Como é feito o diagnóstico do TDAH, e por quem é feito

O transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é bastante comum, a estimativa é que cerca de 4 a 12% das crianças e adolescentes entre os seis e doze anos no mundo têm a condição. Continue a leitura para saber quais são as possíveis causas, do TDAH como é feito o diagnóstico e como o transtorno afeta a vida dos pacientes.

O que é TDAH?

O TDAH é uma desordem neurobiológica que pode ser causada por fatores genéticos, entre outros. O transtorno faz com que a pessoa tenha dificuldade em sustentar o nível de atenção e o foco, além de ser muito mais inquieta e impulsiva. Então, a pessoa fica mais agitado, impaciente e tem dificuldade com atividades longas ou repetitivas.

Na maior parte das vezes, o TDAH é identificado durante a infância ou adolescência. Entretanto, mesmo com algumas intervenções e, consequentemente, melhoria nos sintomas, 40 a 80% das pessoas que recebem o diagnóstico de transtorno do déficit de atenção com hiperatividade ainda mantêm características na adolescência. E até 66% delas preenchem critérios do diagnóstico na vida adulta.

Quais as possíveis causas de TDAH?

Os pacientes com TDAH têm alterações na região frontal do cérebro, que é responsável pela inibição do comportamento, capacidade de atenção, autocontrole, planejamento e memória.

Apesar de o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade ser uma desordem neurobiológica, não se sabe exatamente por que isso acontece. Existem estudos indicando que as principais causas dessas alterações ocorrem no sistema de neurotransmissores, cuja função é passar informações entre os neurônios. Existem alguns fatores que aumentam o risco de isso acontecer, tais como:

  • Hereditariedade – ter na família alguém que tenha TDAH ;
  • Consumo de determinadas substâncias durante a gravidez – pesquisas apontam que consumir tabaco, álcool e cocaína durante a gravidez pode causar alterações em algumas partes do cérebro do bebê, inclusive na região frontal;
  • Outros problemas que afetam o cérebro – pessoas que têm epilepsia ou alguma lesão cerebral possuem maior chance de receber o diagnóstico de TDAH;
  • Prematuridade – o bebê que nasce antes do tempo tem um risco maior de apresentar o transtorno;
  • Baixo peso ao nascer – os bebês que nascem com peso menor que 1,5 kg também possuem um risco maior.

Quais os impactos do TDAH?

O transtorno de déficit de atenção com hiperatividade afeta crianças, jovens e adultos de formas diferentes no que diz respeito à vida social e relações interpessoais. Geralmente, o TDAH é investigado e diagnosticado em pessoas mais jovens devido ao comportamento na escola ou em ambientes coletivos.

Crianças e adolescentes com TDAH – apresentam maior dificuldade de aprendizado por serem mais distraídos e possuírem curtos períodos de foco e atenção, o que pode limitar o desenvolvimento educacional. Eles também sentem o impacto social por não conseguir ouvir e executar instruções, o que afeta o relacionamento com professores, pais e outras pessoas da mesma idade.

Adultos – os maiores problemas enfrentados são ligados à inquietação, impulsividade e, muitas vezes, memória fraca. Adultos com TDAH sentem os impactos, principalmente, nas relações pessoais e no trabalho. O descuido, falta de atenção e a incapacidade de priorizar tarefas podem afetar projetos e responsabilidades, trazendo uma mudança rápida de humor e impaciência no ambiente de trabalho.

Independentemente da idade, em muitos casos, o portador de TDAH tem dificuldade em avaliar o próprio comportamento e o quanto ele afeta as pessoas ao seu redor. Assim, colegas, parceiros e familiares podem acabar se irritando caso não conheçam o transtorno do déficit de atenção e os sinais dele. Como o transtorno afeta o comportamento, ser diagnosticado com essa desordem pode contribuir para uma autoestima mais baixa e relacionamentos problemáticos.

Quando suspeitar de TDAH?

A suspeita do TDAH pode ser levantada caso os sinais sejam desproporcionais à idade da pessoa. Ou seja: quando a hiperatividade, falta de atenção, impulsividade, falas excessivas etc. atrapalham o desenvolvimento, as relações interpessoais e o trabalho, sendo recomendável procurar um especialista.

Entretanto, é importante considerar que diagnosticar o transtorno de déficit de atenção com hiperatividade em crianças com menos de cinco anos é uma tarefa complicada. Isto ocorre porque muitas delas possuem reações parecidas com os sintomas pela pouca idade.

E em alguns casos, o comportamento que parece ser causado pelo transtorno do déficit de atenção pode ser provocado por outras situações, por exemplo: mudança brusca e na vida por causa de divórcio ou morte de alguém próximo, outras desordens médicas, depressão, transtorno bipolar ou ansiedade. Por isso, é muito importante que a possibilidade de TDAH seja investigada por especialistas.

Então, mesmo que alguém apresente sinais de hiperatividade, tenha dificuldade em manter a atenção e o foco nas atividades do dia a dia e fale muito, isso não significa que tenha TDAH.

Como é feito o diagnóstico de TDAH?

O diagnóstico de TDAH, seja em crianças ou adultos, é inteiramente clínico, com base nos sinais e sintomas. Não existem exames laboratoriais ou de imagem para isso. Então, para chegar em um diagnóstico efetivo, são realizadas avaliações levando em conta as interações do paciente com o médico, a rotina da pessoa, os comportamentos e as atitudes dela. O processo do diagnóstico pode envolver profissionais de diferentes especialidades, como:

Psiquiatra – é o especialista que diagnostica, trata e acompanha condições que afetam as funções psíquicas. O médico avalia o paciente por meio de um histórico clínico detalhado, onde observa aspectos do comportamento, fala, humor, atenção, entre outros. O psiquiatra também pode complementar o diagnóstico com testes, questionários e conversas com o paciente e/ou familiares.

Neurologista/Neuropediatra – é o especialista que diagnostica, trata e acompanha distúrbios que afetam o sistema nervoso. No caso de suspeita de TDAH em crianças na fase pré-escolar até o ensino fundamental, o neuropediatra é o profissional adequado para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento.

Pediatra – é o especialista por diagnosticar, tratar e acompanhar doenças e transtornos em crianças e adolescentes.No caso de suspeita de TDAH, o pediatra pode ajudar no diagnóstico e/ou encaminhar o paciente a um especialista.

Uma importante ferramenta para os especialistas chegarem ao diagnóstico de TDAH é o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), que está na quinta edição e foi elaborado pela American Psychiatric Association, que é a associação de psiquiatria dos Estados Unidos.

O DMS-5 também é adotado no Brasil e estabelece critérios de diagnóstico divididos em dois grupos: desatenção; e hiperatividade e impulsividade. Cada um deles tem uma relação de nove sinais e sintomas, sendo que a pessoa precisa apresentar seis ou mais em cada um dos dois grupos para ser diagnosticada com TDAH.

Mas não é só isso! Esses sinais e sintomas precisam ter determinadas características, que são as seguintes: manifestarem-se muitas vezes durante seis meses ou mais, serem mais pronunciados do que o esperado para a idade, ocorrerem em dois ambientes diferentes ao menos (como casa e escola), alguns deles precisam ter se manifestado antes dos 12 anos e, por último, devem interferir na funcionalidade da pessoa em casa, na escola ou no trabalho.

