas exigem planos de cuidado individualizados, definidos com base no histórico clínico, gravidade e resposta do paciente ao tratamento.

Diferença entre doença de Crohn e retocolite ulcerativa

Alguns aspectos que ajudam a diferenciar ambas as condições. A doença de Crohn tende a apresentar lesões mais profundas e “salteadas” ao longo do trato gastrointestinal, podendo causar complicações como fístulas e estenoses. 

Já a retocolite ulcerativa, por afetar apenas a camada mais interna do cólon, costuma provocar sangramentos retais e crises mais frequentes de diarreia com muco.

Causas possíveis e impacto no dia a dia

As causas das doenças inflamatórias intestinais ainda não são totalmente compreendidas, sugere-se que há forte relação com fatores genéticos, imunológicos e ambientais. 

Hábitos como tabagismo, exposição precoce a antibióticos, histórico familiar e alterações na microbiota intestinal também estão entre os possíveis fatores envolvidos.

Para quem convive com o diagnóstico, o impacto pode ser significativo: limitações alimentares, incertezas sobre crises e alterações no humor são queixas comuns entre pacientes. 

Quais são os sintomas mais comuns e quando procurar ajuda?

Alguns sinais podem passar despercebidos no início, mas merecem atenção quando se tornam persistentes. Conhecer os sintomas mais comuns é fundamental para identificar possíveis problemas e saber o momento certo de buscar ajuda especializada.

Diarreia crônica, dor abdominal, perda de peso e fadiga

A diarreia é um dos principais sintomas. Quando ela persiste por semanas, com ou sem sangue, acompanhada de dor abdominal, é importante buscar orientação médica. A perda de peso (mesmo sem mudanças na dieta) e a fadiga intensa também podem ser indicativos de que algo está comprometendo o funcionamento intestinal.

Além disso, a febre baixa recorrente, anemia e aftas na boca podem surgir em fases ativas da inflamação. Em alguns casos, há também manifestações fora do intestino, como dores nas articulações ou problemas de pele.

Importância do diagnóstico precoce e acompanhamento médico

Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, maiores são as chances de controlar os episódios de inflamação e prevenir complicações. O diagnóstico costuma envolver exames de sangue, fezes, endoscopia e colonoscopia com biópsia.

O acompanhamento deve ser feito por gastroenterologistas especializados em doenças inflamatórias intestinais, que avaliarão as opções mais seguras para cada perfil. O uso de medicamentos sob prescrição médica é fundamental para o controle das crises e a manutenção do bem-estar intestinal.

Vale lembrar que o uso contínuo de medicamentos sem orientação pode mascarar os sintomas ou, na pior das hipóteses, piorar o quadro. Por isso, sempre que apresentar os sintomas, buscar ajuda e a avaliação médica fará toda a diferença.

Como lidar com as DIIs e promover qualidade de vida?

Conviver com uma condição crônica não significa abrir mão do bem-estar. A adesão a um plano terapêutico integral proposto por um médico é um ponto-chave para quem vive com DIIs.

Estratégias de tratamento, alimentação e rotina de cuidados

O plano de tratamento varia de acordo com a intensidade e frequência dos sintomas, podendo envolver medicamentos anti-inflamatórios intestinais, imunomoduladores e suporte nutricional. Durante as fases de remissão, é comum que o paciente recupere o apetite e a disposição, o que reforça a importância do cuidado contínuo.

Alimentos ricos em fibras podem ser bem tolerados por alguns e provocar sintomas em outros, por isso o ideal é manter acompanhamento com nutricionista. Monitorar sinais de desidratação, como boca seca ou diminuição do volume urinário, também é essencial — já que crises de diarreia podem levar à perda de eletrólitos como sódio e potássio.

O uso de suplementação probiótica que contém a cepa probiótica Lactobacillus rhamnosus GG (LGG®), pode contribuir para a saúde do trato gastrointestinal; isso porque ela é reconhecida por sua capacidade de auxiliar o organismo na modulação das respostas inflamatórias e na integridade da barreira intestinal.

O papel do suporte emocional e da informação no enfrentamento

Cuidar da saúde mental é outra parte importante no manejo das doenças inflamatórias intestinais. Ansiedade e depressão podem se intensificar em fases de crise, impactando ainda mais a adesão ao tratamento e a qualidade de vida.

Participar de grupos de apoio, conversar com psicólogos e buscar informações confiáveis ajuda a reduzir o estigma e a sensação de isolamento. Campanhas como o Maio Roxo reforçam o quanto a escuta, o acolhimento e a informação qualificada podem fazer a diferença para quem enfrenta essas condições.

 

 

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Capurso L. Trinta anos de Lactobacillus rhamnosus GG: uma revisão. J Clin Gastroenterol. 2019 Mar;53 Supl. 1:S1-S41.

Homem ajoelhado segurando o joelho com dor, representando desconforto articular e a importância do uso de suplemento para articulações na prevenção e alívio de problemas nas articulações.

Quando é hora de usar suplementos ou medicamentos para dores nos ossos e articulações?

Dores persistentes nos ossos e articulações podem indicar a necessidade de atenção médica. Saiba quando considerar o uso de suplementos para articulações ou medicamentos

Suplemento para articulações é uma das primeiras opções que vêm à mente de quem sente rigidez nos joelhos ao acordar, dor nas costas ao final do dia ou limitações ao subir escadas — sinais de que o desconforto nas articulações pode afetar bastante a qualidade de vida.

Esses sintomas, muitas vezes associados ao envelhecimento, sedentarismo e ao desgaste natural das cartilagens, também podem indicar desequilíbrios nutricionais, inflamações ou até doenças mais sérias, como a osteoartrite.

Nesses casos, surge a dúvida: qual é o momento certo para considerar o uso de um suplemento? E quando os medicamentos se tornam necessários? A resposta depende do tipo e da frequência da dor, da idade da pessoa e, principalmente, da orientação médica.

Diferença entre dores ocasionais e sinais de doenças crônicas

Dores ocasionais costumam estar ligadas à sobrecarga, dores provocadas por má postura ou movimentos repetitivos. Elas melhoram com descanso, compressas quentes e massagens e podem ser evitadas com alongamentos e mudanças na forma de sentar ou deitar.

Já doenças como artrite reumatoide, artrose ou gota apresentam sintomas progressivos e inflamatórios. Em alguns casos, há piora pela manhã, melhora ao longo do dia, mas com sensação de rigidez contínua.

Quando a dor nos ossos e articulações deve preocupar?

Há uma diferença significativa entre incômodos esporádicos e sintomas de problemas mais sérios. Sentir dor, por exemplo, após um exercício intenso ou ficar muito tempo em pé pode ser comum. Já as dores que se repetem diariamente e que com o tempo pioram merecem atenção.

