Você sabe identificar o estresse emocional?

Cerca de 90% da população sofre com o estresse emocional, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma condição que se caracteriza por reações psíquicas e físicas diante de situações inesperadas e conflituosas. Nesse contexto, o organismo entende que é preciso estar em alerta para combater o problema, uma resposta natural de defesa.

O que é estresse emocional?

O estresse não é considerado doença, mas está relacionado a transtornos, como a ansiedade e a depressão. Em geral, é uma condição momentânea, mas com potencial para interferir no dia a dia, causando prejuízos emocionais, físicos e comportamentais.

O estresse emocional consiste em reações físicas e psíquicas diante de situações inesperadas e, geralmente, negativas. Isso acontece porque o organismo interpreta essas situações como um sinal de perigo, liberando cortisol e adrenalina, hormônios que deixam o corpo em alerta ou pronto para a “fuga”. Nesse sentido, é um mecanismo natural de defesa.

No entanto, quando essas ocorrências são frequentes, o estresse alcança níveis indesejados, atrapalhando a realização de tarefas simples do dia a dia. Além disso, provoca reações exageradas perante problemas corriqueiros, afetando o bem-estarfísico, emocional, assim como os relacionamentos.

Quais as causas do estresse?

São diversas as causas do estresse e cada pessoa experimenta essa condição de forma e em níveis diferentes. Isso porque as situações nem sempre são percebidas da mesma maneira, por exemplo, uma resposta negativa no trabalho pode ter uma intensidade maior para um e menor para o outro. De qualquer forma, alguns motivos mais comuns podem ser os seguintes:

  • Dificuldades financeiras;
  • Problemas familiares;
  • Conflitos no ambiente de trabalho;
  • Relacionamentos; 
  • Excesso de responsabilidades;
  • Doenças.

Essas são apenas algumas das causas, mas muitas outras podem ser gatilho para o estresse, inclusive maus hábitos. A falta de sono, por exemplo, contribui para essa condição. Como os motivos estão associados a situações inesperadas é válido ressaltar que mulheres, homens e até crianças estão suscetíveis ao estresse.

Quais são os sinais e sintomas de estresse emocional?

O estresse influencia negativamente em diversos campos da vida. Afeta as emoções, a capacidade de raciocínio, as relações, comportamentos e até mesmo a condição física. Cada pessoa reage de maneira diferente, porém, os seguintes sinais e sintomas do estresse são mais comuns:

Emoções

  • Agitação, frustração e mau humor em níveis exagerados;
  • Sensação de sobrecarga, como se estivesse perdendo o controle;
  • Falta de vontade de estar com as pessoas;
  • Dificuldade em relaxar e sossegar a mente;
  • Sensação de solidão, baixa autoestima.

Cognição

  • Preocupação constante;
  • Pensamentos desorganizados;
  • Esquecimento e falta de organização;
  • Diminuição do foco;
  • Pessimismo ou ver apenas o lado negativo.

Comportamento

  • Mudanças no apetite;
  • Procrastinação frequente;
  • Abuso de bebidas alcoólicas, drogas ou cigarros;
  • Inquietude e nervosismo constantes.

Aspectos físicos

  • Falta de energia;
  • Dores de cabeça;
  • Insônia mais frequente;
  • Dor de estômago e problemas intestinais;
  • Músculos tensos e doloridos;
  • Dor no peito e batimentos cardíacos acelerados;
  • Baixa na imunidade;
  • Perda do desejo sexual;
  • Tremores, zumbido nos ouvidos e suor nas mãos e nos pés;
  • Boca seca e dificuldade para engolir;
  • Mandíbula cerrada.

Como combater o estresse emocional?

O estresse faz parte da vida, mas existem maneiras de gerenciá-lo para que, na medida do possível, tenha curta duração. Para combatê-lo, procure separar, ao menos, 15 minutos do dia para relaxar. Conheça outras medidas que podem ajudar a evitar ou diminuir o estresse:

Prática mindfulness – consiste em conectar o corpo e a mente, de maneira que a atenção esteja totalmente voltada para o tempo presente. É um exercício que exige concentração nas emoções, no estado físico, buscando sempre a sensação de relaxamento e tranquilidade. Nesse processo é possível descobrir gatilhos e formas de gerenciá-los para evitar o estresse.

Distrações ao longo do dia – busque atividades divertidas ao longo do dia. Pode ser um filme engraçado, um jogo com os amigos, brincar com o pet de estimação ou correr na praça. O importante é focar a atenção em algo que não esteja relacionado com a causa do estresse.

Diário – materializar os pensamentos e sentimentos em um diário é uma forma de enxergar tudo com mais nitidez. Como esse processo exige foco e reflexão, serve como um momento de autoconhecimento, que é fundamental para identificar as causas do estresse. Por isso vale deixar as ideias fluírem, sem censuras.

Atividade física – quando o corpo está em movimento o organismo libera hormônios, como a endorfina, que causam a sensação de bem-estar. Nesse momento, é importante prestar atenção na respiração e no seu desempenho em cada exercício, desviando de qualquer outro pensamento.

Em que momento é preciso procurar ajuda para lidar com o estresse?

Quando o estresse se torna impossível de gerenciar é hora de buscar ajuda. É comum que pessoas nessa condição já tenham tentado outras medidas, como atividade física, meditação e até mudança de hábitos. Portanto, o melhor a fazer é procurar um terapeuta que, certamente, ajudará a reduzir os efeitos do estresse por meio da escuta e de exercícios de relaxamento.

Em alguns casos, o psicólogo ainda pode fazer o encaminhamento para um médico psiquiatra fazer uma avaliação mais complexa. Pois alguns sinais e sintomas podem ser confundidos com transtornos que precisam ser diagnosticados e tratados por um especialista médico.

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Referências


Quais são as principais causas da depressão?

Mais de 300 milhões de pessoas no mundo, de diferentes idades, têm depressão. O problema extrapola crises passageiras de tristeza – comuns em diversos momentos – e provoca um sentimento constante e devastador de que a vida não vale a pena ser vivida. É uma doença e precisa ser tratada com tal. Saiba quais são os sinais e sintomas mais comuns da depressão, as principais consequências para a vida e o que pode desencadear a doença.

O que é depressão?

Depressão é uma doença mental que mistura diferentes sentimentos negativos, como tristeza e baixa autoestima, de forma persistente. Provoca mudanças de humor e falta de energia, o que dificulta fazer atividades comuns do dia a dia. Dependendo da gravidade da doença, a pessoa não consegue fazer tarefas simples, como levantar da cama, manter hábitos de higiene pessoal, limpar a própria casa, trabalhar, dormir, sair com os amigos, ir ao cinema – atividades de lazer que antes proporcionavam prazer se tornam desinteressantes.

Quais são as possíveis causas da depressão?