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TDAH: como educadores e pais ajudam na identificação e no tratamento?

Pais e professores são muito importantes tanto para a identificação do transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) quanto para o tratamento. Eles ajudam fornecendo informações valiosas para que os especialistas possam chegar ao diagnóstico e também na fase do tratamento, pois crianças e adolescentes apresentam comportamentos distintos em casa e na escola. Então, continue a leitura para saber exatamente como os pais e os professores podem ajudar as crianças e os adolescentes com TDAH.

O que é TDAH e qual o impacto na vida de crianças e adolescentes?

Antes de saber mais sobre o papel de pais e professores em relação ao TDAH, é preciso entender como ele impacta na vida das crianças e dos adolescentes. Por ser uma condição neurobiológica que interfere na capacidade de manter a atenção e o foco, além de provocar inquietação e impulsividade, o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade afeta a aprendizagem, os relacionamentos e, mais tarde, o trabalho. Veja os sinais mais comuns de TDAH:

  • Falta de persistência em atividades;
  • Falta de atenção;
  • Falta de concentração;
  • Estar “no mundo da lua”;
  • Dificuldade em terminar atividades;
  • Agitação excessiva;
  • Desorganização;
  • Imprudência;
  • Dispersão;
  • Constante movimento de mãos e pés.

Muitos desses sinais podem ser facilmente confundidos com comportamentos normais da idade. Inclusive, apresentar um ou mais deles não quer dizer que a pessoa tem TDAH. Porém, quando eles são mais intensos e recorrentes do que o esperado, podem ser sinais de alerta e é muito importante que os pais e os educadores estejam atentos, pois isso pode acelerar o processo de identificação e tratamento do transtorno, contribuindo para o bom desenvolvimento das crianças e adolescentes.

Como alguns dos comportamentos provocados pelo TDAH podem parecer indisciplina, há uma chance grande do aluno acabar recebendo o rótulo de “problemático”. Isso pode dificultar na criação de laços de amizade na escola e também existe o risco de ele ser ignorados por professores que, sem paciência, o veem como caso perdido e que não merece a dedicação deles.

Como pais, familiares e professores podem ajudar no diagnóstico do TDAH?

Como não existem exames laboratoriais e de imagem que ajudem no diagnóstico do TDAH, ele é feito com base nos sinais e sintomas. Por isso, é fundamental que o médico tenha uma visão de como é o comportamento do paciente em diferentes ambientes. Nesse sentido, educadores e familiares são uma excelente fonte de informação. Mas, para isso, devem ficar atentos a possíveis sinais do transtorno do déficit de atenção com hiperatividade.

Exemplos do que educadores devem ficar atentos na escola:

  • Aluno com dificuldade em se organizar ou se planejar para atividades de aprendizado;
  • Quem esquece regularmente do dever de casa;
  • Quem não lê as perguntas até o fim antes de responder;
  • Quem fala muito durante as lições, não parar quieto na cadeira e ficar distraído nos próprios pensamentos.

Exemplos do que pais ou responsáveis devem ficar atentos no dia a dia:

  • Indícios de impulsividade, como quando a criança não consegue esperar sua vez para brincar ou receber algum objeto;
  • Se a criança ou adolescente interrompe outras pessoas durante conversas com muita frequência;
  • Esquecer quase sempre o material escolar ou outros recados da direção da escola e de professores.

Se você é professor ou pai e observa esses comportamentos em alguma criança, é importante procurar um médico para que a criança ou o adolescente passe por uma avaliação – que pode envolver diferentes especialistas, como pediatra, psiquiatra e neurologista. E, no caso de o diagnóstico ser positivo, seja elaborado um plano de tratamento.

O médico responsável por conduzir o processo de diagnóstico vai combinar os relatos de professores e pais, além das conversas diretamente com a criança ou o adolescente, para avaliar se o paciente cumpre todos os critérios clínicos para TDAH. A identificação do transtorno, porém, não deve ser vista como uma sentença, pois há formas de tratar a condição e de melhorar a qualidade de vida da pessoa.

Como pais, familiares e professores podem ajudar no tratamento do TDAH?

O tratamento do transtorno de atenção e hiperatividade não tem uma solução única. É feito por uma combinação de estratégias como medicamentos, psicoterapia e, em alguns casos, fonoaudiologia. Além de se familiarizarem com tudo o que envolve o tratamento, pais e professores treinados em estratégias comportamentais podem ajudar a criança ou o adolescente a lidar com o TDAH.

Os pais, em especial, podem participar da terapia de gerenciamento de comportamento e aprender estratégias para gerenciar o autocontrole, a impulsividade e o comportamento do paciente.

Na rotina, algumas ações podem ser colocadas em prática:

Pais e familiares:

  • Evitar repreender a criança por comportamentos característicos de TDAH;
  • Agir sempre da mesma forma, independente das oscilações de humor e comportamentos da criança;
  • Reconhecer e recompensar o progresso escolar;
  • Usar um quadro de lembretes e/ou cronograma para organizar o dia a dia. Para chamar mais atenção e ser mais colorido e divertido, use post it;
  • Anotar compromissos importantes da criança com TDAH, como datas de prova, passeios e atividades em uma agenda;
  • Evitar barulhos externos enquanto a criança estuda, para não atrapalhar a concentração;
  • Seguir tratamento medicamentoso sempre conforme instrução médica;
  • Manter o auxílio dos profissionais da saúde (equipe multidisciplinar), caso seja parte do tratamento e acompanhamento.

Educadores:

  • Orientar os alunos de forma clara e objetiva;
  • Colocar a criança com TDAH para sentar mais próxima da lousa, longe de porta e janelas, para que não se distraia facilmente;
  • Fazer anotações em provas para que o aluno entenda os erros e acertos;
  • Evitar instruções muito longas em atividades e provas;
  • Pedir que o aluno com TDAH repita as instruções, mas sempre evitando a exposição negativa diante dos outros alunos;
  • Caso o aluno se comporte de forma negativa, conversar constantemente com ele, explicando os prejuízos que as atitudes causam para ele e demais colegas.

Como existem períodos decisivos para o desenvolvimento e formação da pessoa, é preciso que pais e professores conheçam as características do transtorno do déficit de atenção com hiperatividade e entendam o papel que cada um deles tem no diagnóstico, tratamento e convívio.

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Autismo e TDAH: qual a relação entre os transtornos?

O autismo e TDAH são distúrbios neurológicos que costumam se manifestar logo nos primeiros anos de vida das crianças, podendo afetar aspectos como o desenvolvimento social e o aprendizado escolar. Continue a leitura e saiba como esses transtornos podem estar relacionados, além das diferenças principais dos sinais e sintomas aplicados à rotina.

O que é TDAH?

O transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é um distúrbio de desenvolvimento neurológico, com causa genética, que se manifesta por meio de comportamentos classificados em dois grandes grupos: desatenção e impulsividade-hiperatividade. É estimado é que 3 a 5% das crianças do mundo todo tenham TDAH, sendo que metade dos casos são perpetuados ao longo da vida adulta.

