Saúde
28/07/2025
Vitaminas para cansaço: cansaço constante pode ser falta de nutrientes essenciais?

A falta de nutrientes pode ser uma das causas do cansaço persistente, por isso conhecer as vitaminas envolvidas na produção de energia é importante para melhorar a produtividade, o humor e a saúde geral

Nem sempre o cansaço é apenas resultado de noites maldormidas, às vezes é; mas há situações em que a sensação de exaustão física e mental persiste mesmo após o descanso. Geralmente, o corpo pode estar sinalizando um desequilíbrio interno, como a deficiência de vitaminas e minerais.

 

Mais do que reduzir a produtividade, essa fadiga compromete o bem-estar geral.Ela afeta o humor, a memória, o sistema digestivo e até a disposição para atividades simples do cotidiano. Por isso, olhar para os sinais do corpo e investigar as causas com apoio profissional é importante.

 

Em casos de deficiência de vitaminas essenciais, o uso de vitaminas para cansaço pode ser uma opção. Ainda assim, é importante considerar que uma abordagem integral e práticas de autocuidado podem ser fundamentais para enfrentar a fadiga contínua.

Quando o cansaço vai além do normal?

A sensação constante de cansaço que não melhora mesmo após descanso pode indicar algo além do desgaste físico comum. 

É importante reconhecer quando esse cansaço se torna um sinal de alerta para investigar causas mais profundas e buscar ajuda profissional.

Sinais de alerta e quando investigar com um profissional

A sensação de corpo pesado ao acordar, somada a dificuldade de concentração ao longo do dia e sonolência, ainda que você tenha tido uma boa noite de sono, são sinais de atenção. 

Esse tipo de fadiga pode ser multifatorial, mas, algumas vezes, o exame de sangue pode revelar deficiencia de nutrientes diretamente ligadas à produção de energia nas células. A partir desse ponto, o tratamento pode ser mais assertivo.

Como o estilo de vida pode mascarar deficiências nutricionais

Nem sempre é fácil reconhecer que a causa do cansaço está relacionada à alimentação. A correria do dia a dia e o estresse em excesso podem esconder sinais importantes, muitas vezes confundidos com os da síndrome de burnout.

 

Há pessoas, também, que acreditam estar apenas sobrecarregadas, quando, na verdade estão com o organismo funcionando em estado de alerta, com recursos insuficientes para sustentar o ritmo.

Outro ponto importante é o uso prolongado de medicamentos, dietas restritivas ou consumo excessivo de álcool, que pode interferir na absorção de nutrientes pelo intestino. O resultado disso é essa sensação de fadiga.

Principais nutrientes ligados à energia e disposição

Se você está se sentindo assim, considere aumentar a ingestão desses nutrientes listados abaixo e observe se, com o tempo, a sensação de cansaço passou.

Ferro 

O ferro é um mineral essencial para o transporte de oxigênio no sangue. A deficiência de ferro pode levar à anemia, um dos principais fatores relacionados à fadiga intensa e à falta de disposição. 

Magnésio

O magnésio, por sua vez, atua em mais de 300 reações enzimáticas, facilitando a conversão de trifosfato de adenosina (ATP) em difosfato de adenosina (ADP) para a produção de energia do corpo.

Vitaminas do complexo B 

As vitaminas do complexo B (como B1, B2, B6, B12 e niacina) desempenham papéis importantes no metabolismo dos carboidratos, proteínas e gorduras — ou seja, são essenciais para transformar os alimentos em energia utilizável. 

Vitamina D

A vitamina D, embora mais conhecida por sua atuação nos ossos e imunidade, também interfere na vitalidade e no bem-estar mental, sendo associada à regulação do humor e da força muscular.

Como identificar a carência e como resolver

O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais e análise clínica. Quando há deficiência confirmada, a orientação pode incluir ajustes na alimentação e, em alguns casos, a recomendação de suplementos.

Entre as fontes alimentares, carnes magras, ovos, vegetais de folhas verdes, castanhas, cereais integrais, leguminosas e laticínios são boas opções. 

Considere nutrientes e vitaminas para cansaço 

Ainda assim, há casos em que a rotina alimentar não dá conta de suprir as necessidades individuais, e é aí que o suplemento alimentar com vitaminas para o cansaço pode ser necessária.

Ela costuma ser indicada em dois cenários. O primeiro é quando há dificuldade em atingir a recomendação diária de consumo apenas através da alimentação; o segundo é quando há demandas nutricionais altas, como ocorre em atletas, gestantes, idosos ou pessoas em recuperação de doenças.

Considere o acompanhamento profissional

Tomar suplementos por conta própria, sem avaliação profissional, pode não resolver o problema — e ainda causar desequilíbrios. 

Por exemplo, o excesso de ferro no organismo pode gerar efeitos colaterais indesejados, assim como a superdosagem de vitamina D pode levar a alterações nos níveis de cálcio. 

