Dor de barriga em crianças: como saber se é gases, alimentação ou algo mais?

Entender as causas mais comuns de dor de barriga em criança pode ajudar pais e responsáveis a agir com mais segurança

A dor de barriga em crianças é uma das queixas mais comuns nos consultórios médicos. Ela pode variar de um desconforto leve e passageiro até uma dor aguda e preocupante. 

Para pais e cuidadores, saber identificar a origem desse incômodo é necessário para oferecer o melhor suporte ou buscar ajuda profissional. 

O que parece uma dor de barriga simples pode ter várias causas. Desde um excesso de gases presos até algo mais sério, cada sintoma conta uma parte da história. 

Por isso, é importante observar o contexto em que a dor aparece, se é depois de comer, durante a noite ou acompanhada de outros sinais — ajuda a montar o quebra-cabeça e a tomar a melhor decisão.

Principais causas de dor abdominal em crianças

Esse tipo de dor é um sintoma que pode ter sua origem em diversas condições. Em crianças, é preciso ter paciência e observar, já que elas, muitas vezes, não conseguem expressar com clareza o que e onde estão sentindo dor.

Gases

Os gases são uma das causas mais comuns do desconforto e da dor abdominal, especialmente em bebês e crianças pequenas. 

Eles se formam no trato digestivo quando bactérias fermentam carboidratos não digeridos.

O desconforto pode ser agudo, com inchaço e a sensação de barriga estufada. A dor tende a ser intermitente e alivia com a eliminação dos gases.

Refluxo

Outra causa é o refluxo, que ocorre quando o conteúdo do estômago retorna ao esôfago. Além da dor, pode causar azia, arrotos frequentes e irritabilidade, especialmente após as refeições. 

Alimentação inadequada

Alimentação inadequada também contribui para o desconforto. Alimentos ricos em gordura, açúcar e ultraprocessados podem dificultar a digestão, levando a inflamações intestinais que podem resultar em desconfortos.

Quando a criança tem intolerância à lactose ou a alergia à proteína do leite de vaca, qualquer alimento que contenha esses nutrientes podem desencadear dores abdominais.

No caso de alergia, a condição é mais séria do que apenas o desconforto. A criança pode apresentar, além da dor, diarreia e vômitos, anafilaxia e dificuldade para respirar. 

Se suspeitar de alergia alimentar, é preciso de atenção médica imediata.

Infecções virais ou bacterianas

As infecções intestinais, conhecidas como gastroenterites, são outra causa frequente de dor de barriga em crianças. Elas podem ser causadas por vírus ou bactérias.

É comum que, em diversas situações, as crianças levem a mão à boca ou aos olhos. Essa prática pode facilmente transportar micro-organismos nocivos para o corpo e desencadear uma infecção.

Mas nem sempre é isso. Basta uma comida estranha, em um lugar de higiene duvidosa e a contaminação pode ocorrer.

A dor abdominal por infecções geralmente vem acompanhada de outros sintomas, como diarreia, vômito, febre e mal-estar geral.

Quando a dor pode ser sinal de algo mais sério?

Alguns sinais de alerta indicam que a dor abdominal na criança pode ser grave. Se a dor for repentina e muito forte, especialmente se a criança estiver inconsolável ou se recusar a brincar ou se alimentar, é motivo de preocupação. 

Outros sintomas são: vômito persistente, principalmente se houver sangue, e fezes amolecidas com sangue ou muco.

A febre alta, superior a 38,5°C, acompanhada de dor abdominal, também pode ser um indicativo de infecção mais séria, como a apendicite. 

Nesse caso, a dor costuma começar perto do umbigo e migrar para o lado direito e inferior da barriga. O inchaço abdominal e a sensibilidade ao toque são outros sinais importantes. 

É vital procurar um pediatra ou serviço de emergência imediatamente se a criança apresentar qualquer um dos sintomas de alerta. 

 

Como aliviar ou prevenir o desconforto abdominal

O desconforto abdominal é comum em crianças, mas pode ser amenizado com cuidados simples que envolvem alimentação, hidratação e rotina equilibrada.

Cuidado integral: rotina, sono e saúde emocional

O bem-estar intestinal está diretamente ligado ao estado geral de saúde da criança. Uma rotina bem estabelecida, com horários para as refeições e para o sono, ajuda o corpo a funcionar de forma mais harmônica. 

O emocional da criança também tem um peso significativo na saúde do intestino. É muito importante que a criança sinta segurança e conforto junto à família, escola e amigos.

Alimentação e hidratação

Uma dieta rica em fibras, como as encontradas em frutas, vegetais e grãos integrais, pode ajudar a regular o trânsito intestinal e evitar a prisão de ventre, que muitas vezes também causa dor de barriga. Além disso, alimentos probióticos podem colaborar para o equilíbrio da flora intestinal.

A hidratação é outro ponto importante. A água ajuda na formação de fezes mais macias, que evitam a dor na hora do cocô. 

Probióticos

Os probióticos são micro-organismos benéficos que ajudam a equilibrar e restaurar a flora intestinal. Uma flora desequilibrada é uma das causas dos desconfortos e dores de barriga em crianças

O desequilíbrio da flora intestinal pode ser causado pelas já mencionadas gastroenterites, por diarreias e inflamações crônicas ou pelo uso de medicamentos antibióticos.

Seja qual for a causa dessa “desregulagem” da flora intestinal, os suplementos probióticos da Culturelle® podem ajudar. 

Culturelle Junior® é formulado com a cepa probiótica LGG®, a mais estudada no mundo e amplamente reconhecida por ajudar o microbioma intestinal, modular respostas inflamatórias, competir com micro-organismos invasores e aliviar desconfortos, como a diarreia e as dores abdominais em crianças.  

(Culturelle® e Culturelle Júnior® são marcas do grupo DSM-firmenich. LGG® é uma marca registrada da Chr. Hansen A/S.)

 

 

 

Referências

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Como probióticos podem ajudar na prevenção e tratamento de infecções urinárias

Entenda como os benefícios dos probióticos se estendem também à prevenção de infecções urinárias, auxiliando no equilíbrio da microbiota e na proteção do trato urinário

Uma infecção do trato urinário (ITU) é uma condição comum que afeta milhares de pessoas todos os anos, em particular as mulheres. Essa ocorrência acontece quando micro-organismos, como bactérias, conseguem se proliferar em uma ou mais partes do sistema urinário.

Por muito tempo, a única abordagem para lidar com o problema era o uso de antibióticos. Isso porque esses medicamentos são realmente importantes para eliminar a bactéria responsável pela infecção. 

A ciência evoluiu e, hoje, sabemos que a nossa saúde, de forma geral, está intimamente ligada aos trilhões de micro-organismos que habitam nosso corpo, especialmente o nosso intestino. É a chamada microbiota intestinal. 

Sabemos que os benefícios dos probióticos, o nome dado a essas “bactérias do bem” são inúmeros, mas será que eles podem realmente ajudar na prevenção ou no tratamento de infecções urinárias? Continue a leitura!

Como os probióticos atuam no organismo

Para compreender a influência dos probióticos na saúde urinária, é fundamental entender o seu papel geral no corpo. 