Geralmente, os sinais do TDAH são percebidos antes dos sete anos de idade pelos pais ou responsáveis da criança, como os professores e outros funcionários da escola, uma vez que o transtorno interfere diretamente no comportamento e desempenho escolar. É comum que o diagnóstico seja um pouco mais demorado em pessoas que manifestam somente os sinais de desatenção na rotina, que podem ser:

  • Distração – falta de atenção a detalhes, tendência em iniciar uma tarefa antes de terminar outra, incapacidade de se concentrar, dificuldade em realizar tarefas demoradas.
  • Dificuldade de aprendizado – erros em trabalhos e provas escolares devido a descuidos, dificuldade em organizar brinquedos ou exercícios, incapacidade em ouvir ou executar instruções.
  • Disfunção da memória – perda recorrente de pertences devido ao esquecimento, dificuldade em lembrar instruções e estudos.

Já as pessoas que possuem os sinais da hiperatividade-impulsividade em conjunto com os de desatenção costumam ser diagnosticados mais facilmente devido à intensidade da manifestação no dia a dia:

  • Inquietude e agitação – dificuldade de permanecer quieto, como na própria carteira escolar, por exemplo; interrupções durante conversa com outras pessoas; correr e escalar móveis, muros e objetos; fala excessiva; mãos e pés inquietos.
  • Atitudes impulsivas – realiza ações arriscadas sem se importar com a segurança pessoal ou de outras pessoas, interrupções durante conversas com outras pessoas, responder antes que concluam a pergunta.

O que é autismo?

O autismo não é uma doença, mas sim um distúrbio neurológico conhecido como transtorno de espectro do autismo (TEA). Ele pode dificultar a comunicação e a interação social, além de fazer com que a pessoa tenha padrões restritos e repetitivos de comportamento. O TEA pode ter vários níveis de intensidade e cada uma provoca dificuldades diferentes ao longo da vida da pessoa.

Segundo a Organização das Nações Unidas, estima-se que 1% da população mundial esteja dentro do espectro do autismo – e a maioria ainda não sabe. No Brasil, estudos indicam que a idade média para diagnóstico é de quatro anos e 11 meses de idade, [GP1] [NU2] [NU3] mas, em geral, os primeiros sinais do distúrbio podem ser notados em bebês de poucos meses até os primeiros anos da infância. São eles:

  • Dificuldade em manter contato visual e expressar emoções;
  • Dificuldade na comunicação, como uso repetitivo da linguagem;
  • Não atender quando chamado pelo nome;
  • Apego excessivo a rotinas e/ou a determinados objetos;
  • Ações repetitivas;
  • Interesse intenso em coisas ou assuntos específicos;
  • Sensibilidade sensorial – podem se incomodar ou ter forte interesse por ruídos, luzes, cheiros, toque, texturas;
  • Capacidade de memória acima da média.

Quais as semelhanças e diferenças entre autismo e TDAH?

Padrão de concentração – crianças com autismo ou TDAH podem apresentar alguma dificuldade de concentração. No entanto, crianças com TEA costumam ter dificuldade em focar em atividades que não gostam, mas podem se fixar intensamente em objetos, brinquedos ou outras atividades preferidas. Já crianças com TDAH resistem em se envolver com qualquer coisa que exija concentração, principalmente se levar tempo.

Comunicação – ambas condições podem interferir na comunicação da criança em certo ponto, mas as crianças com TEA costumam ter mais dificuldade em interagir socialmente com as pessoas ao redor, acham difícil manter o contato visual ou podem falar por horas apenas sobre um objeto ou tema de interesse. Ao contrário, as crianças com TDAH (principalmente se manifestar o comportamento hiperativo) tendem à fala excessiva e interrupções de conversas.

Rotina – pessoas com TEA são propensas ao apego a uma rotina específica e ficam descontentesquando precisam mudar.Por exemplo, podem querer sempre brincar com os mesmos brinquedos, comer determinado tipo de alimento de tal restaurante, vestir determinada roupa. Já pessoas com TDAH tendem a ficar impacientes em ter que seguir a mesma rotina por muito tempo ou repetir a mesma coisa várias vezes seguidas.

Quem tem autismo pode ter TDAH?

Sim. É possível que os dois distúrbios ocorram ao mesmo tempo em uma pessoa. Pesquisas indicam que entre 30% e 50% de pacientes com autismo também apresentam TDAH. Nesses casos, os sinais podem ser mais confusos, uma vez que a pessoa pode apresentar sintomas como foco intenso e concentração em um determinado assunto de interesse ou um objeto – característica que está fora do diagnóstico de TDAH, mas que faz parte do quadro de autismo.

Pode acontecer de um dos transtornos ser mais presente que o outro: por exemplo, a criança demonstrar os sinais e sintomas de desatenção e hiperatividade-impulsividade do TDAH combinados, mas apenas algumas características do TEA. 

Importante: somente um médico especialista é capacitado para diagnosticar uma criança com suspeita de TDAH, autismo ou ambos os distúrbios. No caso do autismo e TDAH combinados, o diagnóstico pode ser um pouco mais demorado. O médico fará uma análise dos sinais e sintomas relatados pelos pais, poderá conversar com educadores ou outras pessoas envolvidas na rotina da criança, para traçar um padrão de comportamento. Só assim é possível determinar o melhor tratamento, que pode envolver medicamentos, psicoterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, entre outras.

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TDAH: como identificar os sintomas de hiperatividade na rotina?

Dificuldade para manter o foco nas atividades, agitação motora, impulsividade e falta de atenção e são os sintomas clássicos do TDAH – transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. O distúrbio acomete cerca de 5,9% das crianças e adolescentes e 2,5% da população adulta mundial. No Brasil, o TDAH atinge cerca de 2 milhões de indivíduos adultos.

Continue a leitura e entenda mais sobre a doença e como os sintomas da hiperatividade podem se manifestar na rotina.

Categorias de TDAH – todo mundo manifesta falta de atenção e hiperatividade?

O quadro de TDAH é marcado, na maior parte das vezes, pela dificuldade da pessoa em manter-se atenta durante alguma atividade. No entanto, o transtorno pode ser dividido em dois tipos de manifestação de comportamento:

  • Dificuldade de concentração e de foco;
  • Hiperatividade e impulsividade.

Muitas pessoas possuem características que as enquadram em ambos os tipos, mas isso não é obrigatório. Por exemplo, cerca de dois entre três indivíduos com essa condição apresentam dificuldade de concentração e foco, mas não manifestam hiperatividade ou impulsividade.

Quando isso acontece, o quadro também pode ser chamado de TDA, sigla que significa transtorno de déficit de atenção. Como os sintomas desse quadro costumam ser menos óbvios e a pessoa tende a esconder sua desorganização ou guardá-la para si, é um problema que pode passar desapercebido pela maioria dos pais e professores.

Quais são os sintomas de hiperatividade no TDAH?

