Regurgitação e vômito após comer pode ser sinal da síndrome de ruminação

Regurgitar é um comportamento comum dos bebês, entretanto, quando ocorre em outras fases da vida, pode ser sinal de síndrome de ruminação. No transtorno, além de mastigar ou cuspir o alimento que retorna do estômago para boca, vômitar também é comum. Sem o controle dessas ações, a pessoa entra em sofrimento emocional. Os distúrbios psiquiátricos, inclusive, costumam ser associados ao problema, que melhora com terapia e exercícios de respiração. Há poucos dados estatísticos sobre a síndrome, portanto é difícil saber quantas pessoas apresentam o diagnóstico. Para saber mais, confira:

O que é a síndrome de ruminação?

A síndrome de ruminação ou mericismo é um distúrbio caracterizado pela regurgitação e/ou vômito logo após a refeição. Em geral, até 30 minutos depois o alimento retorna do estômago para a boca, é mastigado novamente e ingerido. Os pedaços de comida também podem ser cuspidos.

Como não chega a entrar em contato com o ácido estomacal quando volta para a boca, o alimento permanece com o mesmo sabor. A ação ocorre após todas ou quase todas as refeições e sem que a pessoa tenha domínio da situação. Tudo acontece de forma espontânea.

A síndrome é mais comum entre crianças, mas pode afetar pessoas de todas as idades. Por isso, especialmente entre adolescentes, chega a ser confundida com bulimia. Mesmo não sendo considerado doença, o distúrbio é capaz de desencadear uma série de desconfortos e problemas de saúde.

Quais as possíveis causas e fatores de risco da síndrome de ruminação?

Ainda existem incertezas com relação às causas da síndrome de ruminação. Entre as possibilidades está uma sequência de eventos:

  • Falha do mecanismo de junção do esôfago com o estômago, o esfíncter esofágico, seguida do aumento na pressão abdominal causada pela expansão natural dos alimentos dentro do estômago.
  • Problemas emocionais, infecções ou doenças gastrointestinais envolvendo vômitos, também podem ser gatilho para o distúrbio. O corpo fica condicionado a “rejeitar” o alimento ou parte dele logo após as refeições.

Os bebês, pessoas com deficiências no desenvolvimento, depressão, ansiedade e outros transtornos psiquiátricos costumam ser mais suscetíveis à síndrome.

Quais são os outros sinais e sintomas da síndrome de ruminação?

Além da ruminação e do vômito existem outros sintomas e sinais de alerta para o transtorno alimentar como:

  • Indigestão e dores de estômago;
  • Náusea;
  • Mau hálito e cáries;
  • Perda de peso;
  • Lábios rachados.

Apesar de comuns, os sinais e sintomas listados podem variar entre os pacientes com a síndrome. Em alguns casos, o vômito ou a ruminação acontecem imediatamente após a ingestão de uma pequena porção de alimentos no decorrer da refeição. Outras pessoas conseguem ingerir uma quantidade maior até o início dos primeiros sintomas.

Como é feito o diagnóstico da síndrome de ruminação?

O diagnóstico da síndrome de ruminação envolve o histórico do paciente e o relato dos sintomas, que devem estar dentro dos seguintes parâmetros:

  • Regurgitação repetida ou vômito há mais de dois meses;
  • Comportamento inicia após as refeições;
  • Sintomas não ocorrem durante o sono;
  • Não há ânsia de vômito;
  • Os sintomas não passam com tratamento indicado para o refluxo gastroesofágico;
  • Não há indícios de inflamação, problemas anatômicos, metabólicos ou neoplásicos que expliquem os sintomas.

Como é o tratamento da síndrome de ruminação?

O tratamento para a síndrome de ruminação envolve, principalmente, a terapia comportamental, com exercícios de respiração. Medicamentos podem ser prescritos em alguns casos. A terapia comportamental ajuda a pessoa a identificar o momento da ruminação e ensina a prática da respiração diafragmática para diminuir a frequência dos episódios.

Qual o impacto da síndrome de ruminação na qualidade de vida?

A pessoa com a síndrome de ruminação pode ser impactada física e emocionalmente pelo distúrbio. São comuns problemas como:

  • Sensibilidade gastrointestinal;
  • Desidratação;
  • Falha no processo de crescimento;
  • Desnutrição leve;
  • Problemas emocionais como estresse;
  • Vergonha de comer em público;
  • Isolamento social.

 

5 motivos para não deixar de fazer um Check-up

O check-up é um conjunto de exames realizados que permite avaliar o estado de saúde geral de uma pessoa e ainda identificar doenças que se desenvolvem silenciosamente ou a tendência para desenvolvê-las. Com isso, é possível iniciar tratamentos de forma precoce, melhorando a qualidade de vida e contribuindo para a longevidade do paciente. O check-up pode incluir exames laboratoriais, como os de sangue e de urina, e alguns exames funcionais e de imagem. Continue a leitura para entender mais sobre esse acompanhamento de saúde e as razões pelas quais você não deve deixar de fazê-lo periodicamente.

O que é check-up médico?

O check-up médico ou clínico é o termo usado para designar um conjunto de exames que devem ser realizados de forma periódica para acompanhar o estado geral de saúde de uma pessoa e detectar possíveis doenças de forma precoce, aumentando as chances de cura ou da necessidade de tratamentos menos agressivos.

O check-up médico inclui:

  • Avaliações clínicas;
  • Exames laboratoriais;
  • Exames de imagem.

Os exames são requisitados pelo médico com base na idade, no sexo e no histórico pessoal e familiar do paciente.

Por que realizar um check-up médico?

Porque, além de monitorar a evolução do estado de saúde do paciente ao longo dos anos, o check-up também serve como método de prevenção de doenças crônicas e potencialmente graves, como câncer, diabetes e problemas cardiovasculares.

Isso ocorre por meio da análise dos resultados dos exames, que podem indicar precocemente sinais de alguns tipos de tumores, taxas de glicose ou colesterol alteradas no sangue e pressão alta, por exemplo. Ao detectar esses problemas ainda no início, é possível tratá-los de forma mais eficaz e impedir que uma doença se desenvolva ou se agrave, melhorando a qualidade de vida do indivíduo. 

Quais são os exames mais comuns do check-up?

Os exames de rotina são requisitados pelo médico com base na idade, no gênero e no histórico pessoal e familiar do paciente. Isso quer dizer que, ao longo dos anos, por exemplo, eles podem variar.

No geral, os exames compõem o check-up são:

  • Exames laboratoriais – hemograma, dosagem de colesterol e frações, triglicerídeos, glicemia, hormônios da tireoide e enzimas do fígado, teste para infecções sexualmente transmissíveis (sífilis, HIV e hepatites B e C), exames de urina e fezes.
  • Exames clínicos – aferição de pressão arterial, verificação de peso e cálculo de índice de massa corpórea (IMC);
  • Exames do coração – teste ergométrico, ecocardiograma, eletrocardiograma;
  • Exames de imagem – mamografia para as mulheres a partir dos 50 anos ou de acordo com recomendação médica, ultrassonografia de abdômen, doppler de artérias;
  • Papanicolau – para mulheres a partir dos 25 anos ou de acordo com recomendação médica;
  • Exame de próstata – para homens a partir dos 50 anos ou de acordo com recomendação médica.


