Miastenia Gravis: Disgnóstico Eletrofisiológico e Laboratorial

Dr. Marcondes França
Departamento de Neurologia
FCM – Unicamp

Miastenia Gravis: Aspectos Clínicos e Formas Clínicas

Dr. Wladimir Bocca Vieira de Rezende Pinto
Setor de Investigações nas Doenças Neuromusculares
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) – Escola Paulista de Medicina (EPM)

Miastenia Gravis: O que você precisa saber

Artigo Médico

Prof. Dr. Acary Souza Bulle Oliveira
CRM-SP 42.703
Professor do Departamento de Neurologia da Universidade Federal de
São Paulo (Unifesp). Responsável pelo Setor de Investigação de Doenças
Neuromusculares da Unifesp

Prof. Dr. Roberto Dias Batista Pereira
Crefito-3 43135
Doutor pelo Departamento de Neurologia/Neurocirurgia da Universidade
Federal de São Paulo (Unifesp)

Fluxograma Sugerido para Diagnóstico de Miastenia Gravis

Artigo Médico

Dr. Eduardo de Paula Estephan – CRM-SP 146.264
Ambulatório de Miastenia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Ambulatório de Doenças Neuromusculares do Hospital Santa Marcelina, São Paulo.

Miastenia – Highlights do Congressso Mundial 2018

Este estudo teve como objetivo determinar a taxa de readmissão hospitalar 30 dias após a alta de pacientes com miastenia grave e examinar os fatores associados, verificando, assim, a qualidade e os resultados dos cuidados de saúde.

Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo de readmissões não eletivas entre 30 e 90 dias após a hospitalização de pacientes com miastenia grave. Os índices foram extraídos do Banco de Dados de Readmissões Nacionais (Healthcare Cost and Utilization Project’s 2014 Nationwide Readmissions Database – NRD).

No total, 4.305 internações preencheram os critérios de inclusão, e a maioria dos pacientes tinha entre 55 e 84 anos (59,6%), sendo 56% mulheres e 57,4% com seguro Medicare. A maioria das internações teve duração entre 6 e 19 dias (52,1%) e a necessidade de ventilação mecânica ocorreu em 16% dos casos.  Readmissões não eletivas dentro de 30 dias ocorreram em 16% dos casos (n=694) e dentro de 90 dias, em 25,2% dos casos (n=1.086).

Diversos fatores, como idade do paciente, sexo e ocorrência de erro médico, não foram associados a aumento ou diminuição estatisticamente significante na chance de readmissão aos 30 ou 90 dias.  Os sintomas relacionados à miastenia grave foram a razão mais comumente documentada para a readmissão não eletiva em 30 (34,4%) e 90 dias (36,0%).

Diagnóstico da Miastenia Gravis

Dr. Eduardo de Paula Estephan – CRM-SP 146.264
Ambulatório de Miastenia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Ambulatório de Doenças Neuromusculares do Hospital Santa Marcelina, São Paulo.

A miastenia gravis (MG) é a doença da junção neuromuscular (JNM) mais comum, sendo resultante da ligação de autoanticorpos aos componentes da JNM, mais comumente o receptor de acetilcolina (AChR). Os anticorpos contra o AChR, ou outras proteínas associadas ao receptor, levam a ataque autoimune da JNM, causando prejuízo da transmissão neuromuscular, com consequente fraqueza fatigável, manifestação típica dessa doença.

Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Miastenia Gravis

Portaria SAS/MS nº 1169, de 19 de novembro de 2015.
Revoga a Portaria no 29/SAS/MS, de 10 de maio de 2010.

Para a análise da eficácia dos tratamentos específicos para a miastenia gravis (MG) registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e, portanto, disponíveis para comercialização e utilização no Brasil, foram realizadas buscas nas bases descritas abaixo. Foram avaliados todos os estudos disponíveis nas bases descritas e selecionadas para avaliação meta-análises e ensaios clínicos randomizados, controlados e duplo-cegos publicados até a data limite de 01/10/2009. Os termos de busca foram os seguintes:

Na base MEDLINE/PubMed: “prednisone”[Substance Name] AND “myasthenia gravis”[Mesh], “azathioprine”[Substance Name] AND” myasthenia gravis “[Mesh], “cyclosporine”[Substance Name] AND “myasthenia gravis”[Mesh], “Intravenous Immunoglobulins”[Substance Name] AND “myasthenia gravis”[Mesh], “Plasmapheresis”[Substance Name] AND “myasthenia gravis”[Mesh], limitadas a: “Humans, Meta-Analysis, Randomized Controlled Trial”.

Na base Ovid MEDLINE: Intravenous Immunoglobulins AND myasthenia gravis AND Clinical Trial [Publication Type], Plasmapheresis AND myasthenia gravis AND Clinical Trial [Publication Type].

Na Biblioteca Cochrane: “Intravenous Immunoglobulins”, “Plasmapheresis”, “myasthenia gravis”.
Dessas buscas resultaram 54 artigos. Foram ainda incluídos artigos não indexados e outros citados nessas fontes. Foram excluídos estudos de farmacocinética.

Em 21/11/2014, foi realizada atualização da busca na literatura. Na base MEDLINE/PubMed, utilizando-se os termos e filtros “(“Myasthenia Gravis”[Mesh]) AND “Therapeutics”[Mesh]Filters activated: Meta-Analysis, Randomized Controlled Trial, Systematic Reviews, Publication date from 2009/01/01, Humans, Portuguese, English, Spanish”, foram localizadas 22 referências. Dessas, seis foram selecionadas para leitura na íntegra. Na base Embase, utilizando-se a estratégia “’myasthenia gravis’/exp AND ‘therapy’/exp AND ([cochrane review]/lim OR [systematic review]/lim OR [controlled clinical trial]/lim OR [randomized controlled trial]/lim OR [meta analysis]/lim) AND ([english]/lim OR [portuguese]/lim OR [spanish]/lim) AND [humans]/lim AND [2009-2014]/py”, foram localizados 58 estudos, dos quais nove foram selecionados.

Na base Cochrane, utilizando-se a estratégia “”myasthenia gravis” in Title, Abstract, Keywords, Publication Year from 2009 in Cochrane Reviews’, foram localizadas cinco revisões sistemáticas; todas foram selecionadas.

Foram excluídos estudos com desfechos não clínicos, de fase II, revisões não sistemáticas, bem como aqueles que comparam técnicas cirúrgicas. Foi ainda consultado o UpToDate versão 19.3. A atualização da busca na literatura resultou na inclusão de nove novas referências.

Ao todo, incluem-se 68 referências neste Protocolo.