tdah e criatividade

Como o TDAH pode influenciar a criatividade e o talento?

O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é um distúrbio do neurodesenvolvimento que atinge entre 5% e 8% da população brasileira, tendo como manifestações características a desatenção, impulsividade e agitação. Mas, apesar das dificuldades que pode causar no dia a dia, a condição também pode estimular a criatividade, moldando e amplificando a expressão artística e o desenvolvimento de talentos.

Continue a leitura para saber:

  • O que é o TDAH e como ele afeta quem tem o transtorno?
  • O TDAH pode beneficiar a criatividade e o talento?
  • O TDAH também pode dificultar a criatividade e o talento?
  • Como é feito o tratamento para o TDAH?

O que é o TDAH e como ele afeta quem tem o transtorno?

tdah e criatividade

Close up of a smiling female entrepreneur. Businesswoman sitting at her desk working on laptop.

O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade é um distúrbio neurobiológico caracterizado por sintomas como falta de atenção, inquietude e impulsividade. Aparece na infância e pode acompanhar o indivíduo por toda a vida.

Existem três tipos de TDAH, divididos conforme as manifestações mais predominantes:

  • Tipo desatento – dificuldade para organizar ou terminar tarefas, prestar atenção a detalhes ou seguir instruções, além de fácil distração e esquecimento de compromissos do dia a dia.
  • Tipo hiperativo/impulsivo – inquietação, agir sem pensar nas consequências, excesso de energia e dificuldade em ficar parado.
  • Tipo combinado – presença dos sintomas dos dois subtipos anteriores.

O TDAH pode afetar significativamente a vida de quem tem o transtorno. As crianças podem ter dificuldades na escola, relações sociais e vida familiar, enquanto os adultos enfrentam desafios no trabalho, relacionamentos amorosos e vida financeira. Além disso, pesquisas sugerem que há uma relação entre TDAH e criatividade, o que pode impactar diversas áreas da vida profissional e artística.

O TDAH pode beneficiar a criatividade e o talento?

Embora o TDAH traga desafios em diversas áreas, algumas teorias indicam que certos aspectos do transtorno podem favorecer o pensamento criativo e o desenvolvimento de talentos, como:

  • Pensamento associativo – pessoas com TDAH frequentemente fazem conexões não convencionais entre ideias, favorecendo soluções inovadoras.
  • Hiperfoco – apesar da dificuldade em manter a atenção, indivíduos com TDAH podem apresentar episódios de concentração intensa em atividades de interesse, resultando em produções excepcionais.
  • Energia elevada – o entusiasmo e a impulsividade podem ser direcionados para a exploração de novas ideias e projetos criativos.
  • Pensamento rápido e flexível – a velocidade de processamento mental pode ser uma vantagem em ambientes que exigem criatividade e adaptabilidade.
  • Disposição para correr riscos – pessoas com TDAH costumam ter uma tolerância maior à incerteza, o que pode incentivá-las a explorar caminhos inovadores.

A presença desses fatores pode explicar por que muitas pessoas com TDAH se destacam em carreiras artísticas, esportivas e empreendedoras. No entanto, a influência do transtorno na criatividade e no talento depende de diversos fatores individuais e do suporte disponível.

O TDAH também pode dificultar a criatividade e o talento?

Apesar das vantagens em algumas áreas, o TDAH também pode trazer dificuldades que afetam a criatividade e a capacidade de desenvolver talentos, como:

  • Dificuldade em manter a atenção – pode prejudicar a capacidade de focar em uma atividade criativa por longos períodos, dificultando a conclusão de projetos.
  • Impulsividade excessiva – pode levar a decisões precipitadas, afetando a qualidade do trabalho criativo.
  • Problemas com organização e gestão do tempo – a desorganização pode comprometer a implementação de ideias e a continuidade de projetos.
  • Flutuações na energia e motivação – a produtividade pode ser inconsistente, impactando a realização de trabalhos criativos.
  • Dificuldades nas relações sociais e profissionais – o TDAH pode afetar a colaboração e a troca de ideias, essenciais para o desenvolvimento criativo.

Embora o transtorno possa oferecer vantagens criativas, ele também exige estratégias para evitar que seus desafios interfiram na expressão do talento. Algumas abordagens podem ajudar a canalizar a criatividade de forma produtiva, promovendo uma melhor qualidade de vida para quem tem TDAH.

Como é feito o tratamento para o TDAH?

O tratamento para o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade geralmente envolve uma abordagem multifacetada, incluindo intervenções comportamentais, psicoeducação, suporte familiar e, em alguns casos, medicação.

Os principais recursos terapêuticos incluem:

  • Terapia comportamental – abordagens como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) ajudam a desenvolver habilidades de organização, controle de impulsos e planejamento.
  • Apoio educacional – crianças e adolescentes podem se beneficiar de estratégias adaptadas no ambiente escolar para melhorar o aprendizado e a concentração.
  • Apoio psicossocial – o suporte da família e amigos é essencial para a adaptação às dificuldades e para o incentivo ao desenvolvimento de talentos.
  • Medicação – em alguns casos, o uso de psicoestimulantes pode ser recomendado para ajudar a controlar os sintomas.

O tratamento do TDAH deve ser personalizado de acordo com as necessidades individuais. Além disso, práticas como a adoção de rotinas estruturadas, técnicas de organização e até mesmo a prática de exercícios físicos podem contribuir para uma melhora significativa no bem-estar e no desempenho das atividades diárias.

A prática de atividades físicas, por exemplo, tem sido recomendada para pessoas com TDAH como uma estratégia auxiliar no controle dos sintomas. Estudos indicam que a atividade física pode trazer benefícios ao estimular a produção de neurotransmissores envolvidos na regulação do humor e da atenção.

Com a combinação adequada de estratégias e suporte, pessoas com TDAH podem minimizar as dificuldades associadas ao transtorno e potencializar seus talentos, explorando ao máximo sua criatividade e capacidade de inovação.

 

alimentação aumenta risco de tdah?

A alimentação pode aumentar o risco de TDAH e piorar os sinais e sintomas?

A alimentação pode influenciar os sintomas do TDAH, agravando ou amenizando a condição conforme os padrões alimentares adotados

Alguns padrões alimentares têm sido associados ao risco de desenvolvimento do transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) ou agravamento dos sinais e sintomas. Em geral, são dietas baseadas em alimentos processados e ultraprocessados, com alto teor de sódio, açúcar, corantes, entre outros elementos químicos, usados para aumentar a durabilidade. A partir das evidências científicas, a alimentação pode vir a ser parte do tratamento para pessoas com o distúrbio.

Confira mais a seguir:

  • O que é o TDAH?
  • Quais são os sinais e sintomas de TDAH?
  • Quais alimentos podem aumentar o risco de TDAH ou agravar os sinais e sintomas?
  • O que são alimentos processados e ultraprocessados?

O que é TDAH?

O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado pelos sintomas de desatenção, impulsividade e hiperatividade. A disfunção pode se manifestar em qualquer idade, mas o diagnóstico é mais comum na infância, principalmente quando a criança começa a frequentar a escola.

O ambiente escolar, até então, é um lugar desconhecido, com muitos estímulos capazes de despertar os sintomas de TDAH. Dificuldades na aprendizagem e interação social geralmente são os principais sinais de alerta para o transtorno.