Razões pelas quais você não deve deixar de fazer um check-up

  1. Detecção precoce de doenças

Ao realizar o check-up médico de forma periódica, é possível detectar problemas graves de saúde de forma precoce. Com isso, é possível não apenas oferecer tratamentos menos agressivos e eficazes como ainda evitar que a doença se agrave, melhorando o prognóstico e a qualidade de vida do paciente.

  • Mudar hábitos antes que seja tarde demais

O check-up pode detectar também tendências de que algo pode se tornar um problema dentro de alguns anos. Uma pessoa com alteração leve de pressão arterial, por exemplo, pode ter mais risco de desenvolver hipertensão arterial. Com base nessa informação, é possível mudar hábitos de vida para evitar que isso ocorra.

  • Check-ups também podem motivar o cuidado com a saúde mental

Altos níveis de estresse podem resultar em doenças e transtornos que se manifestam de forma física e psicológica. Os exames de rotina podem ajudar o médico a detectar esse tipo de problema e discutir alternativas para gerenciar estresse e ansiedade, como indicação para terapia, por exemplo, melhorando a qualidade de vida do paciente.

  • Check-ups aumentam a consciência sobre a própria saúde

A maioria das pessoas busca ajuda médica apenas quando existe algum problema de saúde, o que aumenta o risco para agravamento de doenças que poderiam ser tratadas de forma simples. Ao checar a saúde de forma rotineira, é possível conhecer mais sobre o próprio corpo, suas particularidades e como ele reage a determinados estilos de vida, tornando possível tomar decisões de forma consciente para viver mais e com mais saúde. 

  • Realizar check-ups reduz gastos financeiros com a saúde

Como dissemos, os exames de rotina tem como principal função a prevenção de doenças, detectando qualquer problema ou tendência a doenças de forma precoce. Com isso, é possível reduzir a gravidade de doenças ou até impedir que elas se desenvolvam. O impacto nas finanças é positivo, pois diminui custos com medicamentos, outros exames e consultas que não sejam oferecidos pelo SUS ou cobertos pelo plano de saúde, por exemplo. Outro ponto importante é que ficar doente impede que a pessoa frequente a escola ou o trabalho, o que também tem um custo (principalmente emocional) envolvido.

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Referências

O que é a dor?

A dor pode ser descrita como uma sensação desagradável de intensidade leve, moderada ou intensa. A experiência é individual, podendo ser desencadeada por questões físicas ou emocionais.

Entre adultos brasileiros, a prevalência de dor crônica – aquela de longo prazo – chega a 40%, segundo o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Dor Crônica, do Ministério da Saúde. Diante desse índice, é importante conhecer as causas e formas de gerenciar esse incômodo, que tem grande impacto no dia a dia das pessoas afetadas.

Qual a definição de dor?

Entre as definições de dor mais aceitas globalmente está a da Associação Internacional para Estudos da Dor (IASP). Segundo a organização, trata-se de “uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada ou semelhante àquela associada a uma lesão tecidual real ou potencial”.

Para chegar a esse conceito, a IASP contou com a contribuição de 14 profissionais da área médica. O grupo elaborou um documento no qual apresenta também análises, recomendações e notas explicativas sobre a dor.

É importante notar que não há como medir a intensidade da dor, sobretudo porque é uma sensação individual. No entanto, os profissionais da área médica costumam usar escalas analógicas numéricas para que os pacientes avaliem a intensidade do incômodo de zero a 10 ou de zero a 100.

O que causa a dor?

A dor é uma forma de proteção do corpo diante de um perigo iminente. Geralmente, ela ocorre quando os nervos que detectam lesões no tecido (reais ou potenciais) transmitem a informação pela coluna espinhal até chegar ao cérebro. Dessa forma, a manifestação funciona como um limite de segurança, a fim de evitar danos maiores ao corpo.

Em geral, a dor se manifesta quando surge algum problema de saúde, ou seja, é considerada um sintoma. Pode atingir qualquer parte do corpo e, a depender da intensidade, exigir tratamento médico imediato.  

É importante destacar que, por ser uma sensação subjetiva, a manifestação da dor nem sempre está atrelada a essa conexão neural. Problemas psicológicos e fatores sociais podem desencadear a experiência por meio de mecanismos ainda mais complexo no cérebro.

Quais são os tipos de dor?

A dor é uma experiência individual, mas pode ser classificada de acordo com a sua intensidade e durabilidade. Há o tipo crônico, agudo e disruptivo. Confira mais sobre cada um:

Dor crônica ou persistente – esse tipo de dor ocorre por um longo período – em geral, mais de três meses. Com relação à intensidade, varia entre leve e moderada. Por ser persistente, o incômodo surge mesmo quando não há danos ao tecido. É uma condição que exige tratamento, pois interfere na vida de modo global.

Dor aguda – é intensa e permanece por menos tempo (horas ou dias). É um sintoma de que o corpo está sendo ferido e, geralmente, some com a cicatrização do ferimento.

Dor disruptivanesse caso, mesmo com tratamento, a dor permanece.  É denominada disruptiva porque interrompe o alívio proporcionado por medicamentos. Costuma aparecer de forma rápida e pode prevalecer por até uma hora. Geralmente, ela tem a mesma causa da dor crônica e difere dela apenas na intensidade.

Entre dor aguda, dor disruptiva e dor crônica, esta última é a que mais causa impactos negativos e sofrimento aos pacientes, embora seja possível controlá-la. A dor crônica pode causar:

  • Imobilidade;
  • Alterações do sono;
  • Problemas nutricionais;
  • Dependência de medicamentos;
  • Incapacidade para o trabalho;
  • Medo;
  • Depressão;
  • Frustração.

Quais condições de saúde podem causar dor crônica?

A dor crônica pode se manifestar em diversas regiões do corpo devido a complicações de saúde graves ou menos severas. De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Dor Crônica do Ministério da Saúde, a lombalgia, que atinge a parte inferior da coluna, é a dor crônica mais comum entre os brasileiros, seguida de dores no joelho, ombro, cabeça, pernas. A dor crônica pode ser causada por diversas doenças, tais como:

  • Artrite;
  • Enxaqueca;
  • Fibromialgia;
  • Câncer;
  • AIDS;
  • Doenças cardíacas;
  • Tuberculose;
  • Doença cerebrovascular;
  • Doenças hepáticas. ;

No caso do câncer, a dor surge em todas as fases da doença e pode ser o primeiro indício para o diagnóstico. Se apresenta de modo complexo, sendo menos ou mais frequente de acordo com a região atingida pelas células cancerígenas. Vale mencionar que cerca de um terço desses pacientes, ainda que curados, podem continuar sentindo dor.