Existem alguns fatores que causam a depressão que são inerentes à pessoa, como:

  • Alterações no cérebro;
  • Mudanças hormonais;
  • Histórico familiar;
  • Doenças crônicas e/ ou graves, como problemas cardiovasculares e fibromialgia.

Outras causas estão relacionadas ao estilo de vida da pessoa, entre eles:

Estresse – a maior parte das pessoas precisa de um determinado tempo para absorver eventos estressantes, como luto ou rompimento de relacionamento. Quando esses eventos estressantes ocorrem, o risco de ficar deprimido aumenta se você parar de ver seus amigos e familiares e tentar lidar com seus problemas sozinho.

Uso de álcool e de drogas – diante de adversidades da vida, algumas pessoas recorrem a bebidas alcoólicas e drogas para amenizar a dor e sentimentos ruins. Isso pode resultar em uma depressão, pois essas substâncias alteram os processos químicos do cérebro, o que aumenta o risco da doença.

Dar à luz – algumas mulheres podem apresentar depressão após o término da gravidez. As mudanças hormonais e físicas, bem como a responsabilidade adicional de uma nova vida, podem levar à depressão pós-parto em algumas puérperas.

Quais são os sinais e sintomas da depressão?

A doença tem graus de intensidade – leve, moderada ou grave – por isso, os sinais e sintomas da depressão podem variar bastante conforme cada caso, mas as principais manifestações são as seguintes:

  • Sentimentos persistentes de tristeza – choro, vazio ou desesperança;
  • Explosões de raiva, irritabilidade ou frustração – pode acontecer mesmo quando a pessoa é exposta a problemas considerados pequenos;
  • Perda de interesse ou prazer na maioria ou em todas as atividades – praticar sexo, hobbies ou esportes, por exemplo;
  • Distúrbios do sono – insônia ou sono em excesso;
  • Cansaço e falta de energia – mesmo em pequenas tarefas que não exigem muito esforço;
  • Oscilação de peso – pode haver redução do apetite, que faz a pessoa perder peso, ou aumento dos desejos por comida, gerando ganho de peso;
  • Agitação ou inquietação – falta de concentração e/ou fluxo de pensamento muito rápido;
  • Lentidão – pensamento, fala ou movimentos corporais lentos;
  • Sentimentos de inutilidade ou culpa – fixação em falhas passadas ou culpa;
  • Pensamentos negativos frequentes – como desejo de morte e tentativas de suicídio;
  • Problemas físicos inexplicáveis – dores nas costas ou de cabeça, por exemplo.

Atenção! Se você sente uma ou mais alterações mencionadas não significa que seja, necessariamente, depressão. Consulte o médico psiquiatra, conte o que vem sentindo, para que ele avalie o seu caso e indique o tratamento mais adequado, envolvendo sessões de terapia  e medicamento.

Qual é a diferença entre ansiedade e depressão?

As principais diferenças entre ansiedade e depressão são os sinais e sintomas. Normalmente a ansiedade gera alterações físicas, como coração acelerado, tremedeira e dificuldade para respirar, além de sensação constante de estar em perigo. Já a depressão causa mudanças mais relacionadas ao humor e ao comportamento da pessoa – tristeza, melancolia, desânimo e falta de concentração, por exemplo.

Quais são os tipos de depressão?

A depressão se desenvolve de forma diferente em cada pessoa. Os principais tipos de depressão são os seguintes:

Transtorno depressivo recorrente – esse tipo da doença envolve repetidos episódios depressivos. A pessoa fica melancólica, sem energia, tem perda de interesse e prazer em tarefas cotidianas, o que a leva a estar menos ativa por pelo menos duas semanas.

Transtorno afetivo bipolar – neste caso, episódios de mania e de depressão são alternados e separados por fases de humor. Episódios de mania consistem em períodos com humor exaltado ou irritado, excesso na execução de atividades, pressão de fala, autoestima inflada e uma menor necessidade de sono, bem como a aceleração do pensamento.

Transtorno depressivo único – a pessoa teve um episódio de depressão e conseguiu se restabelecer.

Depressão sazonal – alterações do sono, disposição e humor de acordo com as mudanças das estações do ano ou da luminosidade do dia.

Distimia – forma crônica e menos grave da depressão, com sintomas que podem durar uma vida inteira.

Depressão pós-parto – tristeza, ansiedade e exaustão extremas podem dificultar ou até mesmo impedir que a mulher cuide de si e da criança.

Qual o impacto da depressão na vida da pessoa?

Muitas pessoas com depressão são tão afetadas pelos sinais e sintomas que não conseguem realizar, ou não plenamente, as atividades do dia a dia. Tendem a se sentir infelizes sem realmente saber por quê. Isso traz uma série de consequências para diferentes áreas da vida, tais como:

  • Trabalho – perda de produtividade, absenteísmo e afastamentos;
  • Escola – queda na média de notas, perda de desempenho, dificuldade em absorver conhecimento, perda do ano escolar;
  • Vida social – isolamento;
  • Relacionamentos – afastamento de amigos e familiares que não compreendem a situação, divórcio, dificuldade em manter uma relação.

Por essas razões, ao notar qualquer sintoma de depressão, é essencial busca ajuda profissional para que a doença não evolua e cause consequências graves.

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Referências


Como a ergonomia pode ajudar a combater a lesão do esforço repetitivo (LER)?

Ficar a maior parte dos dias sentado na mesma posição, digitando no computador, é a realidade de muitos trabalhadores, o que desgasta bastante o corpo. Fazer uma atividade repetitiva de forma contínua pode causar lesão do esforço repetitivo, conhecida como LER. Muitas vezes, você não percebe a repetição de alguns movimentos, porque já faz parte da sua rotina. Por isso, é importante estar atento à ergonomia para que trabalhe confortavelmente, sem sobrecarregar o seu corpo. Saiba como pequenos hábitos podem ajudar a evitar a LER.

O que é LER?

LER significa lesão por esforço repetitivo e pode ser causada por alguns fatores, como:

  • Atividades repetitivas;
  • Realizar ação de alta intensidade por um longo tempo, sem descanso;
  • Má postura ou atividades que façam a pessoa trabalhar em uma posição desconfortável.

Essas situações exigem bastante esforço de músculos, nervos e tendões. Sendo assim, a LER atinge principalmente partes da região superior do corpo, como:

  • Antebraços e cotovelos;
  • Pulsos e mãos;
  • Pescoço e ombros.

O problema se instala lentamente e geralmente passa despercebido ao longo dos anos. Quando é notado, normalmente a região afetada já está comprometida. Em alguns casos, a LER pode ser considerada doença ocupacional, ou seja, problema de saúde desenvolvido ou adquirido devido à atividade profissional ou às condições do ambiente de trabalho.

É uma das doenças que mais afeta os trabalhadores brasileiros, sendo responsável pela maior parte dos afastamentos.