O TDAH com apresentação predominante de hiperatividade em crianças costuma provocar comentários como “ele/ela é elétrico” ou “ligado no 220” por não se manterem inativos por muito tempo. Os meninos tendem a apresentar mais hiperatividade e impulsividade em comparação às meninas, mas todos são desatentos e podem apresentar problemas de comportamento como, por exemplo, dificuldade em seguir regras e respeitar limites.

Os principais sintomas de hiperatividade em crianças e adolescentes incluem:

  • Mexer pés e mãos ou se contorcer na cadeira escolar constantemente;
  • Dificuldade para permanecer sentado;
  • Correr e escalar objetos, móveis, muros etc;
  • Dificuldade em se envolver em atividades silenciosas;
  • Fala excessiva;
  • Responder antes que as perguntas sejam concluídas;
  • Interrupções durante conversas com outras pessoas.

Em adultos, os sintomas do TDAH predominantemente hiperativo costumam ser mais difíceis de diagnosticar pela falta de estudos sobre o transtorno nesse grupo e porque os sinais tendem a ser mais sutis após o fim da adolescência. A hiperatividade tende a diminuir conforme a pessoa envelhece.

Alguns sintomas de hiperatividade em adultos incluem:

  • Inquietação e nervosismo;
  • Irritação;
  • Dificuldade em avaliar o próprio comportamento;
  • Necessidade de começar novas atividades sem terminar as antigas;
  • Dificuldade de permanecer quieto;
  • Interrupções durante conversa com outras pessoas;
  • Oscilações de humor;
  • Inabilidade em lidar com situações estressantes;
  • Impaciência;
  • Realizar ações arriscadas sem se importar com a segurança pessoal ou de outras pessoas.

A hiperatividade e impulsividade em adultos também está associada a outros problemas, como o abuso de drogas e álcool e ainda a uma alta incidência de outros transtornos associados, como ansiedade e depressão.

Como diagnosticar o TDAH?

Se você desconfia que uma criança ou mesmo que você tenha sintomas que podem ser associados ao TDAH, é fundamental buscar uma opinião especializada. No caso das crianças, o apoio da escola é importante para entender qual o desempenho dela nas atividades e se o comportamento em sala de aula indica algum problema.

Se, de fato, houver uma forte suspeita, você pode consultar neurologistas, neuropediatras (no caso de crianças e adolescentes), psiquiatras ou psicólogos especializados nesse tipo de diagnóstico. Isso vale tanto para crianças como para adultos, que são avaliados pelos mesmos especialistas.

É importante ressaltar que o diagnóstico do TDAH não é feito somente com base nas características de comportamento da pessoa. O profissional irá avaliar todo o histórico de combinação, frequência e intensidade das manifestações dos sintomas.

Qual é o tratamento do TDAH?

Por ser uma condição neurobiológica com impactos comportamentais, o tratamento do TDAH, especialmente quando combinada a condição de desatenção com hiperatividade, deve ser feito de modo múltiplo, com medicamentos, terapia e sessões de fonoaudiologia (quando a fala ou a escrita também são afetados).

Medicações – ajudam a amenizar os sinais e sintomas de impulsividade e a hiperatividade.

Terapias – ajudam a amenizar os sintomas do TDAH, além de ensinar técnicas específicas para o paciente lidar com as questões comportamentais. Algumas terapias que podem ser usadas são:

  • Psicoeducação;
  • Psicoterapia;
  • Terapia comportamental;
  • TCC (Terapia cognitivo comportamental);
  • Grupos de apoio.

Quem vai indicar a melhor forma de proceder é o médico especialista, que poderá prescrever a abordagem adequada para cada caso e ajudar o paciente a ter mais qualidade de vida ao conviver com o TDAH.

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Referências

TDAH – como identificar os sintomas de desatenção na rotina?

O transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (ADHD) afeta cerca de 5,9% de crianças e adolescentes e 2,5% de adultos em todo o mundo. Geralmente, quem sofre com esse tipo de transtorno, tem os primeiros sinais e sintomas ainda na infância, que se desdobram na vida adulta. Continue a leitura e entenda mais sobre a doença, suas causas e como identificar os sintomas de desatenção provocados pelo TDAH na rotina de pessoas próximas a você ou até em si próprio.

Quais são os principais sinais e sintomas de TDAH?

O TDAH é uma das maiores causas de evasão e expulsão nas escolas, dificuldades de aprendizado escolares e acadêmicos, obstáculos para manter habilidades sociais, e outros problemas que afetam as crianças e adolescentes em suas vidas sociais.

Entender os principais sintomas do TDAH é muito importante para que os pais avaliem o comportamento dos filhos, e para que adultos em geral evitem que alguns dos sintomas da doença, como a dificuldade para concentração, prejudique o desenvolvimento nos estudos, relacionamentos e trabalho.

De forma geral, os sintomas do TDAH são comportamentais, abrangendo desatenção, hiperatividade e impulsividade. Nem sempre a pessoa vai sofrer com todos eles ao mesmo tempo – é possível que um paciente com TDAH tenha sintomas de desatenção, mas não de hiperatividade, por exemplo. Além disso, os sintomas variam de acordo com a etapa da vida.

TDAH em crianças e adolescentes – normalmente, os jovens com TDAH apresentam sintomas antes dos seis anos de idade. É normal que crianças, no início da fase de aprendizado, encontrem algumas dificuldades e, por isso, é importante encontrar um profissional que saiba diferenciar o que é natural da idade e o que pode ser considerado um sintoma do TDAH. Veja, a seguir, alguns sintomas relacionados à desatenção que podem ajudar a identificar o TDAH em crianças:

  • Ter um curto período de atenção e ser facilmente distraído;
  • Cometer erros por descuido em trabalhos escolares;
  • Sempre esquecer ou perder coisas;
  • Incapacidade de cumprir tarefas mais demoradas;
  • Incapacidade de ouvir ou executar instruções;
  • Dificuldade de organizar brinquedos ou exercícios.

TDAH em adultos – geralmente, adultos com TDAH já possuem o transtorno desde a infância, porém nunca foram diagnosticados. Ainda que os sintomas sejam parecidos, é importante entender que a forma como a desatenção afeta um adulto é muito diferente de como afeta uma criança. Em pessoas mais velhas, os sintomas de desatenção permanecem e se manifestam de formas diversas, sendo que o trabalho e as relações pessoais são frequentemente impactados. Alguns sintomas relacionados à desatenção em adultos com TDAH são:

  • Descuido e falta de atenção aos detalhes;
  • Iniciar novas tarefas antes de terminar as antigas;
  • Dificuldade de organização;
  • Incapacidade de se concentrar ou priorizar atividades;
  • Perder ou esquecer coisas recorrentemente;
  • Inquietação e nervosismo frequentes;
  • Dificuldade em ficar quieto;
  • Interromper os outros continuamente;
  • Mudanças de humor rápida;
  • Impaciência;
  • Facilidade em assumir riscos em atividades;
  • Ter pouca atenção pela segurança pessoal ou dos outros, por exemplo, dirigindo perigosamente.

Como ajudar a apoiar o desenvolvimento de uma pessoa  com TDAH?