Como a dor é tratada?

A dor pode ser tratada de diferentes maneiras, de acordo com sua classificação e relação com doenças. Como ela pode ser indício de uma doença, a recomendação é procurar um médico, evitando a automedicação, que pode apresentar riscos e mascarar o problema de saúde. O tratamento pode envolver:

  • Uso de medicamentos – a exemplo dos analgésicos.
  • Abordagens não farmacológicas – envolve, por exemplo, a prática de exercícios físicos e terapia cognitivo-comportamental;
  • Educação do paciente explicar as causas, o tratamento recomendado, além de abordar comportamentos que podem favorecer ou não a dor;
  • Abordagens invasivas – quando há necessidade de intervenções cirúrgicas e administração de medicamentos que não seja por via oral;
  • Programas de gerenciamento de dor: junção de terapias e uso de fármacos para pessoas com dor crônica.

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Qual a relação entre dor crônica e dor neuropática?

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Qual a relação entre dor crônica e dor neuropática?

A dor neuropática é um dos principais tipos de dor crônica – aquelas que persistem por meses ou anos. Causada por uma lesão ou disfunção do sistema nervoso, ela atinge cerca de 3 a 17% da população mundial. Se não diagnosticada a tempo, a pessoa pode ter sua qualidade de vida reduzida e perder a capacidade até de realizar tarefas cotidianas. A dor é um sinal de alerta muito importante de que algo no organismo não está funcionando como deveria. Continue a leitura para saber mais sobre o assunto.

O que é dor neuropática?

A dor neuropática é uma dor intensa nos nervos do corpo, resultado de uma disfunção do sistema nervoso, no qual as fibras nervosas danificadas enviam sinais errados para os centros de dor. Pode ser acompanhada por outros sintomas e mais de um nervo pode estar envolvido, o que leva a uma dor generalizada, afetando o tronco, as pernas e os braços. A dor pode ser intermitente ou contínua e a sua intensidade pode ser de leve a muito intensa, dependendo da causa e dos nervos que estão envolvidos.

Um exemplo de dor neuropática é a chamada síndrome do membro fantasma. Essa condição rara ocorre quando um braço ou uma perna foi removido por causa de uma doença ou lesão, mas o cérebro ainda recebe mensagens de dor dos nervos que originalmente carregavam impulsos do membro ausente. Esses nervos então falham e causam dor.

O que causa a dor neuropática?

A dor neuropática acontece quando uma espécie de “curto-circuito” altera os sinais nervosos, que são então interpretados no cérebro anormalmente, podendo causar sensações bem dolorosas. Cerca de 30% de todas as dores nos nervos (dor neuropática) são causadas por diabetes, mas outras doenças como alcoolismo e herpes zoster podem ser a causa.

Causas comuns de dor neuropática incluem:

  • Pressão do nervo ou lesão do nervo após cirurgia ou trauma;
  • Infecções virais;
  • Câncer, malformações vasculares;
  • Condições neurológicas, como esclerose múltipla;
  • Condições metabólicas, como diabetes;
  • Efeito colateral de certos medicamentos;
  • Amputação;
  • Quimioterapia;
  • Problemas no nervo facial;
  • Infecção por HIV ou AIDS;
  • Mieloma múltiplo;
  • Compressão do nervo ou da medula espinhal por hérnia de disco ou por artrite na coluna;
  • Herpes-zóster (cobreiro);
  • Sífilis;
  • Problemas de tireoide.

Quais são os sintomas de dor neuropática?

Os sintomas de dor neuropática podem incluir:

  • Dor intermitente ou contínua, de intensidade leve a muito intensa. Algumas pessoas podem até achar difícil usar roupas grossas, pois mesmo uma leve pressão pode agravar a dor;
  • Dor espontânea (dor que vem sem estimulação): queimação, pontada ou dor tipo choque elétrico; formigamento, dormência ou sensação de alfinetes e agulhas;
  • Dor evocada, provocada por estímulos normalmente não dolorosos, como frio, escovação suave contra a pele, pressão etc.;
  • Dificuldade em detectar corretamente as temperaturas;
  • Problemas para dormir;
  • Problemas emocionais devido a distúrbios do sono e dor.

Qual a relação entre dor crônica e dor neuropática?

A dor neuropática é um dos principais tipos de dor crônica. A dor crônica é aquela que persiste por processos patológicos crônicos, de forma contínua ou recorrente. Ela implica alto impacto social, sendo frequentemente associada com outras doenças crônicas.

Em suma, se o desconforto persiste por mais de três meses e provoca incômodo constante e perda funcional, pode ser classificado como dor crônica.

  • No Brasil, a dor crônica afeta entre 28% e 41% da população.

Como a dor neuropática é diagnosticada?

Geralmente, o médico realiza o diagnóstico de dor neuropática a partir dos seguintes passos:

Avaliação dos sintomas e fatores de risco – o médico, inicialmente, realizará uma entrevista, na qual o paciente descreverá a dor, quando ocorre ou se algo específico a desencadeia. O especialista também investigará a presença de fatores de risco para dor neuropática, como a presença de uma doença crônica.

Realização de exames – o médico também realizará um exame físico e pode solicitar exames laboratoriais e testes para avaliar a função do sistema nervoso.

O diagnóstico de dor neuropática normalmente é sugerido quando a dor é desproporcional ao tipo de lesão tecidual e se forem detectadas alterações durante o exame neurológico. Às vezes, nenhuma causa identificável é encontrada.

Como a dor neuropática é tratada?

Atualmente, não existe cura para a dor neuropática. O tratamento tem como objetivo o alívio dos sintomas e, geralmente, envolve uma abordagem com múltiplos profissionais e uma combinação de terapias.

A dor neuropática não responde muito bem aos tratamentos habituais para a dor, sendo necessário o uso de medicamentos específicos prescritos pelo médico. A estimulação elétrica dos nervos envolvidos na dor neuropática pode controlar significativamente os sintomas. Outros tipos de terapias também podem ajudar com a dor neuropática, tais como:

  • Fisioterapia;
  • Terapia de relaxamento;
  • Massoterapia;
  • Acupuntura.

Importante: existem vários tratamentos disponíveis para a dor neuropática e, muitas vezes, é um processo de “tentativa e erro” para encontrar a melhor opção para um indivíduo. Cada pessoa é diferente e o médico levará em consideração as necessidades de cada um. Portanto, nunca se automedique. O profissional de saúde pode sugerir o encaminhamento a uma clínica de dor para avaliação, manejo e aconselhamento sobre como viver com dor crônica.