No Brasil, a estimativa do TDAH na vida adulta é de 5,2% entre brasileiros de 18 a 44 anos, e essa taxa sobe para 6,1% entre pessoas acima de 44 anos. O transtorno pode impactar diversos aspectos do dia a dia, incluindo o desempenho profissional, os relacionamentos interpessoais e o bem-estar emocional, levando a desafios específicos enfrentados por adultos com o diagnóstico de TDAH na vida adulta.

Além disso, muitas pessoas confundem os sintomas do transtorno com outras condições, como o transtorno desafiador opositivo (TOD). Embora compartilhem algumas características, os dois transtornos possuem manifestações distintas, sendo fundamental compreender a diferença entre TDAH e TOD para um diagnóstico preciso e um tratamento adequado.

Quais são os sinais e sintomas de TDAH?

Os sinais e sintomas do TDAH são específicos, mas variam caso a caso. Impulsividade, desatenção e hiperatividade podem ou não se manifestarem em conjunto. Nesse sentido, pessoas com o transtorno se encaixam em três categorias:

  • Predominantemente desatento – falta de atenção, dificuldade em manter o foco, organização e seguir instruções são as principais características
  • Predominantemente hiperativo-impulsivo – hiperatividade, impulsividade, inquietude e dificuldade em controlar impulsos estão presentes nesse grupo
  • Tipo combinado – são observados todos os sintomas característicos do transtorno: desatenção, hiperatividade e impulsividade

Além dos sinais e sintomas listados, existem outros comportamentos observados em pessoas com o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade:

  • Hiperfoco em atividades prazerosas;
  • Esquecimentos frequentes;
  • Pensamentos acelerados;
  • Falar excessivamente;
  • Interromper as pessoas durante as conversas;
  • Isolamento social;
  • Falta de autoestima.

Estudos também indicam uma possível relação entre TDAH e bipolaridade, pois algumas características do transtorno, como oscilações de humor e impulsividade, podem se sobrepor às do transtorno afetivo bipolar. A semelhança entre essas condições pode levar a desafios no diagnóstico e na escolha do melhor tratamento, tornando essencial compreender a relação entre TDAH e bipolaridade.

A intensidade e presença de certos sinais e sintomas do TDAH também variam de acordo com a faixa etária. Na maior parte dos casos, as crianças apresentam mais dificuldade para entender e respeitar regras, ficar parada e controlar os impulsos. Estão mais propícias à obesidade.

Entre os adolescentes seriam mais específicos os problemas de conduta, comportamento sexual de alto risco e gravidez indesejada. Para os adultos a lista inclui o abuso do álcool e outras drogas, dificuldades no trabalho e mudanças frequentes de humor. Via de regra, pessoas com TDAH são suscetíveis a desenvolver outros transtornos psíquicos, como depressão, ansiedade e bipolaridade.

Quais alimentos podem aumentar o risco de TDAH ou agravar os sinais e sintomas?

alimentação aumenta risco de tdah?

Padrões alimentares têm sido associados ao desenvolvimento ou agravamento dos sintomas de TDAH. Estudos mostram que dietas pobres em nutrientes, ricas em carboidratos e excesso de gordura são as mais prejudiciais. O risco de desenvolver o transtorno chega em até 92% quando a dieta está baseada nos seguintes alimentos:

  • Gordura hidrogenada;
  • Cereais refinados;
  • Refrigerante;
  • Carne vermelha.

Com alto teor de sódio, açúcar e corantes, os junk foods elevam as chances de desenvolver o transtorno em até 51%. Fazem parte desse grupo de alimentos:

  • Batata frita;
  • Salgadinhos;
  • Sorvete;
  • Bombons e biscoitos.

As pesquisas indicam que dietas saudáveis provocam efeito inverso, diminuindo a possibilidade e a piora dos sintomas de TDAH. Em geral, as refeições contêm alimentos proteicos e compostos por zinco, selênio, magnésio, vitaminas A e D. São exemplos:

  • Carnes magras;
  • Ovos;
  • Leguminosas (feijão, soja);
  • Laticínios com pouca gordura;
  • Frutas.

Os probióticos, que são bactérias vivas que ajudam a combater micro-organismos prejudiciais à saúde, também têm sido incorporados às dietas saudáveis. Além do TDAH, os probióticos têm contribuído para melhora dos sintomas de outros transtornos psíquicos. Isso porque ajudam a equilibrar a microbiota e sua conexão com intestino e o cérebro.

O que são alimentos processados e alimentos ultraprocessados?

Os alimentos processados e ultraprocessados, que podem elevar o risco para o desenvolvimento ou agravamento dos sintomas de TDAH, são aqueles que passaram por procedimentos de industrialização. O principal objetivo dessas alterações é estender o prazo de validade dos produtos.

No Brasil, a classificação NOVA divide os alimentos em quatro categorias, de acordo com essas transformações: in natura ou quase nada processados, ingredientes culinários processados, alimentos processados e alimentos ultraprocessados.

Com isso, uma alimentação equilibrada e baseada em ingredientes naturais pode ser um grande aliado na melhora dos sintomas do TDAH e na promoção da qualidade de vida.

diferença entre tdah e tod

Qual a diferença entre TDAH e o transtorno opositivo desafiador (TOD)?

O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é marcado pelos sinais e sintomas de desatenção, impulsividade e hiperatividade, atingindo cerca de 7,6% das crianças e adolescentes brasileiros. Já o transtorno opositivo desafiador (TOD) tem como principal característica a falta de autocontrole das emoções, resultando em comportamento irritadiço, agressivo e desafiador. O transtorno pode acometer até 11% da população mundial. Para compreender como cada um se manifesta, confira a seguir:

O que são o TDAH e o transtorno opositivo desafiador?

O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é um distúrbio neurobiológico caracterizado pela desatenção, impulsividade e hiperatividade. Frequentemente, é detectado na infância.

  • Cerca de 3% das crianças e adolescentes em todo mundo, pelo menos, têm TDAH;
  • No Brasil, em torno de 7,6% das pessoas dos seis aos 17 anos têm o transtorno;
  • Até 90% das crianças e adolescentes com TDAH apresentam ao menos uma comorbidade, enquanto em adultos a projeção é de 85%;
  • O TDAH é genético na maior parte, então, é muito provável que a pessoa com o transtorno também tenha um parente próximo com a condição. Além disso, existem alguns impactos positivos do TDAH que podem ser explorados e potencializados.
  • O transtorno opositivo desafiador (TOD) é um dos mais prevalentes, sendo detectado em cerca de 1/3 dos casos de TDAH.

O TOD é um transtorno comportamental marcado pela falta de autocontrole das emoções, com episódios constantes de irritabilidade, raiva e agressividade. Assim como no TDAH, o diagnóstico é mais comum na infância e na pré-adolescência. Outra característica semelhante é que ambos atingem mais os meninos do que meninas.

  • A prevalência do transtorno opositivo desafiador no mundo varia bastante, entre 2% e 11%;
  • Estudos sugerem que 50% das pessoas com TOD herdam o problema, mas muitos pesquisadores atribuem a condição à repetição de comportamentos negativos observados pela criança em seu convívio com os adultos, o que não acontece no TDAH.