Os probióticos são micro-organismos vivos, ou seja, bactérias, fungos e leveduras benéficas que habitam nossos corpos e são responsáveis por funções importantes, como a digestão, a absorção de nutrientes e a integridade dos sistemas de defesa do organismo.

O papel da microbiota intestinal e vaginal

Além do intestino, o trato vaginal e urinário também possui uma flora própria, composta em sua maioria por bactérias do tipo Lactobacillus.

Esses micro-organismos benéficos formam uma espécie de barreira, o que produz um ambiente ácido, que dificulta a proliferação de bactérias nocivas, como a Escherichia coli, que é a principal causa de infecções urinárias.

A relação entre a microbiota e a infecção urinária

A ligação entre a saúde do seu intestino e a do seu trato urinário pode não parecer óbvia à primeira vista. Afinal, parecem coisas bem distintas, não é?

O ponto chave é que as bactérias que causam a maioria das infecções urinárias, como a já citada E. coli, costumam ter sua origem no trato gastrointestinal. Elas migram da região anal para a uretra e, de lá, podem subir até a bexiga.

Se a microbiota intestinal está desequilibrada, há uma maior chance de que as bactérias patogênicas se multipliquem de forma descontrolada, facilitando sua proliferação pelo organismo e consequentemente, as infecções.

A disbiose, que é o nome dado ao desequilíbrio da microbiota, também pode se refletir na flora vaginal e urinária. Quando ela ocorre, o número de bactérias benéficas que fazem a defesa do organismo cai, o que dá brecha para agentes infecciosos.

Como os probióticos podem ajudar na prevenção de ITUs?

O consumo de probióticos é capaz de auxiliar a restaurar e restabelecer o equilíbrio da flora intestinal. Quando a microbiota está equilibrada, ocorre o que é chamado de eubiose. 

Essa condição, além de fortalecer a imunidade do organismo, evita que as bactérias indesejadas se multipliquem no intestino e se espalhem no organismo.

Com isso, incluir probióticos na sua dieta pode ser uma das abordagens que ajudam a evitar e a prevenir as infecções do trato urinário. 

É possível encontrar e consumir probióticos de duas maneiras: A primeira é através da alimentação, especialmente de alimentos fermentados; a segunda é mediante por meio de suplementos.

A suplementação probiótica tende a concentrar maiores volumes de UFCs (unidades formadoras de colônias) e podem ser mais rápidas para repovoar a flora intestinal e promover seus benefícios de defesa. 

Probióticos como coadjuvantes no tratamento

Os benefícios dos probióticos podem se estender para um papel de apoio durante o tratamento de uma infecção urinária, que costuma envolver o uso de antibióticos. 

Benéficos dos probiótico no uso durante e após o antibiótico

Os antibióticos são essenciais para combater a infecção. O problema é que eles não distinguem entre as bactérias “boas” e as “ruins” e acabam atacando ambas.

Como consequência, esses medicamentos podem afetar o equilíbrio da microbiota intestinal e vaginal, o que pode, inclusive, aumentar a suscetibilidade a novas infecções.

O consumo de probióticos durante o tratamento com o antibióticos pode ser indicado para minimizar esse impacto. Ele pode ser iniciado durante e mantido por algumas semanas após o término do tratamento, a fim de ajudar na recuperação do microbioma do corpo.

Como iniciar o consumo de probióticos?

Agora que você já conhece os benefícios dos probióticos, se você deseja fortalecer o intestino de maneira preventiva ou durante um tratamento de alguma infecção urinária, é importante que você não faça suplementação por conta própria.

Consulte seu médico, que poderá indicar a suplementação com cepas ideais e que podem ajudar a colonizar o intestino e promover a imunidade do corpo como um todo.

Uma das cepas probióticas mais estudadas no mundo é a Lactobacillus rhamnosus GG (LGG®), presente nos suplementos Culturelle®¹; ela é reconhecida por chegar viva ao intestino, restaurar a microbiota e ajudar na imunidade e na modulação de inflamações do organismo.

Exceto Culturelle® Bebê¹.

(Culturelle® é uma marca do grupo DSM-firmenich. LGG® é uma marca registrada da Chr. Hansen A/S.).

 

 

 

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Probióticos na gravidez: entenda como eles podem ser aliados da saúde da mãe e do bebê

O uso de probióticos na gravidez pode trazer benefícios para a microbiota da mãe e apoiar a saúde do bebê

A gravidez é um período de transformações profundas no corpo da mulher, e essas mudanças não se limitam apenas ao físico. A saúde do trato gastrointestinal, e em particular a microbiota intestinal, também passa por alterações significativas. 

O interesse em como a microbiota materna influencia a saúde do feto e do recém-nascido tem crescido. Uma flora intestinal equilibrada pode auxiliar em diversos aspectos, desde a digestão da mãe até o desenvolvimento do sistema de defesa do bebê. 

Essa relação complexa faz com que muitas gestantes busquem formas de cuidar melhor da saúde intestinal. Um desses cuidados é com consumo de suplementos probióticos na gravidez.

Por que os probióticos são importantes na gravidez?

Durante a gestação, a microbiota intestinal da mulher sofre alterações que podem afetar o funcionamento do sistema digestivo.

Essa microbiota, que também é conhecida como flora intestinal, tem um papel fundamental na saúde digestiva e de todo o organismo. 

Ela é um ecossistema complexo de microrganismos que, em equilíbrio, desempenham funções essenciais, como a absorção de nutrientes, a produção de vitaminas e a defesa do corpo.

Na gravidez, as flutuações hormonais e as mudanças na dieta podem desequilibrar essa flora, levando a desconfortos gastrointestinais. Os mais comuns são:

  1. diarreia;
  2. constipação;
  3. excesso de gases;
  4. distensão abdominal;
  5. cólicas abdominais;
  6. maior suscetibilidade para inflamações e infecções oportunistas.

A suplementação com probióticos na gravidez pode ajudar a restabelecer esse equilíbrio, colonizando o intestino com bactérias benéficas, como o Lactobacillus rhamnosus, e auxiliando a diminuir a quantidade de microrganismos indesejados.

Relação entre saúde intestinal e imunidade da mãe

Durante a gestação, uma mãe com a flora intestinal equilibrada pode ter um sistema imunológico mais preparado para lidar com vírus e bactérias nocivas, uma vez que grande parte das células de defesa do corpo estão concentradas no trato gastrointestinal.

Benefícios potenciais para o bebê

Alguns estudos já indicam que possivelmente o intestino do bebê pode começar a ser colonizado por microrganismos benéficos ainda no útero, embora esse processo se intensifique no momento do nascimento e da amamentação, durante os primeiros anos de vida. 

Desenvolvimento da flora intestinal do recém-nascido

A microbiota de um recém-nascido é um fator importante para o desenvolvimento saudável do bebê. Essa flora inicial é essencial para funções digestivas e imunológicas. É ela que permitirá a digestão do leite materno e a absorção correta dos nutrientes que farão o bebê e o sistema imune dele se desenvolver.

Quando a mãe consome quantidades adequadas de probióticos, tanto na gestação como depois dela, ela contribui para a saúde da flora intestinal do seu bebê.

Redução de riscos de cólicas e alergias

Estudos mostram que uma microbiota equilibrada pode ajudar na prevenção de certas condições comuns na infância.

