Mudança de embalagem de Pamelor®

O medicamento Pamelor® (cloridrato de nortriptilina) é de propriedade e registro da Cellera Farma desde sua aquisição em 25 de junho de 2018.

De início, mantivemos as embalagens de Pamelor® semelhantes às do antigo detentor do registro. Porém, após este período de adaptação, decidimos alterá-las de acordo com a identidade visual das embalagens dos demais medicamentos da Cellera Farma, conforme a imagem abaixo.

Esta substituição das embalagens acontecerá de maneira gradual ao longo dos próximos meses, conforme o esgotamento das embalagens antigas.

Neste período de transição, os pacientes poderão encontrar nas farmácias o medicamento Pamelor® ainda nas embalagens antigas ou nas novas, sem prejuízo de qualidade ou eficácia, uma vez que sua fórmula permanece inalterada.

Colocamo-nos à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas por meio do nosso SAC (0800 58 000 32) ou dos nossos canais digitais.  

Atividade física é fundamental para Miastenia Gravis, desde que a doença esteja compensada

Se para um miastênico em crise o repouso é fundamental para a sua plena recuperação, o paciente que está com a Miastenia Gravis compensada, a atividade física é muito importante para atuar como coadjuvante no tratamento. Isso porque além de manter o bem-estar físico e emocional, ela pode ser fundamental para fortalecer a musculatura e melhorar o desempenho nas atividades diárias como caminhar, sentar, levantar, elevar os braços, e até para subir e descer escadas. Mas saiba que nem sempre os exercícios físicos foram vistos como um aliado no tratamento.

Durante muito tempo, mais precisamente entre a década de 2000 e 2010, a recomendação para o paciente miastênico era não praticar nenhuma atividade física. “Essa instrução, aliás, fazia parte do tratamento: quanto mais repouso o paciente fizesse, melhor ele ficava”, lembra Eduardo Estephan, médico neurologista, especialista em Doenças Neuromusculares dos Hospital das Clínicas (FMUSP), do Hospital Santa Marcelina e diretor científico da Associação Brasileira de Miastenia (ABRAMI).

Exercícios como recomendação médica

De acordo com o especialista, de lá para cá vários estudos têm mostrado o contrário, que pacientes que fazem atividade física conseguem ganhar mais funcionalidade nas atividades de esforço durante o dia. Dessa forma, os exercícios passaram a ser recomendados como parte do tratamento, e não mais o repouso.  “É claro que para poder indicar atividade física, o paciente precisa estar compensado. Lembrando sempre que quem toma essa decisão é o médico neurologista, que acompanha o paciente”, aconselha.

Sobre as práticas esportivas disponíveis também é preciso ir além de quais as modalidades o paciente pode se adaptar melhor. Como benefício à saúde do paciente portador de Miastenia Gravis, o médico neurologista recomenda as atividades físicas aeróbicas, como caminhada, corrida, bike. “Mas ela pode estar associada com modalidades anaeróbicas, caso da musculação, do alongamento, da ioga”, indica. Para não deixar o paciente sofrer com a fadiga muscular, o médico recomenda que é importante que ele consiga tolerar bem os exercícios, mas nunca sem deixá-lo com fadiga. E isso vale tanto para uma caminhada, uma corrida, como um treino de musculação ou até uma aula de pilates. “É importante que o paciente seja acompanhado por um profissional competente, de preferência que tenha conhecimentos sobre a doença para aumentar a carga e a intensidade devagar, para nunca induzir à exaustão do paciente”, afirma.

Exemplo de superação

Para quem sempre foi ativo, praticava várias modalidades esportivas, de jiu-jitsu a skate, passando pelos campeonatos de patins, além da musculação e da corrida, ouvir o diagnóstico de miastenia, pode causar medo e sensação de frustração.

Foi o que aconteceu com o instrumentador cirúrgico e motorista de aplicativo Josadac Vasconcelos Marques, 37 anos, de Manaus, no Amazonas. “Até receber o diagnóstico eu acreditava que aquele cansaço constante era do trabalho como motorista”, recorda-se. “Algumas vezes, puxar o freio de mão com as duas mãos era difícil. A fraqueza nos braços era uma constante ao final do dia. Isso sem contar a diplopia (visão dupla), que era frequente e foi o principal sintoma que me levou ao neurologista, que deu o diagnóstico”, conta Josadac.

