Fluxograma Sugerido para Diagnóstico de Miastenia Gravis

Artigo Médico

Dr. Eduardo de Paula Estephan – CRM-SP 146.264
Ambulatório de Miastenia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Ambulatório de Doenças Neuromusculares do Hospital Santa Marcelina, São Paulo.

Miastenia – Highlights do Congressso Mundial 2018

Este estudo teve como objetivo determinar a taxa de readmissão hospitalar 30 dias após a alta de pacientes com miastenia grave e examinar os fatores associados, verificando, assim, a qualidade e os resultados dos cuidados de saúde.

Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo de readmissões não eletivas entre 30 e 90 dias após a hospitalização de pacientes com miastenia grave. Os índices foram extraídos do Banco de Dados de Readmissões Nacionais (Healthcare Cost and Utilization Project’s 2014 Nationwide Readmissions Database – NRD).

No total, 4.305 internações preencheram os critérios de inclusão, e a maioria dos pacientes tinha entre 55 e 84 anos (59,6%), sendo 56% mulheres e 57,4% com seguro Medicare. A maioria das internações teve duração entre 6 e 19 dias (52,1%) e a necessidade de ventilação mecânica ocorreu em 16% dos casos.  Readmissões não eletivas dentro de 30 dias ocorreram em 16% dos casos (n=694) e dentro de 90 dias, em 25,2% dos casos (n=1.086).

Diversos fatores, como idade do paciente, sexo e ocorrência de erro médico, não foram associados a aumento ou diminuição estatisticamente significante na chance de readmissão aos 30 ou 90 dias.  Os sintomas relacionados à miastenia grave foram a razão mais comumente documentada para a readmissão não eletiva em 30 (34,4%) e 90 dias (36,0%).

Nortriptilina em pacientes cardiopatas

Dr. Kalil Duailibi – CRM-SP 47.686
Professor de Psiquiatria da Universidade de Santo Amaro (UNISA), Presidente do Departamento Científico de Psiquiatria da Associação Paulista de Medicina (APM) e Editor da Versão Brasileira da Revista da Associação Psiquiátrica Americana (APA)

Nortriptilina: Indicações Terapêuticas

Artigo Médico

Dra. Kátia Regina Oddone Del Porto – CRM-SP: 75.450
Psiquiatra com Mestrado em Psiquiatria pela Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp).

Nortriptilina no tratamento da depressão e outros sintomas não motores na doença de Parkinson

Dr. Erich Talamoni Fonoff – CRM-SP: 93.868
Professor-Associado e Livre-Docente do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Nortriptilina em foco: indicações terapêuticas

Dra. Kátia Regina Oddone Del Porto – CRM-SP: 75.450
Psiquiatra com Mestrado em Psiquiatria pela Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp).

Na primeira metade do século XX, os recursos farmacológicos para o tratamento das depressões eram limitados a agentes sintomáticos inespecíficos, tais como o hidrato de cloral, os barbitúricos, as anfetaminas e os opioides. Na década iniciada em 1950, foram introduzidos os primeiros antidepressivos propriamente ditos: iproniazida, um inibidor da monoaminoxidase, e imipramina, o primeiro tricíclico a ser utilizado no tratamento das depressões.

Os antidepressivos tricíclicos (ADTs) bloqueiam a recaptação de monoaminas (noradrenalina, serotonina e dopamina) na membrana pré-sináptica, aumentando sua disponibilidade na fenda sináptica.

A imipramina e a amitriptilina possuem cadeia lateral composta por uma amina terciária, sendo mais potentes na inibição da recaptação de serotonina, em comparação aos ADTs com cadeia lateral composta por amina secundária, a exemplo da nortriptilina, os quais promovem maior inibição da recaptação da norepinefrina. A nortriptilina conta com estudos que estabeleceram uma “janela terapêutica” para o seu uso, constatando sua eficácia entre os níveis plasmáticos de 50 a 150 ng/mL.

A monitoração dos seus níveis plasmáticos pode auxiliar, quando não houver resposta ou, ainda, quando houver efeitos colaterais excessivos, na condução terapêutica dentro dos limites de segurança, o que é eventualmente útil para os idosos, assim como para os chamados metabolizadores lentos, prevenindo-se o uso de doses excessivas que podem levar a maiores efeitos colaterais, sem aumentar a eficácia terapêutica. Ressalta-se ainda que a nortriptilina é o tricíclico que menos induz à hipotensão ortostática e seus efeitos anticolinérgicos são menores em comparação a outros tricíclicos, como a amitriptilina.

Comparação dos efeitos do escitalopram e da nortriptilina nos sintomas físicos dolorosos de pacientes com transtorno depressivo maior

Prática clínica na enxaqueca

Prof. Dr. Abouch Valenty Krymchantowski – CRM-RJ 5239620/8
Mestre e doutor em Neurologia (teses em cefaleia). Fellow da American Headache Society (FAHS). Diretor e fundador do Centro de Avaliação e Tratamento da Dor de Cabeça do Rio de Janeiro (Headache Center of Rio). Criador e responsável técnico pelo site www.dordecabeca.com.br

Editor associado do The Journal of Head and Face Pain.

A migrânea ou enxaqueca é uma doença neurológica crônica, altamente prevalente, que se caracteriza por crises intermitentes de cefaleia com sintomas associados e características peculiares. Seu impacto não se restringe apenas às crises de dor de cabeça. Os sofredores de enxaqueca têm pior qualidade de vida e ela é a sexta doença mais incapacitante na medicina.

Com incidência estimada em 1,37/100 mil pessoas por ano para o sexo masculino e 2,94 para o feminino, é mais prevalente em mulheres com pico entre a terceira e a quarta década de vida. Em adultos, a prevalência da enxaqueca é de 16%, com 18% das mulheres e 6% dos homens acometidos.

Seus custos econômicos são substanciais e podem ser divididos em diretos e indiretos. Os custos diretos incluem os gastos com diagnóstico e tratamento da doença e são estimados, apenas nos Estados Unidos, em 1 bilhão de dólares. Os custos indiretos, decorrentes da perda laborativa, são estimados em 13 bilhões de dólares por ano, também nos Estados Unidos, com o absenteísmo e a perda da produtividade.

Diagnóstico da Miastenia Gravis

Dr. Eduardo de Paula Estephan – CRM-SP 146.264
Ambulatório de Miastenia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Ambulatório de Doenças Neuromusculares do Hospital Santa Marcelina, São Paulo.

A miastenia gravis (MG) é a doença da junção neuromuscular (JNM) mais comum, sendo resultante da ligação de autoanticorpos aos componentes da JNM, mais comumente o receptor de acetilcolina (AChR). Os anticorpos contra o AChR, ou outras proteínas associadas ao receptor, levam a ataque autoimune da JNM, causando prejuízo da transmissão neuromuscular, com consequente fraqueza fatigável, manifestação típica dessa doença.