Um estudo do Journal of Allergy and Clinical Immunology sugere que a suplementação com Lactobacillus em gestantes e lactantes pode auxiliar a diminuir o risco de eczema atópico em bebês. 

Outro benefício do consumo de probióticos pelas mamães é a redução da cólica do bebê. Uma condição comum, mas que pode desesperar os pais. Quando a mãe possui uma vasta comunidade probiótica, ela irá compartilhar essa flora com o bebê através do aleitamento. 

Isso beneficiará o pequeno, que conseguirá digerir melhor o leite, evitando a produção de gases excessivos resultantes da fermentação da lactose no intestino, responsável pelas temidas cólicas.

Como incluir probióticos de forma segura durante a gestação

A segurança é a principal preocupação ao considerar qualquer suplementação alimentar durante a gravidez. Felizmente, probióticos, quando consumidos de forma adequada, são geralmente considerados seguros para gestantes.

Alimentação

Alimentos fermentados, como iogurtes, kefir, chucrute e kombucha, são exemplos de alimentos que contêm probióticos. Incluir essas opções na dieta pode ser uma maneira deliciosa de apoiar a sua saúde intestinal.

Suplementos

Suplementos probióticos podem ser outra boa opção. Nem sempre é possível restaurar ou reequilibrar a flora intestinal apenas com a alimentação. Nesses casos, o nutricionista, gastroenterologista pode indicar esse caminho.

É importante escolher produtos de marcas confiáveis, com cepas probióticas estudadas e com benefícios comprovados. Também é importante optar por suplementos probióticos formulados para gestantes, a fim de garantir a segurança do consumo.

Consulte sempre um médico ou nutricionista para avaliar a necessidade de suplementação e para obter a orientação mais adequada para sua situação. O profissional de saúde poderá recomendar a melhor forma de apoiar sua saúde e a do seu bebê, seja por meio de mudanças na alimentação ou com a inclusão de um suplemento probiótico na gravidez.

 

 

Referências

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Probióticos e antibióticos: por que essa dupla precisa caminhar lado a lado no inverno?

O uso de antibióticos no inverno pode afetar a microbiota intestinal, e é por isso que os probióticos devem ser reforçados nessa estação — o equilíbrio entre probióticos e antibióticos faz toda a diferença para a saúde intestinal

Durante os meses mais frios do ano, o número de atendimentos médicos por infecções respiratórias tende a crescer e muitos desses quadros exigem o uso de antibióticos. 

Um dos problemas é que esse tipo de medicamento combate não apenas bactérias agressoras, mas também afetam as bactérias benéficas que habitam o intestino e que compõem a nossa flora intestinal.

O resultado? a diarreia associada ao uso de antibióticos. Mas na realidade,  os efeitos vão além. É possível perceber alterações no apetite, distensão abdominal, desconforto gástrico e desequilíbrios intestinais. 

Por isso, o uso de probióticos e antibióticos é tão importante. Os suplementos probióticos ajudam na recuperação da flora intestinal. Isso pode aliviar e até mesmo evitar os desconfortos intestinais pelo uso dos antibióticos.

Por que usamos mais antibióticos no inverno?

Durante o inverno, há um aumento importante na circulação de vírus e bactérias que afetam o sistema respiratório. 

Com o clima frio, as pessoas permanecem por mais tempo em ambientes fechados e com pouca ventilação, facilitando a disseminação de microrganismos. O ar seco também tende a ressecar as vias aéreas, diminuindo a nossa proteção natural contra infecções.

Entre os quadros mais comuns dessa época estão faringites, laringites, sinusites bacterianas, bronquites e otites médias agudas. Quando essas doenças não melhoram com o tempo ou se agravam, os médicos indicam geralmente o uso de antibióticos, especialmente quando há risco de infecção bacteriana secundária.

Efeitos colaterais do uso frequente de antibióticos

Apesar de cumprirem um papel crucial, os antibióticos não discriminam entre bactérias benéficas e prejudiciais e eles acabam por eliminar a flora intestinal saudável. Isso pode, inclusive, afetar nossa imunidade e favorecer o crescimento desordenado de microrganismos patogênicos. 

O resultado mais imediato a ser sentido pode ser a diarreia, como falamos no começo deste texto. Outros efeitos incluem gases excessivos, cólicas abdominais e alteração na consistência das fezes. E é aí que o uso de antibióticos e probióticos pode ser uma sacada importante na proteção do organismo.

Probióticos: o que são e como funcionam no organismo?

Probióticos são microrganismos vivos, como bactérias e leveduras, que, quando consumidos em quantidades adequadas, auxiliam no equilíbrio da flora intestinal. 

Os benefícios dos probióticos incluem a melhora da digestão, o fortalecimento da imunidade e a prevenção de desequilíbrios causados por antibióticos.

Entre os mais estudados e utilizados está o Lactobacillus rhamnosus GG (LGG®), uma cepa com capacidade comprovada de sobreviver ao ambiente ácido do estômago, aderir às células do intestino e repovoar a flora intestinal.

A microbiota intestinal humana tem papel importante em funções digestivas, metabólicas e até comportamentais. A presença dos probióticos ajuda a barrar a proliferação de agentes patogênicos e regula o trânsito intestinal. 

O probiótico LGG®, por exemplo, atua formando um biofilme protetor e liberando substâncias com ação antimicrobiana, além de ajudar a manter a integridade da mucosa intestinal.

Em momentos de desequilíbrio da flora intestinal, esse probiótico pode ser consumido junto ao antibiótico com segurança, ajudando a minimizar os impactos do antibiótico no intestino e promover a recomposição da microbiota, reduzindo os desconfortos e acelerando a recuperação.

Como incluir os probióticos na rotina de forma segura

Alimentos fermentados, suplementos e recomendações médicas

Probióticos estão presentes em alimentos fermentados como iogurtes, kombucha, kefir e missô. No entanto, a quantidade e as cepas presentes nesses alimentos variam bastante, e nem sempre atingem os níveis necessários para efeitos benéficos comprovados. 

Por isso, especialmente em períodos de uso de antibióticos, a suplementação probiótica é mais indicada.

É sempre importante procurar orientação de um profissional de saúde para avaliar se a suplementação alimentar é adequada ao seu caso, além de verificar se há interações com outros medicamentos ou restrições específicas.

Outra dica prática é buscar suplementos que não precisem de refrigeração e que contenham cápsulas gastro-resistentes, melhorando a sobrevivência das bactérias até o intestino.

Quando é necessário suplementar e quais cuidados ter

A suplementação com probióticos e antibiótico em conjunto pode ocorrer durante o consumo do medicamento e ser mantida por alguns dias após o fim do tratamento. Isso ajuda a minimizar os efeitos colaterais e acelera o processo de recuperação intestinal.

Pessoas com o sistema imunológico comprometido ou que estejam usando outros medicamentos devem consultar um profissional de saúde antes de iniciar qualquer suplementação. Vale sempre conferir o rótulo do produto para verificar a quantidade de unidades formadoras de colônia (UFCs) e a presença de cepas confiáveis.