Mas embora tenha sentido o diagnóstico da doença como um banho de água fria, acreditando que não seria mais capaz de fazer tudo o que sempre gostara, com a ajuda da namorada, a professora  de educação física Lucilene de Castro Batalha, ele conseguiu usar a memória muscular a seu favor.  Por ter sido sempre muito ativo, a personal trainer foi pesquisar a doença e passou a investir em exercícios funcionais e de musculação, com pouca carga e repetições para ajudá-lo no fortalecimento muscular e no seu bem-estar. “Quando ele descobriu a doença, estava melhorando o seu desempenho na corrida e tinha como meta fazer uma maratona (42km e 195 metros). Era o sonho dele. Então, quando o neurologista o liberou para fazer exercícios, montei uma planilha onde priorizava os treinos de musculação, intercalando com os de corrida”, lembra-se. Juntamente com os treinos, Josadac passou a fazer suplementação para melhorar o rendimento físico e evitar a fadiga. Com muita dedicação e foco, ele conseguiu completar a sua primeira maratona. “Tive vontade de desistir, pois foi uma prova de muita resistência, mas vendo as pessoas me incentivarem, meu pai me inspirando a cada quilômetro alcançado, e revendo o que já havia passado para chegar até ali, tudo isso me fortaleceu para completar a prova”, recorda-se, emocionado. E de fato, a inspiração, o foco e o desejo de superação fez com que além da participação na maratona, Josadac fizesse depois outra prova de resistência: os 19km da Volta da Pampulha, em 2019.

Claro que o instrumentador declara que tem momentos de altos e baixos, dias que a fadiga o impede de fazer atividades do dia a dia. Mas como a atividade física é constante em sua vida, ele logo se recupera.

Todo miastênico pode praticar exercícios?

Vendo o desempenho do atleta amador Josadac Marques, a pergunta que logo se faz é: todos os miastênicos podem fazer atividade física? Segundo os especialistas, não dá para afirmar, afinal, o profissional especializado que acompanha o paciente é quem deve avaliar o seu quadro para recomendar ou não a prática.

A segunda pergunta que vem à cabeça de um portador da doença é: todas as modalidades esportivas estão liberadas para o portador da doença? Também é preciso avaliar caso a caso, identificar o grau da Miastenia Gravis, se ela está bem compensada, e investigar se o paciente já fez alguma prática antes do diagnóstico ou não. Afinal, não dá para sair de uma condição de sedentário para atleta profissional.

Começar a praticar alguma modalidade esportiva, desde de que a doença esteja sob controle, pode ser um caminho para ter mais qualidade de vida, além de melhorar o seu desempenho nas atividades do dia a dia, através do melhor condicionamento físico. E o conselho do Josadac é imprescindível para dar início a qualquer prática esportiva: “Comece devagar, dê atenção às respostas do seu corpo e jamais treine até a exaustão. Assim, você saberá que no dia seguinte estará bem para recomeçar. E se não tiver, espere melhorar para só então retomar.”

Para mais informações sobre miastenia, acesse o site: https://www.miastenia.com.br/abrami/

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Antipsicóticos Típicos vs Atípicos, quando usar cada um?

Introduzido em 1958, o haloperidol é utilizado para tratamento farmacológico das psicoses _ especialmente a esquizofrenia. O haloperidol mostrou menos riscos de hipotensão postural e mais ação sobre os sintomas da patologia em relação à clorpromazina, que foi o primeiro neuroléptico sintetizado e marcou o início da era dos antipsicóticos. Os antipsicóticos lançados posteriormente, chamados de atípicos, caracterizam-se por produzir menos sintomas extrapiramidais, em doses clinicamente eficazes.

Os atípicos podem trazer benefícios e ter ação mais efetiva sobre os sintomas negativos, como apatia-abulia e embotamento afetivo. Já os típicos são vistos com uma melhor eficácia em sintomas positivos, como alucinações e delírios.

Antipsicóticos típicos induzem mais taxa de efeitos extrapiramidais. Já os atípicos associam-se a mais risco de indução à síndrome metabólica e condições associadas, como diabetes mellitus.

O Haloperidol foi considerado um antipsicótico prototípico desde sua introdução até o advento dos antipsicóticos atípicos. Estudos mostram que apesar de risco de eventos adversos, em baixas doses, pode ser usado em pacientes com boa tolerabilidade, com menor desenvolvimento de efeitos extrapiramidais e a elevação da prolactina.

Dor Neuropática Pós-COVID

Segundo a International Association for the Study of Pain (IASP), a dor pode ser definida como: “Uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada, ou semelhante àquela associada, a uma lesão tecidual real ou potencial”. Pela definição já conseguimos perceber que além das questões fisiológicas e anatômicas ocasionadas pela dor, é um sintoma que afeta o bem-estar social e psicológico do indivíduo.

Devido ao isolamento social causado pela pandemia de COVID-19, alguns males como a sarcopenia, piora de dores crônicas pela falta de condições de ir a médicos, deixar de ir à fisioterapia e diminuição de procedimentos intervencionistas analgésicos, há uma piora geral da dor, sendo necessário uma abordagem mais aprofundada sobre o tema.

No vídeo abaixo, a Dra. Mariana Palladini, especialista em terapia da dor, discorre de maneira objetiva sobre Dor Neuropática Pós-COVID.