Sintomas como rigidez, inchaço ou limitação de movimento

A presença de inchaço articular, rigidez ao acordar que dura mais de 30 minutos ou limitação para se agachar, caminhar ou movimentar os ombros pode indicar uma condição inflamatória crônica.

Nessas situações, além da avaliação médica, exames laboratoriais e de imagem ajudam a identificar a origem da dor e guiar a escolha quanto a suplementação para articulação, medicação e/ou fisioterapia.

Qual o papel dos suplemento para articulações?

Com o avanço da ciência, foi possível compreender melhor como determinados nutrientes influenciam diretamente na estrutura das cartilagens e na manutenção das articulações.

Substâncias como colágeno tipo II, vitamina D e cálcio

O colágeno tipo II está presente na cartilagem que recobre as extremidades dos ossos, permitindo a movimentação suave das articulações. Já o cálcio participa da formação óssea, enquanto a vitamina D melhora sua absorção e participa da saúde muscular.

Suplementos alimentares que combinam componentes como colágeno tipo II, vitamina D, cálcio e ácido hialurônico, são recomendados para promover o bom funcionamento e lubrificação articular.

É importante lembrar que os suplementos não substituem medicamentos, mas podem ser úteis quando incluídos no cuidado preventivo ou complementar, principalmente em adultos acima de 50 anos ou em pessoas com desgaste articular precoce.

Quando considerar suplementação e como ela pode auxiliar no bem-estar

Você pode conversar com o seu médico ou nutricionista sobre suplemento para articulações se:

  • tiver histórico de artrose na família;
  • perceber perda de flexibilidade e mobilidade;
  • sentir dor leve e persistente após atividades físicas moderadas;
  • ou se já estiver com diagnóstico de desgaste da cartilagem.

É importante destacar que o uso de suplementos  deve ser somado a hábitos como hidratação adequada, alongamentos e boa alimentação, o que pode resultar em enormes benefícios para quem sofre com dores ósseas e articulares.

Quando os medicamentos são necessários para o alívio das dores?

Há casos em que a dor atinge um nível em que a intervenção não pode aguardar um resultado de longo prazo, o que exige o uso de medicamentos sob orientação médica.

Indicação de anti-inflamatórios, analgésicos ou terapias combinadas

Medicamentos como analgésicos e anti-inflamatórios são indicados para controle da dor em crises agudas ou em fases iniciais do tratamento de doenças articulares. Em casos crônicos, é comum a combinação de tratamentos: medicamentos, fisioterapia, acompanhamento com reumatologista e, quando necessário, infiltrações intra-articulares.

Importância da avaliação médica

Um erro comum é iniciar por conta própria o uso de analgésicos para “resolver” a dor articular. Isso pode mascarar sintomas de doenças importantes e atrasar o diagnóstico correto. Além disso, o uso prolongado de medicamentos sem prescrição pode causar efeitos colaterais, como problemas gástricos, sobrecarga hepática e até hepatotoxicidade.

A avaliação médica ajuda a identificar se há inflamações, infecções, desgastes e outras condições que podem estar provocando as dores. Com base nisso, o médico define o melhor plano terapêutico, que pode envolver ajustes básicos na alimentação, exercícios específicos, fisioterapia e, se necessário, o uso de medicamentos ou suplementos para articulações.

 

 

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Criança deitada na cama sendo cuidada pelo pai, simbolizando a preocupação com a saúde e a importância do suplemento para imunidade infantil em casos frequentes de doenças.

Seu filho vive doente? Veja como fortalecer a imunidade infantil

Crianças com baixa imunidade tendem a adoecer com mais frequência. Saiba como hábitos saudáveis, o equilíbrio da microbiota intestinal e o uso de suplemento para imunidade infantil podem ajudar no bem-estar diário

Quando os pequenos ficam doentes de forma recorrente, é comum que pais e mães busquem respostas na alimentação, no ambiente e até em fatores emocionais. A preocupação aumenta quando os episódios envolvem resfriados, infecções respiratórias, episódios de diarreia ou quadros alérgicos que parecem não dar trégua.

O sistema imunológico infantil, ainda em desenvolvimento, é mais sensível a interferências externas. Estudos já demonstram que a maioria das células imunes do nosso corpo reside no trato gastrointestinal.

Por isso, uma alimentação desequilibrada pode favorecer a fragilidade imunológica do seu filho. Adotar e incentivar algumas boas práticas e, somadas a elas, incluir na rotina dele o uso de suplemento para imunidade infantil pode colaborar para a saúde como um todo.

Por que algumas crianças ficam doentes com frequência?

Você já se perguntou por que algumas crianças estão sempre gripadas ou com alguma infecção? Isso pode ter relação com o sistema imunológico em formação e o convívio diário com outras crianças no ambiente escolar.

O sistema imunológico em formação e o ambiente escolar

Nos primeiros anos de vida, o sistema imunológico continua aprendendo a reconhecer e combater micro-organismos invasores. É por isso que a exposição a vírus e bactérias, principalmente em creches e escolas, tende a resultar em infecções repetidas. 

Isso não significa, necessariamente, um problema grave, mas sim um processo natural de aprendizado imunológico.

No entanto, quando o número de infecções extrapola o que seria esperado, pode ser necessário investigar fatores como deficiências nutricionais ou até distúrbios na flora intestinal.

Fatores como sono, alimentação e estresse na infância

A privação de sono, por exemplo, afeta diretamente a produção de citocinas — proteínas envolvidas na resposta imune do corpo. Já uma alimentação pobre em nutrientes, como ferro, zinco e vitamina D, reduz a capacidade do organismo de reagir contra os agentes infecciosos, como as bactérias e vírus.

Cuidar da alimentação é essencial para crianças com TDAH. Isso porque a relação entre TDAH e alimentação mostra que uma dieta equilibrada pode ajudar na saúde como um todo, inclusive no sistema imunológico.

Outro fator é o estresse emocional, que pode gerar impactos importantes na imunidade infantil. Alterações no humor, ansiedade e mudanças de rotina podem influenciar a imunidade. Como consequência de tudo isso, você já sabe: doenças recorrentes.

Hábitos que ajudam a fortalecer a imunidade infantil

Como, então, você pode ajudar a fortalecer o sistema imune do seu filho? 

Alimentação

O cardápio da criança precisa incluir frutas e vegetais variados, que fornecem vitaminas e minerais essenciais para o bom funcionamento das células de defesa. 