Quais são os sinais e sintomas da LER?

A LER se desenvolve gradualmente, existem estágios que variam de leve a grave. Normalmente os principais sinais e sintomas desse tipo de lesão na região afetada são os seguintes:

  • Dor ou sensibilidade;
  • Rigidez;
  • Formigamento ou dormência;
  • Fraqueza;
  • Cãibra;
  • Inchaço.

Quando a LER está no início, você pode perceber a dor ou alguma alteração apenas se estiver realizando uma ação repetitiva específica. Ao parar a atividade, a dor pode desaparecer. No entanto, sem o tratamento adequado, os sinais e sintomas se tornam constantes, causando períodos mais longos de dor.

Como fazer a prevenção da LER?

Incorporar alguns hábitos ao seu dia a dia podem ajudar a prevenir a LER e outros problemas de saúde, como:

Manter uma boa postura ao se sentar, principalmente se estiver trabalhando – procure regular a altura da cadeira. Se não for possível, use um apoio para os pés não ficarem suspensos e uma almofada na região lombar.

Fazer pausas regulares de tarefas longas e repetitivas – se está há muito tempo sentado, digitando ou escrevendo, por exemplo, levante para ir ao banheiro, beber água ou somente para movimentar o corpo.

Praticar exercícios de respiração se estiver estressado – respire fundo e solte o ar lentamente. Isso ajuda a diminuir o nível de ansiedade e estresse. Você pode fazer isso de onde estiver. Se for possível, mude de ambiente por alguns minutos.

Como a ergonomia pode contribuir para evitar a LER?

Ergonomia estuda as adaptações do trabalho para que as pessoas possam desenvolver as atividades de maneira segura e eficiente. Geralmente grandes companhias têm uma área dedicada a essa ciência.

Porém, mesmo que a empresa onde você atua não tenha esse setor, é essencial cuidar da ergonomia no seu ambiente de trabalho, principalmente em tempos de pandemia, quando a maioria das pessoas passou a trabalhar no formato “home office”.

Inclusive, existe uma Norma Regulamentadora número 17 (NR 17) que estabelece várias recomendações ergonômicas, como o limite de cinco horas por dia para o trabalho de digitação e o intervalo de dez minutos a cada 50 minutos de digitação.

Veja outras indicações para manter a ergonomia e não sobrecarregar seu corpo:

  • Mantenha postura adequada com ombros relaxados, pulsos retos, costas apoiadas no encosto da cadeira;
  • Mantenha as plantas dos pés totalmente apoiadas no chão ou em um suporte;
  • Mantenha um ângulo reto entre suas costas e o assento de sua cadeira;
  • Não use apoio de pulso durante a digitação, pois pode provocar compressão nos nervos (túnel do carpo);
  • O monitor do computador deve estar a uma distância mínima de 50 cm e máxima de 70 cm (distância equivalente ao comprimento de seu braço). A altura da tela deve ser entre 15 e 30 graus abaixo de sua linha reta de visão.
  • Beba água regularmente durante o dia.

Como é feito o diagnóstico da LER?

Após ouvir o relato dos sinais e sintomas da LER, o médico pode examinar a região afetada e pedir alguns exames adicionais, como raio-x e exame de sangue, para descartar outros problemas de saúde.

As alterações provocadas por esse tipo de lesão também podem indicar osteoartrite ou condições inflamatórias das articulações, por exemplo. Se nada for constatado, possivelmente o médico concluirá o diagnóstico da LER por exclusão de outras doenças.

Como é feito o tratamento da LER?

A primeira providência é identificar e modificar a tarefa ou atividade que está causando os sinais e sintomas da LER. Pode ser que você precise parar a atividade completamente. Se estiver relacionado ao seu trabalho, compartilhe o caso com o seu gestor e com o departamento de RH. Juntos podem encontrar alternativas que não coloquem a sua saúde em risco.

Para controlar a dor e outros desconfortos, o médico pode indicar o uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, além de sessões de fisioterapia, pois ajuda a melhorar a postura e a fortalecer ou relaxar os músculos. Ioga e massagem também podem ser boas opções para relaxar a área atingida.

Atenção! Nunca se automedique. O médico é o profissional habilitado para avaliar o seu caso e indicar o tratamento mais adequado.

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Referências

https://www.nhs.uk/conditions/repetitive-strain-injury-rsi/diagnosis/ – acessado em 05/04/2022

https://www.nhs.uk/conditions/repetitive-strain-injury-rsi/ – acessado em 05/04/2022

https://bvsms.saude.gov.br/lesoes-por-esforcos-repetitivos-ler/ – acessado em 05/04/2022

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2019/abril/ler-e-dort-sao-as-doencas-que-mais-acometem-os-trabalhadores-aponta-estudo – acessado em 05/04/2022


Quando procurar um gastroenterologista?

Dor de estômago, enjoo, azia e má digestão são problemas recorrentes, que acometem a maior parte das pessoas e, na maioria das vezes, se resolvem sem intervenções médicas. No entanto, quando esses sintomas se tornam recorrentes a recomendação é procurar pelo gastroenterologista – o médico especialista no diagnóstico, prevenção e tratamento de problemas do aparelho digestivo. Continue a leitura e saiba mais sobre essas e outras situações em que é indicado procurar um gastroenterologista.

O que faz um gastroenterologista?

O gastroenterologista é o profissional da medicina com especialização no sistema digestivo. Isso significa que ele possui conhecimento aprofundado nas seguintes partes do corpo humano:

  • Boca;
  • Esôfago;
  • Estômago;
  • Pâncreas;
  • Fígado;
  • Intestinos;
  • Reto.

Assim, o gastroenterologista está preparado para diagnosticar, tratar e prevenir doenças que afetam todos os órgãos listados. Portanto, esse profissional pode cuidar desde pacientes com sintomas de refluxo gastroesofágico ou diarreia até casos mais complexos, como o câncer de estômago.

Quais as principais doenças tratadas pelo gastroenterologista?

