Infográfico: Conheça a Osteoartrite

Locais de manifestação da Osteoartrite

Infográfico: Conheça a Osteoartrite

Mãos: Ocorre nas juntas dos dedos, principalmente nas articulações entre a última falange e a falange do meio, mas também pode atingir entre a falange do meio e a primeira. São formados nódulos, que podem ser doloridos e causar inchaço e deformidade, incluindo desvio dos dedos.

Pés: Acontece quase sempre nos dedões e a doença pode estar associada ao joanete, termo popular para hálux valgo.

Coluna: O mais comum é o popularmente chamado de bico-de-papagaio. Costuma afetar em geral as regiões cervical (pescoço) e lombar.

Joelhos: Costuma causar dor intensa, estalos (crepitação), inchaço e deformidades. Ela pode levar até à dificuldade de movimentos e de locomoção.

Quadril: Também pode causar dores e, às vezes, requer cirurgia para substituir a articulação do quadril por uma prótese.

Ombro: Além de poder causar dor e estalos, pode levar à redução da força muscular do braço.

Sintomas: Variam muito de um para outro paciente. Inclusive, muitas pessoas com Osteoartrite são assintomáticas, ou seja, não apresentam qualquer sintoma.

– Dores, principalmente durante um movimento da articulação afetada

– Inchaço na região acometida

– Estalos nas juntas (sensação de crepitação)

– Deformidades (com a formação/crescimento de osso ou desvio do osso de seu eixo)

– Dificuldade de movimento

Principais fatores de risco

– Obesidade

– Idade

– Sedentarismo

– Esforço físico (carregar peso, subir e descer escadas, atletas que sobrecarregam determinadas juntas durante a prática esportiva)

Perfil do paciente:

Pessoas acima dos 50 anos, principalmente mulheres, forma a maior parte de quem tem Osteoartrite, mas homens também podem apresentar a doença. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), quase todas as pessoas com mais de 60 anos de idade apresentam algum problema nas juntas que pode ser causado pela Osteoartrite.

Tratamentos: Como a Osteoartrite não tem cura, o tratamento visa o alívio dos sintomas e a melhora na qualidade de vida. A doença não leva à morte, mas pode causar invalidez.

Não medicamentosos:

– Praticar atividades físicas, principalmente na água (hidroginástica, natação, hidroterapia). Outras opções indicadas: caminhada, alongamento, pilates, musculação, bicicleta, dança, sempre com orientação profissional.

– Usar palmilhas e/ou joelheiras.

– Massagens, acupuntura, “palmilhas magnéticas” e quiropraxia ainda não contam com dados de evidência científica, mas alguns pacientes relatam melhoras. Procure orientações do seu reumatologista.

– Aplicar gelo ou compressa morna também não tem ainda aval científico, mas não são proibitivos.

– Usar bengala ou similar é indicado para pacientes com dificuldades de locomoção, como também os ajuda a manter o equilíbrio, reduzindo o risco de quedas.

Medicamentosos, somente com orientação médica:

– Analgésicos para aliviar as dores.

– Anti-inflamatórios, por via oral ou para aplicação local, para reduzir inflamações.

– Infiltrações de corticoides na região intra-articular, no caso de fortes inflamações.

– Infiltrações de substância similar ao ácido hialurônico (técnica chamada de viscossuplementação), no caso de dores.

– Condroprotetores (suplementos alimentares) por via oral, que podem retardar a progressão da doença.

– Cirurgia para a colocação de próteses pode ser indicada após a decisão conjunta entre o reumatologista e o ortopedista. O procedimento deve ser considerado no caso de juntas muito danificadas ou de dores e incapacidades que não foram aliviadas com os tratamentos menos invasivos.

Especialistas indicados: Reumatologista, muitas vezes num trabalho conjunto com o Ortopedista.

Reumatologista é o profissional indicado para o tratamento de problemas inflamatórios das articulações e dos tecidos ao seu redor, como ossos, músculos, tendões e ligamentos)

Ortopedista é o profissional que trata os problemas mecânicos que estejam relacionados aos ossos, como fraturas, lesões, luxações.

Diagnóstico:

Exame clínico feito pelo médico reumatologista.

Exames de imagem, como raio-X, que pode incluir adicionalmente a tomografia e/ou a ressonância magnética

Fontes (além da cartilha em pdf da SBD):

https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/sua-saude/Paginas/reumatologista-ortopedista-como-especialista-pode-ajudar.aspx

https://www.einstein.br/guia-doencas-sintomas/joanetes

https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-%C3%B3sseos,-articulares-e-musculares/dist%C3%BArbios-articulares/osteoartrite-oa

https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/ortopedia/artrose-no-ombro/

https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/osteoartrite-artrose/

Como prevenir a Osteoartrite?

