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TDAH – como identificar os sintomas de desatenção na rotina?

O transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) afeta cerca de 5,9% de crianças e adolescentes e 2,5% de adultos em todo o mundo. Geralmente, quem sofre com esse tipo de transtorno, tem os primeiros sinais e sintomas ainda na infância, que se desdobram na vida adulta. Continue a leitura e entenda mais sobre a doença, suas causas e como identificar os sintomas de desatenção provocados pelo TDAH na rotina de pessoas próximas a você ou até em si próprio.

Quais são os principais sinais e sintomas de TDAH?

O TDAH é uma das maiores causas de evasão e expulsão nas escolas, dificuldades de aprendizado escolares e acadêmicos, obstáculos para manter habilidades sociais, e outros problemas que afetam as crianças e adolescentes em suas vidas sociais.

Entender os principais sintomas do TDAH é muito importante para que os pais avaliem o comportamento dos filhos, e para que adultos em geral evitem que alguns dos sintomas da doença, como a dificuldade para concentração, prejudique o desenvolvimento nos estudos, relacionamentos e trabalho.

De forma geral, os sintomas do TDAH são comportamentais, abrangendo desatenção, hiperatividade e impulsividade. Nem sempre a pessoa vai sofrer com todos eles ao mesmo tempo – é possível que um paciente com TDAH tenha sintomas de desatenção, mas não de hiperatividade, por exemplo. Além disso, os sintomas variam de acordo com a etapa da vida.

TDAH em crianças e adolescentes – normalmente, os jovens com TDAH apresentam sintomas antes dos seis anos de idade. É normal que crianças, no início da fase de aprendizado, encontrem algumas dificuldades e, por isso, é importante encontrar um profissional que saiba diferenciar o que é natural da idade e o que pode ser considerado um sintoma do TDAH. Veja, a seguir, alguns sintomas relacionados à desatenção que podem ajudar a identificar o TDAH em crianças:

  • Ter um curto período de atenção e ser facilmente distraído;
  • Cometer erros por descuido em trabalhos escolares;
  • Sempre esquecer ou perder coisas;
  • Incapacidade de cumprir tarefas mais demoradas;
  • Incapacidade de ouvir ou executar instruções;
  • Dificuldade de organizar brinquedos ou exercícios.

TDAH em adultos – geralmente, adultos com TDAH já possuem o transtorno desde a infância, porém nunca foram diagnosticados. Ainda que os sintomas sejam parecidos, é importante entender que a forma como a desatenção afeta um adulto é muito diferente de como afeta uma criança. Em pessoas mais velhas, os sintomas de desatenção permanecem e se manifestam de formas diversas, sendo que o trabalho e as relações pessoais são frequentemente impactados. Alguns sintomas relacionados à desatenção em adultos com TDAH são:

  • Descuido e falta de atenção aos detalhes;
  • Iniciar novas tarefas antes de terminar as antigas;
  • Dificuldade de organização;
  • Incapacidade de se concentrar ou priorizar atividades;
  • Perder ou esquecer coisas recorrentemente;
  • Inquietação e nervosismo frequentes;
  • Dificuldade em ficar quieto;
  • Interromper os outros continuamente;
  • Mudanças de humor rápida;
  • Impaciência;
  • Facilidade em assumir riscos em atividades;
  • Ter pouca atenção pela segurança pessoal ou dos outros, por exemplo, dirigindo perigosamente.

Como ajudar a apoiar o desenvolvimento de uma pessoa  com TDAH?

  • Certifique-se de que seu médico ou especialista saiba e te ajude a entender a diferença entre TDAH e quaisquer outros problemas relacionados à doença que a pessoa  possa ter;
  • Informe que a pessoa  tem TDAH para outras pessoas que precisam saber disso, como na escola ou na creche;
  • No caso de medicamentos, pesquise e peça orientações sobre os efeitos colaterais de qualquer medicamento prescrito para o seu filho;
  • Conhecer pessoas em grupos de apoio locais é importante para você não se sentir isolado e ajuda a lidar com a situação.

Qual é a causa do TDAH?

Não existe uma causa única para o TDAH, mas especialistas entendem que o transtorno pode ter relação com uma série de fatores, tais como:

  • Genética – pessoas que têm familiares com TDAH têm maior predisposição;
  • Função e estrutura cerebral – alguns estudos sugerem que o tamanho de certas partes do cérebro pode ter impacto direto na doença;
  • Grupos de riscos – algumas pessoas correm mais risco de ter TDAH, tais como os que nascem prematuramente, epiléticos e pessoas com danos cerebrais.

Como diagnosticar o TDAH?

Se você desconfia que uma criança ou você mesmo possa sofrer com o TDAH, é fundamental buscar uma opinião especializada. No caso das crianças, converse com os professores da escola para saber se eles têm alguma preocupação.

Em caso positivo, você pode consultar neurologistas, psiquiatras ou psicólogos especializados. No caso de TDAH em adultos, é aconselhável buscar a opinião dos mesmos especialistas. 

Qual é o tratamento do TDAH?

Fazer o tratamento do TDAH de forma adequada alivia os sintomas e permite que o paciente tenha um cotidiano muito mais tranquilo. Mas, para isso, pode ser necessária a combinação de alguns tipos de tratamento. Quem vai indicar qual é o tratamento do TDAH ideal para cada caso é o especialista, que poderá prescrever, para adultos e crianças, medicamentos e a necessidade de terapia, conforme o caso.

Medicação – ajudam na concentração e amenizam a impulsividade. Eles podem ser tomados diariamente ou nos dias em que a pessoa necessita, como em períodos de de aula ou estudos, por exemplo.

Terapia – diferentes tipos de terapia também ajudam no controle do transtorno e amenizam os sintomas mais graves. Algumas terapias que podem ser usadas são:

  • Psicoeducação;
  • Terapia comportamental;
  • Terapia cognitivo comportamental (TCC);
  • Grupos de apoio.

Outros fatores também podem auxiliar no controle da doença, como manter uma dieta adequada, de acordo com a orientação do médico especialista. Ainda que o transtorno dificulte algumas atividades, é possível ter uma vida normal controlando os sintomas e tomando algumas precauções que ajudem, por exemplo, a lembrar de compromissos. Para isso, é fundamental que o diagnóstico seja feito e o tratamento orientado por um médico especialista de confiança.

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Referências