  • Certifique-se de que seu médico ou especialista saiba e te ajude a entender a diferença entre TDAH e quaisquer outros problemas relacionados à doença que a pessoa  possa ter;
  • Informe que a pessoa  tem TDAH para outras pessoas que precisam saber disso, como na escola ou na creche;
  • No caso de medicamentos, pesquise e peça orientações sobre os efeitos colaterais de qualquer medicamento prescrito para o seu filho;
  • Conhecer pessoas em grupos de apoio locais é importante para você não se sentir isolado e ajuda a lidar com a situação.

Qual é a causa do TDAH?

Não existe uma causa única para o TDAH, mas especialistas entendem que o transtorno pode ter relação com uma série de fatores, tais como:

  • Genética – pessoas que têm familiares com TDAH têm maior predisposição;
  • Função e estrutura cerebral – alguns estudos sugerem que o tamanho de certas partes do cérebro pode ter impacto direto na doença;
  • Grupos de riscos – algumas pessoas correm mais risco de ter TDAH, tais como os que nascem prematuramente, epiléticos e pessoas com danos cerebrais.

Como diagnosticar o TDAH?

Se você desconfia que uma criança ou você mesmo possa sofrer com o TDAH, é fundamental buscar uma opinião especializada. No caso das crianças, converse com os professores da escola para saber se eles têm alguma preocupação.

Em caso positivo, você pode consultar neurologistas, psiquiatras ou psicólogos especializados. No caso de TDAH em adultos, é aconselhável buscar a opinião dos mesmos especialistas. 

Qual é o tratamento do TDAH?

Fazer o tratamento do TDAH de forma adequada alivia os sintomas e permite que o paciente tenha um cotidiano muito mais tranquilo. Mas, para isso, pode ser necessária a combinação de alguns tipos de tratamento. Quem vai indicar qual é o tratamento do TDAH ideal para cada caso é o especialista, que poderá prescrever, para adultos e crianças, medicamentos e a necessidade de terapia, conforme o caso.

Medicação – ajudam na concentração e amenizam a impulsividade. Eles podem ser tomados diariamente ou nos dias em que a pessoa necessita, como em períodos de de aula ou estudos, por exemplo.

Terapia – diferentes tipos de terapia também ajudam no controle do transtorno e amenizam os sintomas mais graves. Algumas terapias que podem ser usadas são:

  • Psicoeducação;
  • Terapia comportamental;
  • Terapia cognitivo comportamental (TCC);
  • Grupos de apoio.

Outros fatores também podem auxiliar no controle da doença, como manter uma dieta adequada, de acordo com a orientação do médico especialista. Ainda que o transtorno dificulte algumas atividades, é possível ter uma vida normal controlando os sintomas e tomando algumas precauções que ajudem, por exemplo, a lembrar de compromissos. Para isso, é fundamental que o diagnóstico seja feito e o tratamento orientado por um médico especialista de confiança.

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Referências

O que é TDAH? Veja as respostas das principais dúvidas sobre o transtorno

O transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é um distúrbio de desenvolvimento neurológico, com componente genético, que atinge entre 3 e 5% das crianças do mundo e se perpetua na vida adulta em metade dos casos. Por apresentar sintomas que são subjetivos, como desatenção e impulsividade, é comum que o TDAH gere questões aos envolvidos. Neste artigo, você confere as respostas para as principais dúvidas sobre TDAH, como o que é e quais os direitos daqueles que o possuem.

O que é TDAH?

O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade se manifesta por meio de comportamentos que são classificados em dois grupos:

Desatenção – como distração, dificuldade de aprendizado, disfunção da memória;

Hiperatividade-impulsividade – como inquietude, agitação e atitudes exacerbadas.

Os sinais do TDAH geralmente podem ser percebidos antes dos sete anos de idade e, em alguns casos, se prolongam durante a vida adulta. Para que seja o mais assertivo possível, diagnóstico de TDAH deve ser feito com base em avaliações médicas, de desenvolvimento e educacionais.

É importante diagnosticar o transtorno, porque a longo prazo ele pode causar disfunções de atenção, memória, linguagem, interação social e resolução de problemas de uma criança. Isso tudo impacta também no aprendizado, que é dificultado, já que a aquisição, retenção ou aplicação de informações e habilidades fica prejudicada.

Quais os direitos dos alunos com TDAH?

Crianças e adolescentes com TDAH têm direito a acompanhamento específico direcionado às dificuldades de aprendizagem em escolas da rede pública e privada. Isso é estabelecido através da Lei 14.254.21, publicada em 1º de dezembro de 2021 no Diário Oficial da União, que obriga:

  • O poder público a oferecer um programa de diagnóstico e tratamento precoce aos alunos da educação básica com TDAH ou qualquer outro transtorno de aprendizagem;
  • O poder público a garantir que as necessidades do aluno com TDAH sejam atendidas pelos profissionais da rede de ensino em parceria com profissionais da rede de saúde;
  • Os sistemas de ensino a capacitar professores da educação básica para identificação precoce dos sinais e sintomas de TDAH.

Além disso, a Constituição Federal assegura o direito à Educação a toda população brasileira e veda quaisquer formas de discriminação. Ela estabelece que é dever do Estado garantir atendimento especializado aos portadores de deficiência – o que inclui aqueles que possuem TDAH.

Dessa forma, as escolas devem desenvolver projetos pedagógicos que contemplem a diversidade de alunos e cabe às famílias, aos profissionais da educação, às instituições escolares e à sociedade fazer com que o ensino inclusivo se cumpra. Caso contrário, é possível provar na justiça a violação de direitos reconhecidos por lei.

Quem tem TDAH pode receber benefício de prestação continuada (BPC)?

Sim. No entanto, como o Benefício de Prestação Continuada é socioassistencial e pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), é preciso que a pessoa que irá receber seja reconhecida como incapacitada. Para que isso aconteça, é necessário um diagnóstico de TDAH em mãos, realizado por um parecer médico. Segundo a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, só são reconhecidos aqueles diagnósticos emitidos após ouvir especialistas multiprofissionais.

Além disso, a regulamentação para este benefício estabelece que a pessoa deve:

  • Ser portador de deficiência ou ter idade mínima de 65 anos para o idoso não-deficiente;
  • Renda familiar não superior a um quarto do salário mínimo em vigor por pessoa (incluindo o próprio requerente);
  • Não estar vinculado a nenhum regime de previdência social;
  • Não receber benefício de espécie alguma, salvo o de assistência médica;
  • Comprovar não possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por sua família.

O que acontece se não tratar TDAH?

O TDAH não tratado pode causar problemas ao longo da vida. Por apresentarem tendências impulsivas e dificuldade de concentração, se não tiverem acompanhamento adequado, as pessoas com transtorno do déficit de atenção com hiperatividade podem ter dificuldade em obter sucesso na escola, no trabalho, nos relacionamentos e em outros aspectos da vida.

Para uma criança, o TDAH não tratado pode causar:

  • Notas baixas e dificuldade de aprendizado;
  • Dificuldade de controlar as emoções;
  • Lesões físicas devido à impulsividade de alguns atos;
  • Problemas sociais por reagir impulsivamente em algumas situações simples, como compartilhar brinquedos;
  • Dificuldade para fazer e manter amizades;
  • Baixa autoestima;
  • Depressão.