As fibras alimentares — encontradas em alimentos como banana, aveia e feijão — também merecem atenção especial, ao serem alimentos prebióticos, isto é, servem de alimento para as bactérias benéficas do intestino que são fundamentais para a imunidade.

Caso a criança recuse comer determinadas frutas ou vegetais, é sempre bom buscar oferecer a maior variedade possível. Apresentar esses alimentos de maneira diferente também pode ser a porta de descoberta para um gosto novo e divertido para seu filho. Aposte na inovação para vencer a rejeição alimentar da criança.

Sono adequado e muito ar livre

Dormir bem não é apenas uma questão de descanso: o sono regula a liberação de hormônios e a produção de anticorpos. O ideal é manter horários consistentes e um ambiente propício para o relaxamento.

A exposição ao sol, com orientação e proteção adequadas, é essencial para a produção de vitamina D, nutriente com papel conhecido no suporte à imunidade. Atividades como caminhar, brincar ao ar livre e até dançar ajudam a estimular a circulação, liberar endorfinas e fortalecer as defesas naturais, desde que adaptadas à idade da criança.

Microbiota intestinal e imunidade: qual é a relação?

Como falado no começo, o intestino é o órgão com a maior quantidade de células imunes do corpo. Ele abriga trilhões de micro-organismos que formam a chamada microbiota intestinal, popularmente conhecida como flora intestinal. 

Quando essa comunidade de bactérias e leveduras “do bem” está equilibrada dentro do intestino, há uma barreira eficiente contra a proliferação de agentes infecciosos que causam doenças.

Por outro lado, crianças que fizeram o uso de antibióticos, podem apresentar alterações nessa microbiota. Esse desequilíbrio é chamado de disbiose. Dietas com excesso de açúcar e ultraprocessados, noites mal dormidas e problemas emocionais também podem causar a disbiose e favorecer o crescimento de bactérias indesejadas.

Uma boa aposta para fortalecer o intestino do seu filho são os alimentos fermentados, como iogurtes, kefir e outros. Esses alimentos são naturalmente ricos em probióticos e ajudam a preservar a flora intestinal.

O papel do suplemento para imunidade infantil

O uso de um suplemento para imunidade infantil pode ser de grande ajuda para quem está lidando com crianças que adoecem com frequência. Os suplementos probióticos atuam diretamente no intestino e podem restaurar as barreiras naturais e fortalecer o sistema imune da criança.

Um dos probióticos mais conhecidos e estudados no mundo é o Lactobacillus rhamnosus GG (LGG®). Ele é recomendado por sua capacidade de auxiliar na restauração da flora, regular inflamações intestinais e beneficiar a saúde digestiva.

A linha Culturelle® Júnior, por exemplo, são suplementos formulados com probióticos LGG®, Culturelle® Júnior pode ser encontrado tanto nas versões em comprimido mastigável, como em sachê, o que facilita a administração do suplemento em crianças.

Vale lembrar que qualquer uso deve ser orientado por um profissional da saúde e não substitui hábitos saudáveis, que continuam sendo a base para um sistema imune mais forte e uma infância mais saudável

Na Cellera Farma, nosso compromisso é estar ao lado das famílias em cada etapa da vida, oferecendo soluções que contribuem para uma saúde integral e acessível. 

 

 

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Regurgitação e vômito após comer pode ser sinal da síndrome de ruminação

Regurgitar é um comportamento comum dos bebês, entretanto, quando ocorre em outras fases da vida, pode ser sinal de síndrome de ruminação. No transtorno, além de mastigar ou cuspir o alimento que retorna do estômago para boca, vômitar também é comum. Sem o controle dessas ações, a pessoa entra em sofrimento emocional. Os distúrbios psiquiátricos, inclusive, costumam ser associados ao problema, que melhora com terapia e exercícios de respiração. Há poucos dados estatísticos sobre a síndrome, portanto é difícil saber quantas pessoas apresentam o diagnóstico. Para saber mais, confira:

O que é a síndrome de ruminação?

A síndrome de ruminação ou mericismo é um distúrbio caracterizado pela regurgitação e/ou vômito logo após a refeição. Em geral, até 30 minutos depois o alimento retorna do estômago para a boca, é mastigado novamente e ingerido. Os pedaços de comida também podem ser cuspidos.

Como não chega a entrar em contato com o ácido estomacal quando volta para a boca, o alimento permanece com o mesmo sabor. A ação ocorre após todas ou quase todas as refeições e sem que a pessoa tenha domínio da situação. Tudo acontece de forma espontânea.

A síndrome é mais comum entre crianças, mas pode afetar pessoas de todas as idades. Por isso, especialmente entre adolescentes, chega a ser confundida com bulimia. Mesmo não sendo considerado doença, o distúrbio é capaz de desencadear uma série de desconfortos e problemas de saúde.

Quais as possíveis causas e fatores de risco da síndrome de ruminação?

Ainda existem incertezas com relação às causas da síndrome de ruminação. Entre as possibilidades está uma sequência de eventos:

  • Falha do mecanismo de junção do esôfago com o estômago, o esfíncter esofágico, seguida do aumento na pressão abdominal causada pela expansão natural dos alimentos dentro do estômago.
  • Problemas emocionais, infecções ou doenças gastrointestinais envolvendo vômitos, também podem ser gatilho para o distúrbio. O corpo fica condicionado a “rejeitar” o alimento ou parte dele logo após as refeições.

Os bebês, pessoas com deficiências no desenvolvimento, depressão, ansiedade e outros transtornos psiquiátricos costumam ser mais suscetíveis à síndrome.

Quais são os outros sinais e sintomas da síndrome de ruminação?

Além da ruminação e do vômito existem outros sintomas e sinais de alerta para o transtorno alimentar como:

  • Indigestão e dores de estômago;
  • Náusea;
  • Mau hálito e cáries;
  • Perda de peso;
  • Lábios rachados.

Apesar de comuns, os sinais e sintomas listados podem variar entre os pacientes com a síndrome. Em alguns casos, o vômito ou a ruminação acontecem imediatamente após a ingestão de uma pequena porção de alimentos no decorrer da refeição. Outras pessoas conseguem ingerir uma quantidade maior até o início dos primeiros sintomas.

Como é feito o diagnóstico da síndrome de ruminação?

O diagnóstico da síndrome de ruminação envolve o histórico do paciente e o relato dos sintomas, que devem estar dentro dos seguintes parâmetros:

  • Regurgitação repetida ou vômito há mais de dois meses;
  • Comportamento inicia após as refeições;
  • Sintomas não ocorrem durante o sono;
  • Não há ânsia de vômito;
  • Os sintomas não passam com tratamento indicado para o refluxo gastroesofágico;
  • Não há indícios de inflamação, problemas anatômicos, metabólicos ou neoplásicos que expliquem os sintomas.