Como TDAH e TOD se manifestam em crianças e em adultos?

Ao longo da vida, todos estão sujeitos a ataques de raiva, a cometer erros por falta de atenção ou a agir de forma impulsiva. Mas, no caso do TDAH e do TOD, esses comportamentos são constantes e acarretam enorme prejuízo à vida de quem tem um ou os dois transtornos.

No TDAH, os sintomas mais comuns são:

Em crianças:

  • Esquecer e perder objetos;
  • Falar muito;
  • Ter dificuldade em esperar;
  • Apresentar problemas de relacionamento;
  • Ter dificuldade de ficar sentadas.

Em adultos: TDAH em adultos é um tema importante para entender como essa condição afeta diferentes aspectos da vida diária.

  • Problemas com organização;
  • Esquecimentos frequentes;
  • Pensamento acelerado;
  • Fala excessiva;
  • Interrupções constantes durante as conversas.

No TOD, os sintomas mais frequentes são:

Em crianças:

  • Explosões de raiva;
  • Brigas e discussões;
  • Tendência a ignorar solicitações;
  • Maior inclinação a comportamentos intencionalmente irritantes.

Em adultos:

  • Recusa do cumprimento de regras e leis;
  • Irritar deliberadamente as pessoas;
  • Culpar os outros;
  • Atitudes rancorosas e vingativas.

O que faz com que a pessoa tenha TDAH e TOD juntos?

Ainda são necessárias mais pesquisas para compreender o que leva uma pessoa a ter TDAH e TOD ao mesmo tempo. Por enquanto, sabe-se que a coincidência entre fatores de risco, como problemas genéticos e de desenvolvimento, pode estar relacionada a essa conexão.

A associação entre TDAH e TOD é comum e pode intensificar os sinais e sintomas. O comportamento agressivo, por exemplo, pode se tornar ainda mais latente com a falta de atenção e vice-versa. Como os sinais se sobrepõem, em alguns casos é necessário descartar o TDAH como principal motivo para as reações de oposição.

Quais as semelhanças e diferenças entre TDAH e TOD?

Tanto no transtorno do déficit de atenção com hiperatividade quanto no transtorno opositivo desafiador há alterações químicas no cérebro capazes de afetar o controle da atenção e/ou das emoções. Para o diagnóstico, em ambos os casos, é preciso que os sinais e sintomas sejam intensos e constantes por, pelo menos, seis meses consecutivos.

Outra semelhança entre os distúrbios é que os comportamentos podem se confundir com reações comuns na infância, pela própria falta de amadurecimento emocional e intelectual das crianças. Mas, ao contrário do que seria esperado, no TDAH e no TOD essas condições não são passageiras, comprometendo a qualidade de vida dos pacientes ao longo do tempo.

Com relação às diferenças, os sintomas característicos de TDAH e TOD ajudam na distinção. Hiperatividade e desatenção não são predominantes no transtorno opositivo, e o mesmo vale para comportamentos irritadiços e agressivos no transtorno do déficit de atenção.

Como o TDAH e o TOD são diagnosticados e quais as opções de tratamento?

O diagnóstico do TDAH e do TOD é eminentemente clínico. Ou seja, depende da presença de sintomas típicos que compõem os critérios diagnósticos de cada condição.

Embora não existam testes específicos, alguns casos podem envolver a participação de uma equipe multidisciplinar, por exemplo, quando existe a suspeita de problemas no desenvolvimento da fala ou audição.

Os tratamentos costumam incluir vários profissionais da saúde. O psicólogo, por exemplo, é fundamental na condução da terapia comportamental. As sessões são importantes para ensinar os pacientes a reconhecer e gerenciar os sintomas.

Com relação aos medicamentos, no TDAH, o uso de psicoestimulantes pode ser indicado, principalmente quando outras doenças neurológicas estão associadas. No Brasil, as diretrizes terapêuticas adotadas na rede pública de saúde focam na terapia cognitivo-comportamental, orientação para o paciente e sua família, além de hábitos alimentares saudáveis.

O envolvimento dos pais/cuidadores e educadores é extremamente benéfico, assim como o suporte em relacionamentos amorosos com TDAH, que pode trazer mais entendimento e equilíbrio para a convivência. Especialmente quando:

  • Utilizam reforço positivo ao término de uma tarefa;
  • Incentivam hábitos alimentares mais saudáveis;
  • Evitam brigas e comportamentos agressivos;
  • Adotam punições menos severas perante um mau comportamento;
  • Realizam atividades lúdicas e que proporcionem gasto de energia físico e mental.
como tdah afeta adultos

Como o tdah afeta a vida adulta e quais são as formas de tratamento?

O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade atinge cerca de 7,6% de crianças e adolescentes brasileiros. Entretanto, os sinais e sintomas persistem na idade adulta, e quando não diagnosticados e tratados ainda na infância, podem interferir ainda mais na rotina. então, continue a leitura para saber:

O que é o tdah?

O tdah é uma condição do neurodesenvolvimento, caracterizada por manifestações envolvendo desatenção, hiperatividade e impulsividade em um nível exacerbado e disfuncional. os sinais iniciam-se na infância, podendo persistir ao longo de toda vida. no brasil, estima-se que 5,2% das pessoas entre 18 e 44 anos têm o transtorno e que 6,1% de quem tem mais de 44 anos também é portador. no mundo, o número de casos em adultos varia entre 2,5% e 3%.

As causas do tdah não são totalmente compreendidas pela ciência, mas as hipóteses são de que o transtorno pode ser causado por alguns fatores:

  • genética, já que a hereditariedade estimada do tdah se aproxima de 80%, o que sugere um componente genético significativo no contexto da origem do transtorno;
  • alterações na estrutura e funcionamento do cérebro, como o córtex pré-frontal e o sistema dopaminérgico;
  • exposição a determinados fatores ambientais durante o desenvolvimento fetal ou na infância, como prematuridade ou consumo de tabaco e álcool pela mãe durante a gravidez;
  • distúrbios no desenvolvimento do sistema nervoso central.

Além disso, há discussões sobre as semelhanças e diferenças entre tea e tdah, que podem ajudar no entendimento dessas condições.

Como são as manifestações do tdah em adultos?

Adultos que não foram diagnosticados com tdah na infância sentem mais dificuldade para realizar as tarefas do dia a dia e apresentam problemas para se concentrar e cumprir prazos. as manifestações envolvem:

  • dificuldade em manter a concentração em tarefas, mesmo aquelas que são importantes;
  • impulsividade, como falar sem pensar, fazer escolhas precipitadas ou agir sem considerar as consequências;
  • hiperatividade, inquietação, inquietude e uma sensação de agitação;
  • procrastinação crônica, devido à dificuldade em iniciar e manter tarefas;
  • desorganização na vida pessoal e profissional;
  • problemas em administrar o tempo, o que pode resultar em atrasos crônicos e falta de pontualidade.

Como o tdah impacta a vida de adultos?