Os problemas mais recorrentes do sistema digestivo diagnosticados, acompanhados e tratados pelo gastroenterologista são:

  • Gastrite – irritação na parede interna do estômago causada pelo aumento de ácido gástrico, geralmente provocado por maus hábitos – como tabagismo e ingestão de álcool em excesso – infecção pela bactéria H. pylori e estresse.
  • Refluxo gastroesofágico – é o mau funcionamento do esfíncter – válvula de conexão entre o esôfago e o estômago. Isso faz com que a acidez do estômago migre até o esôfago, causando sensação de queimação devido à mucosa irritada do tubo gástrico. As principais causas são má alimentação, hérnia de hiato e obesidade.
  • Intolerância à lactose – é deficiência na produção da enzima responsável por metabolizar o açúcar do leite, essencial para a digestão correta de alimentos lácteos. As pessoas intolerantes à lactose, quando consomem leite ou derivados, podem ter reações como cólica e distensão abdominal, diarreia e náusea.
  • Síndrome do intestino irritável – alteração do funcionamento do intestino de causa ainda pouco conhecida, que provoca episódios de dor, inchaço abdominal, diarreia, gases e constipação.
  • Intolerância ao glúten – incapacidade ou dificuldade do organismo em digerir o glúten – presente no trigo, cevada e centeio – que provoca danos à parede do intestino. Entre os sintomas estão diarreia, dor e inchaço abdominal e dificuldade na absorção de nutrientes.
  • Pancreatite – inflamação no pâncreas, geralmente causada por pedras na vesícula ou consumo crônico de álcool.
  • Hepatite – inflamação no fígado que pode ser causada por abuso de substâncias tóxicas – bebidas alcoólicas, medicamentos e drogas ilícitas – infecções virais e até mesmo por uma deficiência do sistema imunológico (hepatite autoimune).
  • Cirrose – lesões no fígado persistentes que evoluem para um quadro inflamatório crônico, principalmente devido ao uso abusivo de álcool, acúmulo de gordura no órgão e hepatite crônica.

De todas as doenças listadas, a gastrite e o refluxo gastroesofágico são as de maior incidência. A segunda, inclusive, acomete cerca de 12% da população brasileira, segundo levantamento do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD). Vale ressaltar também que o câncer de estômago é o terceiro tipo mais comum entre os homens. Em 2019, a doença vitimou 9.636 pacientes do sexo masculino e 5.475 mulheres no país.

Quais sinais e sintomas indicam a necessidade de procurar um gastroenterologista?

A consulta ao médico especializado em gastroenterologia deve ser feita quando os sintomas abaixo se tornarem frequentes:

  • Cólicas abdominais;
  • Diarreia persistente;
  • Má digestão;
  • Excesso de gases;
  • Prisão de ventre;
  • Sensação de bolo na garganta;
  • Ânsia de vômito;
  • Náusea;
  • Urina escura;
  • Fezes claras;
  • Olhos amarelados;
  • Dor abdominal persistente, principalmente se acompanhada de febre.

Atenção: na presença dos sintomas citados, evite a automedicação, mesmo que uma dor persistente possa ser contida pelo remédio, por exemplo. Medicamentos sem a orientação médica e em excesso, como o anti-inflamatórios e antibióticos podem causar danos ao aparelho digestivo.

Quais exames o médico gastroenterologista pode pedir?

Além de exames mais comuns como o de sangue, fezes, urina e raio-x, o gastroenterologista pode precisar de outras análises para chegar ao diagnóstico do paciente. Por isso é possível que o médico solicite os seguintes exames:

Endoscopia – nesse exame o médico insere um tubo bem fino e longo, com uma câmera na ponta, na boca do paciente e até o estômago. Assim ele consegue enxergar e registrar imagens dos órgãos do aparelho digestivo para constatar alterações. É recomendado quando há suspeita da gastrite e refluxo, por exemplo.

Colonoscopia – consiste na inserção de uma espécie de tubo – com uma câmera na ponta – no ânus do paciente. Assim como na endoscopia esse exame permite mapear os órgãos internamente, observando alterações do tecido do intestino grosso. Esse exame é comumente solicitado em casos de diarreia persistente, alteração das fezes e dores abdominais persistentes.

Deglutição de bário ou enema – neste exame o paciente ingere um líquido (bário) que destaca áreas dos órgãos nem sempre visíveis nos exames de raio-x comuns. Assim, o médico tem mais precisão para detectar inflamações, tumores e obstruções, principalmente no intestino. Pode ser importante para investigar a causa de sintomas variados, como dores abdominais, fezes com sangue, entre outros.

Como prevenir problemas do aparelho digestivo?

É válido destacar que alguns sintomas e doenças relacionadas ao trato digestivo podem ser evitadas com medidas relativamente simples. Má alimentação, tabagismo e alcoolismo estão entre os principais fatores de risco. Assim, a recomendação é:

  • Adotar uma dieta rica em nutrientes – verduras, frutas e proteína magra;
  • Evitar o consumo de alimentos gordurosos e com muito açúcar;
  • Não fumar;
  • Consumir bebidas alcoólicas com moderação;
  • Realizar atividade física com frequência;
  • Dormir ao menos sete horas por noite;
  • Controlar o estresse;
  • Consultar um médico e realizar exames de rotina;
  • Evitar a automedicação.

Em casos que não é possível evitar um problema de saúde, como os de intolerância ao glúten e à lactose, será preciso seguir uma dieta específica e fazer uso de medicamentos. Mas, via de regra, com um estilo de vida mais saudável e mudanças de hábitos, é possível diminuir e até evitar problemas no sistema digestivo. 

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Referências

Como evitar dores nas costas provocadas por má postura?

A dor nas costas é um dos principais fatores de piora da qualidade de vida da população e até de incapacitação. De acordo com o Ministério do Trabalho, mais de 55 mil trabalhadores pediram afastamento entre janeiro e julho de 2021 por problemas na coluna – foi a segunda maior causa de licenças médicas em 2021, perdendo somente para as dispensas por Covid-19. Embora existam causas genéticas e individuais para o problema, o principal fator para desencadear a dor é a má postura. Continue a leitura e entenda mais sobre o que causa o problema e como tratá-lo.

Quais os tipos de dores nas costas?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% da população no mundo tem ou terá algum tipo de dor nas costas em algum momento da vida. O quadro, considerado multifatorial, tem como principal causa a má postura durante o trabalho e/ou estudo, mas não só isso. São causas comuns das dores nas costas:

  • Obesidade;
  • Tabagismo;
  • Perda de massa muscular;
  • Trabalhos repetitivos;
  • Sobrecarga muscular;
  • Problemas psicológicos.

Existem três tipos mais frequentes de dores nas costas:

Dor cervical ou no pescoço – também chamada de cervicalgia, a dor no pescoço costuma estar associada à postura incorreta durante o uso do computador e do celular – especialmente quando exige que se dobre o pescoço para cima ou para baixo por longos períodos.

Dorsalgia – é a dor no meio das costas, que pode ser desencadeada por má postura ou por pelo uso incorreto de bolsas e mochilas pesadas.

Lombalgia – é a ocorrência de dor nas costas mais comum – estima-se que 80% da população mundial sofra com dores na região lombar, localizada na parte baixa da coluna, queixa que só perde a dor de cabeça. É provocada por má postura ao sentar-se ou dormir.

Por que a má postura provoca dor nas costas?

Os especialistas consideram uma boa postura aquela em que a coluna vertebral está posicionada de forma neutra, sem prejudicar o contorno e curvatura natural. Isso mantem os músculos, articulações e ligamentos alinhados de forma que nenhuma estrutura fique sobrecarregada, além de manter o corpo flexível e em equilíbrio.