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Caso Clínico TDAH

Um dos transtornos mais comuns na infância, o déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) afeta o desenvolvimento da criança, tanto em casa quanto na escola, além de ter impacto social, emocional e cognitivo. O TDAH pode prevalecer até a idade adulta – entre 3,4% e 4,4% dos pacientes.

Atualmente, as diretrizes pedem que uma correta avaliação seja feita, para que o tratamento seja adequado e o paciente responda corretamente a ele. A recomendação é que seja feita uma abordagem multimodal, em que a escolha da medicação é influenciada por diversos fatores. Mas medicações com ação prolongada costumam ser mais utilizadas, por permitir administração apenas uma vez ao dia, tornando o tratamento mais privativo.

O metilfenidato (MPH) é o psicotrópico mais utilizado na psiquiatria infantil. Sua rápida absorção pelo sistema nervoso central reduz as manifestações clínicas do TDAH, tanto as mais evidentes quanto as menos evidentes. O MPH é recomendado como terapia de primeira linha em muitos países.

Cada paciente tem resposta e necessidades únicas com relação ao MPH. Por isso, é preciso uma abordagem personalizada no tratamento do TDAH. Cada formulação do MPH tem seu próprio perfil e diferenças com relação ao modo de administração. Cada dose é individualizada de acordo com o paciente. O aumento da dose pode ser em intervalo de uma semana, quando necessário.

Assim, o tratamento com MPH, com todas as suas formulações, concede benefícios para os pacientes com TDAH. A medicação ajuda com os principais sintomas e mantém essa melhora, inclusive os relacionados ao desempenho, domínio de atenção e funcionamento executivo. Além disso, o MPH ajuda no controle sintomático durante todo o dia do paciente.

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A dança traz benefícios para a saúde física e mental para miastênicos

Uma rotina que inclui a prática de exercícios diários como caminhada, ioga ou exercício de fortalecimento muscular melhora a condição de saúde do portador de Miastenia Gravis.

Um artigo escrito pelo pesquisador Nils Erik Gilhus, professor de Neurologia da Universidade de Bergan, na Noruega, e publicado no PubMed em dezembro de 2020, mostrou que exercícios físicos são seguros para pacientes com Miastenia Gravis. Com dados em estudos, o artigo mostrou que o treinamento físico aumenta a força muscular em pacientes com a doença. A função muscular respiratória, segundo o artigo, também melhora com o treinamento de resistência em pacientes com Miastenia Gravis.

Outro artigo realizado por pesquisadores indianos na área de Neurologia Clínica, e publicado em 2019 pela Karger (editora de revistas e livros científicos), mostrou que a prática regular de exercícios físicos, de leve a moderada intensidade, durante 30 minutos, melhora a qualidade de vida dos miastênicos.

Isso porque a Mistenia Gravis é uma doença neuromuscular caracterizada pela súbita interrupção da comunicação natural entre nervos e músculos, causando fraqueza muscular. Como ela afeta a parte do músculo que se conecta com o nervo, a doença dificulta que a pessoa execute movimentos do cotidiano de forma voluntária.

Essa fraqueza pode acometer qualquer músculo, mas existem alguns grupos musculares que são mais frequentemente acometidos pela doença. Destaque para a fadiga muscular de braços e pernas, queda das pálpebras, visão dupla e dificuldade para falar, mastigar e engolir.

Mas quando o paciente leva uma rotina que inclui a prática de exercícios, é possível comprovar e constatar tais afirmações dos estudos e ir além. Não são apenas a caminhada, a ioga ou o exercício de fortalecimento muscular que melhoram a condição de saúde do portador de Miastenia Gravis. A dança tem o poder de transformar a vida dessas pessoas. Quem faz essa afirmação é Andrea Passarelli, especialista em Dança pela Faculdade Paulista de Artes, coordenadora do projeto Entre Nessa, de Oficinas Socioculturais da Nova Transformar (SP), e do Clube dos Paraplégicos de São Paulo.

Andrea Passarelli é especialista em Práticas Artísticas e Terapêuticas, Interfaces da Arte e da Saúde pelo setor de Terapia Ocupacional da USP (Universidade de São Paulo), também é parceira da ABRAMI (Associação Brasileira da Miastenia), ela trabalha com portadores da doença há 23 anos. “A dança traz muitos benefícios para a saúde física e mental para todas as pessoas, mas aos portadores de miastenia ela tem funções ainda maiores. Melhora a postura e o fortalecimento da musculatura. A prática também leva a liberação de serotonina e endorfina, hormônios ligados a sensação de bem-estar, que para os miastênicos é essencial para que eles continuem a desenvolver o trabalho de conscientização corporal, sem sentir dor”, afirma a especialista.

