Cerca de metade da população mundial sofre com problemas bucais, sendo a cárie e a gengivite os mais prevalentes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Essas doenças, que podem ser resultado da falta de cuidados e/ou do acesso à assistência odontológica, podem progredir e resultar na perda dos dentes. Mas é possível preveni-las, inclusive com a ajuda de probióticos, que são micro-organismos benéficos à saúde. Continue a leitura para saber mais sobre saúde bucal:
Como identificar problemas de saúde bucal?
Muitas pessoas só se preocupam com problemas de saúde bucal quando sentem dor. Entretanto, existem outros sinais de alerta a serem considerados, que são indicativos de que é aconselhável procurar um dentista. Entre os principais estão:
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Sangramento na gengiva
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Inchaço
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Feridas na gengiva e mucosa
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Bolhas
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Mau hálito
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Mudança na textura da língua
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Boca seca
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Manchas
Alguns sinais podem ser passageiros, causados por erros na escovação ou consumo de alimentos muito quentes. No entanto, sintomas persistentes indicam a necessidade de avaliação odontológica profissional.
Quais as doenças mais comuns que afetam a saúde bucal?
De acordo com o Informe sobre a Situação Mundial de Saúde Bucal de 2022, quase metade da população possui algum problema na região da boca. Veja os mais comuns:
Cárie – deterioração do dente causada por higienização incorreta e excesso de açúcar na alimentação. A proliferação de bactérias e o aumento da acidez bucal levam à desmineralização do esmalte dentário.
Gengivite – inflamação da gengiva causada pelo acúmulo de placa bacteriana entre os dentes e o tecido gengival.
Edentulismo – perda parcial ou total dos dentes, especialmente comum após os 60 anos.
Má oclusão – desalinhamento dos dentes e maxilares que afeta funções como mastigação e respiração.
Câncer de boca – tumor maligno em áreas como gengiva, língua, bochechas e lábios. O Brasil estima 15 mil novos casos entre 2023 e 2025.
Como tratar doenças bucais como a cárie e a gengivite?
O tratamento é feito em consultório, variando conforme a gravidade do quadro:
Cárie – pode exigir remoção com broca, aplicação de resina ou porcelana, tratamento de canal e, em casos extremos, extração dentária.
Gengivite – a remoção da placa bacteriana requer raspagem feita pelo dentista, com anestesia local se necessário.
Quais os efeitos dos probióticos para a saúde bucal?
A cavidade bucal abriga cerca de 700 tipos de micro-organismos. Os probióticos colaboram na manutenção da saúde oral:
Combate a micro-organismos nocivos – os probióticos ajudam a impedir a proliferação de bactérias causadoras de placa, prevenindo doenças periodontais e cáries.
Equilíbrio do pH – ao manter o pH salivar equilibrado, evitam a acidez excessiva que pode corroer o esmalte dos dentes.
Apoio ao sistema imunológico – estimulam as células de defesa responsáveis por combater infecções bucais, acelerando a cicatrização de feridas e reduzindo a inflamação.
Pesquisas também indicam que esse equilíbrio da microbiota, promovido por probióticos, pode beneficiar a barreira intestinal e até auxiliar na prevenção de outras condições inflamatórias, como a síndrome de ruminação.
Como manter a saúde bucal?
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Realize boa higiene bucal: escove os dentes após as refeições e use fio dental. Enxaguantes bucais só com orientação profissional.
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Consulte o dentista regularmente: a cada 6 ou 12 meses, mesmo sem sintomas aparentes.
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Evite maus hábitos: o tabagismo, consumo excessivo de álcool e açúcar comprometem a saúde bucal.
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Inclua probióticos na alimentação: consuma alimentos fermentados, como iogurte, kombuchá, chucrute ou use suplementos conforme orientação médica.
Probióticos também têm sido estudados por seu potencial impacto em outras condições sistêmicas, como os probióticos para hipertensão, mostrando que seu papel vai além da saúde digestiva.