Nessa estação do ano em que o uso de antibióticos se intensifica, cuidar da saúde intestinal é o melhor a ser feito; além de evitar os desconfortos, a suplementação com probióticos comprovadamente ajuda na imunidade e protege o corpo de infecções e inflamações.

 

Referências

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  6. RODGERS, B.; KIRLEY, K.; MOUNSEY, A. PURLs: está prescrevendo um antibiótico? Combine-o com probióticos. J Fam Pract. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC3601687/
  7. YANG, S.; QIAO, J.; ZHANG, M.; KWOK, L.Y.; MATIJAŠIĆ, B.B.; ZHANG, H.; ZHANG, W. Prevenção e tratamento de efeitos adversos associados a antibióticos por meio do uso de probióticos: uma revisão. J Adv Res. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC12126705/
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CAPURSO, L. Trinta anos de Lactobacillus rhamnosus GG: uma revisão. J Clin Gastroenterol. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30741841/ 

Probióticos e saúde emocional: como o intestino pode influenciar o humor

Estudos mostram que o intestino e o cérebro estão diretamente conectados. Descubra como probióticos e saúde mental se relacionam e como o equilíbrio da microbiota pode ajudar a regular o humor

A saúde emocional de uma pessoa é influenciada por diversos fatores como a genética, o estilo de vida, o ambiente em que ela vive e já sabemos que o funcionamento intestinal também entra nessa lista. 

Nos últimos anos, as pesquisas sobre o eixo intestino-cérebro têm ganhado destaque ao demonstrar que o intestino não só digere os alimentos, mas também participa de processos que regulam o comportamento e as emoções.

Isso significa que alterações emocionais podem causar sintomas digestivos, ao mesmo tempo, em que desequilíbrios intestinais podem afetar o estado mental. 

Entender como funciona a relação entre probióticos e saúde mental, além de como essa conexão pode ser favorecida por meio da alimentação, é um passo importante para quem busca um equilíbrio emocional mais amplo e integrado.

A conexão entre intestino e cérebro: o que dizem os estudos

Pesquisas revelam que o intestino e o cérebro estão mais interligados do que se imaginava. Distúrbios intestinais podem afetar o humor, a cognição e até contribuir para o desenvolvimento de doenças neurológicas. 

Essa comunicação acontece por meio de um sistema complexo conhecido como eixo intestino-cérebro.

O que é o eixo intestino-cérebro e como ele atua

O eixo intestino-cérebro é uma rede de comunicação composta pelo sistema nervoso central, o sistema nervoso entérico (presente no trato gastrointestinal), o sistema imunológico e a microbiota intestinal. 

Essa comunicação ocorre por meio de neurotransmissores, hormônios, citocinas e sinalizações nervosas — especialmente através do nervo vago.

O intestino é responsável por produzir cerca de 95% da serotonina, um neurotransmissor associado ao prazer e ao bem-estar. 

A produção dessa substância depende diretamente do equilíbrio da microbiota, já que muitos microrganismos participam da síntese de precursores como o triptofano.

Além disso, as bactérias intestinais benéficas também produzem ácidos graxos de cadeia curta, como o butirato, que influenciam o funcionamento da barreira intestinal e modulam respostas inflamatórias — fatores que também estão ligados ao funcionamento do sistema nervoso.

Como desequilíbrios intestinais afetam o humor e o comportamento

Quando há uma disbiose — termo que se refere ao desequilíbrio entre bactérias benéficas e nocivas no intestino —, esse eixo se torna disfuncional. Isso pode desencadear processos inflamatórios, alterações na produção de neurotransmissores e aumento da permeabilidade intestinal, o que permite que substâncias indesejadas entrem na corrente sanguínea e atinjam o cérebro.

Estudos recentes sugerem que esse desequilíbrio está presente em pacientes com transtornos como ansiedade, depressão, autismo e até doenças neurodegenerativas. Um artigo publicado na Nature Reviews Neuroscience destaca que a microbiota intestinal pode influenciar o comportamento social, os níveis de estresse e a cognição por meio de mecanismos neuroquímicos e imunológicos.

Pacientes com sintomas de humor alterado, fadiga crônica e distúrbios do sono mostram melhoras quando sua microbiota é equilibrada por meio de dieta, atividade física ou do uso de probióticos, destacando a relação entre probióticos e saúde mental.

Ainda que os mecanismos não sejam totalmente compreendidos, a relação entre saúde intestinal e emocional é cada vez mais evidente na literatura científica.

O papel dos probióticos no bem-estar emocional

Quando o intestino está em equilíbrio, o corpo e a mente também tendem a funcionar melhor. Os probióticos ajudam nesse processo, contribuindo para a saúde emocional por meio do cuidado com a microbiota intestinal.

Como os probióticos ajudam a restaurar a microbiota intestinal

Probióticos são microrganismos vivos que, quando consumidos em quantidades adequadas, contribuem para o equilíbrio da flora intestinal. 

Eles agem competindo com bactérias patogênicas, produzindo substâncias antimicrobianas e modulando respostas inflamatórias que afetam todo o organismo.

Além de restaurar o equilíbrio da microbiota, os probióticos também reforçam a integridade da barreira intestinal, prevenindo a chamada “síndrome do intestino permeável”, associada a quadros inflamatórios sistêmicos que podem afetar negativamente a função cerebral.

Essas melhorias se associam à maior tolerância ao estresse, redução da irritabilidade, melhor regulação emocional e aumento da sensação de bem-estar. 

Em alguns casos, os benefícios se tornam perceptíveis em poucas semanas, principalmente quando aliados a uma alimentação rica em fibras e hábitos de vida saudáveis.

Quando considerar a suplementação e como escolher a cepa ideal

A suplementação pode ser uma alternativa interessante em casos de disbiose mais intensa, geralmente após o uso recente de antibióticos, estresse elevado ou quadros prolongados de ansiedade. 

A escolha do produto ideal deve considerar tanto a necessidade do paciente, como a formulação do suplemento. 

Alguns probióticos são formulados com cepas que têm maior capacidade de sobreviver ao ambiente ácido do estômago e aderir à mucosa intestinal, aumentando seu potencial de colonização e impacto positivo. 

É o caso da cepa probiótica Lactobacillus rhamnosus GG (LGG®), a mais estudada no mundo e reconhecida por seu efeito benéfico sobre o eixo intestino-cérebro.

É importante lembrar que probióticos e saúde mental estão relacionados, mas não substituem intervenções psicoterapêuticas nem o uso de medicamentos quando prescritos; no entanto, podem ser aliados importantes para uma rotina de bem-estar mais completa.

 

 

Ref.

O que é importante saber antes de escolher um probiótico?

Os probióticos são micro-organismos vivos, como bactérias e leveduras, considerados aliados da saúde. Eles podem ser obtidos a partir de suplementos, mas também são encontrados naturalmente em diversos alimentos e bebidas. Muitas pessoas estão familiarizadas com o iogurte como fonte de probióticos, mas existem outras opções menos conhecidas e igualmente saudáveis que podem ser adicionadas na dieta, como kefir, chucrute, missô, tempeh, kimchi, kombucha e alguns tipos de queijo. Continue a leitura para saber:

Quais benefícios os probióticos podem proporcionar para a saúde?
Quais alimentos são boas fontes de probióticos?
Como incluir probióticos no dia a dia?