“A Miastenia Gravis estando compensada, todos os pacientes recebem a recomendação de fazer alguma atividade física, e a dança é uma delas. Os pacientes com o grau da doença muito leve, no caso da miastenia ocular, têm indicações e benefícios de fazer algum exercício físico como todas as pessoas”, recomenda Eduardo Estephan, neurologista do Ambulatório de Miastenia do Hospital das Clínicas (SP) e do Ambulatório de Doenças Neuromusculares do Hospital Santa Marcelina (SP), e parceiro da ABRAMI. “Quem apresenta a doença de forma generalizada, com fraqueza nos músculos, também colhe os benefícios, em especial o de conseguir se movimentar com mais facilidade porque a atividade física auxilia no fortalecimento da musculatura. Sem contar que melhora a capacidade motora. Ou seja, a dança sendo realizada dentro de uma rotina melhora a resistência muscular até para que o paciente possa realizar as atividades do dia a dia com mais facilidade”, recomenda o especialista.

A dança melhora o desempenho motor

Para a professora Andrea Passarelli, existe uma didática diferenciada na maneira de conduzir a aula para os portadores de Miastenia, a começar pela supervisão individual, orientando para que o aluno preste atenção aos sinais do corpo e respeite o seu limite. “Procuro também fazer uma combinação de atividades alternadas, algumas que requerem mais o uso da força muscular, outras aeróbicas, como é o caso da dança em si, sem esquecer dos exercícios de alongamento que também são de baixo impacto”, explica.

Segundo a professora, essa alternância da dança com os demais exercícios melhoram o desempenho motor e, consequentemente, impactam positivamente nos aspectos funcionais do corpo como um todo.

A professora enfatiza a importância da dança já que na modalidade é possível trabalhar todos os músculos do corpo, além de ser uma forma de comunicação e expressão. “A dança traz motivação, alegria, prazer, além de aumentar a socialização e o relacionamento. Ela é capaz de unir pessoas de todas as faixas etárias”, relata Andrea, que recomenda a prática para portadores de Miastenia a partir de 18 anos.

É preciso avaliar caso a caso

Como não há um padrão único de sintomas da Miastenia Gravis, é preciso avaliar em cada caso o grupo de músculos acometidos pela doença e seu estágio, bem como se a doença está bem compensada para definir se o paciente pode iniciar a prática da dança.

Ou seja, de acordo com os especialistas não há restrições para o paciente miastênico praticar a modalidade. No entanto, isso vai depender da condição física e do respectivo quadro da doença. Por isso, a recomendação é conversar primeiro com o médico, para se certificar que a doença esteja compensada para que possa fazer a indicação da prática.

Para mais informações sobre miastenia, acesse o site: https://www.miastenia.com.br/abrami/

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Alergias e imunomodulação – benefícios dos probióticos

O trato gastrointestinal funciona como uma barreira contra antígenos de microrganismos e alimentos. A geração de regulação imunofisiológica no intestino depende do estabelecimento da microbiota. Intervenções terapêuticas baseadas no consumo de culturas de microrganismos vivos benéficos, que atuam como probióticos, foram introduzidas como forma de reequilibrar a resposta imunológica dada pelo hospedeiro, a qual tem um papel crítico na defesa do organismo contra infecções. Além disso, essa terapia tem papel como agente interferente em respostas alérgicas, geralmente manifestadas através de casos de dermatite atópica e de alergias alimentares.1

Entre os possíveis mecanismos de ação  da terapia probiótica está a promoção de uma barreira de defesa intestinal não imunológica, que inclui a normalização da permeabilidade intestinal. Outro possível mecanismo da terapia probiótica é a melhora da barreira imunológica do intestino, particularmente por meio das respostas da imunoglobulina A (IgA) intestinal e do alívio das respostas inflamatórias intestinais, que produzem um efeito estabilizador do intestino. Muitos efeitos probióticos são mediados por regulação imunológica, particularmente por meio do controle do equilíbrio de citocinas pró-inflamatórias e antiinflamatórias. Esses dados mostram que os probióticos podem ser usados ​​como ferramentas inovadoras para aliviar a inflamação intestinal, normalizar a disfunção da mucosa e diminuir as reações de hipersensibilidade.1,2

Efeitos regulatórios distintos foram detectados em indivíduos saudáveis ​​e em pacientes com doenças inflamatórias. Estes resultados sugerem que propriedades imunomoduladoras específicas de bactérias probióticas devem ser caracterizadas ao desenvolver aplicações clínicas, conforme necessidades individuais de cada perfil e considerando, portanto, os tipos de populações-alvo.2

Em um estudo duplo-cego, randomizado e controlado por placebo, a administração de probiótico pré-natal a mães que tinham pelo menos um parente de primeiro grau (ou parceiro) com eczema atópico, rinite alérgica ou asma, e contínua administração pós-natal por 6 meses para seus bebês resultou em dados concretos para determinar a influência do produto na prevenção primária de doenças atópicas. Eczema atópico recorrente crônico, que é o principal sinal de doença atópica nos primeiros anos de vida, foi avaliado. A frequência de eczema atópico no grupo probiótico foi metade da do grupo placebo, portanto, no contexto da imunomodulação, a administração de probiótico foi eficaz na prevenção da doença atópica precoce em crianças de alto risco.3