Por isso, a suplementação deve ser personalizada, considerando exames, sintomas, estilo de vida e possíveis interações com outras substâncias. 

O profissional de saúde também é quem orienta por quanto tempo a suplementação deve ser mantida, sempre com foco no equilíbrio do organismo.

Considere um autocuidado integral

Estabelecer uma rotina de autocuidado integral pode ser a melhor abordagem para quem lida com o cansaço constante. Cuide do seu sono, durma a quantidade de horas necessárias para o seu organismo. Pratique atividades físicas. Invista em uma boa alimentação balanceada e corte ultraprocessados. 

Com suporte do seu nutricionista ou médico, considere a suplementação de vitaminas para cansaço. Essas são atitudes que favorecem a recuperação. Pequenos avanços no nível de energia já merecem ser valorizados e indicam que o corpo está respondendo aos ajustes.

 

 

Referências

  1. TARDY, A.L.; POUTEAU, E.; MARQUEZ, D.; YILMAZ, C.; SCHOLEY, A. Vitaminas e minerais para energia, fadiga e cognição: uma revisão narrativa das evidências bioquímicas e clínicas. Nutrients. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7019700/
  2. KIANI, A.K.; DHULI, K.; DONATO, K.; AQUILANTI, B.; VELLUTI, V.; MATERA, G.; IACONELLI, A.; CONNELLY, S.T.; BELLINATO, F.; GISONDI, P.; BERTELLI, M. Principais deficiências nutricionais. J Prev Med Hyg. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC9710417/
  3. TARDY, A.L.; POUTEAU, E.; MARQUEZ, D.; YILMAZ, C.; SCHOLEY, A. Vitaminas e minerais para energia, fadiga e cognição: uma revisão narrativa das evidências bioquímicas e clínicas. Nutrients. Disponível em: https://www.mdpi.com/2072-6643/12/1/228
  4. BARNISH, M.; SHEIKH, M.; SCHOLEY, A. Terapia nutricional para melhora dos sintomas da fadiga. Nutrients. Disponível em: https://www.mdpi.com/2072-6643/15/9/2154
  5. ESPINOSA-SALAS, S.; GONZÁLEZ-ARIAS, M. Nutrição: ingestão de micronutrientes, desequilíbrios e disciplinas. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK597352/
  6. BUTTS, M.; SUNDARAM, V.L.; MURUGHYAN, U.; BORTHAKUR, A.; SINGH, S. A influência do consumo de álcool na absorção intestinal de nutrientes: uma revisão abrangente. Nutrients. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC10096942/
  7. MOHN, E.S.; KERN, H.J.; SALTZMAN, E.; MITMESSER, S.H.; MCKAY, D.L. Evidências de interações fármaco-nutrientes com o uso crônico de medicamentos comumente prescritos: uma atualização. Pharmaceutics. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5874849/
  8. BASILE, E.J.; LAUNICO, M.V.; SHEER, A.J. Fisiologia, absorção de nutrientes. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK597379/
  9. KENNEDY, D.O. Vitaminas B e o cérebro: mecanismos, dose e eficácia – uma revisão. Nutrients. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC4772032/
  10. LEE, M.C.; HSU, Y.J.; SHEN, S.Y.; HO, C.S.; HUANG, C.C. Uma avaliação funcional da redução da fadiga e da melhora do desempenho físico após suplementação com complexo vitamínico B em humanos saudáveis, um ensaio clínico randomizado duplo-cego. Int J Med Sci. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC10542023/
  11. HOUSTON, B.L.; HURRIE, D.; GRAHAM, J.; PERIJA, B.; RIMMER, E.; RABBANI, R.; BERNSTEIN, C.N.; TURGEON, A.F.; FERGUSSON, D.A.; HOUSTON, D.S.; ABOU-SETTA, A.M.; ZARYCHANSKI, R. Eficácia da suplementação de ferro na fadiga e na capacidade física em adultos não anêmicos com deficiência de ferro: uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados. BMJ Open. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5892776/
  12. FATIMA, G.; DZUPINA, A.; ALHMADI, H.B.; MAGOMEDOVA, A.; SIDDIQUI, Z.; MEHDI, A.; HADI, N. O magnésio importa: uma revisão abrangente de seu papel vital na saúde e nas doenças. Cureus. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC11557730/
  13. CUCIUREANU, M.D.; VINK, R. Magnésio e estresse. In: VINK, R.; NECHIFOR, M. (eds.). Adelaide (AU): University of Adelaide Press. Disponível em: http://.nlm.nih.gov/books/NBK507250/

REJMARK, L. Efeitos da vitamina D na função e no desempenho muscular: uma revisão de evidências de ensaios clínicos randomizados. Ther Adv Chronic Dis. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC3513873/

Confira todos os conteúdos