Quando a postura não está correta, ela causa uma sobrecarga na região das costas. Isso pode causar tensão muscular na região e nas articulações; e ainda lesões durante exercícios físicos, trabalho doméstico ou qualquer outra atividade do dia a dia – processos que acabam provocando dor.

Quais as consequências de uma má postura?

Além da dor e do risco de gerar lesões durante atividades físicas, quando mantida por muito tempo, a postura errada também pode provocar redução de mobilidade, do equilíbrio corporal e pronação do pé – quando a pisada torna-se excessivamente voltada para dentro).

A sobrecarga de algumas estruturas da coluna – tendões, músculos e articulações – também pode provocar a degeneração dos discos invertebrais, levando a problemas como:

  • Hérnias de disco – quando o núcleo de um disco vertebral se projeta para fora e comprime um nervo, causando dor, dormência e/ou fraqueza nos membros inferiores ou superiores;
  • Contraturas musculares;
  • Torcicolos;
  • Escoliose postural – um tipo de desvio da coluna.

Outros problemas que podem ser provocados pela má postura são redução da capacidade pulmonar – sobretudo para quem anda “curvado” – e outras dores associadas, como a dor de cabeça e na região temporomandibular.

Existe tratamento para corrigir a má postura?

Sim, é possível corrigir a postura errada. O primeiro passo é estar atento aos hábitos diários e como eles podem interferir na forma como você fica em pé, senta ou se deita. É preciso aumentar o nível de consciência corporal para entender quais movimentos estão sendo realizados de forma errada.

Uma forma de alcançar esse objetivo é praticando exercícios físicos e atividades que proporcionem essa auto-observação, como ioga, meditação e pilates. No dia a dia, algumas medidas simples também podem fazer diferença:

  • Mudar a configuração da sua estação de trabalho, aumentando a ergonomia no local;
  • Adquirir uma cadeira específica para trabalhar (caso você fique muito tempo em frente ao computador);
  • Mudar a forma como se senta na cadeira, tentando manter a curvatura natural da coluna (vale incluir uma almofada para dar mais suporte à lombar) e tomando cuidado para não projetar o pescoço para frente;
  • Observar a forma como olha o celular e evitar passar longos períodos com o pescoço dobrado para baixo;
  • Evitar usar o telefone segurando-o com o pescoço enquanto realiza outras tarefas.

Se sentir dificuldades em aplicar essas mudanças à rotina, um profissional de fisioterapia pode ajudar aplicando uma técnica chamada reeducação postural global (RPG). Por meio de exercícios específicos, o tratamento auxilia na liberação de tensões musculares, no aumento da força e flexibilidade e no realinhamento postural. São trabalhados movimentos que estimulam a consciência corporal e a respiração, permitindo que a postura e os movimentos articulares voltem a acontecer de forma correta.

Em último caso, um ortopedista também pode ajudar no tratamento recomendando o uso de corretores chamados órteses posturais, que irão auxiliar o corpo a manter a postura correta.

Lembre-se que corrigir a postura pode parecer estranho e incômodo no começo, já que o corpo está acostumado a manter-se de outra forma. Com um pouco de prática e persistência, a postura correta vai se tornar mais natural e ficará mais fácil de ser alcançada.

Como evitar dores provocadas pela má postura?

A maioria dos casos de dor por má postura é transitória, ou seja, dura alguns dias ou no máximo semanas, sem grandes repercussões para a saúde geral. Para evitar passar por isso, algumas atitudes podem ajudar:

  • Deitar-se no chão ou em um colchão duro por cerca de dez minutos, com as pernas apoiadas sobre uma cadeira;
  • Praticar pequenas sessões de alongamento durante o dia, esticando braços e pernas;
  • Se trabalhar muito tempo sentado, planejar pausas para esticar as pernas e melhorar a circulação sanguínea;
  • Dormir de lado – de preferência para o lado esquerdo;
  • Checar se colchão e travesseiro estão adequados;
  • Tomar um banho quente antes de dormir, aproveitando a pressão da água para massagear as possíveis áreas doloridas;
  • Sentar-se de maneira a encostar as costas no encosto da cadeira e apoiar os dois pés no chão, sem cruzar as pernas ou sentar em cima de uma delas.

Em último caso, quando a dor já está instaurada, analgésicos e anti-inflamatórios podem ser usados para aliviar o problema, desde que prescritos por um médico de confiança.

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Referências

Você sabe o que é “text neck” ou síndrome do pescoço de texto?

O surgimento dos dispositivos móveis, como celulares e tablets, causou não só mudanças tecnológicas e sociais, mas também afetou a nossa saúde. Um exemplo disso é síndrome do pescoço de texto, também chamada de text neck, que pode ser ocasionada por uma sobrecarga na região do pescoço ao olharmos para a tela ou digitarmos mensagens no celular frequentemente todos os dias. Em um país como o Brasil, onde cerca de 80% da população tem acesso ao celular e passa, em média, mais de cinco horas por dia diante das telas, a conta para a saúde pode chegar bem rapidamente. Então, continue a leitura e conheça mais sobre a síndrome do pescoço de texto ou text neck, quais são os sintomas e como evitar esse tipo de problema.

O que é a síndrome do pescoço de texto ou text neck

O text neck ou síndrome do pescoço de texto é uma lesão por esforço repetitivo no pescoço, como quando se fica muito tempo com a cabeça inclinada para baixo. Esse hábito pode causar lesões sérias na coluna e pescoço, tais como:

  • Deformidade óssea;
  • Inflamação no ligamento;
  • Estiramento muscular;
  • Compressão da hérnia de disco e outros problemas.

Qual a relação entre o uso de celular e a síndrome do pescoço de texto?

O uso prolongado de dispositivos móveis é a causa da síndrome do pescoço de texto. Basta observar que, na maioria das vezes em que as pessoas estão mexendo nos dispositivos móveis como celulares e tablets, elas estão de pescoço baixo digitando, lendo ou jogando.

Em uma posição neutra, nossa cabeça pesa de 4 a 5 kg. Com a cabeça inclinada para baixo, esse peso aumenta em até cinco vezes, causando uma pressão excessiva nos músculos, tendões e ligamentos do pescoço que precisam suportar muito mais peso. É essa pressão que pode causar problemas na região e levar ao desenvolvimento da síndrome do pescoço de texto.

Durante a pandemia do coronavírus, muitas pessoas passaram a trabalhar em casa em função das medidas de distanciamento social para diminuir o contágio. Muitas vezes, o home office foi instituído sem que os ambientes domésticos estivessem preparados no que diz respeito às questões de ergonomia do local de trabalho.