Os efeitos da administração de probióticos na resposta imune oral em adolescentes e adultos com tipos específicos de alergia, como ao pólen de bétula combinada com síndrome de alergia oral, foram avaliados em ensaio clínico internacional. Os resultados apontaram que probióticos têm efeitos imunoestimulantes na mucosa oral, vistos como níveis aumentados de imunoglobulina A (IgA) específica do alérgeno na saliva.4

 

A prevalência de doenças alérgicas em bebês, cujos pais e irmãos não têm alergia, é de aproximadamente 10% e chega a 20-30% naqueles com um parente de primeiro grau alérgico, segundo pesquisas científicas recentes. A microbiota intestinal pode modular as respostas imunológicas e inflamatórias sistêmicas e, assim, influenciar o desenvolvimento de sensibilização e alergia. Foi relatado que probióticos modulam as respostas imunológicas e sua suplementação foi proposta como uma intervenção preventiva. As recomendações sobre a suplementação de probióticos para a prevenção da alergia têm como objetivo embasar médicos e outros profissionais de saúde em suas decisões sobre o uso de probióticos na gravidez e durante a amamentação e, também, se devem ser administrados aos bebês.5

Referências

1 – Isolauri E, Sütas Y, Kankaanpää P, Arvilommi H, Salminen S. Probiotics: effects on immunity. American Journal of Clinical Nutr. 2001; 73(2 Suppl): 444S-50S.

2 – Kalliomäki M, Salminen S, Arvilommi H, Kero P, Koskinen P, Isolauri E. Probiotics in primary prevention of atopic disease: a randomised placebo-controlled trial. Lancet. 2001; 357(9262): 1076-9.

3 – Pelto L, Isolauri E, Lillus E, Nuutila J, Salminen S. Probiotic bacteria down-regulate the milk-induced inflammatory response in milkhypersensitive subjects but have an immunostimulatory effect in healthy subjects. Clin Exp Allergy. 1998; 28(12): 1474-9.

4 – Piirainen L, Haahtela S, Helin T, Korpela R, Haahtela T, Vaarala O. Effect of lactobacillus rhamnosus GG on rBet v1 and rMal d1 specific IgA in the saliva of patients with birch pollen allergy. Annals of Allergy, Asthma and Immunology. 2008; 100(4): 338-42.

5 – Fiocchi A, Pawankar R, Cuello-Garcia C, Ahn K, Al-Hammadi S, Agarwal A, et al. World Allergy Organization-McMaster University Guidelines for Allergic Disease Prevention (GLAD-P): Probiotics. World Allergy Organ J. 2015; 8(1): 4.

Fisioterapia é fundamental para a qualidade de vida dos miastênicos

A Miastenia Gravis é uma doença neuromuscular rara e de difícil diagnóstico, caracterizada pela súbita interrupção da comunicação natural entre nervos e músculos, causando fraqueza muscular. Ela pode acometer pessoas de qualquer faixa etária, mas segundo dados do Ministério da Saúde, há o predomínio maior em mulheres. Os picos de ocorrência da doença variam entre 20 e 34 anos para a população feminina, e de 70 a 75 anos para homens. A doença afeta a parte do músculo que se conecta com o nervo e leva o paciente a ter dificuldade em executar movimentos simples do cotidiano de forma voluntária. 

Essa fraqueza pode acometer qualquer músculo, mas existem alguns grupos musculares que são mais frequentemente acometidos pela doença. Dentre eles, destaque para a fadiga muscular de braços e pernas, queda das pálpebras, visão dupla e dificuldade para falar, mastigar e engolir. Em casos graves, os músculos da respiração podem ser atingidos, resultando em insuficiência respiratória.

Para prevenir o agravamento da doença, impedindo que o paciente possa até deixar de movimentar os músculos afetados pela Miastenia, a indicação de fisioterapia especializada é fundamental no tratamento. “Pequenas crises diárias vão deixando os músculos e o corpo cada vez mais debilitados, podendo aumentar a dificuldade de deglutição e respiração. Isso sem contar que em algumas crises o paciente perde o movimento total ou em alguma parte do corpo”, alerta Anne Dias, fisioterapeuta do Ambulatório de Cuidados Integrativos para pacientes com Miastenia pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), especialista em Microfisioterapia, e fisioterapeuta parceira da ABRAMI (Associação Brasileira de Miastenia).

Embora não exista cura para a Miastenia Gravis, os medicamentos reduzem a produção de anticorpos contra as estruturas musculares e as sessões de fisioterapia motora ajudam a fortalecer a musculatura do corpo. Já a fisioterapia respiratória é indicada para os casos de crises miastênicas. “Primeiro você estabiliza a doença com as medicações. E com a fisioterapia, o paciente vai recuperando tanto suas funções respiratórias como motoras, por isso ela é fundamental ao tratamento de miastenia”, recomenda o médico neurologista Eduardo Estephan, especialista em Doenças Neuromusculares dos Hospital das Clínicas, do Hospital Santa Marcelina e diretor científico da Associação Brasileira de Miastenia (ABRAMI). De acordo com o neurologista, mesmo com a doença estabilizada, muitas vezes os músculos perdem a força por desuso.

