O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é um transtorno mental caracterizado pela presença de compulsões e/ou obsessões. Estima-se que 2% da população mundial tenha a condição, que gera grande estresse e ansiedade. Popularmente, o principal sintoma do TOC são as chamadas “manias”, ações repetidas diversas vezes como uma forma de aliviar o medo de algo ruim acontecer. Mas o TOC pode ir além; continue a leitura para entender mais sobre outros sintomas da doença, a forma de diagnóstico e os tratamentos.
O que é TOC?
O transtorno obsessivo-compulsivo ou TOC é um transtorno mental caracterizado pela presença de obsessões e/ou compulsões. Obsessões são pensamentos, impulsos ou imagens indesejáveis ou ruins que invadem a consciência sem nenhum controle da pessoa, gerando ansiedade ou desconforto (físico e emocional).
Em uma tentativa de aliviar essas sensações, a pessoa passa a executar rituais – as compulsões – para afastar o medo e os pensamentos negativos. É como se, ao realizar ações de forma repetida, as chamadas “manias, ela pudesse evitar que algo ruim aconteça.
Por isso, é comum que pacientes com TOC evitem andar em determinados lugares (como banheiros públicos, hospitais e cemitérios), tocar em maçanetas ou dinheiro e até mesmo evitar contato com pessoas para sentirem-se seguros. A isso é dado o nome de evitações.
Qual a prevalência do TOC?
Aproximadamente 2% da população mundial é acometida pelo transtorno, sendo que dois milhões de brasileiros são afetados. O TOC é geralmente mais comum em mulheres e, com frequência, os sintomas podem se manifestar durante a adolescência ou em adultos jovens. Nos homens, o transtorno costuma se manifestar mais cedo: cerca de 25% tem sinais e sintomas antes dos dez anos.
O transtorno obsessivo-compulsivo não costuma melhorar espontaneamente, uma vez que a condição é crônica. Ao longo do tempo, os sinais e sintomas podem diminuir ou se exacerbar. Sem tratamento, a tendência é que a pessoa manifeste o TOC por toda a vida.
Quais as causas e fatores de risco do TOC?
Os médicos ainda não sabem, ao certo, por que algumas pessoas desenvolvem TOC. No entanto, estresse e situações traumáticas podem desencadear ou piorar o problema.
Alguns fatores de risco para o TOC são:
- Parentes ou outros familiares com a mesma doença;
- Ter depressão, ansiedade ou sofrer de doença que provoque “tiques”;
- Ter vivenciado algum trauma;
- Histórico de abuso físico ou psicológico na infância.
Quais são os sinais e sintomas de TOC?
Pessoas com transtorno obsessivo-compulsivo podem apresentar obsessões, compulsões ou ambos. Embora seja possível apresentar uma grande variedade de sintomas, é comum que um dos dois acabe sendo mais predominante.
Os sintomas mais comuns são:
Obsessões – são pensamentos repetitivos, urgências ou imagens mentais que causam ansiedade. Alguns exemplos que podem ocorrer são:
- Medo de se contaminar por vírus e bactérias;
- Medo de perder ou guardar algum objeto no lugar errado;
- Preocupação de que o indivíduo ou outras pessoas estejam em perigo;
- Pensamentos indesejados e considerados proibidos envolvendo sexo ou religião;
- Pensamentos agressivos direcionados a si mesmo ou outros;
- Necessidade de ver coisas milimetricamente alinhadas ou arrumadas de um jeito específico e de forma precisa.
Compulsões – comportamento que o indivíduo sente que precisa executar de forma repetida e ordenada – os rituais – para reduzir a ansiedade e parar os pensamentos obsessivos. Algumas compulsões comuns são:
- Excesso de limpeza, como lavar as mãos várias vezes;
- Checar coisas repetidamente, como se a porta está trancada ou se o forno está desligado;
- Contagem compulsiva;
- Ordenar e organizar coisas de forma muito particular e precisa.
Como o TOC é diagnosticado?
O transtorno obsessivo-compulsivo pode ser difícil de diagnosticar pois seus sintomas podem ser parecidos com o de outras condições mentais, como o transtorno de ansiedade. Também é possível ter TOC e ainda sofrer com outro tipo de transtorno mental.
Para ser diagnosticada, a doença precisa de uma análise clínica criteriosa feita por um médico especialista. As obsessões e compulsões devem consumir um tempo razoável da rotina do indivíduo e/ou impedir que ele realize atividades do cotidiano. É o caso, por exemplo, de quem se atrasa para o trabalho por ficar mais de uma hora tentando sair de casa checando se a fechadura está trancada. Os sintomas também precisam causar sofrimento físico e psicológico, além de comprometer a vida social, acadêmica, entre outras áreas da vida.
Também é preciso descartar que os sintomas estejam sendo provocados pelo uso de substâncias (como drogas ou medicações), doenças neurológicas e outros transtornos mentais com sintomas parecidos. Toda a análise diagnóstica é feita em consulta clínica, quando o médico analisa os sintomas descritos pelo paciente e o histórico de vida e familiar.
Como o TOC é tratado?
Há duas formas principais de tratamento para o transtorno obsessivo-compulsivo, que podem ser feitas juntas ou separadamente, de acordo com a intensidade do quadro e avaliação médica. São elas:
- Terapia cognitiva comportamental – é um tipo de psicoterapia que “ensina” o paciente a pensar, agir e reagir de formas diferentes, evitando as compulsões e obsessões. Uma técnica conhecida, por exemplo, é expor o paciente que tem medo ou obsessão ao objeto que causa esses sentimentos, ensinando a pessoa a lidar com a ansiedade que ele provoca.
- Medicamentos – alguns tipos de antidepressivos podem ser utilizados para reduzir a ansiedade e auxiliar a superar os comportamentos obsessivos.
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Referências
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