A Osteoartrite não é, como alguns ainda pensam, uma doença vinculada somente à velhice. Ela pode se manifestar em qualquer idade, até porque pode ocorrer em pessoas com joelhos desalinhados (para dentro ou para fora) ou quando acontece alguma lesão nos tecidos das articulações, comum entre alguns trabalhadores e atletas.

Entretanto, é um fato que com o envelhecimento aumentam os riscos de se desenvolver a doença, que acomete atualmente cerca de 85% das pessoas com mais de 75 anos. Com o aumento da expectativa de vida do brasileiro – segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve um aumento de 18% no número de idosos em cinco anos –, passa a ser ainda mais importante se adotar algumas ações preventivas à Osteoartrite.

Sabe quais são elas? Geralmente, a prevenção envolve a mudança de hábitos e de estilo de vida. Não é diferente quando a intenção é reduzir os riscos de vir a sofrer com a Osteoartrite. Confira o que você pode fazer:

Cuidados para evitar lesões

Devemos evitar carregar muito peso, inclusive quando subimos e descemos escadas, assim como erguer do chão algo pesado, os quais podem lesionar as articulações, especialmente as dos joelhos e da coluna. Atletas, que durante a atividade esportiva sobrecarregam determinadas juntas, precisam ser acompanhados por especialistas da área da saúde.

•  Exercícios

Estão comprovados os benefícios da prática de atividade física – mas sem grande impacto sobre as articulações – com determinada frequência, seja para o funcionamento do coração e da circulação sanguínea, seja para trazer sensação de bem-estar e combater depressão e ansiedade. 

Se praticados conforme a recomendação de um especialista de acordo com as limitações de cada pessoa, os exercícios fortalecem os músculos e deixam as articulações mais saudáveis.

É bom frisar ainda quanto aos grandes benefícios para as articulações e os músculos de se fazer exercícios de alongamento, após a prática de qualquer atividade esportiva. Além disso, considere intercalar períodos de repouso muscular durante os exercícios, evitando sobrecarregar alguns grupos musculares e articulares.

O sedentarismo, por outro lado, torna as articulações mais rígidas e, ainda, com maior propensão a causar dores. Não bastasse isso, há estudos que comprovam que o sedentarismo pode acelerar a instalação e progressão da Osteoartrite.

•  Dieta balanceada

Uma alimentação mais saudável, aliada à prática de atividades físicas, combate a obesidade. Apesar de não causar a Osteoartrite, a obesidade é um fator de maior risco para a manifestação da doença – e, quando um obeso a tem, costuma apresentar um grau mais severo de sintomas.

A dieta deve incluir proteínas (peixes, frutos do mar, carnes magras, queijo branco e leite com baixo teor de gordura), legumes, verduras, grãos, frutas frescas (especialmente as cítricas e as de cor vermelha), além de nozes e castanhas. Alguns temperos também são aliados à saúde das articulações, como alho e cebola, assim como as sementes de chia e de linhaça.

Deve-se reduzir o consumo de massas, doces e gorduras, além de usar o sal com moderação.

•  Suplemento alimentar

Alguns suplementos alimentares contribuem com a saúde das cartilagens ósseas e combatem o desgaste das articulações, como os ricos em cálcio, vitamina C e manganês.

O cálcio ajuda na formação e na manutenção de ossos e dentes, e também é um aliado no funcionamento muscular, neuromuscular, no metabolismo energético e no processo de divisão celular.

A vitamina C e o manganês têm ação antioxidante, protegendo contra os danos causados pelos radicais livres.

A vitamina C também atua na formação de colágeno, que são moléculas que compõem a cartilagem das articulações e auxiliam na preservação do tecido articular.

Controle outras doenças

Se você tem alguma outra doença, precisa seguir o tratamento ministrado pelo seu médico. Algumas delas podem se apresentar como fatores de risco aumentado para a manifestação da Osteoartrite, como o Diabetes e algumas doenças autoimunes. Por isso, mantê-las sob controle é importante

A Osteoartrite é caracterizada pelo desgaste da cartilagem nas articulações e por alterações ósseas próximas às juntas. E as áreas mais afetadas são: coluna (região lombar e pescoço), joelhos, quadril, dedos das mãos e dos pés.

O principal sintoma é dor, mas o paciente também pode apresentar rigidez da articulação, inchaço e vermelhidão no local, e até sentir fraqueza e dormência.

Se tem algum desses sintomas, procure um médico especialista. Ele pode diagnosticar e indicar o melhor tratamento, que pode incluir fisioterapia, hidroterapia, medicamentos, suplementos, exercícios específicos… Assim, é possível reduzir a velocidade de progressão da doença.

Se você não tem Osteoartrite, ótimo! E que tal começar já a adotar novos hábitos, de forma consciente, para evitar estar entre os 85% dos idosos que sofrem com a doença?