Quais benefícios os probióticos podem proporcionar para a saúde?

Os probióticos atuam na promoção de um intestino saudável e equilibrado, algo fundamental para o bem-estar geral do corpo. A ciência vem ampliando constantemente a compreensão do potencial dessas boas bactérias, e há evidências de sua utilidade para uma variedade de aspectos da saúde, tais como:

  • Melhora da digestão e absorção de nutrientes;
  • Melhora de distúrbios gastrointestinais, incluindo diarreia induzida por antibióticos e síndrome do intestino irritável (SII);
  • Prevenção de alergias;
  • Fortalecimento do sistema imunológico, contribuindo para a defesa do corpo contra infecções;
  • Redução da inflamação no organismo, associada a muitas condições inflamatórias crônicas;
  • Apoio à integridade da barreira intestinal;
  • Prevenção de episódios de vômito após comer em algumas condições digestivas;
  • Possível papel no cuidado com a síndrome de ruminação, ao auxiliar no controle de sintomas gastrointestinais.

Quais alimentos são boas fontes de probióticos?

Os probióticos estão presentes em uma variedade de comidas e bebidas fermentadas. A fermentação é uma técnica frequentemente utilizada para preservar e aprimorar alimentos, inclusive aumentando seu valor nutricional. Mas nem todos os alimentos fermentados são, necessariamente, fontes de probióticos. Alguns deles passam por etapas que removem esses micro-organismos, como é o caso da cerveja ou do vinho, ou os tornam inativos, como acontece na panificação e na preservação em latas. Veja oito opções para enriquecer a sua dieta com alimentos que contêm bactérias boas para o sistema digestivo:

Iogurte

Uma das fontes mais conhecidas de probióticos, o iogurte é produzido por meio da fermentação do leite por bactérias benéficas específicas. Ele pode, por exemplo, ser consumido no café da manhã ou incorporado em molhos de salada, entre outras possibilidades culinárias. Mas é importante optar por preparações que não exijam cozimento, a fim de preservar os probióticos. Além disso, sempre verifique o rótulo para garantir que a bebida tem culturas vivas e ativas, bem como baixo teor de açúcar e gordura.

Benefícios do iogurte: além de ser positivo para a saúde intestinal, o iogurte é uma excelente fonte de proteína, cálcio, vitaminas e minerais, oferecendo uma série de ganhos. Entre eles, é possível citar melhora da saúde óssea, cardíaca e gastrointestinal.

Chucrute

É uma preparação culinária feita a partir do repolho, que é primeiramente picado e, em seguida, submetido à fermentação. De sabor azedo e salgado e textura crocante, a iguaria costuma ser utilizada como acompanhamento em pratos de carne ou adicionada a sanduíches e saladas. É importante escolher variedades não pasteurizadas, pois a pasteurização, comum na maioria das marcas de supermercado, elimina as bactérias vivas.

Benefícios do chucrute: além de suas qualidades probióticas, o chucrute é rico em fibras, vitaminas (como vitamina C e vitamina K), minerais (como ferro e potássio) e antioxidantes, como a luteína e a zeaxantina.

Kefir

É uma bebida fermentada que contém diversas cepas de bactérias e leveduras úteis. Ele é obtido a partir da fermentação do leite com grãos de kefir. Possui sabor azedo e picante, bem como uma textura espessa e cremosa, semelhante à do iogurte. Além disso, também pode ser uma escolha adequada para pessoas com intolerância à lactose.

Benefícios do kefir: além de ser rico em probióticos, o kefir é fonte de proteínas, cálcio e vitaminas B. Estudos têm associado seu consumo regular a uma série de efeitos positivos para a saúde, incluindo melhora da saúde óssea e de problemas digestivos, bem como proteção contra infecções.

Kombuchá

É uma bebida gasosa, ácida e adocicada feita a partir da fermentação do chá por uma cultura de bactérias e leveduras.

Benefícios do kombuchá: embora o kombuchá tenha sido associado a uma série de benefícios para a saúde, a evidência científica que respalda muitas dessas alegações ainda é limitada. Algumas pesquisas sugerem que, devido às suas propriedades probióticas, o kombuchá pode fortalecer o sistema imunológico e auxiliar na prevenção de problemas digestivos. Entretanto, é aconselhável buscar orientação junto a um profissional de saúde antes de incluí-lo na dieta, pois pode haver contraindicações e efeitos colaterais.

Kimchi

É uma iguaria tradicional da culinária coreana, que envolve a fermentação do repolho (ou outro vegetal) com uma variedade de especiarias. Com sua característica picante, a receita pode ser apreciada como acompanhamento ou incorporada em diversos pratos.

Benefícios do kimchi: além de agradar o paladar, o kimchi é um aliado para a saúde, graças à presença de bactérias probióticas e nutrientes e minerais essenciais, como vitamina K, riboflavina (vitamina B2) e ferro.

Tempeh

Originário da Indonésia, o tempeh é uma preparação feita a partir da fermentação da soja. É frequentemente usado como uma alternativa à carne em pratos veganos.

Benefícios do tempeh: além de conter probióticos, o tempeh é uma excelente fonte de proteínas, vitaminas do complexo B, fibras, minerais e antioxidantes.

Missô

É uma pasta de soja fermentada muito popular na culinária japonesa. O missô é tipicamente utilizado na elaboração de uma sopa, que também inclui ingredientes como algas, tofu, cebolinha e diversos vegetais. Durante o preparo, porém, deve-se evitar temperaturas muito altas, pois isso pode comprometer os probióticos presentes na pasta.

Benefícios do missô: o missô se destaca não só pela sua abundância em micro-organismos saudáveis, como também por ser uma excelente fonte de proteínas e fibras, além de oferecer uma gama de nutrientes essenciais, incluindo vitamina K, vitaminas do complexo B, manganês e cobre. Outra vantagem é seu baixo teor calórico. Pesquisas sugerem que o consumo de missô pode estar relacionado à redução do risco de doenças, como probióticos para hipertensão.

Alguns tipos de queijo

Cheddar, muçarela, gouda e cottage estão entre os tipos de queijo que contêm probióticos. É importante procurar as palavras “culturas vivas” ou “culturas ativas” nos rótulos do produto.

Benefícios do queijo: o queijo é altamente nutritivo e uma excelente fonte de proteína. Também é rico em vitaminas e minerais importantes. Seu consumo moderado pode diminuir o risco de doenças cardíacas e osteoporose, por exemplo.

Como incluir probióticos no dia a dia?

Não existe uma recomendação específica em relação à quantidade diária ideal de probióticos que se deve consumir. A orientação é manter um equilíbrio e criar refeições saudáveis e diversificadas. Lembre-se de que os benefícios à saúde podem variar para cada indivíduo, portanto, estar atento ao seu corpo é fundamental ao incorporar esses alimentos às refeições.

Além disso, é possível aumentar a ingestão de probióticos por meio de suplementos. Contudo, é recomendável consultar um médico ou nutricionista antes de iniciar qualquer suplementação. O profissional poderá orientar sobre a dose e o tipo de probióticos mais adequados para suas necessidades individuais, garantindo que você alcance os melhores resultados.

