Comunicado
10/08/2020
Cellera cresce após acordo com Janssen

Parceria permite que a brasileira tenha a representação comercial do portfólio de OTC da americana.
Por Ana Paula Machado — De São Paulo, via Valor Econômico | Empresas

A Cellera Farma começa a contabilizar os ganhos da parceria formada no fim do ano passado com a americana Janssen. O acordo permite que a Cellera tenha a representação comercial do portfólio de OTC da americana.

Segundo Omilton Visconde Junior, presidente da farmacêutica, neste primeiro ano de acordo, o faturamento da companhia chegará a R$ 330 milhões. No ano passado, sem Janssen, a receita foi de R$ 140 milhões.

“No primeiro ano de operação, em 2017, tivemos faturamento de R$ 60 milhões. Em 2018, chegamos a R$ 100 milhões e no ano passado tivemos receita de R$ 140 milhões. Tivemos crescimento acelerado em período curto”, disse.

Neste mês, a Cellera se prepara para dar mais um passo na estratégia de crescimento. Segundo o executivo, a farmacêutica irá lançar no Brasil o probiótico Culturelle, líder de vendas no EUA. Visconde Junior diz que a expectativa é que o produto se torne o maior em vendas da companhia em três anos.

“Por estar num segmento muito dinâmico e com características muito próprias, esse produto pode ser usado para aumento da imunidade. Começou um estudo grande nos EUA sobre como aumentar a imunidade como prevenção à covid- 19”, afirmou.

O mercado de probióticos no Brasil vende de R$ 500 milhões a R$ 700 milhões por ano. A Cellera já enviou o novo medicamento às principais redes de farmácias do país e começou a propaganda médica. “Vamos atuar em duas frentes. Uma no médico, ressaltando as propriedades do medicamento. E como tem o perfil aberto, ou seja, é um OTC, podemos fazer ações na mídia social e ir direto ao consumidor.”

O executivo acrescentou que a Cellera busca trazer para o mercado nacional novos medicamentos para ampliar o seu portfólio. Além do acordo com a Janssen, a farmacêutica já tem acordo de representação e vendas com a Novartis, com antidepressivo Pamelor, e com a Bayer , com o Bernerva.

Segundo Visconde Junior, o foco agora é adicionar valor a companhia e conquistar uma posição de mercado “diferenciada”. “Estamos buscando, além de licenças de produtos, ampliar a nossa produção. Com essas parceiras e novas licenças, vamos nos estruturar e a meta é chegar entre as 30 maiores empresas do setor no Brasil. A partir daí, podemos começar o processo para a abertura de capital. Há poucas empresas do setor na bolsa”, disse Visconde Junior.

A Cellera Farma está no processo para a aquisição do Xantinon, que foi colocado à venda pela Hypera Pharma no mês passado, e busca de R$ 200 milhões a R$ 250 milhões. O medicamento vende, segundo a consultoria especializada IQVIA, cerca de R$ 50 milhões por ano.

Para conferir o conteúdo, acesse: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2020/08/10/cellera-cresce-apos-acordo-com-janssen.ghtml