Como é o tratamento da síndrome de ruminação?

O tratamento para a síndrome de ruminação envolve, principalmente, a terapia comportamental, com exercícios de respiração. Medicamentos podem ser prescritos em alguns casos. A terapia comportamental ajuda a pessoa a identificar o momento da ruminação e ensina a prática da respiração diafragmática para diminuir a frequência dos episódios.

Qual o impacto da síndrome de ruminação na qualidade de vida?

A pessoa com a síndrome de ruminação pode ser impactada física e emocionalmente pelo distúrbio. São comuns problemas como:

  • Sensibilidade gastrointestinal;
  • Desidratação;
  • Falha no processo de crescimento;
  • Desnutrição leve;
  • Problemas emocionais como estresse;
  • Vergonha de comer em público;
  • Isolamento social.

 

5 motivos para não deixar de fazer um Check-up

O check-up é um conjunto de exames realizados que permite avaliar o estado de saúde geral de uma pessoa e ainda identificar doenças que se desenvolvem silenciosamente ou a tendência para desenvolvê-las. Com isso, é possível iniciar tratamentos de forma precoce, melhorando a qualidade de vida e contribuindo para a longevidade do paciente. O check-up pode incluir exames laboratoriais, como os de sangue e de urina, e alguns exames funcionais e de imagem. Continue a leitura para entender mais sobre esse acompanhamento de saúde e as razões pelas quais você não deve deixar de fazê-lo periodicamente.

O que é check-up médico?

O check-up médico ou clínico é o termo usado para designar um conjunto de exames que devem ser realizados de forma periódica para acompanhar o estado geral de saúde de uma pessoa e detectar possíveis doenças de forma precoce, aumentando as chances de cura ou da necessidade de tratamentos menos agressivos.

O check-up médico inclui:

  • Avaliações clínicas;
  • Exames laboratoriais;
  • Exames de imagem.

Os exames são requisitados pelo médico com base na idade, no sexo e no histórico pessoal e familiar do paciente.

Por que realizar um check-up médico?

Porque, além de monitorar a evolução do estado de saúde do paciente ao longo dos anos, o check-up também serve como método de prevenção de doenças crônicas e potencialmente graves, como câncer, diabetes e problemas cardiovasculares.

Isso ocorre por meio da análise dos resultados dos exames, que podem indicar precocemente sinais de alguns tipos de tumores, taxas de glicose ou colesterol alteradas no sangue e pressão alta, por exemplo. Ao detectar esses problemas ainda no início, é possível tratá-los de forma mais eficaz e impedir que uma doença se desenvolva ou se agrave, melhorando a qualidade de vida do indivíduo. 

Quais são os exames mais comuns do check-up?

Os exames de rotina são requisitados pelo médico com base na idade, no gênero e no histórico pessoal e familiar do paciente. Isso quer dizer que, ao longo dos anos, por exemplo, eles podem variar.

No geral, os exames compõem o check-up são:

  • Exames laboratoriais – hemograma, dosagem de colesterol e frações, triglicerídeos, glicemia, hormônios da tireoide e enzimas do fígado, teste para infecções sexualmente transmissíveis (sífilis, HIV e hepatites B e C), exames de urina e fezes.
  • Exames clínicos – aferição de pressão arterial, verificação de peso e cálculo de índice de massa corpórea (IMC);
  • Exames do coração – teste ergométrico, ecocardiograma, eletrocardiograma;
  • Exames de imagem – mamografia para as mulheres a partir dos 50 anos ou de acordo com recomendação médica, ultrassonografia de abdômen, doppler de artérias;
  • Papanicolau – para mulheres a partir dos 25 anos ou de acordo com recomendação médica;
  • Exame de próstata – para homens a partir dos 50 anos ou de acordo com recomendação médica.


Razões pelas quais você não deve deixar de fazer um check-up

  1. Detecção precoce de doenças

Ao realizar o check-up médico de forma periódica, é possível detectar problemas graves de saúde de forma precoce. Com isso, é possível não apenas oferecer tratamentos menos agressivos e eficazes como ainda evitar que a doença se agrave, melhorando o prognóstico e a qualidade de vida do paciente.

  • Mudar hábitos antes que seja tarde demais

O check-up pode detectar também tendências de que algo pode se tornar um problema dentro de alguns anos. Uma pessoa com alteração leve de pressão arterial, por exemplo, pode ter mais risco de desenvolver hipertensão arterial. Com base nessa informação, é possível mudar hábitos de vida para evitar que isso ocorra.

  • Check-ups também podem motivar o cuidado com a saúde mental

Altos níveis de estresse podem resultar em doenças e transtornos que se manifestam de forma física e psicológica. Os exames de rotina podem ajudar o médico a detectar esse tipo de problema e discutir alternativas para gerenciar estresse e ansiedade, como indicação para terapia, por exemplo, melhorando a qualidade de vida do paciente.

  • Check-ups aumentam a consciência sobre a própria saúde

A maioria das pessoas busca ajuda médica apenas quando existe algum problema de saúde, o que aumenta o risco para agravamento de doenças que poderiam ser tratadas de forma simples. Ao checar a saúde de forma rotineira, é possível conhecer mais sobre o próprio corpo, suas particularidades e como ele reage a determinados estilos de vida, tornando possível tomar decisões de forma consciente para viver mais e com mais saúde. 

  • Realizar check-ups reduz gastos financeiros com a saúde

Como dissemos, os exames de rotina tem como principal função a prevenção de doenças, detectando qualquer problema ou tendência a doenças de forma precoce. Com isso, é possível reduzir a gravidade de doenças ou até impedir que elas se desenvolvam. O impacto nas finanças é positivo, pois diminui custos com medicamentos, outros exames e consultas que não sejam oferecidos pelo SUS ou cobertos pelo plano de saúde, por exemplo. Outro ponto importante é que ficar doente impede que a pessoa frequente a escola ou o trabalho, o que também tem um custo (principalmente emocional) envolvido.

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Referências

O que é a dor?

A dor pode ser descrita como uma sensação desagradável de intensidade leve, moderada ou intensa. A experiência é individual, podendo ser desencadeada por questões físicas ou emocionais.

Entre adultos brasileiros, a prevalência de dor crônica – aquela de longo prazo – chega a 40%, segundo o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Dor Crônica, do Ministério da Saúde. Diante desse índice, é importante conhecer as causas e formas de gerenciar esse incômodo, que tem grande impacto no dia a dia das pessoas afetadas.

Qual a definição de dor?

