Saúde Mental, Bem-estar, Saúde
08/12/2021
Quais são os sintomas da Doença de Parkinson?

Embora um dos sinais mais conhecidos da Doença de Parkinson seja tremores que acometem, principalmente, as mãos, cerca de 20% dos pacientes podem não apresentar essa característica. O principal indicador do Parkinson, na verdade, é o quadro de bradicinesia, que faz com que as pessoas que têm a doença realizem movimentos mais lentos, caracterizados, muitas vezes, pela dificuldade de andar, pouca ou nenhuma expressão facial, além de um “arrastar de pés” durante caminhadas. Saiba mais sobre a doença e como ela pode se manifestar de diferentes formas, de acordo com o estágio em que se encontra cada paciente.

O que é Doença de Parkinson?

A Doença de Parkinson é uma enfermidade progressiva do sistema nervoso, parte do cérebro que controla dos movimentos. O quadro surge devido à degeneração de células presentes na região do cérebro chamada de substância negra. Essas células são responsáveis por produzir a dopamina, substância que conduz as correntes nervosas (neurotransmissores) por todo o corpo. A falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos do paciente, provocando os sintomas.

Ela é a segunda doença degenerativa mais prevalente no mundo, só fica atrás do Alzheimer. O quadro não é fatal ou contagioso e, geralmente, não afeta a memória ou a capacidade intelectual do paciente.

Quais são os sinais e sintomas da Doença de Parkinson, como a doença se manifesta?

Os sinais e sintomas do Parkinson incluem alterações motoras e não-motoras. Os primeiros sinais são sutis e, por isso, podem passar despercebidos. É possível que eles se manifestem até uma década antes da manifestação mais grave da doença, que ocorre apenas quando há degeneração de boa parte das células que produzem dopamina.

Entre esses sinais e sintomas mais leves estão a constipação, redução do olfato e o transtorno comportamental do sono REM, que faz com que os pacientes se mexam muito durante o sono. Outros sintomas comuns que podem aparecer ao longo do desenvolvimento da doença são:

  • Lentidão de movimentos, chamada bradicinesia;
  • Agitação ou tremor em repouso, que pode piorar se o paciente está nervoso;
  • Rigidez dos braços, pernas ou tronco;
  • Problemas com o equilíbrio e quedas;
  • Alterações de humor – como depressão, ansiedade, irritabilidade;
  • Alterações cognitivas – como falta de atenção, problemas visuo-espacial, psicose e alucinações;
  • Suor excessivo, principalmente nas mãos
  • Mudanças sensoriais – como dor, sensação de aperto, formigamento e queimação;
  • Voz baixa e suave;
  • Tontura e desmaios;

Qual a importância do diagnóstico da Doença de Parkinson ser feito o mais cedo possível?

O diagnóstico da doença de Parkinson logo no início do curso da doença é de extrema importância para um tratamento eficaz, capaz de retardar a evolução dos sintomas – o que fica mais difícil com o passar do tempo. A grande dificuldade, porém, é que ainda não há exames que forneçam um diagnóstico preciso e, por isso, muitas pessoas descobrem o quadro apenas com o aparecimento de sinais mais graves.

O diagnóstico é feito por exclusão. Com exames para analisar o cérebro, como eletroencefalograma, tomografia computadorizada e ressonância magnética, os médicos conferem se a pessoa possui nenhuma outra doença. Além disso, os especialistas acompanham o histórico clínico do paciente e a presença de sinais e sintomas que podem indicar a presença de Parkinson.

Existe tratamento para a Doença de Parkinson?

Apesar dos avanços da medicina, não existe cura ou forma de prevenir o Parkinson. Entretanto, há tratamentos que podem melhorar significativamente os sintomas causados pela doença e, consequentemente, a qualidade de vida dos pacientes.

Medicamentos – existem diferentes tipos de remédios que podem ser usados para tratar a Doença de Parkinson.

Mudanças no estilo de vida – incluindo a prática de exercícios físicos no dia a dia e uma rotina de alimentação saudável também contribuem para que aqueles que têm Parkinson tenham uma vida melhor. No entanto, é necessário supervisão profissional.

Terapias complementares –  como fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional e acompanhamento psicológico também podem fazer parte do tratamento e beneficiar os pacientes, auxiliando no controle de sinais e sintomas e na adaptação de tarefas cotidianas.

Cirurgia – para alguns casos específicos, os profissionais de saúde também podem sugerir procedimentos cirúrgicos com o objetivo de regular determinadas regiões do cérebro e melhorar os sintomas.

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