A fisioterapeuta Anne Dias afirma que tão logo o diagnóstico da doença seja feito é preciso que o paciente procure um fisioterapeuta, de preferência que ele seja especializado em abordagem integrativa, pois segundo ela, os exercícios de reabilitação no local afetado podem causar mais fadiga, agravando os sintomas.

Dores flutuantes

É comum que pacientes com Miastenia gravis apresentem dificuldades e debilidades nos movimentos. “As dores são ‘flutuantes’. Ora dói em uma parte do corpo; em outro momento a dor está em outro lugar. Em alguns dias dói, em outros ela desaparece. Essa condição dificulta ainda mais os movimentos, causando mais fadiga e fraqueza muscular”, afirma a fisioterapeuta.

Mas é importante ressaltar que a dor não é um sintoma da Miastenia. Ela é consequência do esforço e do movimento incorreto que o paciente faz por causa da sua condição clínica de fraqueza e fadiga muscular. “Esse esforço excessivo causa uma despolarização sustentada da membrana das células e um encurtamento dos sarcômeros. O sarcômero é um dos componentes básicos dos músculos que permite a contração muscular. Com este encurtamento, podem aparecer no corpo os chamados pontos gatilhos”, afirma.  Pontos gatilhos são pequenos segmentos de fibras musculares contraídas, que são mais sensíveis à pressão. Esta condição, também é conhecida como síndrome dolorosa miofascial, muito confundida também com a fibromialgia.

Cuidados integrativos

A miastenia é uma doença que não tem cura, mas com o acompanhamento médico, medicação e a ajuda do fisioterapeuta, o paciente consegue conviver com a doença com mais qualidade de vida.

E a função do fisioterapeuta é avaliar e tratar o paciente nas suas dificuldades e debilidades em diversas fases da doença. Os protocolos mais indicados nos quadros de crises miastênicas é a terapia manual e técnicas com toque sutil sobre a pele. “Pesquisas já comprovaram que técnicas com toque sutil de até 5 miligramas (intensidade de um cartão postal sobre a pele), atuam no sistema nervoso central. Este tipo de toque recrutam as fibras aferentes C tátil, que atuam no córtex insular e no sistema límbico. Elas regulam o corpo como um todo, do sistema imunológico até a melhora do estresse”, avalia Anne Dias.

De acordo com a fisioterapeuta, estas fibras atuam também nos interoreceptores, causando uma melhora da percepção do próprio corpo, função fisiológica que permite perceber estados internos (como a fome e a exaustão).  “Este tratamento fisioterapêutico, entre outros da fisioterapia integrativa, oferecem inúmeros benefícios, em especial na melhora no quadro do paciente com miastenia”, afirma a especialista.

A microfisioterapia no tratamento da Miastenia Gravis

A microfisioterapia é uma técnica francesa de terapia manual de toque sutil, baseada na Embriologia. “Ela é capaz de encontrar no corpo o agente agressor que está impactando o organismo, causando o problema”, explica Anne Dias.

Hoje em dia sofremos agressões externas, desde a ambientais (poluição, toxinas, vírus, bactérias), até agressões internas (excesso de emoções, estresse, alimentação inadequada), entre outros. “O agressor quando entra no corpo deixa uma marca, uma cicatriz, chamada cicatriz patogênica. Através desta técnica é possível encontrar este agente agressor e ajudar o corpo a eliminá-lo e a se autocorrigir”, explica a fisioterapeuta.

Com isso, a microfisioterapia ajuda o paciente como um todo:  contribui para a restauração dos movimentos, no controle da fadiga e da fraqueza muscular, na melhora da respiração, da percepção da dor e na regulação do sistema imunológico. Por ser uma técnica de toque sutil, mesmo o paciente debilitado pode realizar a sessão.

Para mais informações sobre miastenia, acesse o site: https://www.miastenia.com.br/abrami/

Consultório online: muito além da teleconsulta, como criar

A migração dos consultórios médicos para o ambiente digital é um processo que já estava em curso nos últimos anos. Porém, com a pandemia da Covid-19, a transição para o consultório online foi ainda mais acelerada. 

Entretanto, ainda existem muitas dúvidas a respeito do quão abrangente essa transformação deve ser. Neste artigo, você entenderá porque a migração do seu negócio para o digital precisa ir além da teleconsulta. 

O que é um consultório online? 

O termo consultório online tem sido utilizado para descrever toda organização de saúde que está presente na internet e/ou que oferece atendimentos por telemedicina. Contudo, essa expressão foi originalmente elaborada para fazer referência a consultórios que migraram toda sua gestão e atendimento para o ambiente virtual. 