Se você passou a trabalhar em casa durante a pandemia e faz uso de dispositivos móveis durante todo o dia, é preciso levar em consideração algumas medidas para evitar a síndrome do pescoço de texto:

  • Altura da tela do computador – deve estar disposta a altura dos olhos, para evitar o curvamento da coluna por longas horas;
  • Regulagem de mesa e cadeira – os móveis precisam estar em conformidade com a altura de quem as utiliza para oferecer conforto;
  • Tipo de cadeira – opte sempre por cadeiras com encosto para evitar curvar a coluna.

No seu home office, esteja atento para garantir que cada item esteja disposto de forma a facilitar a utilização, sem prejudicar a saúde física.

Quais são os sintomas da síndrome do pescoço de texto? 

Um dos sintomas mais comum da síndrome do pescoço de texto é a dor no pescoço. Porém, há outros sintomas que você pode sentir que indicam um problema na região. Fique atento se você sentir alguns desses outros sintomas – juntos ou isolados:

  • Dificuldade de movimentar o pescoço;
  • Dor de cabeça constante;
  • Dor nos ombros;
  • Dor nas costas
  • Região do trapézio tensa e resistente;
  • Formigamento ou sensação de dormência em mãos e dedos.

Atenção: conhecer os sintomas e procurar ajuda de um profissional da saúde o quanto antes é essencial para prevenir danos que podem se tornar permanentes com o passar do tempo.

Como evitar a síndrome do pescoço de texto?

É fundamental ficar atento à postura corporal é fundamental para evitar a piora das dores. Para isso, siga as seguintes orientações:

  • Mantenha o pescoço ereto;
  • Leve o celular até a altura dos olhos e não o contrário;
  • Para maior equilíbrio do corpo, segure o aparelho com as duas mãos e digite com os dedos polegares;
  • Se for utilizar o celular deitado, mantenha as costas apoiadas no colchão e leve o celular até a linha dos olhos.
  • Ao longo do dia, faça alongamentos que trabalhem a região do pescoço, peito e parte superior das costas.

Essas dicas são importantes para que a sua coluna se mantenha alinhada. Considere também reduzir o tempo que você passa frente às telas. Segundo relatório do AppAnnie, o brasileiro está, ao lado do indonésio, em 1º lugar no volume de uso de celulares entre os 17 países analisados. Apesar de sermos um povo muito conectado, não podemos abrir mão da nossa qualidade de vida e bem-estar.

Como é o tratamento para a síndrome do pescoço de texto?

Quando os problemas causados pelo uso excessivo dos dispositivos móveis causam esse tipo de desconforto, buscar ajuda de um médico ortopedista ou fisiatra é fundamental para que sejam realizados os exames necessários avaliar a gravidade do quadro. O tratamento indicado deverá auxiliar na recuperação da mobilidade e alívio das dores. Os principais tipos de tratamento são:

Medicamentos – o médico pode prescrever analgésicos, anti-inflamatórios ou relaxantes musculares para alívio da dor.

Fisioterapia – o fisioterapeuta irá orientar nos exercícios de postura, alinhamento e exercícios para fortalecer a região do pescoço. Terapias que usam o calor e o frio e a estimulação elétrica também ajudam no alívio da dor e na descompressão da área.

Imobilização de curta duração – nos casos mais extremos, pode ser necessário usar um colar que apoia o pescoço para ajudar a aliviar a dor, tirando a pressão das estruturas do pescoço. O uso deve ocorrer conforme indicação médica.

Tempo de tela – o médico também poderá orientar o paciente a gerenciar melhor a quantidade de horas usando dispositivos para diminuir o tempo de tela e evitar a flexão excessiva do pescoço.

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Referências

Quais os principais tipos de dor de cabeça?

Apesar de muitas vezes serem tratadas como um quadro único, há diferentes tipos de dor de cabeça. Os principais são a enxaqueca, a cefaleia do tipo tensional, a cefaleia em salvas e a cefaleia crônica diária. De modo geral, a dor de cabeça é caracterizada por toda e qualquer dor localizada na região craniana (testa, têmporas e parte de trás da cabeça).

Elas se diferenciam em relação à frequência, ao local que é afetado pela dor, às causas do problema e aos tipos de tratamento. A seguir, confira algumas das características específicas de cada uma

Tipos de dor de cabeça e as principais diferenças entre eles

Enxaqueca – a dor é de intensidade média a forte e se manifesta como uma pulsação. Pode ser incapacitante e acontecer em um lado somente ou em ambos os lados da cabeça, afetando também as têmporas. Entre os gatilhos para que o quadro apareça estão cansaço, estresse, consumo de bebidas alcoólicas e variações extremas de temperatura.

Cefaleia do tipo tensional – é considerada o tipo de dor de cabeça comum. Apresenta-se em força leve a moderada e costuma ser sentida em toda a cabeça. Remédio analgésico e repouso são suficientes para curar o quadro.

Cefaleia em salvas – menos frequente, a cefaleia em salvas é um tipo de dor de cabeça caracterizada por crises agudas, que duram entre 15 e 180 minutos, e podem se manifestar diariamente por semanas a meses. Os pacientes geralmente vivem períodos sem dores, o que torna a condição mais difícil de diagnosticar.  

Cefaleia crônica diária – o quadro é caracterizado por dores de cabeça que ocorrem ao menos 15 dias ao mês. Esse tipo de dor de cabeça é uma evolução das outras formas, que aumentam de frequência gradativamente por uso exagerado de analgésicos para dor.

Dores de cabeça secundárias – as dores de cabeça secundárias estão relacionadas a outras condições médica, como:

  • Ferimento na cabeça;
  • Pressão alta (hipertensão);
  • Doença dos vasos sanguíneos do cérebro;
  • Uso excessivo de medicamentos;
  • Tumores;
  • Congestão sinusal.

O que causa a dor de cabeça?

Os diferentes tipos de dor de cabeça são causados por sinais que interagem entre o cérebro, os vasos sanguíneos e os nervos, que têm o papel de enviar o sinal de dor ao cérebro. Os quadros, especialmente a enxaqueca, tendem a ser hereditários. Crianças que sofrem com esse tipo de dor de cabeça geralmente têm pelo menos um dos pais que também passa pelo problema.

Como prevenir a dor de cabeça?

Para a prevenção de todos os tipos de dores de cabeça, o ideal é descobrir o que as desencadeia. Os gatilhos são muito específicos para cada pessoa e cada tipo de dor – o que causa enxaqueca em alguém, por exemplo, não muda nada na rotina de outro.

Depois de determinar seus gatilhos, você pode evitá-los ou minimizá-los. Por exemplo, você pode descobrir que cheiros fortes o despertam. Evitar perfumes e produtos aromáticos pode fazer uma grande diferença na quantidade de dores de cabeça que você tem. O mesmo se aplica a outros gatilhos comuns, como alimentos incômodos, falta de sono e má postura.