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O que é neuropatia periférica? Conheça as causas, sintomas e tratamentos

A neuropatia periférica afeta o funcionamento dos nervos periféricos, quetransmitem impulsos nervosos do cérebro e da medula espinhal até diferentes locais do corpo, como mãos e pés. A doença pode causar a perda da sensibilidade, dormência, formigamento e fraqueza muscular. As causas podem estar ligadas a outros problemas de saúde, como diabetes e alcoolismo. Continue a leitura e saiba o que pode estar relacionado à neuropatia periférica, quais os tipos, como ela é diagnosticada e tratada.

Quais são as possíveis causas da neuropatia periférica?

As causas da neuropatia incluem problemas metabólicos como a diabetes, sendo esta a principal origem da doença. A diabetes é a causa mais comum de neuropatia de fibras pequenas, que causa sensação de queimação nas mãos e pés.

Outras causas da neuropatia periférica são:

  • Abuso de álcool a longo prazo – a substância pode ser tóxica para os nervos periféricos;
  • Inflamações nos nervos após lesões ou esforços repetitivos;
  • Medicamentos – comoestatinas, quimioterápicos, antibióticos;
  • Deficiência das vitaminas E, B1, B6, B12 e niacina;
  • Doenças e infecções autoimunes – síndrome de Guillain-Barré, lúpus, artrite, reumatismo, psoríase, vírus da imunodeficiência humana (HIV), herpes, sífilis, entre outras;
  • Doenças infecciosas, como hanseníase e borreliose de Lyme, transmitida pelo carrapato;
  • Doenças hereditárias, como a doença de Charcot-Marie-Tooth, polineuropatia amiloidótica familiar e doença de Fabry;
  • Exposição a substâncias tóxicas, comomercúrio, agrotóxicos, chumbo, entre outros.

Quais são os principais tipos de neuropatia?

Há seis tipos diferentes de neuropatia. São eles:

  • Neuropatia autônoma – os danos ocorrem nos nervos que controlam funções automáticas do corpo, como a digestão e funcionamento da bexiga;
  • Neuropatia periférica – afeta os nervos nas partes externas, ou periféricas, do corpo como mãos, pés, pernas e braços;
  • Neuropatia diabética – é causada pela diabetes. Afeta principalmente os nervos periféricos das mãos e dos pés, mas também pode afetar os nervos que controlam as funções automáticas do corpo;
  • Neuropatia proximal – afeta os músculos dos quadris e ombros;
  • Focal ou mononeuropatia – afeta apenas um nervo;
  • Polineuropatia – afeta vários nervos.

Dentro da categoria de neuropatia periférica, temos:

  • Paralisia do nervo fibular, que é ramo do nervo ciático responsável pelo movimento dos músculos e pela sensibilidade no pé. A neuropatia periférica pode causar a perda ou diminuição da sensibilidade no dorso do pé, na parte anterior da perna, e dificuldade para elevar o tornozelo;
  • Paralisia do nervo radial – causa fraqueza no punho, paralisia na extensão dos dedos e perda da sensibilidade nas mãos;
  • Paralisia do nervo ulnar – atinge toda a extensão do antebraço;
  • Síndrome do túnel do carpo – atinge o nervo mediano no canal do carpo, localizado no punho, causando formigamento, dores, sensação de choque e fraqueza.

Quais são os sinais e sintomas de neuropatia periférica?

Os sintomas da neuropatia periférica dependem de quais nervos estão sendo afetados. Eles podem aparecer de uma hora para outra, o que caracteriza a neuropatia aguda, ou se desenvolverem ao longo do tempo, o que é chamado de neuropatia crônica. A doença pode causar:

  • Sensação de formigamento ou dormência nas mãos, pés, braços e pernas;
  • Perda da sensibilidade nas mãos e nos pés;
  • Fraqueza muscular, dificuldade para andar ou mover braços ou pernas;
  • Contrações musculares, cãibras e/ou espasmos;
  • Perda de controle muscular e da capacidade de segurar objetos sem deixar que eles caiam;
  • Pressão arterial baixa e mudança da frequência cardíaca, levando a tonturas e desmaios;
  • Sudorese sem estar relacionada ao clima quente ou à prática de exercícios físicos;
  • Disfunção sexual;
  • Problemas na bexiga, dificultando o ato de urinar; no processo de digestão, causando inchaço abdominal, náusea e vômito; e no intestino, provocando diarreia e prisão de ventre.

Como é feito o diagnóstico de neuropatia periférica?

O diagnóstico de neuropatia periférica inclui exames físicos, neurológicos, de sangue, imagem, análise do líquor e eletroneuromiografia. Alguns casos também podem incluir biópsia do nervo periférico.

  • Exames físicos e análise do histórico clínico – junto ao exame físico, o médico deve perguntar sobre o histórico do paciente pra identificar possíveis causas para a doença. São levados em consideração o histórico familiar, alcoolismo, dieta, hábitos sociais, práticas de atividades físicas e exposição a substâncias tóxicas;
  • Exame neurológico verifica os reflexos, coordenação motora, equilíbrio, força muscular e capacidade de sentir sensações;
  • Exames de sangue e imagem – usados para identificar possíveis deficiências de vitaminas, doenças autoimunes e compressão nervosa;
  • Exame de líquor por meio de uma punção na lombar, é retirada uma amostra do líquido presente na medula espinhal. O exame éutilizado para detecção de doenças neurológicas e qualquer outra patologia que impacte o sistema nervoso;
  • Eletroneuromiografia usado para identificar problemas no nervo da unidade motora, que vai desde a saída da medula ou cérebro até chegar aos músculos;
  • Biópsia é feita em alguns casos para confirmar o diagnóstico. Uma pequena amostra do nervo é removida para ser examinada no microscópio.

Como é o tratamento da neuropatia periférica?

O tratamento da neuropatia periférica depende do grau e da evolução da doença. Os pacientes diagnosticados costumam ser atendidos por uma equipe multidisciplinar, incluindo neurologistas, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Algumas abordagens podem ser:

  • Uso de medicamentos anticonvulsivantes, imunomoduladores e vitamina b1 para controle dos sintomas;
  • Fisioterapia – combinação de exercícios focados na reabilitação das áreas atingidas;
  • Terapia ocupacional para melhora da autonomia e realização de atividades no dia a dia;
  • Mudança de hábitos para pessoas alcoolistas ou que têm diabetes;
  • Reposição de vitaminas e antioxidantes;
  • Controle de doenças que podem causar a neuropatia periférica, como a diabetes, inflamação dos nervos e hipotireoidismo;
  • Adoção de hábitos saudáveis e alimentação balanceada;

É possível prevenir a neuropatia periférica?

A doença pode ser prevenida ao gerenciar outros fatores que podem levar a um quadro de neuropatia periférica. Para pessoas com diabetes, por exemplo, manter o nível de glicose recomendado é uma das formas de prevenir o surgimento da neuropatia. Manter hábitos saudáveis de alimentação, exercícios físicos e não ter vícios são algumas outras formas de evitar a doença.

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Disbiose e Parkinson: desequilíbrio intestinal pode favorecer o surgimento da doença?