Ainda, um consultório online é aquele que se utiliza da tecnologia disponível para otimizar as tarefas rotineiras e burocráticas, agilizando a administração do negócio e impactando positivamente na experiência do paciente. 

Além disso, os consultórios digitais possuem uma forte presença virtual, disponibilizam suas informações no seu próprio site, utilizam o potencial das redes sociais e oferecem recursos que facilitam a rotina do paciente, como é o caso do agendamento online. 

Embora seja um processo que já estava em andamento, a transformação digital no setor de saúde foi acelerada pela pandemia do novo coronavírus. A necessidade de isolamento social levou as pessoas a priorizarem os profissionais que já ofereciam atendimento à distância. 

No entanto, para disponibilizar a teleconsulta, o consultório precisa ir além de implementar uma plataforma segura de telemedicina. Para que a qualidade do atendimento presencial seja transferida para o virtual, é necessário investir em outras tecnologias, tais como, prontuário eletrônico, prescrição digital e agendamento online. 

Por que você precisa migrar para o consultório online? 

O advento da internet e de outras inovações transformou a maneira como as pessoas se relacionam com as empresas, independente do seu segmento. Como passaram a ter maior acesso à informação e poder de negociação, se tornaram mais exigentes com a qualidade do serviço ou produto oferecido. 

Neste sentido, o consultório médico que deseja sobreviver neste novo mercado, precisa se reinventar e adaptar seus processos para o ambiente virtual. Caso contrário, tende a ser ultrapassado pela concorrência e até enfrentar o fechamento do negócio. 

Ademais, se tornar um consultório online é um grande diferencial competitivo, pois a implementação de novas ferramentas traz uma nova dinâmica para a rotina do médico e de seus funcionários. 

Ainda, ao dispor de um software médico e suas várias funcionalidades, construir uma forte presença digital e ampliar seus canais de comunicação, você tem todos os recursos necessários para oferecer um atendimento de excelência e ser reconhecido pela qualidade do seu trabalho. 

Como transformar o consultório em um consultório online? 

A verdadeira transformação digital é aquela na qual todos os processos do consultório migram do analógico para o online, desde a gestão administrativa e financeira até o atendimento e a comunicação pós-consulta. 

Ainda, o primeiro passo para fazer essa transição é entender mais sobre o conceito de consultório online. Agora que você já entendeu como funciona este formato, conheça algumas ações que precisam ser realizadas para concluir essa transição. 

Invista em sistemas integrados e 100% digitais 

A implementação de um software médico é a etapa inicial dessa transformação digital. Apenas com essa ferramenta você terá a possibilidade de automatizar atividades burocráticas e otimizar os processos do consultório. 

Contudo, para escolher a ferramenta ideal para o seu negócio, compare as opções disponíveis no mercado e escolha aquela que mais atende às suas necessidades. Entre as principais funcionalidades que você precisa dispor, estão: 

  • prontuário eletrônico; 
  • agendamento online; 
  • plataforma de telemedicina; 
  • prescrição digital; 
  • automação de marketing; 
  • controle financeiro. 

Além de observar esses recursos, preocupe-se com o nível de segurança oferecido pelo software de gestão. Para evitar a perda ou o vazamento de dados dos pacientes, opte por aquelas que contenham criptografia, rotina de backups e controle de acesso. 

Tenha um site otimizado para conversão 

Outro recurso importante nesse processo de migração para o digital é o desenvolvimento de um site otimizado para conversão. Isso significa que, ao visitar a sua página, o potencial paciente encontrará os recursos necessários para agendar uma consulta. 

Ademais, um bom site médico é aquele que disponibiliza todas as informações desejadas pelo paciente, tais como, endereço e telefone do consultório, currículo do profissional de saúde, diferenciais, avaliações de outros pacientes, convênios atendidos, procedimentos realizados, etc. 

Utilize e atualize suas redes sociais 

As redes sociais são canais essenciais para o fortalecimento da sua presença digital. Em função dos milhares de usuários que possuem, essas plataformas amplificam a sua comunicação, levando sua mensagem a um público cada vez maior. 

Assim, faça uma análise das plataformas mais utilizadas pelo seu perfil de paciente, passe a utilizá-las e as atualize sempre que necessário. Porém, você precisa respeitar as normas do Manual de Publicidade Médica do Conselho Federal de Medicina (CFM). 

Desenvolva sua estratégia de marketing de conteúdo 

A internet passou a ser o principal canal de comunicação utilizado pelas pessoas para consumir informações relacionadas à saúde. Neste sentido, você precisa desenvolver a sua estratégia de marketing de conteúdo. 

Ainda, essa estratégia consiste na produção de conteúdos interessantes para o seu público-alvo e que tenham o objetivo de atrair, educar e fidelizar os seus pacientes. Com isso, você aumenta sua credibilidade e também a lucratividade do consultório. 