Entre as definições de dor mais aceitas globalmente está a da Associação Internacional para Estudos da Dor (IASP). Segundo a organização, trata-se de “uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada ou semelhante àquela associada a uma lesão tecidual real ou potencial”.

Para chegar a esse conceito, a IASP contou com a contribuição de 14 profissionais da área médica. O grupo elaborou um documento no qual apresenta também análises, recomendações e notas explicativas sobre a dor.

É importante notar que não há como medir a intensidade da dor, sobretudo porque é uma sensação individual. No entanto, os profissionais da área médica costumam usar escalas analógicas numéricas para que os pacientes avaliem a intensidade do incômodo de zero a 10 ou de zero a 100.

O que causa a dor?

A dor é uma forma de proteção do corpo diante de um perigo iminente. Geralmente, ela ocorre quando os nervos que detectam lesões no tecido (reais ou potenciais) transmitem a informação pela coluna espinhal até chegar ao cérebro. Dessa forma, a manifestação funciona como um limite de segurança, a fim de evitar danos maiores ao corpo.

Em geral, a dor se manifesta quando surge algum problema de saúde, ou seja, é considerada um sintoma. Pode atingir qualquer parte do corpo e, a depender da intensidade, exigir tratamento médico imediato.  

É importante destacar que, por ser uma sensação subjetiva, a manifestação da dor nem sempre está atrelada a essa conexão neural. Problemas psicológicos e fatores sociais podem desencadear a experiência por meio de mecanismos ainda mais complexo no cérebro.

Quais são os tipos de dor?

A dor é uma experiência individual, mas pode ser classificada de acordo com a sua intensidade e durabilidade. Há o tipo crônico, agudo e disruptivo. Confira mais sobre cada um:

Dor crônica ou persistente – esse tipo de dor ocorre por um longo período – em geral, mais de três meses. Com relação à intensidade, varia entre leve e moderada. Por ser persistente, o incômodo surge mesmo quando não há danos ao tecido. É uma condição que exige tratamento, pois interfere na vida de modo global.

Dor aguda – é intensa e permanece por menos tempo (horas ou dias). É um sintoma de que o corpo está sendo ferido e, geralmente, some com a cicatrização do ferimento.

Dor disruptivanesse caso, mesmo com tratamento, a dor permanece.  É denominada disruptiva porque interrompe o alívio proporcionado por medicamentos. Costuma aparecer de forma rápida e pode prevalecer por até uma hora. Geralmente, ela tem a mesma causa da dor crônica e difere dela apenas na intensidade.

Entre dor aguda, dor disruptiva e dor crônica, esta última é a que mais causa impactos negativos e sofrimento aos pacientes, embora seja possível controlá-la. A dor crônica pode causar:

  • Imobilidade;
  • Alterações do sono;
  • Problemas nutricionais;
  • Dependência de medicamentos;
  • Incapacidade para o trabalho;
  • Medo;
  • Depressão;
  • Frustração.

Quais condições de saúde podem causar dor crônica?

A dor crônica pode se manifestar em diversas regiões do corpo devido a complicações de saúde graves ou menos severas. De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Dor Crônica do Ministério da Saúde, a lombalgia, que atinge a parte inferior da coluna, é a dor crônica mais comum entre os brasileiros, seguida de dores no joelho, ombro, cabeça, pernas. A dor crônica pode ser causada por diversas doenças, tais como:

  • Artrite;
  • Enxaqueca;
  • Fibromialgia;
  • Câncer;
  • AIDS;
  • Doenças cardíacas;
  • Tuberculose;
  • Doença cerebrovascular;
  • Doenças hepáticas. ;

No caso do câncer, a dor surge em todas as fases da doença e pode ser o primeiro indício para o diagnóstico. Se apresenta de modo complexo, sendo menos ou mais frequente de acordo com a região atingida pelas células cancerígenas. Vale mencionar que cerca de um terço desses pacientes, ainda que curados, podem continuar sentindo dor.

Como a dor é tratada?

A dor pode ser tratada de diferentes maneiras, de acordo com sua classificação e relação com doenças. Como ela pode ser indício de uma doença, a recomendação é procurar um médico, evitando a automedicação, que pode apresentar riscos e mascarar o problema de saúde. O tratamento pode envolver:

  • Uso de medicamentos – a exemplo dos analgésicos.
  • Abordagens não farmacológicas – envolve, por exemplo, a prática de exercícios físicos e terapia cognitivo-comportamental;
  • Educação do paciente explicar as causas, o tratamento recomendado, além de abordar comportamentos que podem favorecer ou não a dor;
  • Abordagens invasivas – quando há necessidade de intervenções cirúrgicas e administração de medicamentos que não seja por via oral;
  • Programas de gerenciamento de dor: junção de terapias e uso de fármacos para pessoas com dor crônica.

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Qual a relação entre dor crônica e dor neuropática?

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Referências


Qual a relação entre dor crônica e dor neuropática?

A dor neuropática é um dos principais tipos de dor crônica – aquelas que persistem por meses ou anos. Causada por uma lesão ou disfunção do sistema nervoso, ela atinge cerca de 3 a 17% da população mundial. Se não diagnosticada a tempo, a pessoa pode ter sua qualidade de vida reduzida e perder a capacidade até de realizar tarefas cotidianas. A dor é um sinal de alerta muito importante de que algo no organismo não está funcionando como deveria. Continue a leitura para saber mais sobre o assunto.

O que é dor neuropática?

A dor neuropática é uma dor intensa nos nervos do corpo, resultado de uma disfunção do sistema nervoso, no qual as fibras nervosas danificadas enviam sinais errados para os centros de dor. Pode ser acompanhada por outros sintomas e mais de um nervo pode estar envolvido, o que leva a uma dor generalizada, afetando o tronco, as pernas e os braços. A dor pode ser intermitente ou contínua e a sua intensidade pode ser de leve a muito intensa, dependendo da causa e dos nervos que estão envolvidos.

Um exemplo de dor neuropática é a chamada síndrome do membro fantasma. Essa condição rara ocorre quando um braço ou uma perna foi removido por causa de uma doença ou lesão, mas o cérebro ainda recebe mensagens de dor dos nervos que originalmente carregavam impulsos do membro ausente. Esses nervos então falham e causam dor.

O que causa a dor neuropática?

A dor neuropática acontece quando uma espécie de “curto-circuito” altera os sinais nervosos, que são então interpretados no cérebro anormalmente, podendo causar sensações bem dolorosas. Cerca de 30% de todas as dores nos nervos (dor neuropática) são causadas por diabetes, mas outras doenças como alcoolismo e herpes zoster podem ser a causa.