Para adultos, o TDAH não tratado pode causar:

  • Dificuldade em cumprir compromissos de trabalho;
  • Tendência a comportamentos perigosos, como uso de drogas e escolhas sexuais arriscadas;
  • Tendência a vícios, como álcool, cigarro e jogos de azar;
  • Transtornos alimentares;
  • Dificuldade de convivência com amigos e colegas de trabalho;
  • Maior propensão a acidentes e problemas com a lei.

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Referências:


TDAH em crianças na escola: o que você deve saber?

Estudos nacionais e internacionais indicam que cerca de 3% a 7% dos estudantes apresentam o transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), que envolve a dificuldade de concentração, organização, persistência e inclinação à impulsividade. Assim, o TDAH em crianças e adolescentes pode interferir no rendimento escolar.

A seguir aprofundaremos o tema e por isso convidamos você a continuar a leitura para saber como lidar com as crianças com TDAH na escola.

O que é TDAH?

O TDAH é um transtorno de comportamento que envolve a dificuldade de concentração e a hiperatividade/agitação. Em geral, crianças com TDAH não conseguem focar nos estudos por muito tempo, se distraindo facilmente. Os sinais e sintomas podem ser caracterizados em três subgrupos:

  • Desatento – se caracteriza pela falta de atenção nos detalhes. Dessa maneira, a pessoa pode perder a concentração com qualquer barulho externo, por exemplo.
  • Hiperativo/Impulsivo – se caracteriza pela dificuldade em ficar parado no mesmo lugar por muito tempo e esperar que as coisas aconteçam no ritmo programado. É muito comum também uma inquietação ou movimentação constante das mãos e dos pés.
  • Combinado – se caracteriza pela junção dos sintomas do desatento e do hiperativo e impulsivo.

As crianças com o tipo “combinado” de TDAH costumam apresentar primeiro os sintomas de impulsividade ou hiperatividade e depois a desatenção. Vale ressaltar que com o passar do tempo essas características são amenizadas, principalmente se houver o tratamento adequado. Além disso, são observados altos e baixos ao longo dos anos, dependendo do contexto de vida da pessoa.

O tratamento adequado envolve uma equipe multiprofissional, além de apoio da família e da escola. Em alguns casos, medicamentos também são necessários para o controle dos sintomas, já que o déficit de atenção com hiperatividade não tem cura.

Diagnóstico do TDAH em crianças

Em geral o diagnóstico acontece na primeira infância, por volta dos seis anos de idade, fase na qual a criança está passando pelo processo de alfabetização. É neste momento que ela começa a ser cobrada e pressionada para manter um maior nível de concentração para reter os conteúdos de sala de aula e aprender a ler e a escrever.

Por isso é bastante comum que os educadores sejam os primeiros a perceber os sintomas e recomendar aos pais que procurem pelo diagnóstico e tratamento. Vale ressaltar que TDAH não é um problema de aprendizagem e sim um distúrbio com características que afetam esse processo. O diagnóstico de TDAH deve ser feito por um profissional da saúde capacitado, com base em avaliações médicas, de desenvolvimento e educacionais, para que seja assertivo.

TDAH em crianças: como se dá o convívio escolar?

É comum que crianças com TDAH na escola sejam confundidas com alunos bagunceiros. O comportamento hiperativo e a dificuldade de seguir regras muitas vezes são vistos como atitudes de displicência e pura falta de interesse nos estudos.

Sem o diagnóstico, o convívio da criança com gestores escolares, educadores e demais profissionais da escola, costuma ser conflituoso, já que ela “não obedece”. Em algumas situações, o relacionamento com outros colegas de classe também fica prejudicado, seja pela impulsividade ou a desatenção, resultando no bullying escolar.

As crianças com TDAH também estão mais sujeitas a baixa autoestima e problemas relacionados com a ansiedade e a depressão, que certamente interferem no desempenho escolar ao longo da vida. Nesse sentido, é extremamente importante que profissionais da educação observem os seguintes comportamentos:

  • Desatenção e distração constante;
  • Erros em avaliações por puro descuido;
  • Esquecimento e perda frequente do material escolar;
  • Extrema dificuldade em organizar os materiais;
  • Ações impulsivas ou inconsequentes;
  • Interrupção contínua enquanto outras pessoas falam;
  • Mudanças de humor rápida;
  • Impaciência e irritabilidade;
  • Incapacidade para realizar tarefas demoradas;
  • Extrema dificuldade em ouvir e cumprir regras;
  • Levantar toda hora na sala, sem qualquer estímulo;
  • Movimentos físicos excessivos;
  • Conversar enquanto todos estão quietos;
  • Dificuldade em esperar.

Porque o TDAH pode interferir no aprendizado da criança?


Todas as características apontadas no tópico anterior podem interferir no processo de aprendizagem. A atenção, por exemplo, é fundamental para que o aluno processe as informações e organize em sua mente o que está sendo ensinado. Dessa forma, a falta de atenção prejudica a assimilação dos conteúdos de sala de aula.

Nesse contexto, como o aluno não consegue reter as informações em sua totalidade, é comum acumular deficiências de aprendizagem com o passar do tempo. Afinal, a complexidade dos conteúdos só aumenta com o avançar da vida acadêmica.

Outros comportamentos como a impaciência e falta de persistência também refletem diretamente no processo de aprendizagem. Em geral, é normal que qualquer aluno tenha dificuldade diante de um novo conteúdo, mas aquelas que não apresentam qualquer problema de comportamento possuem mais facilidade em insistir e focar na explicação do professor. O mesmo não acontece com a criança ou adolescentes com TDAH.

Vale ressaltar que os alunos com TDAH conseguem, sim, concluir os estudos. A diferença pode estar no tempo em que levarão para ultrapassar todas as etapas. Isso porque muitas vezes precisam de um número maior de repetições e explicações para aprender. Nesse sentido é fundamental um acompanhamento especial de profissionais da educação, da saúde e da família como mostraremos na sequência.

Como a família, educadores e profissionais da saúde podem contribuir para o desenvolvimento escolar das crianças com TDAH?

Um ponto muito importante, especialmente para a família, é evitar as expectativas fora da realidade. Os sintomas de TDAH são bastante nocivos para o aprendizado e por isso, mesmo com todo o apoio, o desempenho escolar pode continuar aquém do esperado.

É valido considerar também que cada criança é um indivíduo único. Por isso é importante não confundir comportamento de TDAH com atitudes que correspondem a personalidade da pessoa. Pais e educadores devem estar atentos e informados sobre o que é exatamente o transtorno de déficit de atenção com hiperatividade.

Para ajudar alunos com TDAH, os professores podem utilizar os métodos a seguir:

  • Colocar a criança para sentar mais próxima da lousa, longe de porta e janelas;
  • Fazer anotações em provas para que o aluno compreenda os erros e acertos;
  • Evitar instruções muito longas nas provas;
  • Usar uma linguagem clara e direta ao orientar os alunos;
  • Pedir que o aluno com TDAH repita as instruções, mas sempre evitando a exposição negativa diante dos outros alunos;
  • Conversar constantemente com o aluno, explicando os prejuízos de certos comportamentos para ele e demais colegas.

