O setor
mais impactado pela pandemia do novo coronavírus foi o de saúde, tanto no
Brasil quanto no mundo. Isso porque, além do pouco conhecimento sobre a doença,
a grande demanda por leitos impactou consideravelmente a gestão hospitalar.
Neste
sentido, apenas com o planejamento estratégico e uma rápida adaptação é
possível superar esse obstáculo e melhorar a condição de saúde dos pacientes.
Neste artigo, conheça algumas lições para tornar a gestão hospitalar mais
eficiente.
1) A humanização como ferramenta de gestão hospitalar
A gestão
hospitalar deve prever e proporcionar um conjunto de valores éticos e humanos,
qualidade de vida e humanização. Isso porque, o principal papel dessas
instituições de saúde é cuidar de vidas.
No entanto,
diante do cenário de pandemia que se instalou no ano de 2020, foi preciso
abandonar todo o planejamento e instaurar o gerenciamento de crise. Mesmo
nessas circunstâncias, é preciso primar pela humanização.
Em primeiro
lugar, pensar em atendimento humanizado é pensar em resgatar o respeito à vida.
Uma das principais responsabilidades da administração hospitalar é abordar a
forma como um paciente deve ser atendido, considerando que ele está em um
momento difícil.
Além de
beneficiar a imagem da instituição e dos profissionais que nela estão, essa
atitude proporciona um alívio necessário para os pacientes e seus familiares,
restaurando, mesmo que em parte, a qualidade de vida.
Isso
porque, a finalidade da humanização é lidar com a fragilidade humana,
oferecendo consolo, afeto e esperança nos momentos de maior vulnerabilidade de
todos os envolvidos, seja o usuário ou o familiar.
Assim, se
você deseja melhorar este aspecto no seu gerenciamento hospitalar, lembre-se
que será necessário integrar o relacionamento pessoal, interpessoal e
institucional. Nesse sentido, ele pode ser aplicado nas seguintes situações:
- relação com o paciente: o foco do atendimento deve ser o paciente,
identificando suas queixas e necessidades de forma humanitária;
- ambiente acolhedor: o hospital precisa ter um ambiente agradável e
confortável tanto para os pacientes quanto para os profissionais;
- comunicação: a comunicação deve ser ágil, segura e eficiente.
2) Melhor aproveitamento dos recursos
Uma das
principais dificuldades enfrentadas pelas organizações de saúde pública no
Brasil é a escassez de recursos básicos. Com a pandemia da Covid-19, essa
situação foi agravada, gerando uma série de problemas também na saúde
complementar.
Por isso,
uma gestão eficiente deve priorizar o melhor aproveitamento dos recursos. O
primeiro passo para isso é educar os colaboradores sobre o uso eficiente dos
insumos, principalmente aqueles que podem ser reutilizados.
Além disso,
deve-se evitar o desperdício, pois todos os materiais têm um custo e são
obtidos através de investimentos das operadoras de saúde ou do Governo. Porém,
se a utilização do insumo não for devidamente comprovada, não haverá reembolso.
Ademais,
para que o controle de estoque seja eficiente, todo recurso usado deve ser
reposto. Para isso, é necessário registrar toda entrada e saída de suprimentos.
Assim, sempre que for possível, a compra será realizada.
3) Use a tecnologia a seu favor
As
tecnologias de informação (TI) surgem como um importante recurso para tornar mais
eficiente a gestão hospitalar. Ao disponibilizar ferramentas integradas, é
possível aprimorar e organizar os processos hospitalares.
Com isso,
será possível gerar dados confiáveis que contribuirão para uma tomada de
decisões mais assertiva. Dessa forma, a tecnologia dá o suporte necessário para
você conseguir manter o planejamento, mesmo em tempos de crise.
Mesmo antes
da pandemia do novo coronavírus, um sistema de gestão era considerado crucial
para a tomada de decisões. Agora, com o cenário caótico dos hospitais, se
tornou ainda mais essencial, pois as ações precisam ser executadas em um menor
espaço de tempo.
Outrossim,
a tecnologia também ajuda a organizar os dados, reduzir a ocorrência de erros,
melhorar o desempenho e o faturamento hospitalar. Com isso, é possível
profissionalizar a administração, de modo que o planejamento da gestão de crise
seja mais efetivo.
4) Tenha processos flexíveis
Tradicionalmente,
a gestão de instituições de saúde é marcada por uma grande burocracia, tanto na
relação com fornecedores quanto com os pacientes. Esse problema é ainda maior
na saúde pública.
No entanto,
um bom gestor precisa ter flexibilidade para lidar com todas as partes
envolvidas, principalmente porque a atuação na área de saúde envolve aspectos emocionais,
o que exige não só a capacidade analítica, mas também inteligência emocional.
Assim, ao
ter uma gestão hospitalar flexível, você estará preparado para contornar
momentos delicados, sem muita rigidez. Além disso, essa flexibilidade é
essencial para as instituições que desejam humanizar o seu atendimento.
5) Atenção à experiência do paciente
Atentar-se
à experiência do paciente é uma ação necessária no dia-a-dia de uma organização
de saúde. Porém, neste período de crise sanitária, esse cuidado precisa ser
redobrado, pois os pacientes estão ainda mais fragilizados.
Contudo,
não confunda experiência com satisfação. Enquanto esta refere-se à expectativa
do paciente, a experiência diz respeito aos fatos. Ou seja, tudo o que o
indivíduo vivenciar durante o atendimento médico irá influenciar a sua
experiência.
O primeiro
passo para fazer com que ela seja positiva é oferecer atendimento humanizado.
Ao procurar um hospital, as pessoas estão passando por alguma dificuldade. Por
isso, elas precisam ser tratadas com empatia e respeito.
6) Padronização de processos
Independente
da área de atuação, a padronização de processos é uma prática que deve ser
seguida por todas as empresas. Porém, para que esse padrão seja alcançado, os
processos precisam ser bem definidos.
Na gestão
hospitalar, essa padronização é obtida a partir da definição e distribuição das
tarefas entre colaboradores e gestores. Ao estabelecer as funções de cada
pessoa, os processos serão conduzidos com mais agilidade.
Em
consequência disso, o hospital passa a funcionar como uma engrenagem perfeita,
entregando bons resultados aos usuários. Além disso, caso haja a substituição
de um profissional, a padronização fará com que nenhum processo seja afetado.
7) Feedbacks e mensuração de resultados
Uma parte
muito importante da gestão hospitalar é a avaliação dos pacientes. A melhor
forma de conhecer a eficiência e a qualidade dos serviços oferecidos é
perguntando a quem, de fato, os utiliza.
Neste
sentido, você pode implementar as pesquisas de satisfação. Assim, sempre ao fim
de um atendimento, o usuário poderá informar o quão satisfeito está com o
trabalho dos profissionais, a estrutura disponibilizada, entre outros.
Outrossim,
você também precisa criar e mensurar indicadores de desempenho. Com eles, será
possível avaliar a performance do hospital e também obter insights valiosos
sobre redução de custos e qualidade dos serviços.
Enfim, ter
uma gestão hospitalar eficiente é fundamental para oferecer o melhor
atendimento possível ao público. Porém, em tempos de pandemia, alcançar esse
objetivo é um grande desafio.
Por isso,
considere nossas dicas e implemente-as na instituição. A gestão hospitalar é
uma tarefa complexa e delicada. Portanto, invista no planejamento e em
tecnologias, organize os recursos disponíveis e promova a humanização do
atendimento.