Causas comuns de dor neuropática incluem:

  • Pressão do nervo ou lesão do nervo após cirurgia ou trauma;
  • Infecções virais;
  • Câncer, malformações vasculares;
  • Condições neurológicas, como esclerose múltipla;
  • Condições metabólicas, como diabetes;
  • Efeito colateral de certos medicamentos;
  • Amputação;
  • Quimioterapia;
  • Problemas no nervo facial;
  • Infecção por HIV ou AIDS;
  • Mieloma múltiplo;
  • Compressão do nervo ou da medula espinhal por hérnia de disco ou por artrite na coluna;
  • Herpes-zóster (cobreiro);
  • Sífilis;
  • Problemas de tireoide.

Quais são os sintomas de dor neuropática?

Os sintomas de dor neuropática podem incluir:

  • Dor intermitente ou contínua, de intensidade leve a muito intensa. Algumas pessoas podem até achar difícil usar roupas grossas, pois mesmo uma leve pressão pode agravar a dor;
  • Dor espontânea (dor que vem sem estimulação): queimação, pontada ou dor tipo choque elétrico; formigamento, dormência ou sensação de alfinetes e agulhas;
  • Dor evocada, provocada por estímulos normalmente não dolorosos, como frio, escovação suave contra a pele, pressão etc.;
  • Dificuldade em detectar corretamente as temperaturas;
  • Problemas para dormir;
  • Problemas emocionais devido a distúrbios do sono e dor.

Qual a relação entre dor crônica e dor neuropática?

A dor neuropática é um dos principais tipos de dor crônica. A dor crônica é aquela que persiste por processos patológicos crônicos, de forma contínua ou recorrente. Ela implica alto impacto social, sendo frequentemente associada com outras doenças crônicas.

Em suma, se o desconforto persiste por mais de três meses e provoca incômodo constante e perda funcional, pode ser classificado como dor crônica.

  • No Brasil, a dor crônica afeta entre 28% e 41% da população.

Como a dor neuropática é diagnosticada?

Geralmente, o médico realiza o diagnóstico de dor neuropática a partir dos seguintes passos:

Avaliação dos sintomas e fatores de risco – o médico, inicialmente, realizará uma entrevista, na qual o paciente descreverá a dor, quando ocorre ou se algo específico a desencadeia. O especialista também investigará a presença de fatores de risco para dor neuropática, como a presença de uma doença crônica.

Realização de exames – o médico também realizará um exame físico e pode solicitar exames laboratoriais e testes para avaliar a função do sistema nervoso.

O diagnóstico de dor neuropática normalmente é sugerido quando a dor é desproporcional ao tipo de lesão tecidual e se forem detectadas alterações durante o exame neurológico. Às vezes, nenhuma causa identificável é encontrada.

Como a dor neuropática é tratada?

Atualmente, não existe cura para a dor neuropática. O tratamento tem como objetivo o alívio dos sintomas e, geralmente, envolve uma abordagem com múltiplos profissionais e uma combinação de terapias.

A dor neuropática não responde muito bem aos tratamentos habituais para a dor, sendo necessário o uso de medicamentos específicos prescritos pelo médico. A estimulação elétrica dos nervos envolvidos na dor neuropática pode controlar significativamente os sintomas. Outros tipos de terapias também podem ajudar com a dor neuropática, tais como:

  • Fisioterapia;
  • Terapia de relaxamento;
  • Massoterapia;
  • Acupuntura.

 

Importante: existem vários tratamentos disponíveis para a dor neuropática e, muitas vezes, é um processo de “tentativa e erro” para encontrar a melhor opção para um indivíduo. Cada pessoa é diferente e o médico levará em consideração as necessidades de cada um. Portanto, nunca se automedique. O profissional de saúde pode sugerir o encaminhamento a uma clínica de dor para avaliação, manejo e aconselhamento sobre como viver com dor crônica.

O que é neuropatia periférica? Conheça as causas, sintomas e tratamentos

A neuropatia periférica afeta o funcionamento dos nervos periféricos, quetransmitem impulsos nervosos do cérebro e da medula espinhal até diferentes locais do corpo, como mãos e pés. A doença pode causar a perda da sensibilidade, dormência, formigamento e fraqueza muscular. As causas podem estar ligadas a outros problemas de saúde, como diabetes e alcoolismo. Continue a leitura e saiba o que pode estar relacionado à neuropatia periférica, quais os tipos, como ela é diagnosticada e tratada.

Quais são as possíveis causas da neuropatia periférica?

As causas da neuropatia incluem problemas metabólicos como a diabetes, sendo esta a principal origem da doença. A diabetes é a causa mais comum de neuropatia de fibras pequenas, que causa sensação de queimação nas mãos e pés.

Outras causas da neuropatia periférica são:

  • Abuso de álcool a longo prazo – a substância pode ser tóxica para os nervos periféricos;
  • Inflamações nos nervos após lesões ou esforços repetitivos;
  • Medicamentos – comoestatinas, quimioterápicos, antibióticos;
  • Deficiência das vitaminas E, B1, B6, B12 e niacina;
  • Doenças e infecções autoimunes – síndrome de Guillain-Barré, lúpus, artrite, reumatismo, psoríase, vírus da imunodeficiência humana (HIV), herpes, sífilis, entre outras;
  • Doenças infecciosas, como hanseníase e borreliose de Lyme, transmitida pelo carrapato;
  • Doenças hereditárias, como a doença de Charcot-Marie-Tooth, polineuropatia amiloidótica familiar e doença de Fabry;
  • Exposição a substâncias tóxicas, comomercúrio, agrotóxicos, chumbo, entre outros.

Quais são os principais tipos de neuropatia?

Há seis tipos diferentes de neuropatia. São eles:

  • Neuropatia autônoma – os danos ocorrem nos nervos que controlam funções automáticas do corpo, como a digestão e funcionamento da bexiga;
  • Neuropatia periférica – afeta os nervos nas partes externas, ou periféricas, do corpo como mãos, pés, pernas e braços;
  • Neuropatia diabética – é causada pela diabetes. Afeta principalmente os nervos periféricos das mãos e dos pés, mas também pode afetar os nervos que controlam as funções automáticas do corpo;
  • Neuropatia proximal – afeta os músculos dos quadris e ombros;
  • Focal ou mononeuropatia – afeta apenas um nervo;
  • Polineuropatia – afeta vários nervos.