A família pode contribuir com o aprendizado das crianças com TDAH da seguinte forma:

  • Evitar broncas por comportamentos característicos de TDAH;
  • Agir sempre da mesma forma, independente das oscilações de humor e comportamentos da criança;
  • Reconhecer e recompensar o progresso escolar;
  • Acompanhar as tarefas de casa por meio de atividades que despertem o interesse da criança;
  • Anotar as datas de prova e tarefas em uma agenda;
  • Evitar barulhos externos enquanto a criança estuda.

Os profissionais da saúde devem ser munidos de todas as informações sobre o progresso escolar da criança. Assim, podem avaliar a necessidade de utilizar medicamentos específicos e/ou como promover uma terapia mais adequada para controlar e amenizar os sintomas de TDAH.

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Referências


Lei de Assistência Integral aos Alunos com TDAH: como funciona?

O poder público passou a desenvolver programa de acompanhamento integral para alunos com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e outras condições que afetam a aprendizagem, conforme determina a lei 14.254, de 30 de novembro de 2021. Normalmente, crianças com essa condição são desatentas, inquietas, hiperativas e com grande impulsividade. Se não forem acompanhadas adequadamente, podem desenvolver problemas do ponto de vista social, cognitivo e de aprendizado. Saiba como deve ser realizado o acompanhamento integral para que não haja prejuízos para a criança.

Lei TDAH: como é feito o acompanhamento integral?

Causado por variações genéticas, o TDAH consiste em um conjunto de sintomas que envolve as seguintes características, geralmente percebidas antes dos sete anos de idade:

  • Desatenção – falta de foco e concentração, reações rápidas e percepção constante. Esse tipo de sintoma é mais comum na adolescência;
  • Hiperatividade e impulsividade – dificuldade em seguir limites e regras, atividade motora excessiva e ações precipitadas, que geralmente começam a se manifestar antes dos quatro anos de idade.

É o transtorno comportamental mais comum e a segunda doença crônica mais prevalente na infância. De 3% a 5% das crianças no mundo têm dificuldade para prestar atenção, controlar comportamentos impulsivos e demonstram ser excessivamente ativas. Em alguns casos, essas alterações persistem até a vida adulta.

Por isso, é fundamental que a criança seja acompanhada por uma equipe multidisciplinar o mais cedo possível e receba devido atendimento na escola. Previsto na lei referente aos alunos com essa condição, o acompanhamento integral compreende as seguintes etapas:

Identificação precoce do TDAH – percepção dos sintomas por parte das pessoas que convivem com a criança, como pais, familiares e funcionários da escola.

Encaminhamento do aluno para o diagnóstico – a criança deve ser submetida a análises multidisciplinares para confirmar o diagnóstico de TDAH.

Apoio educacional na rede de ensino – a lei assegura acompanhamento específico, relacionado à dificuldade da criança, pelos professores e na escola, seja pública ou privada, em parceria com o sistema de saúde.

  • Atenção! É de responsabilidade das escolas divulgar informações e capacitar os professores sobre os sinais de transtorno de aprendizagem e como proporcionar atendimento educacional e de saúde aos alunos.

Apoio terapêutico especializado na rede de saúde – a criança deve ser acompanhada, periodicamente, por psicólogos e médicos, responsáveis por conduzir o tratamento do TDAH.

De acordo com a lei 14.254/2021, as escolas da educação básica das redes pública e privada, com o apoio da família e dos serviços de saúde existentes, devem garantir o cuidado e a proteção a esses alunos para que haja o pleno desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social.

Como é feito o diagnóstico do TDAH?

O diagnóstico do TDAH é clínico, ou seja, realizado por meio de avaliações médicas, educacionais e psicológicas. Dessa forma, envolve uma equipe variada que, em conjunto com os pais, relacionam o comportamento da criança aos sintomas do TDAH. Entenda como é feita cada avaliação:

Avaliação médica – depois de identificar os sintomas de TDAH, o médico analisa o que pode ter contribuído para o desenvolvimento deles, como o histórico de exposição pré-natal. O bebê pode ter sido exposto aos seguintes fatores:

  • Substâncias químicas (remédios, álcool e tabaco ingeridos pela mãe);
  • Complicações ou infecções perinatais;
  • Infecções do sistema nervoso central;
  • Traumatismo cranioencefálico;
  • Doença cardíaca;
  • Histórico familiar de TDAH.

Avaliação do desenvolvimento – define o início e a evolução dos sinais e sintomas do TDAH. Essa avaliação usa escalas específicas da condição, com verificação de marcos de desenvolvimento e da linguagem da criança. A análise é feita tanto pelas famílias quanto por funcionários de escolas, o que possibilita a avaliação em diferentes contextos.

  • Atenção! Essas escalas não devem ser usadas isoladamente para fazer o diagnóstico do TDAH.

Avaliação educacional – verifica como os sinais e sintomas do TDAH influenciam no desempenho escolar.

Como é feito o tratamento do TDAH?

A condição não tem cura, mas pode ser controlada. O tratamento do TDAH em crianças pode ser feito das seguintes formas:

  • Tratamento comportamental – sessões de terapia com o psicólogo e/ ou terapeuta ocupacional.
  • Tratamento medicamentoso – uso de medicamentos com prescrição médica.

É recomendado combinar os dois tipos de tratamento, mas vale ressaltar que somente o médico está apto para determinar a melhor conduta a ser adotada em cada caso de TDAH.

Atenção! Medicamentos não curam o TDAH, mas aliviam os sintomas e permitem que a criança participe de atividades, que antes não conseguia devido à falta de atenção e à impulsividade. O tratamento com medicamentos interrompe o ciclo do comportamento inapropriado, além de melhorar a postura na escola, a motivação e a autoestima da criança.

A persistência de TDAH na vida adulta varia bastante (de 4% a 78%), mas o tratamento é basicamente o mesmo. O que pode ser diferente é o tipo de medicamento utilizado e a dosagem, que só podem ser determinados pelo médico.

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Referências

https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-14.254-de-30-de-novembro-de-2021-363377461 – acessado em 14/02/2022

https://tdah.org.br/sobre-tdah/o-que-e-tdah/ – acessado em 14/02/2022

https://www.cdc.gov/ncbddd/adhd/index.html – acessado em 14/02/2022

https://pebmed.com.br/o-que-voce-precisa-de-saber-sobre-as-novas-diretrizes-de-tdah/ – acessado em 14/02/2022

https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/12/01/sancionada-lei-que-preve-assistencia-integral-a-aluno-com-transtorno-de-aprendizagem – acessado em 14/02/2022


Criança com TDAH brinca com mochila. – Cellera Farma

TDAH: entenda como é feito o diagnóstico

O transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude, hiperatividade e impulsividade exacerbados, geralmente percebidos antes dos sete anos de idade. No entanto, por serem sinais subjetivos, o diagnóstico de TDAH é feito com base em avaliações médicas, de desenvolvimento e educacionais, a fim de ser mais assertivo. Assim, é possível o tratamento adequado para o crescimento da criança sem prejuízo ao seu desenvolvimento social, cognitivo e de aprendizado.

O que é TDAH?