A microbiota intestinal é o conjunto de bactérias e outros micro-organismos que habitam o trato gastrointestinal. Evidências crescentes apontam que o desequilíbrio da microbiota – uma condição clínica chamada disbiose, na qual há maior número de bactérias nocivas do que benéficas – pode influenciar no desenvolvimento e na progressão de doenças neurodegenerativas, como o Parkinson. Dois artigos científicos brasileiros publicados recentemente reforçam essa hipótese e descrevem um possível mecanismo por trás dessa conexão. 

Qual a possível relação entre disbiose e Parkinson?

A disbiose intestinal costuma ser notada com frequência em pessoas com Parkinson esporádico, ou seja, casos em que não há um fator genético envolvido. Embora a relação entre essas duas condições ainda não seja bem esclarecida, estudos anteriores mostraram que algumas células do intestino expressam a proteína a-sinucleína, cuja agregação está sabidamente relacionada com a doença de Parkinson.

Na investigação que originou os dois novos estudos, conduzida pelo Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), de Campinas, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), os pesquisadores analisaram uma bactéria específica chamada Akkermansia muciniphila, que, conforme reportado em trabalhos recentes, se apresenta em maior quantidade em amostras fecais de pacientes com Parkinson.

A equipe de cientistas descobriu que essa bactéria é capaz de agregar a proteína a-sinucleína nas células do intestino. Eles perceberam, também, que quando as células intestinais foram cultivadas juntamente com neurônios, a proteína a-sinucleína poderia ser transferida de um tipo celular para outro.

Em resumo, a investigação sugere que a disbiose intestinal pode levar ao aumento de espécies de bactérias que, eventualmente, contribuem para a agregação da a-sinucleína no intestino. E que essa proteína pode então migrar para o sistema nervoso central, configurando um possível mecanismo de surgimento da doença de Parkinson esporádica.

O que é a doença de Parkinson?

Segunda doença neurodegenerativa mais comum, o Parkinson ocorre pela degeneração progressiva dos neurônios que produzem dopamina – substância química do cérebro que, entre outras funções, ajuda na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática. Por conta disso, o distúrbio causa uma série de sintomas relacionados ao controle motor:

  • Tremores;
  • Rigidez muscular;
  • Lentidão e dificuldade de controlar os movimentos;
  • Alterações e dificuldades na fala e na escrita.

Por mais que os sintomas motores sejam os mais característicos do Parkinson, existem outros que também são frequentes e que podem aparecer muitos anos antes do diagnóstico da doença. Eles incluem quadros recorrentes de constipação intestinal, náusea, redução do olfato e movimentação durante o sono.

Como a disbiose pode prejudicar o organismo?

Quando os micro-organismos que compõem a microbiota estão em equilíbrio, eles têm um efeito benéfico para o corpo, auxiliando na digestão e no funcionamento do sistema imunológico. Por outro lado, quando ocorre a disbiose e há um predomínio de bactérias más, a digestão de alguns alimentos pode ser prejudicada, bem como a produção de vitaminas e a proteção do trato gastrointestinal contra agentes agressores.

A disbiose pode causar sintomas como constipação ou diarreia, gases e distensão abdominal. Quando não é devidamente tratada, pode aumentar o risco de problemas mais sérios, como doenças inflamatórias intestinais, síndrome do intestino irritável, obesidade, câncer, problemas cardiovasculares e doenças autoimunes.

Atenção: caso você tenha sintomas gastrointestinais frequentes, busque a avaliação de um especialista.

O que fazer para evitar a disbiose?

A má alimentação está entre as principais causas da disbiose. Portanto, uma medida importante para prevenir a condição é fazer certos ajustes na dieta. As recomendações incluem:

  • Beber bastante água;
  • Apostar em probióticos, que contribuem para a integridade intestinal.
  • Reduzir o consumo de açúcar, álcool, farinha branca e alimentos ultraprocessados;
  • Evitar o excesso de certos alimentos que costumam causar constipação, gases e desconfortos gastrointestinais, como: Alimentos enlatados, principalmente carnes; Carboidratos em milho, aveia ou pão; Algumas frutas como banana, maçã e uva; Produtos com lactose, como iogurte, leite e queijo;

Outra possível causa da disbiose é o uso indiscriminado de medicamentos, como antibióticos, anti-inflamatórios e laxantes. Por isso, nunca se automedique, sempre procure a orientação de um médico para o tratamento de qualquer problema de saúde.

Como probióticos podem ajudar a manter o equilíbrio da microbiota intestinal?

Os probióticos são bactérias benéficas que auxiliam no equilíbrio da microbiota intestinal. Eles “competem” com as bactérias ruins por um espaço na mucosa gastrointestinal, protegendo a região e garantindo seu equilíbrio. Portanto, os probióticos são grandes aliados para o tratamento da disbiose intestinal.

Atenção: é importante pedir a orientação de um profissional de saúde para o consumo do probióticos, porque o tipo e a dosagem variam de acordo com a idade da pessoa e a finalidade do consumo, entre outros fatores.

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Referências


Síndrome do túnel do carpo: você sabe o que é?

A síndrome do túnel do carpo é bastante comum entre mulheres de 40 a 60 anos. Ela consiste na compressão do nervo mediano, que percorre o antebraço até a palma da mão, provocando formigamento no membro. A síndrome pode acontecer nos dois lados simultaneamente e a incidência do problema na população é de 3% a 10%. O nome da condição vem do fato de o nervo mediano passar do antebraço até a mão por uma espécie de “conduíte” – o chamado túnel do carpo. Continue a leitura para conhecer os principais sintomas, tratamentos e como prevenir a síndrome do túnel do carpo.

Quais são as causas da Síndrome do túnel do carpo?

A síndrome ocorre quando o túnel do carpo vai se tornando espesso e comprimindo o nervo. A principal causa da síndrome do túnel do carpo é a lesão por esforço repetitivo (conhecida como LER) e pode ser causada por atividades como digitação e até dormir de punho fechado. Isso pode gerar um desgaste da estrutura do túnel do carpo, provocando o problema. Outras causas que estão associadas ao aparecimento da síndrome são:

  • Retenção de líquido nos tendões (durante a gravidez);
  • Alterações hormonais da menopausa;
  • Traumas (quedas ou fraturas);
  • Problemas de origem inflamatória (como as doenças reumáticas);
  • Tumores;
  • Uso de determinados medicamentos.

Quais são os sintomas da Síndrome do túnel do carpo?

A principal queixa de quem sofre com a síndrome do túnel do carpo é a sensação de dormência e formigamento noturno, quando a pessoa está dormindo. A queixa de dor é variável e nem sempre está presente. Mas, quando está, costuma irradiar dos dedos até o ombro e acompanha sensação de peso ou cansaço no antebraço. Outros sintomas conhecidos da Síndrome do túnel do carpo são:

  • Inchaço na mão e/ou nos dedos;
  • Sensação de “choque” ao tocar o punho;
  • Dor e/ou formigamento no antebraço;
  • Dor no pulso, especialmente durante a noite;
  • Falta de sensibilidade na ponta dos dedos (exceto o dedo mínimo);
  • Fraqueza muscular e dificuldade em pegar objetos.