Como incluir alimentos probióticos na dieta?

Os probióticos são micro-organismos vivos, como bactérias e leveduras, considerados aliados da saúde. Eles podem ser obtidos a partir de suplementos, mas também são encontrados naturalmente em diversos alimentos e bebidas. Muitas pessoas estão familiarizadas com o iogurte como fonte de probióticos, mas existem outras opções menos conhecidas e igualmente saudáveis que podem ser adicionadas na dieta, como kefir, chucrute, missô, tempeh, kimchi, kombucha e alguns tipos de queijo. Continue a leitura para saber:

Quais benefícios os probióticos podem proporcionar para a saúde?
Quais alimentos são boas fontes de probióticos?
Como incluir probióticos no dia a dia?

Quais benefícios os probióticos podem proporcionar para a saúde?

Os probióticos atuam na promoção de um intestino saudável e equilibrado, algo fundamental para o bem-estar geral do corpo. A ciência vem ampliando constantemente a compreensão do potencial dessas boas bactérias, e há evidências de sua utilidade para uma variedade de aspectos da saúde, tais como:

  • Melhora da digestão e absorção de nutrientes;
  • Melhora de distúrbios gastrointestinais, incluindo diarreia induzida por antibióticos e síndrome do intestino irritável (SII);
  • Prevenção de alergias;
  • Fortalecimento do sistema imunológico, contribuindo para a defesa do corpo contra infecções;
  • Redução da inflamação no organismo, associada a muitas condições inflamatórias crônicas;
  • Apoio à integridade da barreira intestinal;
  • Prevenção de episódios de vômito após comer em algumas condições digestivas;
  • Possível papel no cuidado com a doença de Hirschsprung, ao auxiliar no equilíbrio da microbiota intestinal.

Quais alimentos são boas fontes de probióticos?

Os probióticos estão presentes em uma variedade de comidas e bebidas fermentadas. A fermentação é uma técnica frequentemente utilizada para preservar e aprimorar alimentos, inclusive aumentando seu valor nutricional. Mas nem todos os alimentos fermentados são, necessariamente, fontes de probióticos. Alguns deles passam por etapas que removem esses micro-organismos, como é o caso da cerveja ou do vinho, ou os tornam inativos, como acontece na panificação e na preservação em latas. Veja oito opções para enriquecer a sua dieta com alimentos que contêm bactérias boas para o sistema digestivo:

Iogurte

Uma das fontes mais conhecidas de probióticos, o iogurte é produzido por meio da fermentação do leite por bactérias benéficas específicas. Ele pode, por exemplo, ser consumido no café da manhã ou incorporado em molhos de salada, entre outras possibilidades culinárias. Mas é importante optar por preparações que não exijam cozimento, a fim de preservar os probióticos. Além disso, sempre verifique o rótulo para garantir que a bebida tem culturas vivas e ativas, bem como baixo teor de açúcar e gordura.

Benefícios do iogurte: além de ser positivo para a saúde intestinal, o iogurte é uma excelente fonte de proteína, cálcio, vitaminas e minerais, oferecendo uma série de ganhos. Entre eles, é possível citar melhora da saúde óssea, cardíaca e gastrointestinal.

Chucrute

É uma preparação culinária feita a partir do repolho, que é primeiramente picado e, em seguida, submetido à fermentação. De sabor azedo e salgado e textura crocante, a iguaria costuma ser utilizada como acompanhamento em pratos de carne ou adicionada a sanduíches e saladas. É importante escolher variedades não pasteurizadas, pois a pasteurização, comum na maioria das marcas de supermercado, elimina as bactérias vivas.

Benefícios do chucrute: além de suas qualidades probióticas, o chucrute é rico em fibras, vitaminas (como vitamina C e vitamina K), minerais (como ferro e potássio) e antioxidantes, como a luteína e a zeaxantina.

Kefir

É uma bebida fermentada que contém diversas cepas de bactérias e leveduras úteis. Ele é obtido a partir da fermentação do leite com grãos de kefir. Possui sabor azedo e picante, bem como uma textura espessa e cremosa, semelhante à do iogurte. Além disso, também pode ser uma escolha adequada para pessoas com intolerância à lactose.

Benefícios do kefir: além de ser rico em probióticos, o kefir é fonte de proteínas, cálcio e vitaminas B. Estudos têm associado seu consumo regular a uma série de efeitos positivos para a saúde, incluindo melhora da saúde óssea e de problemas digestivos, bem como proteção contra infecções.

Kombuchá

É uma bebida gasosa, ácida e adocicada feita a partir da fermentação do chá por uma cultura de bactérias e leveduras.

Benefícios do kombuchá: embora o kombuchá tenha sido associado a uma série de benefícios para a saúde, a evidência científica que respalda muitas dessas alegações ainda é limitada. Algumas pesquisas sugerem que, devido às suas propriedades probióticas, o kombuchá pode fortalecer o sistema imunológico e auxiliar na prevenção de problemas digestivos. Entretanto, é aconselhável buscar orientação junto a um profissional de saúde antes de incluí-lo na dieta, pois pode haver contraindicações e efeitos colaterais.

Kimchi

É uma iguaria tradicional da culinária coreana, que envolve a fermentação do repolho (ou outro vegetal) com uma variedade de especiarias. Com sua característica picante, a receita pode ser apreciada como acompanhamento ou incorporada em diversos pratos.

Benefícios do kimchi: além de agradar o paladar, o kimchi é um aliado para a saúde, graças à presença de bactérias probióticas e nutrientes e minerais essenciais, como vitamina K, riboflavina (vitamina B2) e ferro.

Tempeh

Originário da Indonésia, o tempeh é uma preparação feita a partir da fermentação da soja. É frequentemente usado como uma alternativa à carne em pratos veganos.

Benefícios do tempeh: além de conter probióticos, o tempeh é uma excelente fonte de proteínas, vitaminas do complexo B, fibras, minerais e antioxidantes.

Missô

É uma pasta de soja fermentada muito popular na culinária japonesa. O missô é tipicamente utilizado na elaboração de uma sopa, que também inclui ingredientes como algas, tofu, cebolinha e diversos vegetais. Durante o preparo, porém, deve-se evitar temperaturas muito altas, pois isso pode comprometer os probióticos presentes na pasta.

Benefícios do missô: o missô se destaca não só pela sua abundância em micro-organismos saudáveis, como também por ser uma excelente fonte de proteínas e fibras, além de oferecer uma gama de nutrientes essenciais, incluindo vitamina K, vitaminas do complexo B, manganês e cobre. Outra vantagem é seu baixo teor calórico. Pesquisas sugerem que o consumo de missô pode estar relacionado à redução do risco de doenças, como hipertensão e certos tipos de câncer.

Alguns tipos de queijo

Cheddar, muçarela, gouda e cottage estão entre os tipos de queijo que contêm probióticos. É importante procurar as palavras “culturas vivas” ou “culturas ativas” nos rótulos do produto.

Benefícios do queijo: o queijo é altamente nutritivo e uma excelente fonte de proteína. Também é rico em vitaminas e minerais importantes. Seu consumo moderado pode diminuir o risco de doenças cardíacas e osteoporose, por exemplo.

