26/07/2019
Miastenia gravis: diagnóstico

Elza Dias-Tosta, MD, PhD CRM-DF 1203
Neurologista do Hospital Lago Sul, Brasília.

A miastenia gravis é considerada uma doença rara, com prevalência de 20 casos por 100.000 e incidência variável (2-10,4/milhão [EUA] ou até 21-27/milhão [Barcelona] segundo o local da investigação, a idade, o gênero e o tipo de miastenia, ou seja, adquirida autoimune ou congênita).

Observa-se o aumento da prevalência de miastenia autoimune, seja por aumento de diagnósticos em populações diversas como os idosos, seja por melhores possibilidades terapêuticas, inclusive de suporte, como no caso da miastenia com insuficiência respiratória.

O aumento da prevalência é maior que o da incidência, o que justifica o fato de que uma soma de fatores deve estar implicada. Essa mudança da história natural da miastenia gravis (MG) vem sendo estudada desde 19661 e, mais recentemente, em 20032. O aumento é mais relevante na população dita MG de início tardio, e especula-se que se deva ao aumento do conhecimento da doença pelos médicos, à melhora dos métodos de diagnóstico ou ao aumento da sobrevida da população geral.