Como é feito o diagnóstico da síndrome do túnel do carpo?

A Síndrome do túnel do carpo é diagnosticada a partir de avaliação médica em consultório. O médico pode realizar alguns testes para detectar a sensibilidade do nervo mediano e excluir outras doenças que podem provocar sintomas semelhantes, como hérnia de disco ou até outras neuropatias.

O diagnóstico precoce é fundamental para prevenir lesões permanentes no nervo e uma posterior atrofia muscular ou até perda de sensibilidade permanente na mão.

É possível prevenir a síndrome do túnel do carpo?

Sim, é possível prevenir a síndrome do túnel do carpo. Embora não existam medidas preventivas concretas, os médicos recomendam evitar movimentos repetitivos de flexão de punho, além de ter atenção com alguns fatores durante o trabalho, por exemplo:

  • Postura;
  • movimentos corporais;
  • Adequação dos equipamentos às características físicas, como a altura da cadeira e da mesa em relação à altura da pessoa.

Qual é o tratamento para a Síndrome do túnel do carpo?

O tratamento vai variar de acordo com o grau de acometimento da pessoa. Em casos mais leves, o médico pode recomendar o uso de uma tala para imobilizar o punho junto com o uso de anti-inflamatórios para aliviar o desconforto. Se a medida não surtir efeito, é possível que o médico indique a necessidade de aplicar uma injeção de corticoide diretamente no canal do carpo.

  • Fisioterapia – nos dois casos, é indicado associar sessões de fisioterapia da mão para controle da dor, alongamento muscular, correção postural e fortalecimento muscular.

Quando a pessoa não responde aos tratamentos, a única solução é passar por cirurgia. No procedimento, o médico realiza a descompressão do túnel do carpo, liberando o nervo.

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O que pode causar formigamento ou dormência periférica?

A sensação de formigamento ou dormência nos braços ou pernas requer atenção. Quando os episódios ocorrem sem causa aparente ou de forma repetida, isso pode indicar problemas de saúde mais sérios, que exigem diagnóstico e tratamento médico. Algumas possíveis causas são hérnia de disco, artrite, diabetes, infecções e até mesmo tumores. Continue a leitura para entender melhor quando formigamento e dormência são preocupantes. 

O que é formigamento e o que é dormência?

Dormência – é a perda de sensibilidade ou sentido em qualquer parte do corpo. Ela acontece com mais frequência nos dedos, mãos, pés, braços ou pernas, sendo que essa perda de sensação pode ser completa ou parcial.

Formigamento – também é mais frequente nos dedos, mãos, pés, braços ou pernas, mas provoca uma sensação de queimação, como se a parte afetada estivesse sendo perfurada por pequenas agulhas.

O que pode causar formigamento ou dormência em várias partes do corpo?

O formigamento e a dormência podem ter diversas causas. É possível que essas sensações sejam temporárias e não indiquem nada mais sério, como quando os nervos do braço são pressionados ao dormirmos com o peso do corpo sobre ele, ou ao mantermos as pernas cruzadas por muito tempo, por exemplo. A sensação de dormência e a de formigamento são temporárias nessas situações, elas desaparecem um pouco depois que a pressão é retirada do membro.

Em outros casos, no entanto, a dormência e o formigamento podem acontecer em episódios sem alguma causa aparente e até se manifestarem de forma crônica. Podem vir também junto com outros sintomas, como dor e coceira. É aí que o alerta deve ser ligado, pois é possível que seja um indício de algo mais sério. Veja algumas condições podem causar os sintomas de formigamento e/ou dormência:

  • Hérnia de disco –  ocorre quando o revestimento de um disco vertebral (localizado entre os ossos da coluna) se rompe e seu interior gelatinoso é empurrado para fora, ficando protuberante. Essa protuberância pode comprimir ou irritar os nervos próximos, causando dor, dormência ou fraqueza em um braço ou perna;
  • Medula espinhal comprimida – a medula espinhal pode estar comprimida pelos ossos, sangue (hematomas), pus (abcessos), tumores (cancerígenos ou não) ou um disco com ruptura ou hérnia;
  • Nervo comprimido devido à artrite, esporões ósseos – esporões são protuberâncias ósseas que se desenvolvem ao longo das bordas das vértebras. No entanto, os esporões ósseos também podem ocorrer em quase todos os ossos do corpo. Na verdade, eles costumam se formar nas articulações, onde dois ou mais ossos se unem para criar movimento.

Outras condições médicas que podem causar formigamento ou dormência:

  • Diabetes
  • Infecções, como HIV e doença de Lyme
  • Doenças nos rins
  • Uso de medicações ou drogas
  • Esclerose múltipla
  • Derrame
  • Artrite
  • Tumores
  • Metástase do tumor cancerígeno para a coluna
  • Mordidas e picadas de animais/insetos
  • Exposição a veneno/substâncias tóxicas
  • Álcool

Como é feito o diagnóstico do formigamento e da dormência?

Com formigamento ou dormência persistentes, é importante procurar atendimento para que o médico investigar possíveis causas e, se for necessário, pedir exames complementares para chegar ao diagnóstico e indicar o tratamento mais adequado para o caso. É importante, na consulta, detalhar tudo para o médico, por exemplo: quando a dormência teve início, em qual parte do corpo, quão rápido ela se espalhou e se foi realizada alguma atividade que poderia ter causa direta, além de qualquer outro sinal ou sintoma que tenha sido percebido, mesmo que não tenha, aparentemente, ligação com o caso.

Para ter um diagnóstico definitivo, talvez seja necessário que o médico peça mais exames, tais como:

  • Exame de sangue – importante para averiguar se há diabetes, alteração nos rins e deficiência de vitaminas;
  • Exames de imagem – como tomografia e raio-x, entre outros, para identificar, por exemplo, nervos rompidos ou comprimidos, hérnias de disco, tumores, derrame e lesões cerebrais;
  • Estudos de condução nervosa – eletrodos são colocados sobre o nervo a ser estudado e o músculo ligado a ele. Um pulso elétrico é enviado ao nervo e o teste determina se o sinal foi transmitido corretamente e em velocidade normal. Se não, é um sinal de lesão ou dano do nervo;
  • Eletromiografia – uma pequena agulha é inserida em um músculo. A atividade elétrica é registrada quando o músculo está em repouso e contraído. Este teste, muitas vezes realizado com estudos de condução nervosa, ajuda a detectar danos nos nervos e músculos.

Como tratar formigamento e dormência?

O tratamento vai depender diretamente do que está causando o formigamento e/ou a dormência. Alguns tratamentos comuns para formigamento e dormência são:

  • Controle do açúcar no sangue para pessoas com diabetes;
  • Exercícios de fisioterapia para fortalecer a coluna ou facilitar os movimentos;
  • Cirurgia para remoção de tumor ou reparar problemas na coluna.