Como incluir probióticos no dia a dia?

Não existe uma recomendação específica em relação à quantidade diária ideal de probióticos que se deve consumir. A orientação é manter um equilíbrio e criar refeições saudáveis e diversificadas. Lembre-se de que os benefícios à saúde podem variar para cada indivíduo, portanto, estar atento ao seu corpo é fundamental ao incorporar esses alimentos às refeições.

Além disso, é possível aumentar a ingestão de probióticos por meio de suplementos. Contudo, é recomendável consultar um médico ou nutricionista antes de iniciar qualquer suplementação. O profissional poderá orientar sobre a dose e o tipo de probióticos mais adequados para suas necessidades individuais, garantindo que você alcance os melhores resultados.

Como os probióticos podem melhorar a saúde bucal, prevenindo cáries e gengivites?

Cerca de metade da população mundial sofre com problemas bucais, sendo a cárie e a gengivite os mais prevalentes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Essas doenças, que podem ser resultado da falta de cuidados e/ou do acesso à assistência odontológica, podem progredir e resultar na perda dos dentes. Mas é possível preveni-las, inclusive com a ajuda de probióticos, que são micro-organismos benéficos à saúde. Continue a leitura para saber mais sobre saúde bucal:

Como identificar problemas de saúde bucal?

Muitas pessoas só se preocupam com problemas de saúde bucal quando sentem dor. Entretanto, existem outros sinais de alerta a serem considerados, que são indicativos de que é aconselhável procurar um dentista. Entre os principais estão:

  • Sangramento na gengiva

  • Inchaço

  • Feridas na gengiva e mucosa

  • Bolhas

  • Mau hálito

  • Mudança na textura da língua

  • Boca seca

  • Manchas

Alguns sinais podem ser passageiros, causados por erros na escovação ou consumo de alimentos muito quentes. No entanto, sintomas persistentes indicam a necessidade de avaliação odontológica profissional.

Quais as doenças mais comuns que afetam a saúde bucal?

De acordo com o Informe sobre a Situação Mundial de Saúde Bucal de 2022, quase metade da população possui algum problema na região da boca. Veja os mais comuns:

Cárie – deterioração do dente causada por higienização incorreta e excesso de açúcar na alimentação. A proliferação de bactérias e o aumento da acidez bucal levam à desmineralização do esmalte dentário.

Gengivite – inflamação da gengiva causada pelo acúmulo de placa bacteriana entre os dentes e o tecido gengival.

Edentulismo – perda parcial ou total dos dentes, especialmente comum após os 60 anos.

Má oclusão – desalinhamento dos dentes e maxilares que afeta funções como mastigação e respiração.

Câncer de boca – tumor maligno em áreas como gengiva, língua, bochechas e lábios. O Brasil estima 15 mil novos casos entre 2023 e 2025.

Como tratar doenças bucais como a cárie e a gengivite?

O tratamento é feito em consultório, variando conforme a gravidade do quadro:

Cárie – pode exigir remoção com broca, aplicação de resina ou porcelana, tratamento de canal e, em casos extremos, extração dentária.

Gengivite – a remoção da placa bacteriana requer raspagem feita pelo dentista, com anestesia local se necessário.

Quais os efeitos dos probióticos para a saúde bucal?

A cavidade bucal abriga cerca de 700 tipos de micro-organismos. Os probióticos colaboram na manutenção da saúde oral:

Combate a micro-organismos nocivos – os probióticos ajudam a impedir a proliferação de bactérias causadoras de placa, prevenindo doenças periodontais e cáries.

Equilíbrio do pH – ao manter o pH salivar equilibrado, evitam a acidez excessiva que pode corroer o esmalte dos dentes.

Apoio ao sistema imunológico – estimulam as células de defesa responsáveis por combater infecções bucais, acelerando a cicatrização de feridas e reduzindo a inflamação.

Pesquisas também indicam que esse equilíbrio da microbiota, promovido por probióticos, pode beneficiar a barreira intestinal e até auxiliar na prevenção de outras condições inflamatórias, como a síndrome de ruminação.

Como manter a saúde bucal?

  • Realize boa higiene bucal: escove os dentes após as refeições e use fio dental. Enxaguantes bucais só com orientação profissional.

  • Consulte o dentista regularmente: a cada 6 ou 12 meses, mesmo sem sintomas aparentes.

  • Evite maus hábitos: o tabagismo, consumo excessivo de álcool e açúcar comprometem a saúde bucal.

  • Inclua probióticos na alimentação: consuma alimentos fermentados, como iogurte, kombuchá, chucrute ou use suplementos conforme orientação médica.

Probióticos também têm sido estudados por seu potencial impacto em outras condições sistêmicas, como os probióticos para hipertensão, mostrando que seu papel vai além da saúde digestiva.

Qual a relação entre os exercícios físicos e a microbiota intestinal?

Atividade física e saúde intestinal caminham juntas e influenciam diretamente a imunidade, o metabolismo e o bem-estar geral

A saúde da microbiota intestinal, nome dado aos trilhões de micro-organismos que habitam o trato gastrointestinal, está profundamente conectada à prática de exercícios físicos. A atividade física regular promove maior diversidade microbiana, contribuindo para o fortalecimento do sistema imunológico e para a redução da inflamação. Em contrapartida, uma microbiota equilibrada melhora o desempenho físico e acelera a recuperação muscular.

Continue a leitura para saber:

  • O que é a microbiota intestinal e seus benefícios

  • Os efeitos do desequilíbrio da microbiota

  • Como os exercícios afetam a microbiota

  • E como a microbiota, por sua vez, afeta os resultados da prática física

O que é a microbiota intestinal e quais os benefícios dela para o organismo?

A microbiota intestinal é formada por milhões de bactérias, vírus e fungos que vivem em harmonia no intestino humano. Essas comunidades microbianas exercem funções essenciais para o bom funcionamento do organismo, como:

  • Decomposição de alimentos complexos e absorção de nutrientes

  • Proteção contra patógenos

  • Regulação da resposta imunológica

  • Produção de vitaminas, como K e algumas do complexo B

  • Manutenção da barreira intestinal, que impede a passagem de substâncias prejudiciais para o sangue

Esse equilíbrio é essencial para evitar uma série de condições inflamatórias e metabólicas.

O que o desequilíbrio da microbiota intestinal pode causar?

Quando há alteração na composição microbiana, ocorre a chamada disbiose. Esse desequilíbrio está associado a diversas condições:

  • Distúrbios gastrointestinais, como constipação, diarreia e síndrome do intestino irritável

  • Aumento da inflamação crônica de baixo grau

  • Desenvolvimento de doenças autoimunes e alergias

  • Desordens metabólicas, como obesidade e diabetes

  • Comprometimento do sistema imunológico

Há também impacto na saúde emocional, já que a microbiota se comunica com o cérebro por meio do eixo intestino-cérebro, influenciando humor e comportamento.

Como exercícios físicos podem afetar a microbiota intestinal?

Estudos mostram que a prática regular de atividade física pode:

  • Aumentar a diversidade de bactérias benéficas

  • Reduzir inflamações sistêmicas

  • Melhorar o metabolismo e a digestão

  • Fortalecer o sistema imunológico

  • Promover equilíbrio no peso corporal, fator que influencia a saúde intestinal

A interação entre exercício e microbiota é tão relevante que pesquisadores consideram a prática física um modulador positivo da composição microbiana, com efeitos mensuráveis na saúde geral.

