TDAH
21/07/2025
Dia mundial do TDAH: como o tratamento adequado pode transformar a rotina do paciente

Diagnóstico e o tratamento corretos são fundamentais para melhorar a qualidade de vida de quem convive com o TDAH

O dia mundial do TDAH, celebrado em 13 de julho, convida à reflexão sobre a importância de reconhecer os sinais do transtorno desde cedo e garantir que o paciente tenha acesso ao acompanhamento ideal. 

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) atinge crianças, adolescentes e adultos; e, muitas vezes, com sinais que podem ser confundidos com comportamentos comuns, como agitação, esquecimento ou falta de atenção.

Embora o diagnóstico ainda enfrente estigmas e o desconhecimento, a ciência já demonstrou que intervenções adequadas podem gerar melhorias significativas no controle emocional e na organização da rotina. Falar sobre o TDAH é também uma forma de abrir espaço para o acolhimento e combater rótulos. 

Por que o diagnóstico do TDAH faz tanta diferença?

Receber o diagnóstico de TDAH ajuda a entender comportamentos, aliviar culpas e abrir caminhos para o tratamento.

Entender o transtorno ajuda a reduzir o estigma e a ansiedade

Muitas pessoas com TDAH passam boa parte da vida acreditando que têm um defeito pessoal. Não conseguir manter a atenção, esquecer tarefas simples, falar impulsivamente ou perder prazos afeta o desempenho e a autoestima. 

Quando o diagnóstico é feito de forma criteriosa por um profissional de saúde, a perspectiva muda: o paciente compreende que há uma explicação neurológica para o que sente e vive.

Neste dia mundial do TDAH, queremos lembrar que essa conscientização, por si só, já é um passo terapêutico. A redução da culpa e do estresse emocional permite que o indivíduo se abra mais para o tratamento e desenvolva estratégias personalizadas para lidar com os sintomas.

Acompanhamento profissional e abordagem individualizada são fundamentais

O TDAH não é igual para todos. Existem diferentes manifestações do transtorno: com predominância de desatenção, hiperatividade e impulsividade ou com sintomas combinados. 

Por isso, o acompanhamento deve ser individualizado, considerando o histórico, o ambiente familiar, o desempenho escolar ou profissional e as necessidades específicas de cada fase da vida.

Geralmente, o acompanhamento é feito por psicólogos, psiquiatras, neurologistas e educadores. Cada profissional contribui de maneira complementar para o plano terapêutico ser eficaz e adaptável.

Como o tratamento impacta a rotina do paciente com TDAH?

Com o tratamento adequado, o dia a dia se torna menos caótico e mais funcional, trazendo alívio e melhora na qualidade de vida.

Melhora da concentração e da organização no dia a dia

Com o suporte certo, o paciente com TDAH consegue desenvolver maior foco para atividades rotineiras. Isso se reflete diretamente na produtividade acadêmica e/ou profissional. 

Conforme o tratamento avança, há avanços na organização do tempo, no cumprimento de tarefas e na habilidade de concluir projetos iniciados — algo que costuma ser um grande desafio para quem convive com o transtorno.

Redução de impulsividade e aumento da autoestima

A impulsividade é uma das características do TDAH com potencial para trazer consequências negativas na esfera emocional e social. Interromper conversas, responder sem pensar ou mudar de ideia bruscamente são comportamentos que geram conflitos e sensação de frustração.

O tratamento ajuda o paciente a reconhecer seus gatilhos e criar mecanismos para frear reações impulsivas. No Dia Mundial do TDAH, não deixe de buscar ajuda profissional. Esse domínio emocional melhora as relações interpessoais e promove o resgate da autoestima, muitas vezes abalada desde a infância.

Estratégias terapêuticas mais utilizadas para o TDAH

O tratamento do TDAH pode combinar diferentes abordagens, adaptadas às necessidades de cada paciente. Entre elas, psicoterapia, medicamentos e até o uso de suplementos podem fazer parte do cuidado.

Psicoterapia

A psicoterapia para TDAH, especialmente nas abordagens comportamentais, contribui para o paciente identificar padrões disfuncionais de comportamento e aprenda a substituí-los por respostas mais saudáveis. 

Quando há participação da família, os resultados costumam ser ainda melhores, pois o suporte no ambiente doméstico favorece a aplicação das estratégias aprendidas em consultório.

Medicamentos estimulantes e não estimulantes

Em alguns casos, o uso de medicações pode ser recomendado. Os medicamentos estimulantes, como os à base de metilfenidato, atuam em regiões do cérebro ligadas à atenção e ao controle dos impulsos. 

Já os não estimulantes podem ser indicados em situações específicas ou quando há contraindicações ao uso dos primeiros. O mais importante é que essa decisão seja feita por um médico, com acompanhamento contínuo e revisão periódica da resposta individual de cada paciente.

Suplementos para TDAH: como podem auxiliar?

Alguns nutrientes têm papel reconhecido no suporte à concentração, à memória e à função cerebral. O magnésio, por exemplo, está envolvido na transmissão dos impulsos nervosos. 

Já as vitaminas do complexo B participam de processos metabólicos importantes para o funcionamento do sistema nervoso. É possível incluir esses nutrientes na dieta por meio de alimentos, mas em algumas situações, a suplementação pode ser considerada.

O suplemento Convivia® se destaca por conter uma combinação de vitaminas B1, B3, B6, B12, zinco e o extrato botânico Neumentix™, que atua como suporte cognitivo. A composição foi pensada para apoiar funções como memória, concentração e desempenho mental, especialmente em crianças e adolescentes em idade escolar.

É importante ressaltar que suplementos alimentares devem ser utilizados com orientação profissional, como complemento ao tratamento convencional e não um substituto.

No dia mundial do TDAH, celebramos cada avanço no manejo e no tratamento do transtorno. Esses avanços precisam ser reconhecidos. O diagnóstico não define o potencial de ninguém. Com o tratamento certo, cada paciente pode desenvolver suas habilidades e viver com mais equilíbrio, organização e qualidade de vida.

 

 

Referências

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