Muitas pessoas, no entanto, não são capazes de evitar os gatilhos ou são incapazes de identificá-los. Nesse caso, muitas vezes é necessária uma abordagem multidisciplinar personalizada com um médico especialista em cefaleia, que poderá indicar tratamento medicamentoso, psicoterapia, fisioterapia, entre outras terapias adequadas para cada paciente.

Quando procurar um médico para dor de cabeça?

A orientação oficial da Sociedade Brasileira de Cefaleia é procurar um médico para tratar a dor de cabeça quando ocorrer três episódios do quadro, com a necessidade de uso de analgésico, entre o período de um mês. Se esse for o caso, um médico neurologista deve ser procurado.

Existe tratamento para a dor de cabeça?

O tratamento depende do tipo de dor cabeça e deve ser individualizado, de acordo com cada quadro do paciente. As abordagens mais comuns são:

Mudança comportamental – para alguns casos, evitar os gatilhos específicos – como estresse, cheiros fortes, cansaço – e até mudanças na rotina, incluindo uma alimentação balanceada e exercícios físicos.

Tratamento medicamentoso – para a maioria dos pacientes, são necessários analgésicos com cafeína e tempo de repouso para que o incômodo passe. Nos casos mais graves e crônicos, de dores intensas, os médicos podem prescrever triptanos. Se a frequência de crises for alta, antidepressivos, ansiolíticos ou anticonvulsivantes também são opções de tratamento.

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Referências

Quais são os sintomas da Doença de Parkinson?

Embora um dos sinais mais conhecidos da Doença de Parkinson seja tremores que acometem, principalmente, as mãos, cerca de 20% dos pacientes podem não apresentar essa característica. O principal indicador do Parkinson, na verdade, é o quadro de bradicinesia, que faz com que as pessoas que têm a doença realizem movimentos mais lentos, caracterizados, muitas vezes, pela dificuldade de andar, pouca ou nenhuma expressão facial, além de um “arrastar de pés” durante caminhadas. Saiba mais sobre a doença e como ela pode se manifestar de diferentes formas, de acordo com o estágio em que se encontra cada paciente.

O que é Doença de Parkinson?

A Doença de Parkinson é uma enfermidade progressiva do sistema nervoso, parte do cérebro que controla dos movimentos. O quadro surge devido à degeneração de células presentes na região do cérebro chamada de substância negra. Essas células são responsáveis por produzir a dopamina, substância que conduz as correntes nervosas (neurotransmissores) por todo o corpo. A falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos do paciente, provocando os sintomas.

Ela é a segunda doença degenerativa mais prevalente no mundo, só fica atrás do Alzheimer. O quadro não é fatal ou contagioso e, geralmente, não afeta a memória ou a capacidade intelectual do paciente.

Quais são os sinais e sintomas da Doença de Parkinson, como a doença se manifesta?

Os sinais e sintomas do Parkinson incluem alterações motoras e não-motoras. Os primeiros sinais são sutis e, por isso, podem passar despercebidos. É possível que eles se manifestem até uma década antes da manifestação mais grave da doença, que ocorre apenas quando há degeneração de boa parte das células que produzem dopamina.

Entre esses sinais e sintomas mais leves estão a constipação, redução do olfato e o transtorno comportamental do sono REM, que faz com que os pacientes se mexam muito durante o sono. Outros sintomas comuns que podem aparecer ao longo do desenvolvimento da doença são:

  • Lentidão de movimentos, chamada bradicinesia;
  • Agitação ou tremor em repouso, que pode piorar se o paciente está nervoso;
  • Rigidez dos braços, pernas ou tronco;
  • Problemas com o equilíbrio e quedas;
  • Alterações de humor – como depressão, ansiedade, irritabilidade;
  • Alterações cognitivas – como falta de atenção, problemas visuo-espacial, psicose e alucinações;
  • Suor excessivo, principalmente nas mãos
  • Mudanças sensoriais – como dor, sensação de aperto, formigamento e queimação;
  • Voz baixa e suave;
  • Tontura e desmaios;

Qual a importância do diagnóstico da Doença de Parkinson ser feito o mais cedo possível?

O diagnóstico da doença de Parkinson logo no início do curso da doença é de extrema importância para um tratamento eficaz, capaz de retardar a evolução dos sintomas – o que fica mais difícil com o passar do tempo. A grande dificuldade, porém, é que ainda não há exames que forneçam um diagnóstico preciso e, por isso, muitas pessoas descobrem o quadro apenas com o aparecimento de sinais mais graves.

O diagnóstico é feito por exclusão. Com exames para analisar o cérebro, como eletroencefalograma, tomografia computadorizada e ressonância magnética, os médicos conferem se a pessoa possui nenhuma outra doença. Além disso, os especialistas acompanham o histórico clínico do paciente e a presença de sinais e sintomas que podem indicar a presença de Parkinson.

Existe tratamento para a Doença de Parkinson?

Apesar dos avanços da medicina, não existe cura ou forma de prevenir o Parkinson. Entretanto, há tratamentos que podem melhorar significativamente os sintomas causados pela doença e, consequentemente, a qualidade de vida dos pacientes.

Medicamentos – existem diferentes tipos de remédios que podem ser usados para tratar a Doença de Parkinson.

Mudanças no estilo de vida – incluindo a prática de exercícios físicos no dia a dia e uma rotina de alimentação saudável também contribuem para que aqueles que têm Parkinson tenham uma vida melhor. No entanto, é necessário supervisão profissional.

Terapias complementares –  como fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional e acompanhamento psicológico também podem fazer parte do tratamento e beneficiar os pacientes, auxiliando no controle de sinais e sintomas e na adaptação de tarefas cotidianas.

Cirurgia – para alguns casos específicos, os profissionais de saúde também podem sugerir procedimentos cirúrgicos com o objetivo de regular determinadas regiões do cérebro e melhorar os sintomas.

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Hábitos que ajudam a prevenir a enxaqueca

Dor latejante em um dos lados da cabeça, aversão à luz, aos ruídos sonoros, náuseas e vômito. Quem já sentiu esses sintomas provavelmente estava passando por uma crise de enxaqueca. O mal afeta 15% da população no planeta, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, mais de 30 milhões de pessoas enfrentam o problema e precisam lidar com as consequências físicas e emocionais da doença. Isso porque a enxaqueca provoca dor e mal-estar tão intensos que impossibilitam a realização de atividades simples do dia a dia. Alguns hábitos, no entanto, podem ajudar a prevenir essas crises, mas é fundamental o acompanhamento médico para o tratamento adequado.  

O que é enxaqueca?