Dentro da categoria de neuropatia periférica, temos:

  • Paralisia do nervo fibular, que é ramo do nervo ciático responsável pelo movimento dos músculos e pela sensibilidade no pé. A neuropatia periférica pode causar a perda ou diminuição da sensibilidade no dorso do pé, na parte anterior da perna, e dificuldade para elevar o tornozelo;
  • Paralisia do nervo radial – causa fraqueza no punho, paralisia na extensão dos dedos e perda da sensibilidade nas mãos;
  • Paralisia do nervo ulnar – atinge toda a extensão do antebraço;
  • Síndrome do túnel do carpo – atinge o nervo mediano no canal do carpo, localizado no punho, causando formigamento, dores, sensação de choque e fraqueza.

Quais são os sinais e sintomas de neuropatia periférica?

Os sintomas da neuropatia periférica dependem de quais nervos estão sendo afetados. Eles podem aparecer de uma hora para outra, o que caracteriza a neuropatia aguda, ou se desenvolverem ao longo do tempo, o que é chamado de neuropatia crônica. A doença pode causar:

  • Sensação de formigamento ou dormência nas mãos, pés, braços e pernas;
  • Perda da sensibilidade nas mãos e nos pés;
  • Fraqueza muscular, dificuldade para andar ou mover braços ou pernas;
  • Contrações musculares, cãibras e/ou espasmos;
  • Perda de controle muscular e da capacidade de segurar objetos sem deixar que eles caiam;
  • Pressão arterial baixa e mudança da frequência cardíaca, levando a tonturas e desmaios;
  • Sudorese sem estar relacionada ao clima quente ou à prática de exercícios físicos;
  • Disfunção sexual;
  • Problemas na bexiga, dificultando o ato de urinar; no processo de digestão, causando inchaço abdominal, náusea e vômito; e no intestino, provocando diarreia e prisão de ventre.

Como é feito o diagnóstico de neuropatia periférica?

O diagnóstico de neuropatia periférica inclui exames físicos, neurológicos, de sangue, imagem, análise do líquor e eletroneuromiografia. Alguns casos também podem incluir biópsia do nervo periférico.

  • Exames físicos e análise do histórico clínico – junto ao exame físico, o médico deve perguntar sobre o histórico do paciente pra identificar possíveis causas para a doença. São levados em consideração o histórico familiar, alcoolismo, dieta, hábitos sociais, práticas de atividades físicas e exposição a substâncias tóxicas;
  • Exame neurológico verifica os reflexos, coordenação motora, equilíbrio, força muscular e capacidade de sentir sensações;
  • Exames de sangue e imagem – usados para identificar possíveis deficiências de vitaminas, doenças autoimunes e compressão nervosa;
  • Exame de líquor por meio de uma punção na lombar, é retirada uma amostra do líquido presente na medula espinhal. O exame éutilizado para detecção de doenças neurológicas e qualquer outra patologia que impacte o sistema nervoso;
  • Eletroneuromiografia usado para identificar problemas no nervo da unidade motora, que vai desde a saída da medula ou cérebro até chegar aos músculos;
  • Biópsia é feita em alguns casos para confirmar o diagnóstico. Uma pequena amostra do nervo é removida para ser examinada no microscópio.

Como é o tratamento da neuropatia periférica?

O tratamento da neuropatia periférica depende do grau e da evolução da doença. Os pacientes diagnosticados costumam ser atendidos por uma equipe multidisciplinar, incluindo neurologistas, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Algumas abordagens podem ser:

  • Uso de medicamentos anticonvulsivantes, imunomoduladores e vitamina b1 para controle dos sintomas;
  • Fisioterapia – combinação de exercícios focados na reabilitação das áreas atingidas;
  • Terapia ocupacional para melhora da autonomia e realização de atividades no dia a dia;
  • Mudança de hábitos para pessoas alcoolistas ou que têm diabetes;
  • Reposição de vitaminas e antioxidantes;
  • Controle de doenças que podem causar a neuropatia periférica, como a diabetes, inflamação dos nervos e hipotireoidismo;
  • Adoção de hábitos saudáveis e alimentação balanceada;

É possível prevenir a neuropatia periférica?

A doença pode ser prevenida ao gerenciar outros fatores que podem levar a um quadro de neuropatia periférica. Para pessoas com diabetes, por exemplo, manter o nível de glicose recomendado é uma das formas de prevenir o surgimento da neuropatia. Manter hábitos saudáveis de alimentação, exercícios físicos e não ter vícios são algumas outras formas de evitar a doença.

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Disbiose e Parkinson: desequilíbrio intestinal pode favorecer o surgimento da doença?

A microbiota intestinal é o conjunto de bactérias e outros micro-organismos que habitam o trato gastrointestinal. Evidências crescentes apontam que o desequilíbrio da microbiota – uma condição clínica chamada disbiose, na qual há maior número de bactérias nocivas do que benéficas – pode influenciar no desenvolvimento e na progressão de doenças neurodegenerativas, como o Parkinson. Dois artigos científicos brasileiros publicados recentemente reforçam essa hipótese e descrevem um possível mecanismo por trás dessa conexão. 

Qual a possível relação entre disbiose e Parkinson?

A disbiose intestinal costuma ser notada com frequência em pessoas com Parkinson esporádico, ou seja, casos em que não há um fator genético envolvido. Embora a relação entre essas duas condições ainda não seja bem esclarecida, estudos anteriores mostraram que algumas células do intestino expressam a proteína a-sinucleína, cuja agregação está sabidamente relacionada com a doença de Parkinson.

Na investigação que originou os dois novos estudos, conduzida pelo Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), de Campinas, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), os pesquisadores analisaram uma bactéria específica chamada Akkermansia muciniphila, que, conforme reportado em trabalhos recentes, se apresenta em maior quantidade em amostras fecais de pacientes com Parkinson.

A equipe de cientistas descobriu que essa bactéria é capaz de agregar a proteína a-sinucleína nas células do intestino. Eles perceberam, também, que quando as células intestinais foram cultivadas juntamente com neurônios, a proteína a-sinucleína poderia ser transferida de um tipo celular para outro.

Em resumo, a investigação sugere que a disbiose intestinal pode levar ao aumento de espécies de bactérias que, eventualmente, contribuem para a agregação da a-sinucleína no intestino. E que essa proteína pode então migrar para o sistema nervoso central, configurando um possível mecanismo de surgimento da doença de Parkinson esporádica.

O que é a doença de Parkinson?

Segunda doença neurodegenerativa mais comum, o Parkinson ocorre pela degeneração progressiva dos neurônios que produzem dopamina – substância química do cérebro que, entre outras funções, ajuda na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática. Por conta disso, o distúrbio causa uma série de sintomas relacionados ao controle motor:

  • Tremores;
  • Rigidez muscular;
  • Lentidão e dificuldade de controlar os movimentos;
  • Alterações e dificuldades na fala e na escrita.