Como prevenir o formigamento e a dormência?

Manter um estilo de vida saudável ajuda a prevenir muitos casos de formigamento e de dormência. Então, é importante adotar uma dieta balanceada e fazer exercícios regularmente depois de uma avaliação médica para saber se existe algum tipo de impedimento, não fumar e reduzir o consumo de álcool, além de ir ao médico periodicamente.

Prestar atenção nos medicamentos tomados e em seus possíveis efeitos colaterais, pois alguns podem causar má circulação.

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Como a ergonomia pode ajudar a combater a lesão do esforço repetitivo (LER)?

Ficar a maior parte dos dias sentado na mesma posição, digitando no computador, é a realidade de muitos trabalhadores, o que desgasta bastante o corpo. Fazer uma atividade repetitiva de forma contínua pode causar lesão do esforço repetitivo, conhecida como LER. Muitas vezes, você não percebe a repetição de alguns movimentos, porque já faz parte da sua rotina. Por isso, é importante estar atento à ergonomia para que trabalhe confortavelmente, sem sobrecarregar o seu corpo. Saiba como pequenos hábitos podem ajudar a evitar a LER.

O que é LER?

LER significa lesão por esforço repetitivo e pode ser causada por alguns fatores, como:

  • Atividades repetitivas;
  • Realizar ação de alta intensidade por um longo tempo, sem descanso;
  • Má postura ou atividades que façam a pessoa trabalhar em uma posição desconfortável.

Essas situações exigem bastante esforço de músculos, nervos e tendões. Sendo assim, a LER atinge principalmente partes da região superior do corpo, como:

  • Antebraços e cotovelos;
  • Pulsos e mãos;
  • Pescoço e ombros.

O problema se instala lentamente e geralmente passa despercebido ao longo dos anos. Quando é notado, normalmente a região afetada já está comprometida. Em alguns casos, a LER pode ser considerada doença ocupacional, ou seja, problema de saúde desenvolvido ou adquirido devido à atividade profissional ou às condições do ambiente de trabalho.

É uma das doenças que mais afeta os trabalhadores brasileiros, sendo responsável pela maior parte dos afastamentos.

Quais são os sinais e sintomas da LER?

A LER se desenvolve gradualmente, existem estágios que variam de leve a grave. Normalmente os principais sinais e sintomas desse tipo de lesão na região afetada são os seguintes:

  • Dor ou sensibilidade;
  • Rigidez;
  • Formigamento ou dormência;
  • Fraqueza;
  • Cãibra;
  • Inchaço.

Quando a LER está no início, você pode perceber a dor ou alguma alteração apenas se estiver realizando uma ação repetitiva específica. Ao parar a atividade, a dor pode desaparecer. No entanto, sem o tratamento adequado, os sinais e sintomas se tornam constantes, causando períodos mais longos de dor.

Como fazer a prevenção da LER?

Incorporar alguns hábitos ao seu dia a dia podem ajudar a prevenir a LER e outros problemas de saúde, como:

Manter uma boa postura ao se sentar, principalmente se estiver trabalhando – procure regular a altura da cadeira. Se não for possível, use um apoio para os pés não ficarem suspensos e uma almofada na região lombar.

Fazer pausas regulares de tarefas longas e repetitivas – se está há muito tempo sentado, digitando ou escrevendo, por exemplo, levante para ir ao banheiro, beber água ou somente para movimentar o corpo.

Praticar exercícios de respiração se estiver estressado – respire fundo e solte o ar lentamente. Isso ajuda a diminuir o nível de ansiedade e estresse. Você pode fazer isso de onde estiver. Se for possível, mude de ambiente por alguns minutos.

Como a ergonomia pode contribuir para evitar a LER?

Ergonomia estuda as adaptações do trabalho para que as pessoas possam desenvolver as atividades de maneira segura e eficiente. Geralmente grandes companhias têm uma área dedicada a essa ciência.

Porém, mesmo que a empresa onde você atua não tenha esse setor, é essencial cuidar da ergonomia no seu ambiente de trabalho, principalmente em tempos de pandemia, quando a maioria das pessoas passou a trabalhar no formato “home office”.

Inclusive, existe uma Norma Regulamentadora número 17 (NR 17) que estabelece várias recomendações ergonômicas, como o limite de cinco horas por dia para o trabalho de digitação e o intervalo de dez minutos a cada 50 minutos de digitação.

Veja outras indicações para manter a ergonomia e não sobrecarregar seu corpo:

  • Mantenha postura adequada com ombros relaxados, pulsos retos, costas apoiadas no encosto da cadeira;
  • Mantenha as plantas dos pés totalmente apoiadas no chão ou em um suporte;
  • Mantenha um ângulo reto entre suas costas e o assento de sua cadeira;
  • Não use apoio de pulso durante a digitação, pois pode provocar compressão nos nervos (túnel do carpo);
  • O monitor do computador deve estar a uma distância mínima de 50 cm e máxima de 70 cm (distância equivalente ao comprimento de seu braço). A altura da tela deve ser entre 15 e 30 graus abaixo de sua linha reta de visão.
  • Beba água regularmente durante o dia.

Como é feito o diagnóstico da LER?

Após ouvir o relato dos sinais e sintomas da LER, o médico pode examinar a região afetada e pedir alguns exames adicionais, como raio-x e exame de sangue, para descartar outros problemas de saúde.

As alterações provocadas por esse tipo de lesão também podem indicar osteoartrite ou condições inflamatórias das articulações, por exemplo. Se nada for constatado, possivelmente o médico concluirá o diagnóstico da LER por exclusão de outras doenças.

Como é feito o tratamento da LER?

A primeira providência é identificar e modificar a tarefa ou atividade que está causando os sinais e sintomas da LER. Pode ser que você precise parar a atividade completamente. Se estiver relacionado ao seu trabalho, compartilhe o caso com o seu gestor e com o departamento de RH. Juntos podem encontrar alternativas que não coloquem a sua saúde em risco.

Para controlar a dor e outros desconfortos, o médico pode indicar o uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, além de sessões de fisioterapia, pois ajuda a melhorar a postura e a fortalecer ou relaxar os músculos. Ioga e massagem também podem ser boas opções para relaxar a área atingida.

Atenção! Nunca se automedique. O médico é o profissional habilitado para avaliar o seu caso e indicar o tratamento mais adequado.

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Referências

https://www.nhs.uk/conditions/repetitive-strain-injury-rsi/diagnosis/ – acessado em 05/04/2022

https://www.nhs.uk/conditions/repetitive-strain-injury-rsi/ – acessado em 05/04/2022

https://bvsms.saude.gov.br/lesoes-por-esforcos-repetitivos-ler/ – acessado em 05/04/2022

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2019/abril/ler-e-dort-sao-as-doencas-que-mais-acometem-os-trabalhadores-aponta-estudo – acessado em 05/04/2022


Quando procurar um gastroenterologista?