Os sintomas do tdah podem trazer impactos em diversas áreas da vida, dependendo da gravidade dos sintomas e das estratégias de enfrentamento que a pessoa desenvolveu. alguns deles são:

  • problemas no local de trabalho – atrasos, dificuldades para manter empregos e avançar na carreira;
  • relacionamentos com tdah – parceiros e familiares podem se sentir frustrados com a falta de atenção e planejamento, causando conflitos;
  • educação – desafios em sala de aula, como dificuldade em se concentrar, estudar e cumprir prazos;
  • saúde mental – risco maior de desenvolver outros transtornos como ansiedade e depressão;
  • autoestima – o estigma em torno do tdah pode afetar a autoestima e a autoimagem dos adultos, especialmente se o transtorno não foi diagnosticado ou tratado na infância.

Como é o diagnóstico e o tratamento do tdah em adultos?

O processo para chegar ao diagnóstico de tdah em adultos é o mesmo usado em crianças e adolescentes, e envolve uma abordagem multidisciplinar feita por um psiquiatra.

  • entrevistas e questionários – o profissional pode realizar entrevistas com o paciente e/ou obter informações de familiares, amigos ou parceiros para ter uma visão mais completa dos sintomas;
  • critérios – o diagnóstico do tdah é baseado nos critérios estabelecidos no manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (dsm-5);
  • exclusão de outras condições – é importante descartar outras condições médicas ou psiquiátricas que possam estar contribuindo para os sintomas.

Além dos desafios, há também impactos do tdah que podem ser considerados positivos, dependendo da forma como o transtorno é gerenciado.

O que pode ser feito para minimizar o impacto do tdah em adultos no dia a dia?

Há várias estratégias que os adultos com tdah podem usar para minimizar o impacto dos sintomas no dia a dia, incluindo:

  • manter uma alimentação saudável e se exercitar regularmente;
  • dormir, no mínimo, 8 horas por noite;
  • praticar uma melhor gestão de tempo;
  • criar um ambiente de trabalho favorável;
  • se educar sobre o tdah;
  • fazer terapia;
  • estabelecer uma rotina.

Quais desafios as pessoas com TDAH enfrentam em relacionamentos amorosos?

Manter relacionamentos amorosos pode ser um desafio para pessoas com TDAH, transtorno neurológico que atinge entre 5% e 8% da população brasileira. Alguns dos sintomas do transtorno do déficit de atenção com hiperatividade – como desatenção, problemas com gerenciamento de tempo e até a facilidade em esquecer datas importantes ou atrasar-se para compromissos – podem causar conflitos nas relações. Então, continue a leitura para saber mais sobre as orientações para a família após o diagnóstico de TDAH.

Como o TDAH pode se manifestar em adultos?

O TDAH pode se manifestar de maneira diferente em adultos em relação às crianças. Embora muitos dos sintomas associados ao TDAH sejam semelhantes, as manifestações específicas podem variar. Os sinais e sintomas mais característicos são:

  • Dificuldade em manter o foco em tarefas que exigem esforço mental contínuo;
  • Tendência a cometer erros por descuido;
  • Dificuldade em organizar atividades;
  • Inquietude e incapacidade de ficar parado;
  • Impulsividade, tomada de decisões rápidas sem considerar as consequências;
  • Problemas com organização de tarefas e atividades diárias;
  • Procrastinação crônica;
  • Desafios no gerenciamento do tempo;
  • Problemas de comunicação devido à impulsividade;
  • Dificuldade em lembrar compromissos e prazos;
  • Facilidade em distrair-se durante tarefas importantes.

Saiba mais sobre se o TDAH é transtorno ou sintoma.

Quais os desafios que as pessoas com TDAH enfrentam na vida afetiva?

O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade certamente cria alguns desafios para casais. Sinais como distração ou hiperatividade podem resultar em quebra de expectativas, decisões impulsivas e arriscadas, ou problemas com a distribuição de tarefas em casa. Outros desafios enfrentados podem dizer respeito a:

  • Dificuldade de manter o foco – pode resultar em problemas de comunicação e atenção;
  • Hiperfoco – concentração intensa e sustentada em interesses específicos pode levar a momentos em que a pessoa com TDAH parece distante ou desinteressada nas necessidades do parceiro;
  • Impulsividade – comportamentos inconsequentes podem levar a decisões precipitadas, palavras impulsivas e dificuldades em lidar com conflitos de forma ponderada;
  • Desorganização e dificuldade de gerenciar o tempo – podem resultar em esquecimento de datas importantes e compromissos;
  • Dificuldade de estabelecer e manter rotinas – pode afetar a estabilidade emocional e as responsabilidades compartilhadas em um relacionamento;
  • Dificuldade de administrar estresse e ansiedade – pode impactar diretamente a dinâmica emocional do relacionamento;
  • Diferenças na forma como o cérebro processa informações – podem levar a mal-entendidos e falta de compreensão mútua.

Como melhorar convivência, compreensão e o apoio mútuo no casal que lida com o TDAH?

Melhorar a convivência, a compreensão e o apoio mútuo durante o relacionamento amoroso de quem tem o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade pode envolver várias estratégias. Algumas delas são:

  • Educação sobre o TDAH – ambos os parceiros devem buscar informações sobre o transtorno para compreender os sinais e sintomas, os desafios e as estratégias de enfrentamento;
  • Comunicação aberta – é fundamental estabelecer um ambiente de comunicação aberta e honesta, como falar sobre os desafios enfrentados, compartilhar sentimentos e preocupações;
  • Rotinas e estrutura – a pessoa com TDAH pode se beneficiar de rotinas e estruturas claras, o que ajuda a minimizar a desorganização e facilita a previsibilidade na vida diária;
  • Divisão de tarefas – deve-se discutir e dividir responsabilidades de maneira equitativa, evitando sentimentos de ressentimento e assegurando que ambos contribuam para as tarefas domésticas e compromissos;
  • Reconhecimento dos pontos fortes – apreciar e celebrar as qualidades e habilidades do parceiro com TDAH ajuda a construir a autoestima e melhorar a dinâmica do relacionamento;
  • Prática da empatia – os parceiros devem se esforçar para compreender a perspectiva um do outro, desenvolvendo empatia e tolerância;
  • Tempo para o casal – é importante reservar momentos para atividades agradáveis juntos, sem focar apenas nos desafios do TDAH;
  • Flexibilidade – o TDAH pode apresentar variações, então, a adaptabilidade e a flexibilidade são fundamentais para lidar com diferentes situações.

Como é feito o diagnóstico e o tratamento do TDAH em adultos?

O diagnóstico do transtorno do déficit de atenção com hiperatividade em adultos, geralmente, envolve várias etapas, já que as manifestações podem ser facilmente confundidas com sinais e sintomas de outros transtornos neurológicos. Antes de diagnosticar o TDAH, é necessário fazer algumas avaliações:

  • Avaliação clínica – um profissional de saúde mental realiza uma avaliação clínica detalhada, coletando informações sobre a história médica, sintomas atuais e histórico de vida do paciente;
  • Entrevistas – conversas com o paciente, familiares, parceiros ou amigos para obter uma visão abrangente do comportamento e dos desafios enfrentados;
  • Critérios diagnósticos – o diagnóstico segue critérios específicos do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) para o TDAH.

 

Você sabia que o TDAH também pode ter impactos positivos?

O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), que atinge entre 5% e 8% da população brasileira, embora possa ter efeitos negativos na vida pessoal, profissional e acadêmica se não for diagnosticado e tratado devidamente, também tem um outro lado. Isso porque pessoas com TDAH podem ter a mente criativa e ágil, resultando em habilidades únicas e inovadoras. Entenda mais sobre o TDAH e seus impactos:

O que é o TDAH e como ele pode se manifestar em jovens e adultos?