A enxaqueca é um distúrbio neurológico no qual a dor de cabeça costuma ser intensa e incapacitante. É considerada uma cefaleia (dor de cabeça) do tipo primária, que ocorre devido a disfunções neuroquímicas no cérebro. Portanto, não é um sintoma, mas sim a própria doença. Em geral, a enxaqueca vem acompanhada de outros sintomas, que podem incluir:

  • Aversão a sons, cheiros e luzes;
  • Enjoo;
  • Distúrbios de visão;
  • Irritabilidade;
  • Dificuldade de memória e fala.

Os sintomas de enxaqueca podem durar até 72 horas e, em casos crônicos, os episódios comumente acontecem em 10 a 15 dias no mês.

Quais são as causas da enxaqueca?

As causas da enxaqueca não são totalmente conhecidas, mas existem indícios de que haja um componente genético. Pessoas com familiares de primeiro grau diagnosticados com a doença têm até 80% mais chances de desenvolvê-la. As mulheres também costumam ser mais afetadas, devido às oscilações hormonais do período menstrual e menopausa.

O estresse é outra causa bastante comum, já que nessa circunstância o corpo libera grande quantidade de cortisol e adrenalina, afetando a frequência cardíaca. Esse desequilíbrio resulta na dor de cabeça intensa e demais sintomas como náusea.

Vale ressaltar que, ao longo da vida, qualquer um pode ter uma enxaqueca isolada e entre os fatores de risco estão:

Estilo de vida – privação constante do sono, dietas alimentares desequilibradas e sedentarismo podem contribuir para a enxaqueca.

Álcool e tabagismo – a nicotina presente no cigarro provoca a constrição dos vasos sanguíneos, alterando toda a circulação corporal, o que aumenta as chances de dores de cabeça. O uso abusivo de bebidas alcoólicas também causa esse efeito.

Doenças psíquicas – sintomas de depressão e ansiedade, como oscilação do sono e de humor, podem aumentar as crises de enxaqueca.

Problemas de saúde bucal – alterações orofaciais, como a disfunção temporomandibular, que afeta a articulação da mandíbula, também elevam a prevalência das dores de cabeça.

Fatores externos dias muito quentes e iluminados, vento, odores como o de perfumes podem desencadear uma crise.

Como é o tratamento para enxaqueca?

É importante que o tratamento para enxaqueca seja recomendado por um médico. O profissional realizará os testes clínicos necessários, investigará o histórico médico e familiar do paciente e provavelmente solicitará exames como a ressonância magnética, que produz imagens do cérebro e dos vasos sanguíneos. Esse cuidado é fundamental para descartar outras doenças.

A partir do diagnóstico da enxaqueca, o médico pode receitar, conforme o caso, alguns tipos de medicamentos para alívio da dor, tais como:

  • Analgésicos;
  • Medicamentos para prevenir náusea;
  • Triptanos – classe de medicamentos que age sobre os preceptores da serotonina, levando a constrição dos vasos e diminuição de episódios de inflamação que causam a enxaqueca. Existem versões em comprimido, spray nasal e injeção. Em geral não são recomendados a pessoas com risco de AVC e problemas cardíacos.
  • Opioides – composto por substâncias que podem ser altamente viciantes são recomendados em último caso, quando outros tratamentos não foram eficazes.

Existem ainda alguns tipos de medicamentos que podem ajudar a prevenir as crises de enxaqueca, dependendo das características de cada caso. Eles só devem ser utilizados com prescrição médica, por exemplo:

  • Antidepressivos – os antidepressivos possuem substâncias capazes de evitar os episódios de enxaqueca, mas possuem efeitos colaterais comuns dessa classe medicamentosa, como sonolência;
  • Anticonvulsivantes – podem inibir a incidência de dores de cabeça menos frequentes. Mas também são acompanhados de efeitos colaterais como náusea e tontura;
  • Betabloqueadores – também são recomendados para prevenção de crises de enxaqueca;
  • Terapias hormonais – se você é mulher, converse com o ginecologista sobre terapias hormonais que podem auxiliar na prevenção da enxaqueca;
  • Toxina botulínica – injeções a cada três meses podem ser eficientes para adultos.

Importante! Tome os medicamentos indicados pelo médico e somente para os momentos em que ele foi prescrito. O uso abusivo de analgésicos pode criar um “efeito rebote”, aumentando os episódios de dores de cabeça.

Quais hábitos ajudam a aliviar a enxaqueca e prevenir novas crises?

Mesmo com acompanhamento médico e uso de medicamentos, a enxaqueca pode aparecer a qualquer momento. No entanto, alguns hábitos ajudam a diminuir a frequência de dores e aliviar os sintomas. Confira algumas dicas:

  • Alimentação regular – alimente-se com regularidade e não pule as refeições;
  • Hidratação – beba água, pois a desidratação aumenta a incidência de dores de cabeça;
  • Sono adequado – procure dormir de sete a nove horas por noite;
  • Exercício físico – faça algum tipo de exercício físico rotineiramente após avaliação médica, nem que seja uma caminhada de 30 minutos;
  • Técnicas de relaxamento – adote práticas de relaxamento, como meditação, ioga e técnicas de respiração;
  • Psicoterapia – procure um terapeuta para ajudar a lidar com suas questões emocionais;
  • Atividades prazerosas – inclua atividades prazerosas em seu dia a dia, como um hobby.

Além de ajudar a prevenir e aliviar a enxaqueca, essas medidas podem ser benéficas para a saúde como um todo.

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Quais procedimentos adotar durante uma Crise Miastênica?

Antes de mais nada, é preciso entender o que é a Miastenia Gravis, uma doença crônica
caracterizada pela fraqueza e fadiga muscular, afetando principalmente a região das pálpebras
e músculos que movimentam os olhos, além dos braços e pernas. A maioria dos pacientes
acometidos pelo distúrbio relatam grande dificuldade para mastigar e engolir, até problemas
para articular palavras.
Por meio de exames complementares de sangue e testes elétricos responsáveis por avaliar o
impulso nervoso é possível detectar o grau de miastenia do paciente, sendo também
necessário a realização de uma tomografia computadorizada para investigar outras possíveis
alterações no organismo.
O que é uma Crise Miastênica?
Basicamente é um agravamento dos sintomas da Miastenia Gravis, progredindo em seguida
para uma insuficiência respiratória aguda ocasionada por uma infecção ou ingestão de
medicamento contraindicado ao miastênico.
Como você pode ajudar
Caso aconteça tal episódio, a primeira atitude é chamar imediatamente o socorro médico para
monitorar os sinais vitais do paciente e, se necessário, entubar o mesmo. No período em que o
miastênico ficar em observação na UTI ele poderá ser conectado a um aparelho de ventilação
ou receber uma sonda que o alimente e envie medicações básicas.
De qualquer forma, procurar uma orientação médica, de preferência um neurologista de
confiança pode fazer muita diferença na vida de alguém que enfrenta constantes crises
miastênicas.

Ref:https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5704/miastenia_gravis_mg.htm