Dor de estômago, enjoo, azia e má digestão são problemas recorrentes, que acometem a maior parte das pessoas e, na maioria das vezes, se resolvem sem intervenções médicas. No entanto, quando esses sintomas se tornam recorrentes a recomendação é procurar pelo gastroenterologista – o médico especialista no diagnóstico, prevenção e tratamento de problemas do aparelho digestivo. Continue a leitura e saiba mais sobre essas e outras situações em que é indicado procurar um gastroenterologista.

O que faz um gastroenterologista?

O gastroenterologista é o profissional da medicina com especialização no sistema digestivo. Isso significa que ele possui conhecimento aprofundado nas seguintes partes do corpo humano:

  • Boca;
  • Esôfago;
  • Estômago;
  • Pâncreas;
  • Fígado;
  • Intestinos;
  • Reto.

Assim, o gastroenterologista está preparado para diagnosticar, tratar e prevenir doenças que afetam todos os órgãos listados. Portanto, esse profissional pode cuidar desde pacientes com sintomas de refluxo gastroesofágico ou diarreia até casos mais complexos, como o câncer de estômago.

Quais as principais doenças tratadas pelo gastroenterologista?

Os problemas mais recorrentes do sistema digestivo diagnosticados, acompanhados e tratados pelo gastroenterologista são:

  • Gastrite – irritação na parede interna do estômago causada pelo aumento de ácido gástrico, geralmente provocado por maus hábitos – como tabagismo e ingestão de álcool em excesso – infecção pela bactéria H. pylori e estresse.
  • Refluxo gastroesofágico – é o mau funcionamento do esfíncter – válvula de conexão entre o esôfago e o estômago. Isso faz com que a acidez do estômago migre até o esôfago, causando sensação de queimação devido à mucosa irritada do tubo gástrico. As principais causas são má alimentação, hérnia de hiato e obesidade.
  • Intolerância à lactose – é deficiência na produção da enzima responsável por metabolizar o açúcar do leite, essencial para a digestão correta de alimentos lácteos. As pessoas intolerantes à lactose, quando consomem leite ou derivados, podem ter reações como cólica e distensão abdominal, diarreia e náusea.
  • Síndrome do intestino irritável – alteração do funcionamento do intestino de causa ainda pouco conhecida, que provoca episódios de dor, inchaço abdominal, diarreia, gases e constipação.
  • Intolerância ao glúten – incapacidade ou dificuldade do organismo em digerir o glúten – presente no trigo, cevada e centeio – que provoca danos à parede do intestino. Entre os sintomas estão diarreia, dor e inchaço abdominal e dificuldade na absorção de nutrientes.
  • Pancreatite – inflamação no pâncreas, geralmente causada por pedras na vesícula ou consumo crônico de álcool.
  • Hepatite – inflamação no fígado que pode ser causada por abuso de substâncias tóxicas – bebidas alcoólicas, medicamentos e drogas ilícitas – infecções virais e até mesmo por uma deficiência do sistema imunológico (hepatite autoimune).
  • Cirrose – lesões no fígado persistentes que evoluem para um quadro inflamatório crônico, principalmente devido ao uso abusivo de álcool, acúmulo de gordura no órgão e hepatite crônica.

De todas as doenças listadas, a gastrite e o refluxo gastroesofágico são as de maior incidência. A segunda, inclusive, acomete cerca de 12% da população brasileira, segundo levantamento do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD). Vale ressaltar também que o câncer de estômago é o terceiro tipo mais comum entre os homens. Em 2019, a doença vitimou 9.636 pacientes do sexo masculino e 5.475 mulheres no país.

Quais sinais e sintomas indicam a necessidade de procurar um gastroenterologista?

A consulta ao médico especializado em gastroenterologia deve ser feita quando os sintomas abaixo se tornarem frequentes:

  • Cólicas abdominais;
  • Diarreia persistente;
  • Má digestão;
  • Excesso de gases;
  • Prisão de ventre;
  • Sensação de bolo na garganta;
  • Ânsia de vômito;
  • Náusea;
  • Urina escura;
  • Fezes claras;
  • Olhos amarelados;
  • Dor abdominal persistente, principalmente se acompanhada de febre.

Atenção: na presença dos sintomas citados, evite a automedicação, mesmo que uma dor persistente possa ser contida pelo remédio, por exemplo. Medicamentos sem a orientação médica e em excesso, como o anti-inflamatórios e antibióticos podem causar danos ao aparelho digestivo.

Quais exames o médico gastroenterologista pode pedir?

Além de exames mais comuns como o de sangue, fezes, urina e raio-x, o gastroenterologista pode precisar de outras análises para chegar ao diagnóstico do paciente. Por isso é possível que o médico solicite os seguintes exames:

Endoscopia – nesse exame o médico insere um tubo bem fino e longo, com uma câmera na ponta, na boca do paciente e até o estômago. Assim ele consegue enxergar e registrar imagens dos órgãos do aparelho digestivo para constatar alterações. É recomendado quando há suspeita da gastrite e refluxo, por exemplo.

Colonoscopia – consiste na inserção de uma espécie de tubo – com uma câmera na ponta – no ânus do paciente. Assim como na endoscopia esse exame permite mapear os órgãos internamente, observando alterações do tecido do intestino grosso. Esse exame é comumente solicitado em casos de diarreia persistente, alteração das fezes e dores abdominais persistentes.

Deglutição de bário ou enema – neste exame o paciente ingere um líquido (bário) que destaca áreas dos órgãos nem sempre visíveis nos exames de raio-x comuns. Assim, o médico tem mais precisão para detectar inflamações, tumores e obstruções, principalmente no intestino. Pode ser importante para investigar a causa de sintomas variados, como dores abdominais, fezes com sangue, entre outros.

Como prevenir problemas do aparelho digestivo?

É válido destacar que alguns sintomas e doenças relacionadas ao trato digestivo podem ser evitadas com medidas relativamente simples. Má alimentação, tabagismo e alcoolismo estão entre os principais fatores de risco. Assim, a recomendação é:

  • Adotar uma dieta rica em nutrientes – verduras, frutas e proteína magra;
  • Evitar o consumo de alimentos gordurosos e com muito açúcar;
  • Não fumar;
  • Consumir bebidas alcoólicas com moderação;
  • Realizar atividade física com frequência;
  • Dormir ao menos sete horas por noite;
  • Controlar o estresse;
  • Consultar um médico e realizar exames de rotina;
  • Evitar a automedicação.

Em casos que não é possível evitar um problema de saúde, como os de intolerância ao glúten e à lactose, será preciso seguir uma dieta específica e fazer uso de medicamentos. Mas, via de regra, com um estilo de vida mais saudável e mudanças de hábitos, é possível diminuir e até evitar problemas no sistema digestivo. 

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