O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade é um distúrbio do desenvolvimento neurológico, com causa genética, que surge na infância e acompanha as pessoas até a vida adulta em metade dos casos. O TDAH está presente no cotidiano de 3 a 5% das crianças no mundo e se manifesta por meio de comportamentos que são classificados em dois grupos: desatenção e hiperatividade-impulsividade.

Em geral, o TDAH consiste em disfunções de atenção, memória, linguagem, interação social e resolução de problemas de uma criança, causando também dificuldade no aprendizado – na aquisição, retenção ou aplicação de informações e habilidades.

Uma criança com TDAH geralmente:

  • Apresenta sintomas de um dos dois grupos -desatenção e hiperatividade-impulsividade – ou uma combinação de sinais de ambas as classificações;
  • Desenvolve os sintomas antes dos sete anos de idade;
  • Tem seu desenvolvimento nos âmbitos pessoal, social ou escolar prejudicado pela condição;
  • Manifestam os sintomas em diversos contextos, como na escola, em casa ou em outras situações cotidianas, por exemplo.

Existe diferença entre TDAH e TDA?

Ambas são síndromes que possuem como característica a falta de foco, desatenção e dificuldade de concentração que acompanham a pessoa durante toda a vida. No entanto, enquanto o transtorno de déficit de atenção (TDA) engloba os sinais e sintomas de desatenção, o TDAH inclui também sintomas de hiperatividade e impulsividade, que geralmente são mais incidentes em crianças e mais brandos na vida adulta.

Quais os sinais e sintomas do TDAH?

Dentro dos dois grupos de sintomas do TDAH, o transtorno pode se caracterizar das seguintes formas:

1. Desatenção – sinais relacionados a falta de foco e concentração, reações rápidas e percepção constante. São mais comuns de serem identificados na adolescência. As pessoas com esses sintomas:

  • Distraem-se facilmente;
  • Esquecem de muitas tarefas e detalhes em atividades diárias;
  • Não parecem estar atentas quando são abordadas, mesmo que diretamente;
  • Têm dificuldade de organizar tarefas;
  • Cometem erros descuidados;
  • Não se atentam a detalhes;
  • Têm dificuldade de manter a atenção em uma atividade por muito tempo;
  • Frequentemente perdem objetos necessários no cotidiano;
  • Evitam ou não gostam de atividades que envolvem esforço mental durante longos períodos.

2. Hiperatividade-impulsividade – sinais relacionados aos problemas com limites e regras, atividade motora excessiva e ações precipitadas, que geralmente começam a se manifestar antes dos quatro anos de idade. As pessoas com esses sintomas:

  • Estão frequentemente em movimento, andando, correndo ou escalando, mesmo em momentos e lugares inapropriados;
  • Costumam falar bastante;
  • Mexem mãos e pés com frequência;
  • Interrompem outras pessoas de maneira abrupta, sem paciência de aguardar sua vez.

Como o TDAH em adultos se manifesta?

Em adultos, as características principais do TDAH se mantêm, mesmo que mais brandas. Geralmente, são pessoas com problemas de memória, inquietas, impulsivas, que têm dificuldade de avaliar o próprio comportamento e, por isso, podem ser considerados egoístas à primeira vista. O TDAH em adultos pode estar relacionado a outros problemas, como o abuso de drogas e álcool, ansiedade e depressão.

Em geral, pessoas adultas com TDAH podem ter:

  • Baixa tolerância para frustrações;
  • Temperamento teimoso e muitas vezes agressivo;
  • Habilidades sociais deficientes,
  • Distúrbios do sono.

Como é feito o diagnóstico do TDAH?

O diagnóstico do TDAH é clínico, realizado por meio de avaliações médicas, educacionais e psicológicas. Dessa forma, envolve uma equipe multidisciplinar que, em conjunto com os pais da criança, encontram coerência entre os comportamentos e os sintomas do TDAH.

Os sinais que caracterizam o TDAH podem estar presentes em qualquer pessoa em diferentes graus – especialmente em crianças. No entanto, em pessoas que possuem a condição, estes sinais se manifestam simultaneamente e com constância. Para fazer o diagnóstico de TDAH de maneira correta, é necessário realizar uma avaliação criteriosa em diferentes aspectos da vida da criança.

São feitas 3 avaliações principais:

Avaliação médica – os sintomas de TDAH são identificados e o médico analisa quais condições podem ter contribuído para o desenvolvimento deles. Essa avaliação inclui a pesquisa do histórico de exposição pré-natal do bebê a alguns fatores, tais como:

  • Substâncias químicas, como remédios, álcool e tabaco ingeridos pela mãe;
  • Complicações ou infecções perinatais;
  • Infecções do sistema nervoso central;
  • Traumatismo cranioencefálico;
  • Doença cardíaca;
  • Falta de apetite e/ou alimentação seletiva;
  • Histórico familiar de TDAH.

Avaliação do desenvolvimento – que permite determinar o início e a evolução dos sinais e sintomas. Essa avaliação usa escalas específicas do TDAH, com verificação de marcos de desenvolvimento e da linguagem da criança. A análise é feita tanto pelas famílias quanto por funcionários de escolas, o que possibilita a avaliação em diferentes contextos.

  • Atenção: Essas escalas não devem ser usadas isoladamente para fazer um diagnóstico.

Avaliação educacional – é aquela em que é possível documentar de que maneira os sinais e sintomas podem influenciar o desempenho educacional.

Com base nessas três avaliações, familiares, educadores e equipe médica identificam os sintomas presentes no desenvolvimento da criança. Para firmar o diagnóstico de TDAH, é preciso que ela apresente seis ou mais sinais de desatenção, hiperatividade e impulsividade.

Além disso, é necessário que os sintomas de TDAH:

  • Estejam presentes muitas vezes por seis meses ou mais;
  • Ocorram em pelo menos dois ambientes diferentes, como a casa e a escola, por exemplo;
  • Se manifestem antes dos 12 anos de idade;
  • Interfiram no desempenho da pessoa em atividades em casa, na escola ou outro ambiente.

Veja também

Referências:

TDAH – Depoimentos de pacientes com Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade

Sabe aquela criança que se distrai facilmente, que não para um minuto, é muito “elétrica” e tem dificuldade de prestar atenção na aula? Poderia ser qualquer criança, não?

Diversos comportamentos são considerados parte da infância e normalmente não são avaliados adequadamente. Mas em algumas situações estes comportamentos podem fazer parte do quadro de sinais e sintomas do Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, o TDAH.

Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), este é um transtornos com alta prevalência entre crianças e adolescentes e é caracterizado por mais de 10 comportamentos dentre três grupos de sintomas: desatenção, hiperatividade e impulsividade. Hoje, 13 de julho, Dia Mundial da Conscientização do Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), vamos falar sobre a importância de se discutir cada vez mais sobre o assunto, para compreender e identificar as características predominantes do TDAH. Para isso, trouxemos um pouco de quem convive ou tem o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade. Os depoimentos do vídeo abaixo são de Eline e Ana, mães do Lucca e do André, respectivamente, duas crianças com o diagnóstico de TDAH e a Rebeca de 30 anos que foi diagnosticada com TDAH depois de adulta.