O TDAH é um transtorno neurobiológico que afeta a atenção, a hiperatividade e a impulsividade. É um dos transtornos mais comuns na infância, mas também pode persistir na vida adulta. Para saber mais sobre o TDAH, confira as orientações para a família após o diagnóstico de TDAH.

Os sinais e sintomas do TDAH podem ser divididos em três categorias:

  • Déficit de atenção – dificuldade de se concentrar em tarefas, lembrar de detalhes, organizar-se e seguir instruções;
  • Hiperatividade – agitação, inquietude, dificuldade em ficar parado e impulsividade;
  • Comportamento impulsivo – falar sem pensar, interromper os outros, agir sem pensar nas consequências.

Quais são os aspectos positivos que o TDAH pode ter?

Embora o TDAH seja frequentemente associado a desafios, há também aspectos positivos que essa condição pode proporcionar. Alguns deles são:

  • Criatividade e inovação – pessoas com TDAH tendem a ser mais criativas e inovadoras do que aquelas sem o transtorno, pois possuem uma mente mais aberta, flexível e propensa a pensar fora da caixa.
  • Hiperfoco – quando algo desperta o interesse, indivíduos com TDAH podem experimentar o “hiperfoco”, dedicando uma atenção intensa e produtiva a uma tarefa específica.
  • Pensamento rápido – a rapidez de pensamento pode ser uma vantagem em situações que exigem respostas ágeis e adaptação a mudanças.
  • Energia – pessoas com TDAH geralmente têm muita energia e paixão, sendo mais propensas a se envolver em atividades que amam e se dedicar a elas.
  • Perspectiva diferenciada – a mente da pessoa com TDAH, muitas vezes, percebe conexões e padrões que podem ser perdidos por outros, trazendo uma perspectiva única.

Para entender mais sobre o TDAH, veja se o TDAH é transtorno ou sintoma.

Como superar as dificuldades que o TDAH pode causar no dia a dia?

As dificuldades que o TDAH pode causar no dia a dia variam de pessoa para pessoa, dependendo dos sintomas específicos que cada um apresenta. No entanto, existem algumas estratégias gerais que podem ajudar a superar esses desafios, tais como:

  • Conscientização – compreender o TDAH é fundamental, tanto para as pessoas afetadas quanto para as pessoas ao seu redor, que devem aprender sobre a condição para promover uma abordagem mais compreensiva.
  • Estabelecimento de rotinas – criar e seguir rotinas consistentes pode ajudar a trazer estrutura ao dia a dia, tornando as tarefas mais previsíveis e gerenciáveis.
  • Definição de metas realistas – estabelecer metas alcançáveis e dividir grandes tarefas em passos menores facilita a conclusão de atividades.
  • Uso de ferramentas de organização – utilizar calendários, listas de afazeres e aplicativos de organização ajuda na gestão do tempo e das responsabilidades.
  • Estratégias de aprendizagem – descobrir as estratégias mais eficazes, como a associação de informações a imagens ou a prática de intervalos durante o estudo, melhora a retenção de informações.
  • Apoio profissional – ter o suporte de profissionais, como psicólogos e terapeutas ocupacionais especializados em TDAH, pode ser valioso para desenvolver habilidades de enfrentamento.
  • Estilo de vida saudável – manter uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente e garantir horas adequadas de sono contribui para o bem-estar geral e pode atenuar os sinais e sintomas do TDAH.
  • Comunicação aberta – estabelecer canais abertos de comunicação, seja com colegas, amigos, familiares ou colegas de trabalho, é crucial para obter apoio e compreensão.

Para mais informações sobre o impacto do processamento sensorial no TDAH, acesse o conteúdo sobre o transtorno do processamento sensorial e TDAH.

Como é o tratamento do TDAH em adultos?

O tratamento do transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) em adultos, geralmente, envolve uma abordagem multimodal, combinando diferentes estratégias:

  • Terapia comportamental – a terapia ajuda as pessoas com TDAH a desenvolver estratégias para lidar com os sintomas do transtorno e melhorar aspectos como desatenção, desorganização e controle da impulsividade.
  • Medicamentos – o uso de medicamentos, como psicoestimulantes, pode ser indicado, especialmente em casos onde outras doenças neurológicas estejam associadas.

O tratamento adequado contribui para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas com TDAH, possibilitando maior autonomia e realizações pessoais e profissionais.

 

Como a terapia cognitivo comportamental pode ajudar no tratamento do TDAH?

A terapia cognitivo comportamental envolve o uso de técnicas para enfrentamento dos sintomas do transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). Ela busca promover mudanças de padrões de pensamentos e comportamentos, assim como o desenvolvimento de habilidades e uma nova visão sobre si mesmo. A abordagem psicoterápica se mostra eficiente para adultos e crianças e em cerca de 12 a 15 sessões já é possível observar melhorias. Para saber mais, confira:

  • O que é o TDAH e como ele afeta a vida das pessoas?
  • O que é a terapia cognitivo comportamental e como ela pode ajudar no tratamento do TDAH?
  • Como funciona a terapia cognitivo comportamental para o TDAH? (princípios, objetivos e técnicas)
  • Que tipo de táticas da terapia cognitivo comportamental podem ajudar pessoas com TDAH?
  • Quais são os benefícios da terapia cognitivo comportamental para as pessoas com TDAH?

O que é o TDAH e como ele afeta a vida das pessoas?

O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é um distúrbio do neurodesenvolvimento marcado, especialmente, por três características: a desatenção, a impulsividade e a agitação. A disfunção costuma afetar pessoas em todas as idades. No Brasil, cerca de 7,6% das crianças e adolescentes, com idades entre 6 e 17 anos, possuem o diagnóstico. Na faixa dos 18 aos 44 anos, a prevalência é de 5,2% e, acima dessa marca, a estimativa fica em 6,1%.

A maior parte dos diagnósticos ocorre no início da vida escolar, quando as crianças são submetidas a novas responsabilidades e maior autonomia. Nesse contexto ficam evidentes problemas de cognição e instabilidades de humor, características comuns em pessoas com TDAH.

Os sintomas do transtorno podem prejudicar o processo de aprendizagem e, por consequência, o desempenho escolar. São crianças com muita dificuldade em solucionar problemas, planejar, seguir orientações e reter informação. Além disso, estão constantemente em busca de compensações para se sentirem motivadas nos estudos. No caso dos adultos, os prejuízos podem ser ainda maiores como:

 

  • Propensão a comportamentos sexuais de alto risco
  • Instabilidade profissional
  • Abuso de drogas como o álcool
  • Maior probabilidade a acidentes
  • Isolamento Social

 

A disfunção pode estar associada a outros problemas de saúde mentaal, como transtornos de humor, depressão, ansiedade, distúrbios de personalidade e outras condições psicóticas. Esse combo piora ainda mais a qualidade de vida da pessoa com TDAH.

 

O que é a terapia cognitivo comportamental e como ela pode ajudar no tratamento do TDAH?