Como a microbiota intestinal pode afetar os exercícios físicos e os efeitos deles?

A influência é mútua. Uma microbiota saudável impacta diretamente a performance física e a recuperação. Entre os principais mecanismos estão:

  • Produção de substâncias bioativas, como ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), com efeitos anti-inflamatórios

  • Regulação do metabolismo, favorecendo o uso eficiente de energia

  • Melhor digestão e absorção de nutrientes, essenciais para o desempenho esportivo

  • Síntese de neurotransmissores e hormônios, que influenciam motivação, bem-estar e resposta ao estresse físico

Há indícios de que desequilíbrios gastrointestinais, como a síndrome de ruminação, podem interferir na absorção de nutrientes, prejudicando a energia e a disposição para a atividade física.

O que é possível fazer para manter a microbiota intestinal saudável?

Para manter a saúde da microbiota e, consequentemente, melhorar o desempenho físico e a qualidade de vida, algumas estratégias incluem:

  • Dieta rica em fibras e alimentos naturais

  • Consumo de probióticos, presentes em iogurte, kefir e chucrute, ou na forma de suplemento — uma abordagem indicada especialmente após uso de antibióticos ou em casos de disbiose

  • Prática de exercícios regulares

  • Hidratação adequada

  • Redução do consumo de ultraprocessados e açúcares refinados

  • Evitar tabaco e álcool em excesso

A suplementação de probióticos para hipertensão também tem sido estudada em contextos de saúde cardiovascular e pode beneficiar pessoas que praticam atividades físicas intensas, ajudando a regular processos inflamatórios e metabólicos.

Adotar essas medidas fortalece a microbiota e potencializa os benefícios do exercício, criando um ciclo positivo entre saúde intestinal e performance física.

Cientistas modificam genes de bactérias da microbiota intestinal para tratar hipertensão

Estudo aponta alternativa promissora no controle da pressão arterial por meio da manipulação da flora intestinal

Um estudo publicado na revista Pharmacological Research, em outubro de 2023, trouxe um avanço significativo sobre o controle da hipertensão, condição que afeta cerca de 1,28 bilhão de adultos em todo o mundo. A pesquisa mostra que a introdução de bactérias com genes modificados na microbiota intestinal pode ser a chave para reduzir níveis elevados de pressão arterial.

Durante os testes em laboratório com ratos, os micro-organismos geneticamente alterados foram capazes de produzir uma substância inibidora de um hormônio associado à elevação da pressão. Ainda são necessárias mais investigações, mas os resultados apontam para um caminho promissor no tratamento de uma das doenças crônicas que mais provoca mortes prematuras no mundo.

Neste artigo, você confere:

  • O que é a microbiota intestinal

  • Qual a relação entre hipertensão e microbiota

  • Como bactérias modificadas poderiam auxiliar no tratamento

  • Quais fatores podem causar ou agravar a hipertensão

O que é a microbiota intestinal?

A microbiota intestinal é formada por cerca de 100 trilhões de micro-organismos que vivem no intestino humano. Também chamada de flora intestinal, ela constitui o maior microecossistema do corpo.

Além de bactérias, a microbiota inclui vírus, fungos e parasitas. Sua composição é única em cada pessoa e pode ser influenciada por fatores como alimentação, estresse, uso de medicamentos e estilo de vida.

Essa comunidade microbiana está diretamente relacionada ao funcionamento de diferentes órgãos e sistemas, como o nervoso, imunológico, digestivo e cardiovascular. Alterações em sua composição, chamadas de disbiose, têm sido associadas a distúrbios neurodegenerativos, gastrointestinais, metabólicos e cardiovasculares.

Estudos também relacionam a microbiota à proteção da barreira intestinal, estrutura essencial para evitar a passagem de toxinas e agentes inflamatórios para a corrente sanguínea — fator que pode impactar diretamente na saúde vascular e na pressão arterial.

O que é a hipertensão e qual a sua relação com a microbiota intestinal?

A hipertensão arterial é caracterizada pelo aumento da pressão do sangue contra as paredes das artérias, o que obriga o coração a trabalhar com mais esforço. Esse quadro eleva o risco de infartos, insuficiência cardíaca e acidentes vasculares cerebrais (AVCs).

Na maioria dos casos, a hipertensão não apresenta sintomas evidentes. Por isso, muitas pessoas só descobrem a condição ao realizar exames de rotina.

A relação com a microbiota intestinal vem sendo cada vez mais estudada. Pessoas com hipertensão costumam apresentar menor diversidade de micro-organismos intestinais. Além disso, há evidências de que os metabólitos produzidos pelas bactérias podem interferir no controle da pressão.

Pesquisas recentes indicam que probióticos para hipertensão podem atuar na regulação de substâncias inflamatórias, no fortalecimento da parede intestinal e na modulação do sistema nervoso entérico, beneficiando o controle da pressão arterial.

De que forma bactérias modificadas da microbiota poderiam ajudar a tratar a hipertensão?

De acordo com pesquisadores da Faculdade de Medicina e Vida da Universidade de Toledo (UToledo), a bactéria Lactobacillus paracasei foi modificada para produzir a proteína ACE2, que atua inibindo um hormônio responsável pela constrição dos vasos sanguíneos.

A produção da ACE2 levou à redução da pressão arterial nos animais testados. Curiosamente, os efeitos positivos foram observados apenas nas fêmeas, mesmo com a produção da proteína em ambos os sexos. A hipótese dos cientistas é que diferenças genéticas entre machos e fêmeas possam influenciar na resposta.

Ainda que os resultados sejam animadores, o uso dessas bactérias geneticamente modificadas ainda está em fase experimental, com testes restritos a ratos. Serão necessárias novas etapas de validação em humanos para compreender melhor os impactos dessa estratégia.

Essa linha de pesquisa abre novas possibilidades para tratamentos não convencionais da hipertensão, especialmente entre pacientes que não respondem bem às abordagens tradicionais.

O que pode causar a hipertensão ou aumentar o risco de desenvolvê-la?

As causas da hipertensão podem ser multifatoriais. Em alguns casos, não é possível identificar a origem (hipertensão primária). Em outros, a condição é associada a doenças ou fatores específicos (hipertensão secundária), como:

  • Distúrbios hormonais

  • Doença renal

  • Apneia do sono

  • Uso prolongado de medicamentos, como anti-inflamatórios e descongestionantes

Outros fatores que aumentam o risco incluem idade avançada, histórico familiar, obesidade, sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de sal ou álcool.

A saúde intestinal, por sua vez, pode ser um novo ponto de atenção. Pesquisadores já observam que quadros como a síndrome de ruminação ou desequilíbrios gastrointestinais têm o potencial de alterar a microbiota e influenciar processos sistêmicos — incluindo aqueles que regulam a pressão arterial.

A manutenção de uma microbiota equilibrada, com dieta rica em fibras, prática de atividade física e possível uso de probióticos, tem se mostrado uma medida preventiva relevante para o cuidado com a saúde cardiovascular.