Ademais, o marketing de conteúdo é uma das estratégias mais eficazes para quem deseja ganhar visibilidade e autoridade no seu segmento, se tornando uma referência para o seu público e para o mercado em geral. 

Quais as vantagens do consultório online? 

Ao implementar todas essas dicas no seu consultório, você passará a usufruir de todos os benefícios de um consultório online. Entre as primeiras mudanças que você perceberá, podemos citar: 

  • aumento no número de pacientes oriundos dos canais digitais e redução no número de telefonemas; 
  • maior fidelização dos pacientes em função das melhorias implementadas na experiência oferecida a ele; 
  • otimização do tempo em decorrência de todas as funcionalidades disponíveis; 
  • aumento da produtividade; 
  • fortalecimento da relação com o paciente por consequência da ampliação dos canais de comunicação e das estratégias de fidelização; 
  • maior controle da agenda médica. 

Enfim, como você pode perceber, a migração para ambiente virtual não é uma tarefa simples, pois envolve investimento, esforço e conhecimento do seu público, da sua rotina e do seu próprio negócio. 

Contudo, os inúmeros benefícios trazidos por essa transformação digital compensam todo o trabalho envolvido. Então, se você deseja se adaptar a esta nova realidade e manter os atendimentos em tempos de pandemia, torne o seu negócio um consultório online. 

O uso do probiótico Lactobacillus rhamnosus GG (LGG®) na prevenção da dermatite atópica

Nas últimas décadas, diversos estudos foram realizados com objetivo de correlacionar a composição da microbiota intestinal (MI) com diversas enfermidades. Dentre as doenças hipoteticamente beneficiadas pelo uso de probióticos, destacam-se as doenças alérgicas, como a dermatite atópica (DA), uma doença crônica da pele que apresenta lesões com prurido intenso associada a um ressecamento importante, mais evidentes em regiões de flexura. Essa suposta interligação entre intestino e pele é atribuída ao papel de modulação da resposta imunológica pela MI, o que pode auxiliar na prevenção e no tratamento de doenças de fundo alérgico e imunológico.  

O papel dos próbióticos 

O papel dos probióticos no tratamento da DA ainda não é completamente esclarecido, além do que a microbiota intestinal dos pacientes atópicos parece ser, de fato, diferente dos indivíduos não-alérgicos. A ação de diversas cepas foi avaliada em uma série de pesquisas, ainda sem resultados amplamente reprodutíveis. Possíveis justificativas para essa falta de correlação incluem o desenho dos estudos, os probióticos avaliados, a posologia utilizada, a janela de oportunidade, os fatores que interferem na suplementação dos probióticos (fatores ambientais, idade do paciente, dieta realizada, a presença obesidade e outras comorbidades, e também a etnia), entre outros.  

Dentre os diversos probióticos avaliados no contexto da DA, o Lactobacillus rhamnosus GG (LGG®) é uma das cepas mais bem estudadas, com uma quantidade considerável de evidências correlacionando esses assuntos.  

Um estudo duplo-cego, controlado, envolvendo 62 gestantes com história familiar positiva para DA, foi realizado para avaliar a ação dos LGG® no desenvolvimento de DA em crianças cujas mães utilizaram o probiótico durante a gestação e a amamentação. Esse estudo demonstrou que filhos de mães que receberam LGG® nessa fase, apresentaram menor risco de desenvolver DA nos primeiros 2 anos de vida.  

Outro estudo duplo-cego randomizado, conduzido com 27 bebês entre 4 e 6 meses, diagnosticados com eczema atópico, demonstrou melhora clínica significativa após 2 meses de uso de LGG®. Vários outros estudos com LGG® corroboram os resultados descritos, sendo os achados mais promissores aqueles relacionados à prevenção da DA.  

O uso dos probióticos é seguro, com efeitos colaterais raros relacionados principalmente ao trato gastrointestinal, como constipação, flatulência, náuseas e soluços. O cuidado na prescrição dos probióticos deve ser maior em pacientes imunossuprimidos, uma vez que eles podem, teoricamente, apresentar risco de infecções potencialmente graves (sepse, endocardite, abscesso hepático) pelas bactérias que compõem as medicações. 

Diante da possibilidade de prevenir o surgimento da DA e de melhorar seu controle clínico de forma segura, o uso de probióticos – sendo o LGG® um dos mais amplamente estudados – tem se mostrado útil no manejo da doença. A prescrição deve ser individualizada para cada paciente. Além disso, novos estudos com um tempo maior de acompanhamento devem ser realizados, para avaliação prospectiva a longo prazo dos efeitos benéficos e, também, de potenciais efeitos colaterais.  

Autor(a): Gabriela Guimarães Moreira Balbi 

Graduada em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) • Pediatra pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) • Reumatologista pediatra pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (UNIFESP/EPM) 

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