Por mais que os sintomas motores sejam os mais característicos do Parkinson, existem outros que também são frequentes e que podem aparecer muitos anos antes do diagnóstico da doença. Eles incluem quadros recorrentes de constipação intestinal, náusea, redução do olfato e movimentação durante o sono.

Como a disbiose pode prejudicar o organismo?

Quando os micro-organismos que compõem a microbiota estão em equilíbrio, eles têm um efeito benéfico para o corpo, auxiliando na digestão e no funcionamento do sistema imunológico. Por outro lado, quando ocorre a disbiose e há um predomínio de bactérias más, a digestão de alguns alimentos pode ser prejudicada, bem como a produção de vitaminas e a proteção do trato gastrointestinal contra agentes agressores.

A disbiose pode causar sintomas como constipação ou diarreia, gases e distensão abdominal. Quando não é devidamente tratada, pode aumentar o risco de problemas mais sérios, como doenças inflamatórias intestinais, síndrome do intestino irritável, obesidade, câncer, problemas cardiovasculares e doenças autoimunes.

Atenção: caso você tenha sintomas gastrointestinais frequentes, busque a avaliação de um especialista.

O que fazer para evitar a disbiose?

A má alimentação está entre as principais causas da disbiose. Portanto, uma medida importante para prevenir a condição é fazer certos ajustes na dieta. As recomendações incluem:

  • Beber bastante água;
  • Apostar em probióticos, que contribuem para a integridade intestinal.
  • Reduzir o consumo de açúcar, álcool, farinha branca e alimentos ultraprocessados;
  • Evitar o excesso de certos alimentos que costumam causar constipação, gases e desconfortos gastrointestinais, como: Alimentos enlatados, principalmente carnes; Carboidratos em milho, aveia ou pão; Algumas frutas como banana, maçã e uva; Produtos com lactose, como iogurte, leite e queijo;

Outra possível causa da disbiose é o uso indiscriminado de medicamentos, como antibióticos, anti-inflamatórios e laxantes. Por isso, nunca se automedique, sempre procure a orientação de um médico para o tratamento de qualquer problema de saúde.

Como probióticos podem ajudar a manter o equilíbrio da microbiota intestinal?

Os probióticos são bactérias benéficas que auxiliam no equilíbrio da microbiota intestinal. Eles “competem” com as bactérias ruins por um espaço na mucosa gastrointestinal, protegendo a região e garantindo seu equilíbrio. Portanto, os probióticos são grandes aliados para o tratamento da disbiose intestinal.

Atenção: é importante pedir a orientação de um profissional de saúde para o consumo do probióticos, porque o tipo e a dosagem variam de acordo com a idade da pessoa e a finalidade do consumo, entre outros fatores.

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Síndrome do túnel do carpo: você sabe o que é?

A síndrome do túnel do carpo é bastante comum entre mulheres de 40 a 60 anos. Ela consiste na compressão do nervo mediano, que percorre o antebraço até a palma da mão, provocando formigamento no membro. A síndrome pode acontecer nos dois lados simultaneamente e a incidência do problema na população é de 3% a 10%. O nome da condição vem do fato de o nervo mediano passar do antebraço até a mão por uma espécie de “conduíte” – o chamado túnel do carpo. Continue a leitura para conhecer os principais sintomas, tratamentos e como prevenir a síndrome do túnel do carpo.

Quais são as causas da Síndrome do túnel do carpo?

A síndrome ocorre quando o túnel do carpo vai se tornando espesso e comprimindo o nervo. A principal causa da síndrome do túnel do carpo é a lesão por esforço repetitivo (conhecida como LER) e pode ser causada por atividades como digitação e até dormir de punho fechado. Isso pode gerar um desgaste da estrutura do túnel do carpo, provocando o problema. Outras causas que estão associadas ao aparecimento da síndrome são:

  • Retenção de líquido nos tendões (durante a gravidez);
  • Alterações hormonais da menopausa;
  • Traumas (quedas ou fraturas);
  • Problemas de origem inflamatória (como as doenças reumáticas);
  • Tumores;
  • Uso de determinados medicamentos.

Quais são os sintomas da Síndrome do túnel do carpo?

A principal queixa de quem sofre com a síndrome do túnel do carpo é a sensação de dormência e formigamento noturno, quando a pessoa está dormindo. A queixa de dor é variável e nem sempre está presente. Mas, quando está, costuma irradiar dos dedos até o ombro e acompanha sensação de peso ou cansaço no antebraço. Outros sintomas conhecidos da Síndrome do túnel do carpo são:

  • Inchaço na mão e/ou nos dedos;
  • Sensação de “choque” ao tocar o punho;
  • Dor e/ou formigamento no antebraço;
  • Dor no pulso, especialmente durante a noite;
  • Falta de sensibilidade na ponta dos dedos (exceto o dedo mínimo);
  • Fraqueza muscular e dificuldade em pegar objetos.

Como é feito o diagnóstico da síndrome do túnel do carpo?

A Síndrome do túnel do carpo é diagnosticada a partir de avaliação médica em consultório. O médico pode realizar alguns testes para detectar a sensibilidade do nervo mediano e excluir outras doenças que podem provocar sintomas semelhantes, como hérnia de disco ou até outras neuropatias.

O diagnóstico precoce é fundamental para prevenir lesões permanentes no nervo e uma posterior atrofia muscular ou até perda de sensibilidade permanente na mão.

É possível prevenir a síndrome do túnel do carpo?

Sim, é possível prevenir a síndrome do túnel do carpo. Embora não existam medidas preventivas concretas, os médicos recomendam evitar movimentos repetitivos de flexão de punho, além de ter atenção com alguns fatores durante o trabalho, por exemplo:

  • Postura;
  • movimentos corporais;
  • Adequação dos equipamentos às características físicas, como a altura da cadeira e da mesa em relação à altura da pessoa.

Qual é o tratamento para a Síndrome do túnel do carpo?

O tratamento vai variar de acordo com o grau de acometimento da pessoa. Em casos mais leves, o médico pode recomendar o uso de uma tala para imobilizar o punho junto com o uso de anti-inflamatórios para aliviar o desconforto. Se a medida não surtir efeito, é possível que o médico indique a necessidade de aplicar uma injeção de corticoide diretamente no canal do carpo.

  • Fisioterapia – nos dois casos, é indicado associar sessões de fisioterapia da mão para controle da dor, alongamento muscular, correção postural e fortalecimento muscular.

Quando a pessoa não responde aos tratamentos, a única solução é passar por cirurgia. No procedimento, o médico realiza a descompressão do túnel do carpo, liberando o nervo.

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