A terapia Cognitivo Comportamental (TCC) é uma modalidade da psicoterapia voltada para mudança de padrões do comportamento e pensamentos. Aborda a visão do paciente sobre si mesmo, suas habilidades e expectativas para o futuro. Nesse sentido, a pessoa é estimulada a entrar em contato com os sentimentos e pensamentos para compreender os gatilhos/motivos dos problemas. A TCC é indicada para o tratamento de diversas condições psíquicas de saúde, como:

  • TDAH;
  • Depressão;
  • Ansiedade;
  • Fobias;
  • Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC);
  • Esquizofrenia;
  • Transtornos bipolares.

As técnicas utilizadas pelos profissionais nesse tipo de terapia ajudam a:

  • Diminuir a ocorrência de sintomas;
  • Tratar problemas psíquicos em que remédios não fazem efeito ou são recomendados;
  • Desenvolver técnicas para lidar com o estresse;
  • Superar traumas emocionais, como violências na infância;
  • Gerenciar sintomas físicos e emocionais;
  • Lidar com perdas;
  • Identificar gatilhos emocionais;
  • Ajudar na comunicação e relacionamento com outras pessoas.

 

Como funciona a terapia cognitivo comportamental para o TDAH?

 

A terapia cognitivo comportamental varia de acordo com o profissional e os principais desafios enfrentados pelo paciente. Nos primeiros encontros, o terapeuta explica as práticas e aprofunda o conhecimento sobre o paciente para, depois, iniciar as táticas necessárias.

 

Nesse modelo de atendimento, as pessoas com TDAH aprendem a rever padrões de pensamento, que geralmente estão automatizados e se baseiam em interpretações equivocadas. A proposta é utilizar técnicas envolvendo:

 

  • Reestruturação cognitiva;
  • Solução de problemas;
  • Diálogo interno;
  • Treino do autocontrole;
  • Autorreforço;
  • Sistema de recompensas;
  • Autoavaliação e monitoramento;
  • Dramatizações;
  • Treinamento de comunicação.

 

Que tipo de táticas da terapia cognitivo comportamental podem ajudar pessoas com TDAH?

 

As sessões de terapia cognitivo comportamental são estruturadas para tratar aspectos específicos e por isso o paciente com TDAH e seu psicoterapeuta costumam focar primeiro no sintoma com a maior repercussão no dia a dia. Para cada problema, existem técnicas específicas, tais como:

 

  • Planejador diário

Montar uma agenda ou planejador será extremamente benéfico para pessoas com TDAH evitarem esquecimentos, aprenderem a gerenciar o tempo e a se organizar. A proposta é inserir todos os compromissos do dia, incluindo as tarefas mais cotidianas, como passear com o cachorro ou ligar para alguém. A ideia é que o planejador funcione como um guia.

 

Para que dê certo, é fundamental conferir as tarefas todos os dias, logo depois de acordar, assim como fazer alterações caso algum compromisso seja desmarcado. Vale levar a agenda para o trabalho ou a escola, a fim de consultá-la sempre que necessário. Nesse sentido, pode ser um planejador virtual, como a agenda do smartphone.

 

  • Dividindo as tarefas

Começar um novo projeto é desafiador e quem possui o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade costuma procrastinar esse tipo de empreitada. Mas, com o auxílio da terapia, o paciente aprende que dividir o projeto em etapas torna a realização mais fácil.

 

Nesse processo, o terapeuta também investiga os motivos de tantos adiamentos, questionado o paciente, por exemplo, sobre: quais pensamentos passam pela mente sobre essa tarefa? O que você sente quando pensa nesta tarefa? A partir das respostas, é possível descobrir gatilhos e reprogramar pensamentos e emoções.

 

  • Longe ou perto do campo de visão

Para evitar distrações, a técnica é muito simples: tirar de vista o que não será usado e deixar aparente o que precisa ser utilizado. Dessa forma, o foco estará voltado ao que realmente precisa ser feito. Nesse sentido, antes de começar a trabalhar ou estudar, é importante observar o espaço para se certificar de que tudo está em ordem e não faltam documentos, cadernos ou livros, por exemplo.

 

  • Matriz de importância da urgência

A ideia é separar as atividades em quatro categorias: importantes; urgentes; não importantes; e não urgentes. A primeira e a última costumam ser mais fáceis, mas as demais se confundem. Isso porque as pessoas com TDAH tendem a esquecer que o “não urgente” significa um prazo maior para execução, mas ainda assim há uma data a ser respeitada.

Quais são os benefícios da terapia cognitivo comportamental para as pessoas com TDAH?

Há diversos benefícios da terapia cognitivo comportamental (TCC) e, entre eles, é possível citar:

  • Melhora do autocontrole;
  • Maior equilíbrio da atenção;
  • Desenvolvimento de habilidades para solucionar problemas;
  • Aumento da autoestima;
  • Melhora da sensibilidade emocional;
  • Diminuição dos atrasos e esquecimentos;
  • Maior noção das prioridades.

Problemas associados ao TDAH, como a depressão e ansiedade, também apresentam melhora a partir das técnicas da TCC. No geral, os resultados aparecem depois de 12 a 15 sessões com duração de uma hora cada. Mesmo após a remissão dos sintomas, é importante seguir com as sessões para manutenção e desenvolvimento de outras habilidades.

Inclusive, nos casos de transtorno do déficit de atenção com hiperatividade em que há também a indicação de tratamento medicamentoso, a TCC é eficaz para os pacientes que resistem aos medicamentos prescritos devido à sensibilidade em relação a componentes da fórmula, por exemplo.

Vale ressaltar que o uso de medicamentos, como psicoestimulantes, são comumente indicados para adultos com TDAH, principalmente, quando outras doenças neurológicas estão associadas. Embora, no Brasil, as diretrizes terapêuticas adotadas na rede pública de saúde foquem somente em terapia cognitivo comportamental, orientação tanto para o paciente quanto para a família dele e hábitos alimentares.

semelhanças e diferenças tea e tdah

Quais as semelhanças e diferenças entre o transtorno do espectro do autismo e o TDAH?

No Brasil, cerca de 7,6% das crianças e adolescentes brasileiros convivem com o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, enquanto 10% da população apresenta características do autismo. Ambos apresentam sintomas semelhantes, o que pode dificultar o diagnóstico e comprometer o comportamento, o aprendizado, o desenvolvimento emocional e as habilidades sociais de quem os possui. Então, continue a leitura para saber:

  • O que é o TEA e o que é o TDAH?
  • Quais são as causas e os fatores de risco do TEA e do TDAH?
  • Quais são os sinais e sintomas do TEA e do TDAH?
  • Quais os impactos do diagnóstico tardio de TEA e de TDAH?
  • Como é feito o diagnóstico do TEA e TDAH?

O que é o TEA e o que é o TDAH?

O transtorno do espectro do autismo (TEA) e o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) são duas condições neuropsiquiátricas distintas, mas podem compartilhar algumas características que levam a confusões ou diagnósticos equivocados. A estimativa é que o TEA afete cerca de dois milhões de pessoas no Brasil e que o TDAH afete seis milhões de pessoas.

Transtorno do espectro do autismo (TEA):

  • Compromete a comunicação, interação social, comportamento e habilidades de processamento sensorial;
  • Causa dificuldade na compreensão e na expressão de emoções, padrões de comportamento repetitivos, hipersensibilidade ou hipoatividade sensorial e preferência por rotinas e estruturas;
  • Apresenta três tipos: leve, moderado e grave.

Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH):

  • É um distúrbio neurobiológico caracterizado por desatenção, hiperatividade e impulsividade comumente diagnosticado na infância e que pode persistir na idade adulta;
  • Causa dificuldade em manter o foco, seguir instruções, organizar tarefas e controlar impulsos, o que pode afetar negativamente as relações interpessoais, o desempenho acadêmico e o profissional;
  • Apresenta três tipos: predominantemente desatento, hiperativo com impulsividade e outro que combina os dois anteriores.

Quais são as causas e os fatores de risco do TEA e do TDAH?

Há muitos fatores diferentes que podem aumentar a probabilidade de uma criança ter TEA, incluindo influências biológicas, genéticas e ambientais. Embora existam poucas informações sobre as causas específicas, alguns agentes que podem contribuir para o desenvolvimento do transtorno são:

  • Histórico familiar de pessoas com TEA;
  • Certas condições genéticas ou cromossômicas, como síndrome do X frágil ou esclerose tuberosa;
  • Complicações no nascimento;
  • Anormalidades no desenvolvimento cerebral, como alterações na conectividade neuronal e no tamanho do cérebro;
  • Idade dos pais, pois ser filho de pessoas mais velhas pode aumentar a chance de desenvolver TEA.

Assim como no TEA, as causas e fatores de risco de TDAH não são totalmente compreendidas. No entanto, existem vários fatores que estão associados ao desenvolvimento do TDAH:

  • Genética;
  • Diferenças na estrutura e funcionamento do cérebro;
  • Exposição a substâncias tóxicas, como tabaco e álcool, durante a gravidez, bem como complicações durante o parto;
  • Histórico familiar.

Quais são os sinais e sintomas do TEA e do TDAH?

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Os primeiros sinais do autismo podem ser percebidos pelos pais ou pediatras antes que a criança complete um ano de idade. No entanto, os sintomas geralmente se tornam mais visíveis aos dois ou três anos. Em alguns casos, a deficiência funcional relacionada ao TEA pode ser leve e não aparente até a criança começar a escola. Os sintomas incluem:

  • Dificuldades na comunicação e interação social e problemas para fazer amigos;
  • Uso limitado de gestos e expressões faciais;
  • Padrões de comportamento repetitivos, como balançar o corpo, balançar as mãos, alinhar objetos, ou repetir palavras ou frases;
  • Hipersensibilidade ou hipoatividade sensorial, que pode levar a reações incomuns a estímulos sensoriais, como sons, luzes, texturas ou sabores;
  • Atraso na aquisição da linguagem.

Já os sintomas do TDAH são agrupados em duas categorias principais, que são desatenção e hiperatividade-impulsividade:

  • Dificuldade em prestar atenção a detalhes e em manter o foco em tarefas ou atividades;
  • Problemas em organizar tarefas e atividades, seguir instruções e cumprir prazos;
  • Evitar ou resistir a tarefas que envolvem esforço mental contínuo;
  • Facilidade em ser distraído por estímulos externos;
  • Movimentos frequentes das mãos ou dos pés;
  • Dificuldade em aguardar a vez, interromper outras pessoas ou falar antes de pensar;
  • Dificuldade em controlar impulsos e emoções.

Quais os impactos do diagnóstico tardio de TEA e de TDAH?

O diagnóstico tardio do TDAH e TEA pode ter uma série de impactos significativos na vida de pessoas afetadas, que podem variar dependendo da idade em que o diagnóstico é feito e da intensidade dos sintomas.

  • Atraso na intervenção precoce – o diagnóstico tardio pode levar a um atraso na intervenção e no apoio adequado para crianças com TEA, fundamental para ajudar a desenvolver habilidades sociais, de comunicação e de comportamento;
  • Dificuldades educacionais – crianças com TEA podem enfrentar dificuldades na escola devido à falta de apoio adequado, resultando em desafios no aprendizado, no desenvolvimento de amizades e na adaptação ao ambiente escolar;
  • Possíveis problemas emocionais e comportamentais – aumento do risco de desenvolver outros distúrbios como ansiedade e depressão;
  • Desempenho escolar prejudicado – dificuldades em manter a atenção, seguir instruções e organizar tarefas acadêmicas;
  • Baixa autoestima – especialmente se a pessoa não compreender completamente os motivos por trás de seus desafios.

Como é feito o diagnóstico do TEA e TDAH?

O diagnóstico do TEA e do TDAH é um processo que envolve uma avaliação detalhada conduzida por profissionais de saúde, baseada em observações clínicas e na análise dos sintomas e do comportamento.

  • Avaliação clínica inicial – para coletar informações sobre o desenvolvimento da criança, marcos do desenvolvimento, comportamento, habilidades de comunicação e interações sociais;
  • Avaliação multidisciplinar – o diagnóstico do TEA é geralmente realizado por uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde, como psicólogos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos;
  • Observação direta – os profissionais frequentemente realizam observações diretas da criança em diferentes contextos para avaliar seu comportamento, habilidades de comunicação e interações sociais;
  • Avaliação dos pais e cuidadores – coleta de informações valiosas sobre o comportamento e desenvolvimento da criança.
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Transtorno afetivo bipolar e TDAH, qual a relação entre os dois?

No Brasil, cerca de oito milhões de pessoas convivem com o transtorno afetivo bipolar (TAB), enquanto 2 milhões de pessoas têm o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). Ambas são condições de saúde mental que, embora distintas, compartilham algumas semelhanças e podem ocorrer em conjunto em alguns casos, tornando o diagnóstico e o tratamento mais complexos. Então, continue a leitura para saber:
  • O que é o TAB e o que é o TDAH?
  • Quais são as causas e os fatores de risco do TAB e do TDAH?
  • Quais são os sinais e sintomas do TAB e do TDAH?
  • Como é feito o diagnóstico do TAB e do TDAH?
  • Como é feito o tratamento do TAB e do TDAH?

O que é o TAB e o que é o TDAH?

O TAB e o TDAH são duas condições de saúde mental diferentes, mas que podem coexistir em uma mesma pessoa.

Transtorno afetivo bipolar (TAB) – atinge cerca de 3,7% da população brasileira. É uma condição caracterizada por mudanças extremas e cíclicas no humor. A pessoa alterna entre o estado de mania, caracterizado por aumento da energia, diminuição da necessidade de sono e pensamentos acelerados, e a depressão, no qual a pessoa se sente triste, desanimada e com falta de energia. Os tipos de TAB são:

  • Transtorno bipolar I – caracterizado por episódios de mania que duram pelo menos uma semana e podem ser acompanhados por crises depressivas. Os sintomas maníacos podem ser tão graves que a pessoa necessita de cuidados médicos imediatos;
  • Transtorno bipolar II – envolve episódios de depressão maior e hipomania, que é uma forma menos grave de mania, geralmente com uma duração de quatro dias ou mais;
  • Ciclotimia – tipo mais leve de TAB que envolve ciclos de hipomania e depressão branda, que não são muito intensos ou não duram o suficiente para serem qualificados como episódios hipomaníacos ou depressivos.

Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) – acomete cerca de 7,6% da população brasileira. É um transtorno neuropsiquiátrico que afeta a atenção, o controle da impulsividade e a hiperatividade. Frequentemente diagnosticado na infância, os sintomas podem persistir na idade adulta. Os tipos de TDAH são:

  • Desatento – apresenta dificuldade para organizar ou terminar uma tarefa, prestar atenção aos detalhes ou seguir instruções. A pessoa se distrai facilmente ou esquece detalhes da rotina diária;
  • Hiperativo/impulsivo – caracterizada principalmente pela predominância dos sintomas de inquietação, pessoas com esse subtipo tendem a ser excessivamente ativas e incapazes de ficar paradas, agindo sem pensar nas consequências;
  • Combinado – apresenta sinais e sintomas dos dois tipos.

Quais são as causas e os fatores de risco do TAB e do TDAH?

As causas do TAB e do TDAH não são completamente compreendidas pela ciência, mas existem alguns fatores de risco que podem aumentar a chance de surgimento desses transtornos.

Fatores de risco para TAB:

  • Genética;
  • Desregulações nos neurotransmissores como a serotonina, noradrenalina e dopamina;
  • Alterações na estrutura ou função do cérebro;
  • Eventos estressantes, traumáticos ou desestabilizadores;
  • Consumo de drogas e álcool;
  • Altos níveis de estresse crônico;
  • Experiências traumáticas na infância ou ao longo da vida.

Fatores de risco para TDAH:

  • Genética;
  • Funcionamento anormal dos neurotransmissores, como a dopamina e a noradrenalina;
  • Anormalidades no cérebro, como diferenças no tamanho ou no funcionamento de certas áreas;
  • Fatores pré-natais e perinatais (período que abrange a gravidez, o parto e que perdura até o organismo da mulher retornar ao estado de antes da gestação);
  • Tabagismo e consumo de álcool na gravidez;
  • Lesões cerebrais;
  • Exposição a altos níveis de estresse na infância e traumas.

Quais são os sinais e sintomas do TAB e do TDAH?

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Ambos os transtornos possuem seus próprios sinais e sintomas característicos, embora alguns deles sejam parecidos, por exemplo: a hipomania do TAB pode ser confundida com a hiperatividade do TDAH e a impulsividade está presente nos dois.

Transtorno afetivo bipolar – caracterizado por variações extremas de humor, que podem incluir episódios de mania e depressão. Os sintomas variam de acordo com o estado que a pessoa se encontra, que são os ciclos de hipomania e depressão.

Mania:

  • Elevação do humor;
  • Aumento na energia, agitação e atividade física;
  • Fala rápida e incessante;
  • Sentimento de grandeza, poder ou importância;
  • Pouca necessidade de sono;
  • Comportamento impulsivo.

Depressão:

  • Sentimentos de tristeza, desespero, desamparo ou vazio;
  • Fadiga e falta de energia;
  • Diminuição do interesse ou prazer em atividades que normalmente seriam gratificantes;
  • Problemas de concentração e memória;
  • Aumento ou diminuição do apetite;
  • Pensamentos de morte ou suicídio.

Como é feito o diagnóstico do TAB e do TDAH?

O diagnóstico de ambos os transtornos é realizado por profissionais de saúde mental, como neurologistas, psiquiatras e, normalmente, em conjunto com psicólogos. Inclui a coleta de informações clínicas, observação dos sintomas e, em alguns casos, a exclusão de outras condições médicas que possam apresentar sinais e sintomas semelhantes.

  • TAB – o diagnóstico envolve entrevista clínica, avaliação dos sintomas de mania, hipomania e depressão, histórico médico e familiar e acompanhamento de longo prazo para observar padrões de comportamento.
  • TDAH – o diagnóstico também envolve entrevista clínica, avaliação dos sintomas, histórico médico e familiar e avaliação dos sintomas em diferentes contextos, como em casa, na escola ou no trabalho.

Como é feito o tratamento do TAB e do TDAH?

Cada transtorno tem estratégias de tratamento específicas, e o tratamento deve ser personalizado com base nas necessidades individuais de cada pessoa.

Tratamento para transtorno afetivo bipolar:

  • Terapia cognitivo-comportamental – auxílio no aprendizado de estratégias de gerenciamento do humor, reconhecimento de gatilhos e desenvolvimento de habilidades para enfrentar os sintomas.
  • Medicação – estabilizadores de humor e antipsicóticos. Antidepressivos devem ser usados com cautela, caso a pessoa também apresente depressão.

Tratamento para transtorno do déficit de atenção com hiperatividade:

  • Terapia comportamental – auxílio no desenvolvimento de estratégias para gerenciar os sintomas do TDAH, melhoraria da organização, do planejamento e autorregulação.
  • Medicação – o uso de medicamentos, como psicoestimulantes, pode ser indicado, principalmente, quando outras doenças neurológicas estão associadas. Embora, no Brasil, as diretrizes terapêuticas adotadas na rede pública de saúde foquem somente em terapia cognitivo comportamental, apoio escolar, orientação tanto para o paciente quanto para a família dele e hábitos alimentares.
imagem cristo conscientização tdah

Cristo Redentor em laranja é marca da conscientização sobre o TDAH

O maior símbolo do Brasil, o monumento ao Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, ficou laranja. Na noite de 13 de julho, Dia Mundial do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), o Cristo Redentor foi iluminado com a cor que marca o mês de conscientização sobre a doença.

A ação faz parte da campanha “TDAH Além dos Rótulos”, promovida pelo Movimento Dislexia TDAH GABCD, e que conta com apoio Cellera Farma. Alessandra Caturani Wajnsztejn, neuropsicóloga e coordenadora do movimento, agradeceu ao apoio do Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor. “Eles entenderam a nossa causa e deram todo suporte para que essa ação histórica acontecesse”, afirmou.

Caracterizado por padrões persistentes de desatenção, hiperatividade e impulsividade que interferem no funcionamento diário e no desenvolvimento pessoal impactando a vida do indivíduo, o TDAH precisa ser diagnosticado por médicos ou psicólogos especializados. Dados do Ministério da Saúde apontam que, até 2022, a prevalência de TDAH era estimada em 7,6% em crianças e adolescentes brasileiras com idade entre 6 e 17 anos, em 5,2% nas pessoas de 18 a 44 anos e 6,1% entre maiores de 44 anos apresentando sintomas do transtorno.

A campanha “TDAH Além dos Rótulos” conta ainda com outras ações de conscientização, como uma história em quadrinhos da Turma da Mônica que ajuda no esclarecimento da população. O gibi, que ganhou uma versão na língua de sinais, está disponível na internet (link aqui). O objetivo da campanha e de todas as suas ações, como a edição do gibi pela Maurício de Sousa Produções e a iluminação do monumento ao Cristo Redentor, é conscientizar sobre o TDAH, uma vez que o diagnóstico tem de ser feito em etapas.

Se houver suspeita de que uma criança ou adulto possa ter TDAH, é recomendado buscar a avaliação e orientação de profissionais especializados, que levarão em consideração a avaliação abrangente dos sintomas e do impacto funcional. Cada caso é único, e o diagnóstico deve ser baseado em informações individualizadas e precisas. Existem tratamentos e cuidados que ajudam a melhorar a qualidade de vida do paciente com o transtorno.